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RailsConf 2014 - Você NÃO é um Impostor por Nickolas Means

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    NICKOLAS MEANS: Como vocês tão?
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    PLATEIA: Bem! Yeah! Yeah!
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    N.M.: Ninguém falando "cansado"? Eu teria falado "cansado"
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    se alguém me perguntasse. Eu "tô" tão exausto.
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    Essa conferência tem sido ótima, mas extensa
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    e eu sou privilegiado por ser o último a falar.
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    Que é uma ótima piada para fazer
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    com um cara com Síndrome do Impostor.
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    Então quem organizou a agenda, bom trabalho!
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    Meu nome é Nickolas Means, mas nós estamos prestes
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    a ser bons amigos, então me chamem de
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    Nick. Você pode me achar ...
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    PLATEIA: Olá Nick!
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    N.M.: Olá. Você pode me achar como @nmeans no
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    Twitter se você estiver no seu notebook ou
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    celular. Eu sou um engenheiro no WellMatch Health.
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    Eu sou sortudo de poder parear remotamente quase 100%
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    do tempo da linda Austin, Texas com
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    um monte de pessoas bem inteligentes, consertando alguns dos
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    problemas complexos que aflingem nosso sistema de saúde.
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    Eu quero começar pedindo para vocês pensarem
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    um pouco. Qual é o seu maior medo
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    no trabalho? Qual a pior coisa que poderia acontecer
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    com você no seu emprego?
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    PLATEIA: Ser demitido!
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    N.M.: Eu posso dizer o meu. Eu sou um
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    desenvolvedor de sistemas por mais de uma década. Programei um
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    pouco de espaguete em PHP por um tempo. E mudei pra Ruby.
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    Estou no Ruby por, meu Deus, oito anos já! Eu trabalhei
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    programando sozinho. Trabalhei como programador
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    cylo onde eu era o único cara desenvolvendo
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    um produto e eu trouxe nosso time. Eu venho trabalhando
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    em um ótimo ambiente de grupo que é o
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    que eu estou atualmente.
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    Mas eu tenho um medo persistente, durante todo tempo
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    que eu sou um desenvolvedor de sistemas que está prestes
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    a ser demitido. Entretanto, quantas vezes você
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    acha que eu fui demitido durante esses mais de 10 anos
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    de desenvolvimento de sistemas?
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    Exatamente Brandon, três!
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    Não, zero.
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    Eu nunca fui demitido. Mas isso pode acontecer
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    em qualquer dia. Pelo menos, é isso que meu cérebro
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    insiste em me contar a todo momento. É só
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    uma questão de tempo até o meu chefe descobrir
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    que eu não tenho ideia do que estou
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    falando e que eu sou um péssimo desenvolvedor de sistemas e
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    todos os meus compromissos são lixo. E então eu vou
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    receber minha carta de demissão.
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    O que não é verdade, certo? Porque eu convenci um
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    monte de pessoas a me dar um emprego, e
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    Eu entreguei bom código, e ### COMPLETAR ###
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    ### COMPLETAR ### Meu código foi revisado. Eu pareio agora.
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    Então, eu sou, eu sou um programador razoável?
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    Essa é a parte principal da síndrome do impostor.
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    É uma série de crenças e comportamentos que foram
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    identificados em 1978 pela Dra. Pauline Rose Clance
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    e Suzanne Imes na Universidade Estadual da Geórgia.
    Dra. Clance
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    fez parte da equipe de psicologia na estadual da
    Georgia e
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    Dra. Imes foi uma pesquisadora, uma pesquisadora doutorando abaixo
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    dela. E elas entrevistaram várias
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    graduandas, mulheres
    especificamente. Entretanto, essas mulheres
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    estavam em programas de graduação
    bem competitivas. Elas
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    publicaram em jornais psicológicos prestigiados.
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    Mas mesmo assim não se consideravam muito.
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    Aí está uma ótima definição
    de síndrome do impostor
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    nesse resumo. Apesar de extraordinárias
    realizações acadêmicas e profissionais,
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    mulheres que sentem a síndrome do impostor
    insistem acreditar
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    que elas não são inteligentes e
    conseguiram enganar
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    todos que acreditam o contrário.
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    Então todas essas mulheres foram prestigiadas,
    todas
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    bem sucedidas, mas ainda acreditam que
    enganaram todos
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    ao redor. E tudo que as pessoas
    lhe disseram
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    sobre elas não era verdade. Então se
    você
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    sentiu esse tipo de sentimento, onde
    você acredita que
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    pessoas ao seu redor dizem coisas boas
    sobre você que
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    não são verdade, deixe-me dizer um pouco
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    sobre você mesmo.
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    Há uma boa chance de você ser introvertido.
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    Uma boa chance de você ser perfeccionista. Às vezes,
    você é um
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    workaholic. E às vezes, você é um procastinador.
    Você,
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    provavelmente, tem um profundo e
    permanente medo de fracassar.
  • 3:57 - 3:59
    Você provavelmente fica muito disconfortável
    quando pessoas
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    te elogiam. Você provavelmente se sente
    menos competente que seus
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    colegas. Se isso repercutiu um pouco, há
    boas notícias.
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    Você NÃO está sozinho!
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    Como podemos ver, esses sentimentos
    são bem comuns.
  • 4:12 - 4:17
    A pesquisa da Dra. Clance indica
    que cerca de 70% das pessoas
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    sentem síndrome do impostor
    durante a carreira.
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    Agora, isso não quer dizer
    que todos o sentem
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    da mesma maneira.
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    Existem pessoas como eu, que
    sentiu durante
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    toda a carreira constantemente,
    com medo de
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    ser demitido a qualquer instante. e
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    existem outros que talvez isso
    aconteça somente quando
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    elas começam em um novo emprego,
    ou elas se formaram
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    e vão para o mercado de trabalho.
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    Mas independente onde você
    esteja nessa escala,
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    existem maneiras para diminuir essa
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    sensação. Então duas coisas
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    que eu quero fazer nessa palestra.
    Primeiro,
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    eu quero te dizer como seu cérebro
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    te engana. Pois existem várias coisas que
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    vem à sua cabeça que reforça esse "Impostorismo",
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    e essa incapacidade de aceitar o seu sucesso.
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    E eu quero te dizer como corrigir
  • 4:56 - 4:59
    seu cérebro. Como podemos ver,
    a síndrome do impostor na
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    sua cabeça é uma espécie de loop infinito que
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    é executado várias vezes. E o que
    nós
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    temos que fazer é encontrar uma brecha
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    para sair desse ciclo.
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    E se nós conseguirmos isso, então
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    podemos começar a funcionar um pouco melhor.
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    Mas, antes disso, eu quero contar para
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    vocês uma história. Ela é sobre a primeira palestra
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    que eu dei. E vocês não sabiam disso
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    quando entraram nesse espaço, mas vocês
    são sortudos
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    de fazer parte dessa grande experiência.
    Alguém
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    decidiu que seria uma boa ideia me conceder
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    uma chance de falar na RailsConf.
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    Eu decidi, em um impulso, cerca de uma hora antes
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    do CFP fechar que eu iria enviar
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    a proposta dessa palestra. E essa palestra
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    já havia sido rejeitada em algumas conferências.
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    Então eu ajustei ela um pouco. Limpei ela.
  • 5:42 - 5:45
    Deixei ela um pouco melhor.
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    E enviei.
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    E o processo de envio da RailsConf é feito
    sob medida para
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    alguém com síndrome do impostor. Porque a
    primeira etapa é
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    às cegas. Então eu não preciso
    me preocupar por
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    eu não ter aquela reputação na comunidade
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    e ninguém sabe o meu nome. E durante
    esse
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    processo, existe a chance das pessoas revisarem
    sua proposta
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    para te dar um feedback.
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    Então, Sarah Mae, abençoada seja, leu meu
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    rascunho incompleto e me deu um ótimo feedback.
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    Eu enxuguei bem meu resumo, e
    aparentemente
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    foi suficiente para me colocar na
    seleção final,
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    e minha palestra foi aceita!
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    Então, eu estava passeando com minha esposa e
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    meu filho de três anos, quando eu recebi o e-mail
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    aceitando minha palestra na RailsConf. Eu engasguei,
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    e fiquei mudo, minha esposa pensou que
    alguém
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    importante tinha morrido.
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    Finalmente, eu contei para ela
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    o que tinha acontecido. E eu estava bem animado.
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    Então quando eu enviei a proposta, durante todo o tempo
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    eu esperando para ver se eu fui aceito
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    ou não, eu estou imaginando. Nossa equipe faz
    Happy Hour
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    toda sexta, e eu estou imaginando contar para
    os meus colegas
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    que minha palestra foi aceita na RailsConf.
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    E eu contei para eles, e isso foi
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    glorioso.
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    Mas aí caiu a ficha. Eu não sei se
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    algum de vocês já falou para um grupo
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    de usuários ou algo parecido, mas na verdade, você
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    não precisa realmente escrever a palestra antes
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    que ela seja aceita. Então, assim que sua palestra
    é aceita, você
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    tem que começar a escrevê-la. E isso me pegou
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    imediatamente, dentro dessa preocupação, medo, pânico e terror.
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    Eu me sentei, tentei criar um esboço
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    inicial. Bloqueio criativo total. Eu não conseguia
    pensar
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    em nada. Eu não conseguia organizar meus
    pensamentos para
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    me salvar. O mais engraçado foi o meu cérebro
    me pregando
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    essa peça. Ele me falava que eu não
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    tinha síndrome do impostor suficiente para
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    dar uma palestra sobre síndrome do impostor.
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    Então eu continuei. E eu,
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    eu fiz um teste de síndrome do impostor, no qual
    eu
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    pontuei muito alto. E eu vou compartilhar esse teste
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    com vocês depois. Depois disso, eu entrei no
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    modo overwork. Normalmente, eu sou um grande
    procastinador.
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    Normalmente, eu sento e espero até o último
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    minuto para fazer alguma coisa. Mas meu cérebro
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    pensou que isso era importante, porque entrou no modo overwork
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    no dia 1. Três dias depois que eu soube
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    que minha palestra foi aceita, minha família estava
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    se preparando para as férias, e vocês sabem, como vocês, eu
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    carreguei meu Kindle com artigos de psicologia e
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    levei livros, e passei a maior parte das minhas férias
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    lendo sobre síndrome do impostor. O que não foi
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    o planejado.
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    E então o próximo passo no ciclo
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    é sucesso. Agora, claro que o júri ainda não
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    decidiu. Mas, se Deus quiser, quando saírem,
    vocês não
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    sentirão que o seu tempo foi em vão nessa
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    palestra. E depois, eu vou sentir
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    um alívio inicial.
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    Um colega de trabalho me perguntou - Eu tenho
    essa enorme
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    lista de coisas que eu espero que aconteçam depois
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    da palestra. E um colega de trabalho me perguntou, OK,
  • 8:30 - 8:31
    então o que você realmente quer que aconteça depois
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    dessa palestra? Sério, tudo que eu quero depois
    dessa palestra
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    é ajudar alguém. Se eu realizar isso,
    isso
  • 8:36 - 8:37
    é tudo que eu quero.
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    Então, se isso acontecer, eu vou sentir algum alívio
    inicial.
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    Mas aí, como nós fazemos, eu vou pular para
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    esse próximo passo onde eu estou focando em todas
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    as pequenas falhas nessa palestra. Eu vou focar nas
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    piadas não funcionaram. Eu vou
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    focar nas vezes que eu disse "uh", e
  • 8:50 - 8:54
    "um" e gaguejei nos meus pontos e nos conteúdos
  • 8:54 - 8:55
    que eu esperava ter abordado melhor ou
  • 8:55 - 8:58
    expressado diferente.
  • 8:58 - 8:59
    E então eu vou mudar na essência
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    da síndrome do impostor. Eu vou começar a
    negar o meu
  • 9:02 - 9:05
    sucesso. Eu vou começar a sentir que as pessoas
    dizendo coisas boas
  • 9:05 - 9:07
    sobre mim no corredor só estão fazendo
  • 9:07 - 9:10
    porque elas sabem que eu tenho síndrome do impostor
    e
  • 9:10 - 9:13
    que eu preciso de elogios.
  • 9:13 - 9:15
    E isso, sabe, isso é o que nós fazemos.
  • 9:15 - 9:18
    Nós desconsideramos nosso sucesso, e isso te rouba
  • 9:18 - 9:21
    a habilidade de aproveitar seu sucesso. Então,
    quando
  • 9:21 - 9:23
    a próxima oportunidade chegar, você volta direto
  • 9:23 - 9:25
    nesse ciclo, porque você nunca atingiu
    o sucesso
  • 9:25 - 9:28
    na sua vida. Pelo menos na sua própria mente.
  • 9:28 - 9:30
    Esse é o ciclo do impostor. Novamente,
    isso foi
  • 9:30 - 9:35
    identificado na pesquisa da Dra. Clance, e
  • 9:35 - 9:37
    isso é motivado pela superstição de que nós temos
    que passar
  • 9:37 - 9:41
    por esse medo, dúvida, overwork e pânico
  • 9:41 - 9:44
    para realizar as coisas. Então você passa por isso,
  • 9:44 - 9:47
    olha pra trás. Você foi razoável.
  • 9:47 - 9:49
    O motivo de você ter sido razoável é porque
    você passou
  • 9:49 - 9:53
    por esse enorme processo de ficar em pânico e
    cheio de medo
  • 9:53 - 9:54
    e procastinando e overworking.
  • 9:54 - 9:57
    Então você desenvolveu essa superstição que se você não
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    fizer assim, se você não passar por esse inferno,
  • 9:59 - 10:01
    você não será capaz de realizar o que quer que seja
  • 10:01 - 10:03
    que você esteja tentando fazer. E então
  • 10:03 - 10:05
    isso te nega a habilidade de absorver seu
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    sucesso e de se sentir que você é realmente é uma
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    pessoa capaz e competente.
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    Há várias coisas passando pelo seu
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    cérebro que permitem que isso aconteça. Eu atribuo
    isso
  • 10:12 - 10:15
    ao que eu disse anteriormente. A, uma das
  • 10:15 - 10:18
    primeiras é a introversão. Provalmente, existem
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    muitos introvertidos nessa palestra. E o detalhe dos
    introvertidos
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    é que nós passamos muito tempo dentro
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    das nossas próprias cabeças, certo. Nós
    gastamos muito
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    tempo repassando interações sociais,
    desejando que não tivéssemos sido estranhos,
  • 10:30 - 10:32
    desejando que nós fossemos melhores
    durante as conversas simples.
  • 10:32 - 10:34
    Nós encontramos esse nosso herói na conferência.
  • 10:34 - 10:36
    Nós conversamos com ele e falamos
    alguma coisa bem idiota
  • 10:36 - 10:37
    e colocamos nossos pés pelas mãos, e nós
  • 10:37 - 10:40
    passamos as próximas seis horas pensando sobre isso.
  • 10:40 - 10:44
  • 10:44 - 10:47
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Title:
RailsConf 2014 - Você NÃO é um Impostor por Nickolas Means
Description:

Apesar da Síndrome do Impostor ter chamado atenção na comunidade Ruby recentemente, vários programadores incríveis ainda se escondem com medo de serem descobertos como fraudes. Eles atribuem suas realizações a tudo exceto seus próprios talentos e não acreditam que são merecedores do sucesso. Eu sei, pois venho lutando contra a síndrome do impostor durante toda a minha carreira. Nessa palestra, eu vou mostrar a vocês o que faz a síndrome do impostor ser tão poderosa e como você pode se libertar dela.

Nickolas Means é um engenheiro de software na WellMatch Health e passa seus dias pareado remotamente de Austin, Texas. Ele é um defensor de que tudo seja feito pareadamente, e acredita que vulnerabilidade e humildade são as duas mais importantes virtudes no desenvolvimento de softwares.

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Video Language:
English
Duration:
33:03

Portuguese, Brazilian subtitles

Incomplete

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