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Rafael (Italiano), A Bela Jardineira (também, Virgem com o Menino e São João Batista criança), 1507

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    Estamos no Louvre, olhando a pintura
    de Rafael, A Bela Jardineira,
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    com uma linda Madona, seu filho
    e São João Batista
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    numa composição em pirâmide
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    que geralmente associamos
    à Alta Renacença.
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    O interessante é que a virgem Maria
    não está em um ambiente religioso
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    não há uma arcada, e ela não tem um trono.
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    Se ela tivesse um trono seria
    o trono da natureza.
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    Ela está sentada numa pedra,
    num campo
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    com uma bela perspectiva
    atmosférica atrás dela,
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    o que cria este ambiente verdejante.
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    Se olharmos para o primeiro plano,
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    temos plantas e talvez a beira
    de uma lagoa, florezinhas.
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    Pra mim a melhor parte
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    é o modo que Cristo, à esquerda,
    fica ao pé de sua mãe.
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    Mostrando o quanto ele depende dela
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    e ainda assim uma certa independência
    enquanto tenta tirar o livro
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    da mão dela e olha para ela.
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    E claro, o conteúdo deste livro anuncia
    o seu fim e sua crucificação.
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    E o olhar de Maria sugere
    que ela sabe disso,
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    ela avalia se ele está pronto ou não
    para saber disso.
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    Ela coloca o braço ao redor dele,
    protegendo-o.
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    E parece hesitar, com a mão esquerda,
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    em deixar ele pegar o livro.
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    São João Batista, que está rezando
    de joelho,
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    está numa pose bem graciosa,
    ele se ajoelha no joelho direito,
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    inclina o pescoço, e olha para Cristo.
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    A graciosidade e beleza ideal da Alta
    Renascença aparecem aqui.
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    Vamos analisar os olhares da pintura.
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    Você fez bem em começar
    pelo João Batista,
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    com seus olhos em direção a Cristo,
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    cujo corpo e rosto estão virados
    para Maria.
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    Maria retorna o olhar e nos faz olhar
    de novo para Cristo.
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    Assim todos os olhares estão centrados
    em Cristo.
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    Estamos no meio deste triângulo
    enquanto vemos eles se olharem.
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    Maria tem uma beleza ideal
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    e há apenas o leve contorno
    de uma auréola
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    que desaparece conforme entramos
    na Alta Renascença,
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    pois as figuras exalam uma certa divindade
    com sua beleza ideal.
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    O símbolo da auréola não é
    mais necessário.
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    E para Rafael, é a natureza
    que tem este papel,
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    os adereços de divindade não são
    mais necessários.
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    E sim a paisagem em si, o mundo
    que Deus criou
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    que é uma expressão de divindade,
    e é a beleza em si
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    que expressa divindade aqui.
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    A beleza de Maria, de Cristo
    e até de João.
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    [Legendado por Sophia Bento]
    [Revisado por Pedro Byrro]
Title:
Rafael (Italiano), A Bela Jardineira (também, Virgem com o Menino e São João Batista criança), 1507
Description:

Rafael (Italiano), A Bela Jardineira (também, Virgem com o Menino e São João Batista criança), 1507, óleo sobre painel, 122 × 80 cm, Museu do Louvre, Paris.

Narradores: Dra. Beth Harris e Dr. Steven Zucker

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Video Language:
English
Duration:
02:56

Portuguese, Brazilian subtitles

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