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Projeto DINO, uma janela do passado, do Cretáceo do nosso planeta | Jorge Calvo | TEDxRioLimay

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    Hoje vou falar
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    não de dinossauros, em especial,
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    porque é um tema que é
    muito conhecido a nível mundial
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    e em todos os "media",
    em vídeos, em revistas,
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    sempre se fala de distintas
    formas de dinossauros.
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    Vamos ver que variam
    nas formas, nos tipos e nos tamanhos,
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    e que dominaram o planeta
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    durante mais de 170 milhões de anos,
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    em diferentes locais tão inóspitos
    como a Antártida.
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    A estes dinossauros, de que hoje
    encontramos os restos esqueléticos,
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    damos-lhes sempre um aspeto físico
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    para os podermos colocar
    num ambiente hipotético.
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    Vamos recriando-os com base
    em indícios fornecidos pela geologia
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    ou em informações que temos
    a partir dos restos fósseis
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    que estão associados a esses dinossauros.
  • 1:19 - 1:23
    Mas não é muito vulgar
    encontrar todas essas informações,
  • 1:23 - 1:27
    exceto em certos locais
    muito pontuais, em todo o mundo
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    onde se encontram aquilo
    a que chamamos
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    as "janelas do passado".
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    O que são as janelas do passado?
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    São sítios paleontológicos
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    onde não só descobrimos um animal,
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    mas toda uma fauna e flora
    ou, no caso dos ambientes marinhos,
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    todo um ecossistema.
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    O tempo geológico é enorme,
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    quase 600 milhões de anos
    de restos fósseis
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    que foram mudando com o tempo.
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    E estamos a falar apenas
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    dos últimos 10 000 ou 2000 anos
    da história da humanidade,
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    quando temos 600 milhões.
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    Assim, esses sítios permitem-nos
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    ir conhecendo como foi o passado.
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    Aqui no norte da Patagónia,
    temos um desses pontos,
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    uma janela do passado
    que tem 90 milhões de anos,
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    90 milhões de antiguidade
    e se situa na província de Neuquén.
  • 2:21 - 2:25
    Para vos situarmos,
    fica no norte da Patagónia,
  • 2:25 - 2:28
    no hemisfério sul, na América do Sul.
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    O sítio paleontológico
    encontra-se apenas a 90 km
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    da capital de Neuquén,
    na costa norte do lago Los Barreales.
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    Foi ali que, a partir de 2000,
  • 2:40 - 2:44
    se encontrou um registo
    paleontológico único,
  • 2:45 - 2:50
    que hoje é um paraíso
    desértico, com um lago azul,
  • 2:50 - 2:53
    mas é um lago artificial
    nesta paisagem que temos
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    no norte da Patagónia,
    praticamente uma zona de estepes,
  • 2:57 - 2:59
    com pouca vegetação e barrancos.
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    Mas não era assim,
    há 90 milhões de anos.
  • 3:01 - 3:07
    A nossa tarefa é tentar
    demonstrar que era diferente.
  • 3:07 - 3:09
    Como é que fazemos?
  • 3:09 - 3:11
    Através destas covas, destes poços.
  • 3:11 - 3:15
    É aqui que vemos a escavação em 2000,
  • 3:15 - 3:17
    quando começámos a trabalhar.
  • 3:17 - 3:21
    Um poço de água que se enche,
    infelizmente, todos os anos,
  • 3:21 - 3:25
    por causa da subida do lago,
    mas que, depois, tem de ser retirada
  • 3:25 - 3:28
    com os meios disponíveis,
    para podermos desenterrar os ossos.
  • 3:29 - 3:32
    Temos de fazer isso todos os anos,
    em que grupos de paleontólogos,
  • 3:32 - 3:35
    técnicos, estudantes
    e voluntários, na sua maioria,
  • 3:35 - 3:38
    procedem ao resgate
    desses restos fósseis,
  • 3:38 - 3:42
    um trabalho muito árduo,
    porque não se pode avançar muito.
  • 3:42 - 3:45
    Estamos a trabalhar há 10 anos
    seguidos,
  • 3:45 - 3:47
    neste setor do lago Los Barreales,
  • 3:47 - 3:52
    e só avançámos numa área
    de cerca de 10 000 metros quadrados,
  • 3:52 - 3:57
    quando temos vários quilómetros
    de extensão, para poder trabalhar.
  • 3:58 - 4:02
    Este trabalho paleontológico
    e a descoberta destas peças
  • 4:02 - 4:06
    é bastante complicado,
    não só quanto à sua extração,
  • 4:06 - 4:12
    mas porque é preciso fazer
    as medições de todos os ossos
  • 4:12 - 4:15
    que se vão retirando
    — ossos pequenos, ossos grandes —
  • 4:15 - 4:17
    registar as suas direções, a sua posição,
  • 4:17 - 4:21
    para depois poder estabelecer
    porque é que aquele osso está ali,
  • 4:21 - 4:23
    quem o deixou, como o deixou.
  • 4:23 - 4:26
    É o trabalho de um investigador.
  • 4:27 - 4:30
    Antes disso, também é preciso,
    obviamente, retirá-lo de lá,
  • 4:30 - 4:33
    fazer a limpeza e analisá-lo,
  • 4:33 - 4:37
    para ver qual é o tamanho que tem,
  • 4:37 - 4:39
    o que é que se preservou
    desse exemplar.
  • 4:39 - 4:42
    Depois, é preciso envolvê-lo,
    para poder extraí-lo,
  • 4:42 - 4:44
    outra tarefa bastante complicada.
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    Depende do tamanho do animal.
  • 4:46 - 4:50
    Nalguns casos, com estruturas
    muito complicadas,
  • 4:50 - 4:55
    noutros casos, com menos dificuldade.
  • 4:55 - 4:57
    Aqui vemos a água que se está a aproximar
  • 4:57 - 5:00
    e é urgente retirar os ossos.
  • 5:00 - 5:05
    Todas estas informações, estes materiais,
    são levados para os laboratórios
  • 5:06 - 5:08
    com os meios disponíveis,
  • 5:08 - 5:13
    e pedindo a ajuda dos presentes
  • 5:13 - 5:17
    alguma ajuda para poder resgatar
    este património paleontológico
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    que é de nós todos, não apenas
    dos argentinos, ou dos neuquinos,
  • 5:21 - 5:23
    mas do mundo inteiro.
  • 5:23 - 5:27
    Depois, estes blocos
    são preparados nos laboratórios
  • 5:28 - 5:33
    onde se separa o osso da rocha
    e de todo o conjunto de materiais
  • 5:33 - 5:37
    que utilizámos para o transportar,
    e que se chama o "bochón".
  • 5:37 - 5:44
    Finalmente, apresenta-se
    a peça limpa, para ser estudada.
  • 5:46 - 5:50
    Ao longo destes 10 anos,
  • 5:50 - 5:55
    e com mais de 3000 peças
    resgatadas deste poço,
  • 5:55 - 6:00
    pudemos obter um pouco
    do que foi este ecossistema
  • 6:00 - 6:02
    há 90 milhões de anos
  • 6:02 - 6:05
    no lago Barreales,
    na província de Neuquén,
  • 6:05 - 6:07
    O que é que encontrámos?
  • 6:07 - 6:11
    Em primeiro lugar, o dinossauro
    que nos fez chegar a este sítio,
  • 6:12 - 6:14
    que se chama Futalognkosaurus,
  • 6:14 - 6:17
    um gigantesco dinossauro herbívoro
  • 6:17 - 6:22
    de um grupo de saurópodes,
    da família dos dinossauros,
  • 6:22 - 6:25
    com cerca de 30 metros de comprimento,
  • 6:25 - 6:28
    mais de 50 toneladas de peso,
  • 6:28 - 6:30
    com os flancos a seis metros de altura
  • 6:30 - 6:33
    e a cabeça a uns 12 metros de altura.
  • 6:34 - 6:38
    Era o grande gigante
    da época do Mesozoico.
  • 6:38 - 6:41
    E encontrámos bastante material.
  • 6:41 - 6:45
    É talvez o mais completo
    dos dinossauros gigantes
  • 6:45 - 6:47
    encontrado em todo o mundo.
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    Vemos à esquerda as vértebras das costas
  • 6:49 - 6:51
    e à direita as vértebras do pescoço.
  • 6:51 - 6:55
    O paleontólogo em cima
    está a mostrar uma vértebra do pescoço.
  • 6:55 - 6:58
    Indica que, em certas partes do pescoço
  • 6:58 - 7:01
    tinham uma secção de 2 metros de diâmetro.
  • 7:01 - 7:04
    Isso, para dar uma ideia
    do gigantismo deste dinossauro,
  • 7:04 - 7:09
    Mas talvez o mais interessante
    seja o flanco do animal, de 2,5 m,
  • 7:09 - 7:12
    que constitui o maior flanco
    registado até agora,
  • 7:12 - 7:15
    no mundo de um animal pré-histórico.
  • 7:16 - 7:21
    Mas estes dinossauros herbívoros
    viviam com os seus predadores
  • 7:21 - 7:23
    que são os carnívoros.
  • 7:23 - 7:26
    Entre eles, o Unenlagia paynemili,
  • 7:26 - 7:29
    um animal de 1,70 m de comprimento,
    muito pequeno,
  • 7:30 - 7:33
    mas que está aqui
    recriado com penas.
  • 7:33 - 7:37
    Porquê? Porque se estudou
    a sua anatomia e observou-se
  • 7:37 - 7:41
    que os braços dele se abriam
    permitindo mover umas asas.
  • 7:41 - 7:44
    Não podiam voar,
    mas podiam bater as asas.
  • 7:44 - 7:47
    São dinossauros carnívoros,
    de pequeno tamanho,
  • 7:47 - 7:51
    que também coexistiam
    com estes dinossauros,
  • 7:51 - 7:53
    como o Pamparáptor,
  • 7:53 - 7:56
    que só tinha 50 cm de altura.
  • 7:57 - 8:00
    Talvez se alimentasse
    de pequenos répteis da região,
  • 8:00 - 8:02
    há 90 milhões de anos.
  • 8:04 - 8:09
    Só se encontraram pequenos restos,
    como a pata que está em cima
  • 8:09 - 8:12
    e que indica que era
    um Ráptor dessa época.
  • 8:13 - 8:17
    Além disso, encontrámos mais de mil dentes
    de dinossauros carnívoros
  • 8:17 - 8:19
    que não sabemos a que espécies pertencem
  • 8:20 - 8:22
    porque são muito variados,
    mas estão a ser estudados,
  • 8:23 - 8:25
    e também este gigantesco predador
  • 8:25 - 8:29
    talvez o maior que já encontrámos
    neste momento
  • 8:29 - 8:30
    com 90 milhões de anos.
  • 8:30 - 8:34
    Trata-se do Megaráptor
    que tinha seis metros de comprimento,
  • 8:34 - 8:40
    umas garras enormes,
    com mais de 45 cm de comprimento,
  • 8:40 - 8:44
    com uma borda muito pontiaguda
    na parte inferior.
  • 8:45 - 8:47
    A fauna completa-se com os dinossauros
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    encontrados no Lago Barreales,
    com o Macrogryphosaurus
  • 8:51 - 8:53
    que é um herbívoro
    com uns seis metros de comprimento.
  • 8:53 - 8:55
    Vemos o esqueleto ali em baixo.
  • 8:55 - 9:00
    Tinha uma espécie de bico
    como de um papagaio.
  • 9:00 - 9:03
    É um animal que se alimentava
    de plantas, como já disse.
  • 9:03 - 9:09
    O especial é que tem umas placas ósseas
    a meio das costelas,
  • 9:09 - 9:14
    característica que o situa num grupo
    que é próprio da América do Sul.
  • 9:14 - 9:17
    juntamente com outros exemplares
    que se têm encontrado.
  • 9:17 - 9:22
    Esta fauna de dinossauros
    com que começámos a escavação
  • 9:22 - 9:24
    foi aumentando com outros restos,
  • 9:24 - 9:27
    como restos de crocodilos,
    deste grupo de dinossauros
  • 9:28 - 9:31
    cujo tamanho e forma
    é semelhante aos atuais,
  • 9:31 - 9:33
    mas que tinham dentes com serrotes
  • 9:34 - 9:37
    o que, por vezes,
    nos complicava a existência
  • 9:37 - 9:41
    porque pensávamos
    que eram os dinossauros
  • 9:41 - 9:43
    que tinham serrotes nos dentes
  • 9:43 - 9:46
    e, afinal, os crocodilos também têm.
  • 9:46 - 9:49
    Também encontrámos
    outros pequenos crocodilos
  • 9:49 - 9:53
    com este fémur, que é um osso
    muito pequeno da pata traseira.
  • 9:53 - 9:55
    Não se sabe a que crocodilo pertence,
  • 9:55 - 9:58
    mas existiu há 90 milhões de anos.
  • 9:59 - 10:02
    Às vezes, o registo paleontológico
    não nos ajuda a determinar
  • 10:02 - 10:06
    e só no futuro se poderá
    esclarecer o problema.
  • 10:07 - 10:10
    Também temos achado
    estes répteis voadores,
  • 10:10 - 10:12
    os Pterossauros,
  • 10:12 - 10:15
    só poucos achados, poucas peças,
    mas são muito importantes
  • 10:15 - 10:18
    porque demonstram
    que já eram gigantescos.
  • 10:18 - 10:23
    A evidência diz-nos que,
    duma ponta da asa à outra
  • 10:23 - 10:27
    tinham seis metros de envergadura
    — como um pequeno avião —
  • 10:28 - 10:32
    o que equivale aos maiores
    répteis voadores
  • 10:32 - 10:34
    achados até agora na América do Sul.
  • 10:34 - 10:37
    Não podemos esquecer as tartarugas,
  • 10:38 - 10:42
    esses grupos que existiram
    em todo o Mesozoico
  • 10:42 - 10:44
    e continuam iguais na atualidade.
  • 10:44 - 10:46
    Os restos que encontrámos ali
  • 10:46 - 10:49
    têm somente 40 cm de comprimento.
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    Pensamos o que pensaria
    a tartaruga, há 90 milhões de anos
  • 10:54 - 10:57
    contra um dinossauro
    de 30 metros de comprimento,
  • 10:57 - 11:00
    quando ia caminhando por aí.
  • 11:00 - 11:03
    Também, um achado invulgar
  • 11:03 - 11:07
    que complementa este ecossistema
    é a presença de peixes
  • 11:07 - 11:10
    porque é muito raro
    que, num ambiente continental,
  • 11:10 - 11:14
    nós os achemos, mas temos aqui
    este exemplar.
  • 11:14 - 11:15
    Encontrámos vários
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    mas este, que mostra
    todas as costelas e as barbatanas
  • 11:18 - 11:22
    teria apenas cinco centímetros
    de comprimento.
  • 11:22 - 11:25
    Esta é uma forma atual
    de um peixe semelhante
  • 11:25 - 11:28
    que viveu há 90 milhões de anos.
  • 11:28 - 11:31
    Temos de imaginá-lo,
    voltar ao passado e dizer:
  • 11:31 - 11:35
    Quando este esqueleto estava
    na água, nesse rio submerso,
  • 11:35 - 11:39
    entre os ossos deste
    dinossauro gigantesco,
  • 11:39 - 11:44
    estavam a nadar estes peixinhos
    de cinco centímetros.
  • 11:44 - 11:47
    Mas, talvez o mais interessante do sítio
  • 11:47 - 11:51
    seja a presença de folhas,
    perfeitamente conservadas,
  • 11:51 - 11:53
    com todas as nervuras,
  • 11:53 - 11:59
    o que demonstra que havia ali
    vários grupos de plantas,
  • 11:59 - 12:02
    As principais correspondem
    a distintos grupos.
  • 12:02 - 12:07
    O mais importante, os mais abundantes
    são as angiospermas.
  • 12:07 - 12:09
    O que são? Plantas com flores.
  • 12:09 - 12:13
    Quase 90% dos achados
    correspondem a estas plantas.
  • 12:13 - 12:16
    E a quem pertenceriam?
  • 12:16 - 12:20
    Aos antepassados dos carvalhos
    e dos salgueiros.
  • 12:20 - 12:22
    Então, dir-se-ia, é um parque atual,
  • 12:22 - 12:24
    como o Palermo, na cidade de Buenos Aires,
  • 12:24 - 12:27
    aonde metemos toda esta fauna
    de dinossauros.
  • 12:27 - 12:29
    Sim, é mais ou menos parecido
  • 12:29 - 12:33
    com algumas angiospermas,
    alguns pinheiros, algumas coníferas.
  • 12:33 - 12:36
    Com isto, temos todo um ecossistema,
  • 12:36 - 12:40
    formado não só
    pelos dinossauros carnívoros,
  • 12:40 - 12:42
    que comiam os herbívoros,
  • 12:42 - 12:45
    mas também os herbívoros
    que comiam um certo tipo de plantas
  • 12:45 - 12:48
    e assim podemos reconstruir essa paisagem
  • 12:48 - 12:50
    de há 90 milhões de anos,
    na Patagónia.
  • 12:50 - 12:53
    Isto era o norte da Patagónia
  • 12:53 - 12:56
    numa visão futurista,
    ou melhor, ancestral.
  • 12:57 - 12:59
    do que era a região:
  • 12:59 - 13:01
    bosques de angiospermas e coníferas,
  • 13:02 - 13:04
    com um rio serpenteando
  • 13:04 - 13:06
    que atravessava a região,
  • 13:06 - 13:08
    e onde, nessa curva em baixo,
  • 13:08 - 13:11
    se foram acumulando
    todos os restos fósseis
  • 13:11 - 13:13
    que hoje estamos a escavar.
  • 13:13 - 13:17
    Como era então,
    com todo este panorama
  • 13:17 - 13:19
    que parece muito paradisíaco?
  • 13:19 - 13:22
    Mas talvez fosse assim,
  • 13:22 - 13:26
    com um ambiente um pouco
    mais complicado,
  • 13:26 - 13:30
    onde os dinossauros herbívoros
    tentavam defender-se
  • 13:30 - 13:35
    e só sucumbiam os que estavam
    feridos ou eram velhos,
  • 13:35 - 13:38
    As tartarugas abaixo eram
    muito pequeninas,
  • 13:38 - 13:42
    os crocodilos, os pterossauros,
    os répteis voadores, os carnívoros,
  • 13:42 - 13:47
    toda uma fauna e um ecossistema
    de um momento do passado
  • 13:47 - 13:49
    de há 90 milhões de anos.
  • 13:50 - 13:55
    Como chegámos a estas informações
    já reconstruídas do passado geológico?
  • 13:55 - 13:59
    Através desta janela, desta cavidade
    em que estamos a trabalhar, há 10 anos,
  • 13:59 - 14:05
    escavando ossos e plantas
    durante todos os dias,
  • 14:05 - 14:07
    exceto quando fica inundado.
  • 14:08 - 14:11
    Como mostramos todas estas informações?
  • 14:11 - 14:13
    De forma a que as pessoas
    nos venham visitar
  • 14:13 - 14:16
    mas para aqueles que não podem,
    através das reconstruções.
  • 14:16 - 14:18
    Reproduzem-se algumas peças
  • 14:18 - 14:21
    e montam-se, para serem exibidas
  • 14:21 - 14:26
    em museus da Europa, da Ásia e dos EUA.
  • 14:26 - 14:29
    Daqui a pouco tempo, a partir de julho,
  • 14:29 - 14:33
    o Futalognkosaurus vai estar montado
    num museu do Canadá,
  • 14:33 - 14:37
    para as pessoas verem
    o que temos na Patagónia.
  • 14:39 - 14:42
    A Patagónia hoje é assim, um deserto,
  • 14:42 - 14:46
    mas, no passado, foi um paraíso,
  • 14:46 - 14:51
    com bosques e uma paisagem
    que hoje não existe,
  • 14:51 - 14:54
    mas talvez tenhamos
    uma coisa diferente,
  • 14:54 - 14:57
    um deserto belíssimo
    com pores-do-sol formosos
  • 14:57 - 15:01
    com dinossauros
    e uma interpretação do passado
  • 15:01 - 15:07
    que é digno de visitar
    e que todos podem ver ao vivo
  • 15:07 - 15:09
    e podem tocar naquela fauna
  • 15:09 - 15:12
    que viveu há mais de 90 milhões
    de anos, na Patagónia.
  • 15:12 - 15:13
    Muito obrigado.
  • 15:14 - 15:16
    (Aplausos)
Title:
Projeto DINO, uma janela do passado, do Cretáceo do nosso planeta | Jorge Calvo | TEDxRioLimay
Description:

Jorge Calvo fala-nos de um dos achados paleontológicos mais importantes do mundo, descoberto há mais de 10 anos na Patagónia, num local inusitado: um poço de água.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
Spanish
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:19

Portuguese subtitles

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