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Porque é que as alterações climáticas são antijustiça | Hot Mess

  • 0:03 - 0:06
    Em que pensa quando ouve
    as palavras "alterações climáticas"?
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    É provável que pense na natureza triste,
    em algum sítio muito afastado.
  • 0:10 - 0:14
    Porém, as alterações climáticas também
    afetam os seres humanos, em todo o mundo
  • 0:14 - 0:17
    incluindo onde vive e onde eu vivo.
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    Afetam as pessoas
    e os locais que vemos diariamente
  • 0:20 - 0:23
    e vão afetar alguns de nós
    mais do que outros.
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    A época de furacões
    do Oceano Atlântico de 2017
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    foi uma estas épocas
    mais ativas da história
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    com 17 tempestades batizadas
    e 10 furacões.
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    Seis desses furacões tiveram ventos
    de mais de 110 milhas por hora
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    e apesar de se difícil saber
    se estes eventos são causados
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    pelas alterações climáticas
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    sabemos que vão criar
    condições mais extremas.
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    Estamos a ver como poderia ser o futuro
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    na Cidade do Cabo, África do Sul.
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    Lá, uma seca tem afetado
    as reservas locais
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    levando a um racionamento da água
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    à medida que a cidade se prepara
    para quando as torneiras secarem.
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    Além disso, quando a uma comunidade
    que já enfrenta estas dificuldades
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    se acrescenta climas extremos
    devido a alterações climáticas
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    tal pode dificultar ainda mais
    a recuperação dessas comunidades.
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    Nem todas as comunidades
    ​sentem estas mudanças
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    da mesma forma.
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    Algumas têm mais recursos,
    uma melhor infraestrutura
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    ou mais capital político
    do que outras comunidades.
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    Existe um conceito para lidar
    com estas desigualdades.
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    Tem o nome de "justiça ambiental"
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    e a ideia é bem simples.
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    As comunidades não deveriam ser forçadas
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    a sofrer efeitos
    ambientais desproporcionais
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    ou a lidar com mais poluição por
    pertencerem a uma determinada raça
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    nacionalidade ou nível de rendimentos.
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    As pessoas de comunidades ricas consideram
    que estas preocupações estão distantes.
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    Porém, mesmo num lugar
    como os Estados Unidos
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    onde pensamos que estamos à frente
    no que se refere à proteção de todas as pessoas
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    a execução tem sido inconsistente.
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    Ainda encontramos muitas disparidades
    ambientais no nosso próprio espaço.
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    Durante a limpeza de Miami
    após o furacão Maria
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    oficiais despejaram
    resíduos junto a uma comunidade
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    com muitos residentes
    de baixo rendimento e pessoas de cor
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    Definitivamente perto
    para serem vistos e cheirados.
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    Em Houston, os residentes
    que não tinham posses
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    ou fisicamente não conseguiram
    evacuar antes do furação Harvey
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    não tiveram outra opção a não ser ficar
    e ver a cidade a inundar.
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    Puerto Rico tem enfrentado
    cortes orçamentais
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    e uma falta de infraestruturas há décadas.
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    Após uma série de furacões
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    os residentes tiverem dificuldade
    em encontrar água potável limpa
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    e grande parte da ilha
    ficou sem eletricidade durante meses.
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    É muito mais do que
    eventos individuais extremos.
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    Em muitos locais, os dias já quentes,
    estão a ficar ainda mais quentes
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    e existem em maior número.
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    Este calor pode ser especialmente
    mortífero em casas em ar condicionado.
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    Por exemplo, o índice de calor
    em habitações sociais no Harlem
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    permanecem perigosamente
    elevadas durante a noite
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    mesmo quando fica mais fresco no exterior.
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    E com o aumento da média da temperatura
    devido a alterações climáticas
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    as desigualdades sistémicas
    como estão, irão ficar mais óbvias.
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    Isto não significa que os Estados Unidos
    nunca tentaram resolver estes problemas.
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    A luta pela justiça ambiental nos EUA
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    tem a sua origem em 1982,
    em Warren County, Carolina do Norte
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    quando os residentes
    fizeram demonstrações em massa
  • 3:00 - 3:03
    contra um plano de deitar solo contaminado
    num aterro nas proximidades.
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    A Agência de Proteção
    Ambiental dos EUA, ou EPA
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    detetou que aterros similares
    em estados do sul
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    estavam localizados em bairros
    negros ou de baixo rendimento.
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    Vários anos mais tarde, um relatório
    descobriu que era padrão em todo o país.
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    Instalações de resíduos perigosas
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    encontravam-se mais frequentemente
    em comunidades de minorias.
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    As provas eram irrefutáveis
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    por isso, em 1992,
    o presidente George H. W. Bush
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    fundou a Agência
    de Justiça Ambiental na EPA
  • 3:31 - 3:33
    Dois anos mais tarde,
    Bill Clinton assinou um decreto
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    que indicava às agências federais
    que considerassem a justiça ambiental
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    em todas as políticas e que incluíssem
    de forma eficaz proteções ambientais
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    ao abrigo da lei dos direitos civis.
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    Parecia que as coisas
    estavam a correr bem, certo?
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    As políticas de
    justiça ambiental estagnaram
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    quando George W. Bush mudou o foco
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    da Agência de Justiça Ambiental
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    da proteção de comunidades
    de baixo rendimento e de minorias
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    para a proteção de todas as pessoas.
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    Parece boa ideia, mas na prática
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    isto significa que os esforços
    deixaram de se focar
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    na proteção das pessoas que mais precisam.
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    Ao mesmo tempo, muitas reivindicações
    de direitos ambientais civis
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    foram adiadas durante anos
    ou simplesmente rejeitadas.
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    Após a eleição de Barack Obama
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    a sua administração voltou
    a comprometer-se com a justiça ambiental.
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    Os democratas controlaram
    a Câmara dos Representantes, o Senado
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    e a Presidência durante dois anos
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    mas adivinhem quantos projetos de lei
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    apresentaram para reforçar
    as proteções de justiça ambiental?
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    Zero.
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    Atualmente, o financiamento da Agência
    de Proteção Ambiental está sob ameaça
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    assim, as comunidades vulneráveis
    continuam em risco.
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    É fácil assumir que as alterações
    climáticas nos afetam de igual forma
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    mas a verdade é que
    as comunidades à nossa volta
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    incluindo aquela em que se insere
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    pode ser forçada a sofrer
    um golpe desigual no mundo mudança.
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    Se quiser alterar isto
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    temos de reconhecer as disparidades
    e interagir com essas comunidades.
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    Desta forma, à medida que
    encontramos soluções
  • 4:48 - 4:51
    todos podem ajudar.
  • 4:51 - 4:53
    Obrigado por ver a Hot Mess.
  • 4:53 - 4:56
    Se gostar do que vê,
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Title:
Porque é que as alterações climáticas são antijustiça | Hot Mess
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Em que pensa quando ouve as palavras "alterações climáticas"? É provável que pense na natureza triste, em algum sítio muito afastado. Porém, as alterações climáticas também afetam os seres humanos, em todos os cantos do mundo, incluindo o canto em que vive e onde eu vivo. Afetam as pessoas e os locais que vemos todos os dias e vão afetar alguns de nós mais do que outros.

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Anfitriã/Guionista: Talia Buford, ProPublica
Diretor criativo: David Schulte
Editores/animadores: Karl Boettcher e Derek Borsheim
Produtores: Stephanie Noone e Amanda Fox
Chefe de redação: Joe Hanson, Ph.D.
Editor de histórias: Alex Reich

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Produzido por PBS Digital Studios
Música do tema: Eric Friend/Optical Audio
Música: APM
Imagens de banco de imagens de http://www.shutterstock.com

Agradecemos aos fundadores de Peril & Promise por apoiarem a PBS Digital Studios. A Peril & Promise é uma iniciativa de meios de comunicação pública nacional da WNET que conta histórias de seres humanos relacionadas com a alteração climática e as suas soluções. Saiba mais em: http://www.pbs.org/wnet/peril-and-promise/

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Video Language:
English
Team:
Amplifying Voices
Project:
Environment and Climate Change
Duration:
05:11

Portuguese subtitles

Incomplete

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