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    Este episódio de
    "É o fim do mundo tal como
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    o conhecemos e estou de boa"
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    ficou possível graças às contribuições
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    de escravos como você!
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    Muito obrigado!
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    Esse vídeo amador
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    captura a violência do ataque
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    a dois policiais na quarta feira.
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    Após ter quebrado o vidro do carro,
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    um manifestante joga um explosivo
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    dentro do veículo...
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    assim ateando fogo.
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    O ataque aconteceu enquanto A POLÍCIA
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    estava protestando a pouca distância,
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    na praça da república
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    de paris.
  • 0:35 - 0:37
    Nesta primavera mais de 350 deles
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    foram feridos por manifestantes
  • 0:39 - 0:41
    durante o movimento "noite erguidos"
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    e concentrações contra a nova
    "lei do trabalho".
  • 0:44 - 0:45
    Umas centenas de pessoas
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    desafiaram uma ordem do governo
  • 0:46 - 0:48
    e se reuniram no mesmo momento
  • 0:48 - 0:50
    para protestar contra a violência policial,
  • 0:50 - 0:53
    cantando "todo mundo odeia a polícia"
  • 1:01 - 1:03
    Boooooooooooom dia escravos
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    e bem-vindos a uma nova sedição de
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    "É o fim do mundo tal como
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    o conhecemos e estou de boa"
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    o programa onde uzomis
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    recebem atualizações sobre
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    a realidade... de graça !
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    Isso realmente levanta a pergunta...
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    o que quer fazer ?
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    Quer tentar a sorte
  • 1:16 - 1:17
    e arriscar ficar DESMAIADO?
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    Caramba !
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    Puts... Uau !
  • 1:21 - 1:22
    Que imbecil !
  • 1:24 - 1:25
    Que mané !
  • 1:26 - 1:26
    Ótimo !
  • 1:26 - 1:28
    Sou seu apresentador o stimulator
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    e mesmo sem ficar sabendo
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    pela porra das mídias comerciais...
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    Os candidatos foram para o twitter !
  • 1:33 - 1:35
    Juro por mim !
  • 1:35 - 1:36
    Realmente tinha muito o que discutir.
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    Há meses agora, o povo na frança
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    tem ensinado ao mundo
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    uma lição valiosa sobre como conduzir
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    o caralho de uma insurreição popular.
  • 2:06 - 2:07
    Enquanto uma atenção razoável
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    tem sido dedicada a noite erguidos,
  • 2:09 - 2:10
    o movimento vivíssimo
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    de participação democrática
  • 2:11 - 2:13
    cujo participantes ainda mantêm
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    assembleias diárias em cidades
  • 2:14 - 2:16
    de todo o país,
  • 2:16 - 2:17
    à margem dessas ocupações
  • 2:17 - 2:19
    um movimentos descentralizado
    mais amplo
  • 2:19 - 2:20
    vem crescendo numa
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    demonstração nacional de
  • 2:22 - 2:24
    inovação tática
  • 2:24 - 2:26
    e puta resistência militante.
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    Em apenas um exemplo,
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    no primeiro de maio,
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    militantes da cidade de rennes
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    invadiram e ocuparam a
    "maison du peuple"
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    ou "casa do povo", transformando-a
  • 2:35 - 2:37
    em local público de concentrações
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    e central logística completa até
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    em sua própria estação de rádio
    de guerrilha.
  • 2:41 - 2:43
    Esses ocupantes durões seguraram
  • 2:43 - 2:45
    a ocupação por quase duas semanas,
  • 2:45 - 2:46
    até que um esquadrão de choque
  • 2:46 - 2:48
    fortemente armado conseguiu tomar
  • 2:48 - 2:50
    o prédio de volta em 13 de maio.
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    Maaaaaaaaaas em vez de aceitarem
    a derrota,
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    os caras ligaram o foda-se
  • 2:53 - 2:55
    e voltaram a ocupar o prédio
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    no dia 27 de maio,
  • 2:56 - 2:57
    obrigando uzomis a voltarem
  • 2:57 - 2:59
    e limparem tudo de novo dois dias depois.
  • 3:01 - 3:03
    É... A frança se tornou um verdadeiro
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    mosaico de revolta,
  • 3:04 - 3:06
    uma tapeçaria de protestos combatentes
    de rua,
  • 3:06 - 3:08
    ocupações, ações diretas, e
  • 3:08 - 3:10
    greves gerais nacionais de um dia.
  • 3:10 - 3:13
    A última foi no dia 26 de maio,
    quando mais de
  • 3:13 - 3:16
    150 mil pessoas foram às ruas
  • 3:16 - 3:18
    em cidades de todo o país,
  • 3:18 - 3:20
    com tumulto e confrontos com a polícia
  • 3:20 - 3:21
    surgindo em toulouse, nantes,
  • 3:21 - 3:22
    lyon e bordeaux.
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    Em paris mais de 20 mil pessoas
  • 3:24 - 3:26
    foram às ruas para um protesto
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    particularmente agitado.
  • 3:27 - 3:28
    Durante a rixa,
  • 3:28 - 3:31
    um fotógrafo de 28 anos, romain d.,
  • 3:31 - 3:32
    foi gravemente ferido
  • 3:32 - 3:33
    por uma bomba de efeito moral
  • 3:33 - 3:34
    e acabou ficando
  • 3:34 - 3:36
    8 dias em coma.
  • 3:40 - 3:42
    No dia 4 de junho um grande grupo
    de antifa
  • 3:42 - 3:44
    foi às ruas de paris
  • 3:44 - 3:46
    para homenagear o antifascista
  • 3:46 - 3:48
    clément méric, assassinado 3 ano antes
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    aos 18 anos
  • 3:50 - 3:52
    por submerdas neonazistas
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    em 2013.
  • 3:53 - 3:55
    Após umas lojas de luxo
  • 3:55 - 3:56
    e uma imobiliária
  • 3:56 - 3:57
    terem sido destruídas,
  • 3:57 - 3:59
    a marcha se transformou rapidamente
  • 3:59 - 4:00
    em combate de rua,
  • 4:00 - 4:02
    com uzomi atacando com
  • 4:02 - 4:04
    gás de pimenta, bombas de efeito moral
  • 4:04 - 4:05
    e balas de borracha,
  • 4:05 - 4:07
    e militantes respondendo com garrafas,
  • 4:07 - 4:09
    tijolos e outros projeteis.
  • 4:09 - 4:10
    Os trabalhadores franceses
  • 4:10 - 4:12
    lutaram duro pacarai,
  • 4:12 - 4:13
    paralisando o país
  • 4:13 - 4:15
    com uma série de greves coordenadas
  • 4:15 - 4:16
    e barricadas para forçar
  • 4:16 - 4:18
    o governo a se retrair com
  • 4:18 - 4:20
    sua proposta de reforma
    das leis trabalhistas,
  • 4:20 - 4:22
    as chamadas "leis do trabalho".
  • 4:22 - 4:24
    Considerando a orgulhosa história
  • 4:24 - 4:25
    de ações militantes dos trabalhadores
  • 4:25 - 4:27
    franceses, sequestro
  • 4:27 - 4:28
    de patrões e sabotagem industrial,
  • 4:28 - 4:30
    as lideranças meia boca dos sindicatos
  • 4:30 - 4:32
    do país foram obrigadas a se juntarem
  • 4:32 - 4:33
    a essas greves,
  • 4:33 - 4:34
    num esforço desesperado para
  • 4:34 - 4:35
    manterem sua posição como
  • 4:35 - 4:37
    parceiros legítimos de negociações
  • 4:37 - 4:38
    do estado francês.
  • 4:38 - 4:39
    Essa onda de agitação dos trabalhadores
  • 4:39 - 4:40
    atingiu duramente
  • 4:40 - 4:43
    os setores de energia e transporte ,
  • 4:43 - 4:45
    com operários bloqueando refinarias
    e depósitos
  • 4:45 - 4:46
    de combustível,
  • 4:46 - 4:49
    e fechando as usinas nucleares,
  • 4:49 - 4:51
    gerando longas filas
    nos postos de gasolina
  • 4:51 - 4:52
    e forçando o governo a usar suas
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    reservas estratégicas de combustível.
  • 4:54 - 4:56
    A esses trabalhadores se juntaram
  • 4:56 - 4:57
    as greves dos ferroviários,
  • 4:57 - 4:58
    estivadores, caminhoneiros,
  • 4:58 - 5:00
    controladores aéreos,
  • 5:00 - 5:01
    e milhares de estudantes.
  • 5:01 - 5:03
    Pilotos da companhia aérea nacional,
  • 5:03 - 5:05
    air france, também se juntaram à luta,
  • 5:05 - 5:07
    anunciando planos
    para uma greve de 3 dias.
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    A instabilidade chega em
  • 5:09 - 5:10
    uma hora particularmente ruim para o
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    o fala-merda do presidente francês,
  • 5:12 - 5:14
    françois hollande.
  • 5:14 - 5:16
    No momento da redação deste, o país
  • 5:16 - 5:17
    tenta segurar as pontas para receber
  • 5:17 - 5:19
    o euro 2016, uma extravagancia
  • 5:20 - 5:21
    futebolística de um mês que vai
  • 5:21 - 5:23
    inundar o país
  • 5:23 - 5:24
    de turistas,
  • 5:24 - 5:25
    e botá-lo debaixo
  • 5:25 - 5:26
    dos holofotes internacionais.
  • 5:26 - 5:28
    Com o partido socialista, no poder,
  • 5:28 - 5:30
    recusando obstinadamente a recuar,
  • 5:30 - 5:32
    os sindicatos nacionais estão marcando
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    outra greve geral para o dia 14 de junho,
  • 5:35 - 5:37
    e com a juventude francesa intransigente
  • 5:37 - 5:39
    sem nenhum sinal de que vai parar
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    de jogar garrafas e pedras nos puliça,
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    e tacar fogo na porra toda
    a qualquer momento,
  • 5:43 - 5:45
    os próximos dias e semanas devem dar
  • 5:45 - 5:47
    o maior espetáculo.
  • 7:00 - 7:01
    Na minha última sedição,
  • 7:01 - 7:02
    eu e meus escravos do subMedia
  • 7:02 - 7:04
    demos uma olhada saudosa
  • 7:04 - 7:05
    à comuna de oaxaca,
  • 7:05 - 7:07
    uma insurreição épica de 6 meses
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    que fará 10 anos no dia 14 de junho.
  • 7:10 - 7:12
    No meu relato, apontei para o fato de
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    que os professores da seção 22 da
  • 7:13 - 7:15
    Coordinadora Nacional
  • 7:15 - 7:16
    de Trabajadores de la Educación,
  • 7:16 - 7:17
    ou CNTE,
  • 7:17 - 7:19
    que iniciaram tudo lá em 2006,
  • 7:19 - 7:22
    estão na luta até hoje.
  • 7:22 - 7:23
    Há 3 anos já,
  • 7:23 - 7:24
    lideram a resistência contra
  • 7:24 - 7:26
    a reforma neoliberal da educação que
  • 7:26 - 7:28
    o ladrão de taco do presidente,
  • 7:28 - 7:30
    enrique peña nieto, esteve tentando
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    impor na porra do país todo.
  • 7:32 - 7:34
    Bem... Esse trabalho deu resultados.
  • 7:34 - 7:36
    E no dia 15 de maio,
  • 7:36 - 7:37
    no dia nacional do professor,
  • 7:37 - 7:39
    membros do CNTE iniciaram uma
  • 7:39 - 7:40
    puta greve sem data para acabar,
  • 7:40 - 7:42
    e pessoas do país todo participaram
  • 7:42 - 7:44
    de um dia de ação com marchas,
  • 7:44 - 7:46
    concentração e ocupação de praças,
  • 7:46 - 7:47
    ou "plantóns",
  • 7:47 - 7:51
    que apareceram em 23 dos 31 estados
    do méxico.
  • 7:51 - 7:52
    Desde então, a greve paralisou
  • 7:52 - 7:55
    a porra do sistema de ensino todo,
  • 7:55 - 7:57
    com milhares de escolas fechadas
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    nos estados sulistas de oaxaca,
  • 7:59 - 8:01
    chiapas, guerrero, veracruz e michoacan,
  • 8:01 - 8:03
    e o apoio é forte no distrito federal
  • 8:03 - 8:05
    do país, onde 1 em cada 5
  • 8:05 - 8:06
    mexicanos vive.
  • 8:06 - 8:08
    Em chiapas, em 27 de maio,
  • 8:08 - 8:10
    milhares de professores ocuparam
  • 8:10 - 8:12
    temporariamente uma rádio privada
  • 8:12 - 8:13
    e estações de TV para
  • 8:13 - 8:15
    denunciar a forma como
    as mídias corporativas
  • 8:15 - 8:16
    cobriram a greve,
  • 8:16 - 8:17
    e para divulgar sua própria mensagem.
  • 8:17 - 8:19
    No mesmo dia, os professores
    de oaxaca,
  • 8:19 - 8:22
    numa manobra tática
    realmente impressionante,
  • 8:22 - 8:23
    conseguiram cercar um batalhão
  • 8:23 - 8:25
    de centenas de policiais federais,
  • 8:25 - 8:27
    forçando-o numa situação
  • 8:27 - 8:28
    esquisita onde tiveram que
  • 8:28 - 8:30
    negociar sua própria soltura.
  • 8:30 - 8:33
    Nas áreas mais atingidas pelas greves,
  • 8:33 - 8:35
    os professores contam com
  • 8:35 - 8:36
    amplo apoio popular.
  • 8:36 - 8:37
    Eles não só pedem que
  • 8:37 - 8:39
    o governo rasgue sua proposta
  • 8:39 - 8:40
    de reforma da educação, mas também
  • 8:40 - 8:43
    estão pedindo maior verba
  • 8:43 - 8:44
    para a educação em geral,
  • 8:44 - 8:46
    liberdade para todos os presos políticos
  • 8:46 - 8:47
    e prisioneiros de consciência,
  • 8:47 - 8:49
    e justiça para os 43 estudantes
  • 8:49 - 8:52
    normalistas de ayotzinapa
    desaparecidos .
  • 8:53 - 8:54
    E é por isso que estamos lado a lado...
  • 8:54 - 8:56
    pelos nossos professores,
    nossas crianças...
  • 8:56 - 8:58
    e pelas gerações futuras.
  • 8:59 - 9:00
    E um pouco mais ao sul,
  • 9:00 - 9:02
    a colômbia também foi parada
  • 9:02 - 9:04
    nesse caso por um "paro nacional",
  • 9:04 - 9:06
    ou greve geral,
  • 9:06 - 9:08
    iniciada em 30 de maio
    por uma ampla coalizão
  • 9:08 - 9:10
    de grupos indígenas,
  • 9:10 - 9:12
    afro-colombianos, produtores rurais,
    caminhoneiros,
  • 9:12 - 9:14
    professores, estudantes
    e trabalhadores precários.
  • 9:14 - 9:16
    Durante a greve, estima-se
  • 9:16 - 9:19
    que 100.000 pessoas participaram
  • 9:19 - 9:22
    de mais de 100 barricadas, ocupações
  • 9:22 - 9:25
    e concentrações pelo país.
  • 9:25 - 9:27
    É a terceira greve geral este ano,
  • 9:27 - 9:29
    e é cada vez mais intensa.
  • 9:29 - 9:31
    Uma das táticas prediletas
  • 9:31 - 9:32
    nessas greves foi
  • 9:32 - 9:34
    a coordenação de bloqueios de estradas
  • 9:34 - 9:36
    em massa por produtores rurais,
    com o objetivo de paralisar
  • 9:36 - 9:38
    as redes de transporte nacionais
  • 9:38 - 9:40
    para que o governo
    seja obrigado a ceder.
  • 9:40 - 9:42
    Na greve atual, os participantes
  • 9:42 - 9:44
    emitiram diversas demandas,
  • 9:44 - 9:46
    muitas dela tendo a ver com a onda
  • 9:46 - 9:48
    de privatizações
    dos ativos do estado
  • 9:48 - 9:49
    e de recursos naturais.
  • 9:49 - 9:51
    A falha do presidente
  • 9:51 - 9:53
    cara de cú de lagarto da colômbia,
  • 9:53 - 9:54
    juan manuel santos,
  • 9:54 - 9:56
    em honrar seus
    compromissos anteriores
  • 9:56 - 9:57
    com os movimentos sociais,
  • 9:57 - 9:59
    e a situação horrível
  • 9:59 - 10:00
    dos direitos humanos no país,
  • 10:00 - 10:02
    onde desaparecimentos e assassinatos
  • 10:02 - 10:04
    de organizadores
    e defensores de terras
  • 10:04 - 10:05
    ainda são práticas comuns.
  • 10:05 - 10:07
    Então... Para saber mais sobre
  • 10:07 - 10:09
    o que porra está rolando na colômbia,
  • 10:09 - 10:10
    falei recentemente com marcela
  • 10:10 - 10:13
    de "las organizaciones
    sociales de arauca", ou
  • 10:13 - 10:16
    "as organizações sociais de arauca".
  • 10:16 - 10:18
    E aí marcela, tudo beleza?
  • 10:19 - 10:21
    Há muita violência contra o povo.
  • 10:21 - 10:23
    Então... Não está tudo bem.
  • 10:23 - 10:25
    Em 30 de maio, o povo na colômbia
  • 10:25 - 10:27
    organizou o paro nacional,
  • 10:27 - 10:28
    ou o bloqueio geral,
  • 10:28 - 10:31
    que se parece com uma greve geral.
  • 10:31 - 10:33
    O que levou o povo a fazer isso?
  • 10:33 - 10:36
    Bom, é principalmente
    o modelo econômico.
  • 10:36 - 10:37
    O povo está cansado
  • 10:37 - 10:39
    das mesmas políticas econômicas
  • 10:39 - 10:41
    que o governo vem aplicando
    há décadas.
  • 10:41 - 10:43
    São essas políticas que geraram
  • 10:43 - 10:44
    o conflito armado no país,
  • 10:44 - 10:46
    mas também geraram
  • 10:46 - 10:48
    problemas sociais que o povo
  • 10:48 - 10:50
    não tolera mais.
  • 10:50 - 10:52
    É isso que provocou essa greve
  • 10:52 - 10:54
    nacional agrária, camponesa,
  • 10:54 - 10:56
    étnica e popular.
  • 10:56 - 10:57
    Como este paro foi organizado?
  • 10:57 - 10:59
    E qual foi a resposta do estado?
  • 10:59 - 11:01
    Bem, os movimentos sociais
  • 11:01 - 11:02
    são conectados a um programa
  • 11:02 - 11:04
    chamado cúpula agrária,
  • 11:04 - 11:06
    que conta com a participação de
  • 11:06 - 11:08
    camponeses, indígenas
    e organizações
  • 11:08 - 11:09
    afrodescendentes.
  • 11:09 - 11:11
    E houve diálogo com membros
  • 11:11 - 11:13
    de outros setores sociais,
  • 11:13 - 11:15
    como os caminhoneiros,
  • 11:15 - 11:17
    transportadores, sindicatos
    de trabalhadores
  • 11:17 - 11:19
    e outros sindicatos de comércio.
  • 11:19 - 11:21
    As pessoas estiveram protestando
  • 11:21 - 11:23
    há alguns anos já e o governo
    fez promessas
  • 11:23 - 11:25
    que não cumpriu.
  • 11:25 - 11:27
    A nova greve pede
  • 11:27 - 11:29
    o cumprimento dessas promessas.
  • 11:29 - 11:31
    E a resposta do governo foi,
  • 11:31 - 11:33
    de um lado, enrolar com o diálogo
  • 11:33 - 11:35
    e as negociações,
  • 11:35 - 11:38
    e do outro lado fazer repressão.
  • 11:38 - 11:39
    Reprimir quem está mobilizado
  • 11:39 - 11:41
    nas estradas
  • 11:41 - 11:43
    e no interior da colômbia.
  • 11:43 - 11:44
    Uma das questões levantadas
  • 11:44 - 11:46
    pelos organizadores do paro
  • 11:46 - 11:47
    é o plano nacional de desenvolvimento
  • 11:47 - 11:49
    proposto pelo presidente
  • 11:49 - 11:51
    juan manuel santos.
  • 11:51 - 11:52
    O que esse plano cobre?
  • 11:52 - 11:54
    E porque as pessoas se opõem tanto?
  • 11:55 - 11:57
    O plano nacional de desenvolvimento
  • 11:57 - 11:59
    é um aprofundamento
    das políticas econômicas
  • 11:59 - 12:01
    do governo.
  • 12:01 - 12:03
    Entre outras coisas, permite que
  • 12:03 - 12:04
    as terras sejam concentradas
  • 12:04 - 12:06
    ainda mais do que já são
  • 12:06 - 12:08
    nas mãos de empresários,
  • 12:08 - 12:09
    fazendeiros
  • 12:09 - 12:11
    e donos do agronegócio.
  • 12:11 - 12:13
    Privilegia a mineração,
    a extração de minério
  • 12:13 - 12:15
    e a extração de hidrocarbonetos,
  • 12:15 - 12:17
    em detrimento da proteção
    do meio ambiente...
  • 12:17 - 12:18
    em vez de manter
  • 12:18 - 12:19
    o equilíbrio ambiental.
  • 12:19 - 12:22
    Então basicamente prioriza a extração
  • 12:22 - 12:25
    às custas dos recursos e riquezas
  • 12:25 - 12:27
    que o povo colombiano produz
  • 12:27 - 12:28
    e que existe no território colombiano.
  • 12:28 - 12:30
    E é óbvio que altera para pior
  • 12:30 - 12:32
    a qualidade de vida da população.
  • 12:32 - 12:34
    É por isso que o povo é contra
  • 12:34 - 12:36
    o plano nacional de desenvolvimento.
  • 12:36 - 12:39
    Ainda em 1998, bill clint lançou o
  • 12:39 - 12:41
    "plano colômbia",
    um acordo bilateral descrito
  • 12:41 - 12:43
    como um esforço
    para ajudar a colômbia
  • 12:43 - 12:44
    a operar a chama "guerra às drogas".
  • 12:44 - 12:46
    Esse acordo continuou
  • 12:46 - 12:49
    sob ambas as administrações
    bush e obama
  • 12:49 - 12:51
    e desde então serviu de modelo
  • 12:51 - 12:53
    para a atual guerra às drogas
    no méxico.
  • 12:53 - 12:55
    Quais efeitos concretos
    o plano colômbia
  • 12:55 - 12:57
    tem tido nos movimentos sociais
    do país?
  • 12:58 - 13:00
    A consequência foi mais pobreza
  • 13:00 - 13:02
    e mais militarização.
  • 13:02 - 13:04
    Na verdade, as drogas
    eram só uma desculpa,
  • 13:04 - 13:05
    porque aqui o problema das drogas
  • 13:05 - 13:06
    nunca foi resolvido.
  • 13:06 - 13:08
    O que mudou com o plano colômbia
  • 13:08 - 13:10
    foi um forte aumento do orçamento
  • 13:10 - 13:13
    e dos recursos indo para a guerra,
  • 13:13 - 13:16
    para financiar as forças de segurança
    do estado,
  • 13:16 - 13:18
    militarizar os territórios, as cidades,
  • 13:18 - 13:19
    o interior...
  • 13:19 - 13:21
    Um dos efeitos é que hoje
  • 13:21 - 13:23
    a vida das pessoas é mais controlada.
  • 13:23 - 13:26
    Agora, o setor privado foi militarizado,
  • 13:26 - 13:28
    as escolas foram militarizadas,
  • 13:28 - 13:30
    a vida civil em geral foi militarizada.
  • 13:30 - 13:32
    É a consequência do plano colômbia.
  • 13:32 - 13:35
    E o fenômeno do narcotráfico
  • 13:35 - 13:37
    e a produção de safras de uso ilegal
  • 13:37 - 13:39
    continuam iguais.
  • 13:39 - 13:40
    Como as recentes negociações de paz
  • 13:40 - 13:42
    entre o governo e grupos
  • 13:42 - 13:43
    de gueriilha como as FARC
  • 13:43 - 13:46
    e a ELN alteraram a atmosfera política
  • 13:46 - 13:47
    geral na colômbia?
  • 13:47 - 13:49
    Bom, o impacto foi bem negativo
  • 13:49 - 13:51
    porque de um lado,
  • 13:51 - 13:53
    as negociações focaram em resolver
  • 13:53 - 13:54
    os graves problemas sociais
  • 13:54 - 13:55
    que existem na colômbia.
  • 13:55 - 13:57
    O que gerou, por outro lado,
  • 13:57 - 13:59
    foi a polarização entre
  • 13:59 - 14:01
    diferentes setores da direita.
  • 14:01 - 14:02
    A direita neoliberal
  • 14:02 - 14:04
    da burguesia industrial,
    que tem ligações
  • 14:04 - 14:07
    com as corporações transnacionais
  • 14:07 - 14:09
    apoiou a negociações de paz,
  • 14:09 - 14:11
    porque é uma solução conveniente
  • 14:11 - 14:13
    para pacificar os territórios,
  • 14:13 - 14:14
    de maneira a garantir
  • 14:14 - 14:17
    a extração de recursos naturais.
  • 14:17 - 14:18
    E a ultra-direita, que é
  • 14:18 - 14:21
    mais próxima do agronegócio,
  • 14:21 - 14:23
    a oligarquia que é mais alinhada
  • 14:23 - 14:25
    com os latifundiários,
  • 14:25 - 14:27
    não apoiaram esse processo,
  • 14:27 - 14:29
    porque ainda acreditam que o estado
  • 14:29 - 14:32
    tem força militar e econômica
    o suficiente
  • 14:32 - 14:34
    para eliminar as guerrilhas.
  • 14:34 - 14:36
    É uma pequena diferença
  • 14:36 - 14:38
    em termos do método específico
  • 14:38 - 14:41
    que a direita e a oligarquia pregam
  • 14:41 - 14:43
    para por um fim na insurgência.
  • 14:43 - 14:45
    E assim as negociações de paz
  • 14:45 - 14:47
    polarizaram a opinião pública
  • 14:47 - 14:50
    entre essas duas posturas de direita.
  • 14:50 - 14:52
    E quanto à postura de resolver,
  • 14:52 - 14:53
    de maneira estrutural,
  • 14:53 - 14:55
    os problemas que sofrem essa gente,
  • 14:55 - 14:56
    vivendo em más condições...
  • 14:56 - 14:59
    A postura é isolada,
  • 14:59 - 15:01
    neutralizada e tornada invisível.
  • 15:01 - 15:02
    Como precursor
  • 15:02 - 15:07
    das negociações de paz atuais,
    em 2003 o governo de álvaro uribe
  • 15:07 - 15:09
    começou negociações cujo objetivo
  • 15:09 - 15:11
    era desmobilizar
    os esquadrões da morte
  • 15:11 - 15:12
    paramilitares de direita,
  • 15:12 - 15:14
    como a "autodefensas unidas
    de colombia",
  • 15:14 - 15:15
    ou AUC.
  • 15:15 - 15:18
    Era para esse processo
    ter terminado em 2006.
  • 15:18 - 15:21
    Esses grupos se desmobilizaram
    de fato?
  • 15:21 - 15:22
    E o que houve com os
  • 15:22 - 15:23
    membros desses grupos?
  • 15:25 - 15:27
    Bem, não são eles...
  • 15:27 - 15:30
    o paramilitarismo
    não é um grupo de pessoas
  • 15:30 - 15:32
    o paramilitarismo
    é uma estratégia,
  • 15:32 - 15:35
    ou mecanismos de violência
    extrajudicial.
  • 15:35 - 15:37
    De guerra suja.
  • 15:37 - 15:39
    O paramilitarismo foi criado
  • 15:39 - 15:40
    pelo governo colombiano,
  • 15:40 - 15:42
    por grupos armados particulares,
  • 15:42 - 15:43
    mas também por membros
  • 15:43 - 15:45
    das forças de seguranças do estado,
    a polícia,
  • 15:45 - 15:48
    exército, órgãos de segurança, DAS,
  • 15:48 - 15:50
    para serem capazes de conduzir
  • 15:50 - 15:51
    operações infiltradas.
  • 15:51 - 15:54
    Paramilitarismo é isso...
  • 15:54 - 15:56
    É um mecanismo que diz ser
  • 15:56 - 15:58
    um terceiro ator, externo ao governo,
  • 15:58 - 16:00
    que comete crimes graves
  • 16:00 - 16:01
    como tortura,
  • 16:01 - 16:04
    sequestros, chacinas, etc.
  • 16:04 - 16:05
    É claro que se houvesse indivíduos
  • 16:05 - 16:07
    particulares participando
  • 16:07 - 16:09
    dessas estruturas, poderiam
  • 16:09 - 16:11
    ter sido desmobilizados com diálogo
  • 16:11 - 16:12
    com o presidente uribe.
  • 16:12 - 16:14
    Alguns foram.
  • 16:14 - 16:16
    Mas outros continuam com esse papel,
  • 16:16 - 16:18
    e sabendo disso. O que tinha que ser
  • 16:18 - 16:20
    eliminado não eram
  • 16:20 - 16:22
    os indivíduos envolvidos, mas
    os próprios
  • 16:22 - 16:24
    mecanismos de violência ilegal
  • 16:24 - 16:25
    que foram criados pelo estado
  • 16:25 - 16:27
    colombiano desde os anos 70,
  • 16:27 - 16:30
    quando o paramilitarismo começou.
  • 16:30 - 16:31
    E isso não foi resolvido.
  • 16:31 - 16:33
    O paramilitarismo continua existindo,
  • 16:33 - 16:36
    E quem está no poder
    continua usando-o.
  • 16:36 - 16:37
    Tem o caso claro
  • 16:37 - 16:40
    dos desaparecimentos de ativistas
    que pediam
  • 16:40 - 16:43
    a devolução de terras
    para os expropriados.
  • 16:43 - 16:44
    Apesar dos grupos paramilitares
  • 16:44 - 16:46
    não existirem mais oficialmente,
  • 16:46 - 16:48
    essas pessoas continuam
  • 16:48 - 16:50
    sendo assassinadas.
  • 16:50 - 16:51
    E continuam sendo assassinadas
  • 16:51 - 16:52
    pelos mesmos motivos.
  • 16:52 - 16:54
    Durante décadas
    a colômbia foi conhecida
  • 16:54 - 16:56
    como um dos países mais perigosos
  • 16:56 - 16:58
    do mundo para os sindicalistas.
  • 16:58 - 17:00
    Qual é a situação que
  • 17:00 - 17:02
    os trabalhadores enfrentam?
  • 17:03 - 17:04
    A situação é séria.
  • 17:04 - 17:06
    Não ouvimos mais as estatísticas
  • 17:06 - 17:08
    de centenas de sindicalistas mortos...
  • 17:08 - 17:11
    porque já foram eliminados.
  • 17:11 - 17:12
    Então... com essa agressão violenta
  • 17:12 - 17:14
    contra o setor sindical,
  • 17:14 - 17:16
    os sindicados ficaram divididos
  • 17:16 - 17:17
    e as pessoas foram dissuadidas
  • 17:17 - 17:19
    de se afiliarem a sindicatos.
  • 17:19 - 17:21
    E os poucos que ainda existem
  • 17:21 - 17:22
    são sempre ameaçados.
  • 17:22 - 17:24
    Vivem controlados pelo estado,
  • 17:24 - 17:26
    e pressionados por seus patrões,
  • 17:26 - 17:28
    como no caso da coca cola e nestlé
  • 17:28 - 17:30
    e drummond, onde foi comprovado
  • 17:30 - 17:31
    que essas empresas usaram
  • 17:31 - 17:33
    o paramilitarismo para controlar
    e eliminar
  • 17:33 - 17:35
    os líderes sindicalistas.
  • 17:35 - 17:37
    O resultado é que não temos nem
  • 17:37 - 17:39
    10% da adesão a sindicatos
  • 17:39 - 17:40
    que tínhamos 20 anos atrás.
  • 17:40 - 17:42
    Quer acrescentar algo?
  • 17:43 - 17:45
    Bom, o que os produtores rurais
    estão pedindo,
  • 17:45 - 17:47
    os produtores, povos indígenas,
  • 17:47 - 17:49
    afrodescendentes e outros setores
  • 17:49 - 17:51
    que entraram nessa greve,
  • 17:51 - 17:53
    é o mínimo que qualquer cidadão
  • 17:53 - 17:55
    desse país poderia pedir...
  • 17:55 - 17:57
    Viver em condições dignas.
  • 17:57 - 17:58
    Não estão pedindo que o governo
  • 17:58 - 18:00
    faça o impossível.
  • 18:00 - 18:02
    Mas o setor econômico que claramente
  • 18:02 - 18:04
    controla o poder político na colômbia
  • 18:04 - 18:07
    não quer ceder absolutamente nada.
  • 18:07 - 18:09
    Querem continuar acumulando
  • 18:09 - 18:11
    toda a riqueza que esse país produz.
  • 18:11 - 18:14
    A riqueza dos recursos naturais,
  • 18:14 - 18:16
    mas também a riqueza produzida
  • 18:16 - 18:17
    pelos trabalhadores.
  • 18:17 - 18:19
    E por conta disso, não permitem
  • 18:19 - 18:21
    nem a diminuição do preço
    do combustível,
  • 18:21 - 18:23
    ou a diminuição do preço
  • 18:23 - 18:25
    dos suprimentos agrícolas.
  • 18:25 - 18:26
    Nem querem investir
  • 18:26 - 18:28
    alguns milhões de pesos
    para consertar as estradas,
  • 18:28 - 18:30
    aquelas que os produtores usam
    para levar
  • 18:30 - 18:33
    sua produção nas principais cidades.
  • 18:33 - 18:35
    Não querem fazer isso e não sabemos
  • 18:35 - 18:37
    por quanto tempo teremos que protestar
  • 18:37 - 18:38
    para obrigar o governo
  • 18:38 - 18:40
    a vir à mesa de negociações.
  • 18:40 - 18:41
    Obrigado marcela.
  • 18:41 - 18:43
    E é isso para esta sedição de
  • 18:43 - 18:44
    É o fim do mundo tal como
  • 18:44 - 18:46
    o conhecemos e estou de boa.
  • 18:46 - 18:48
    Queremos dar putas bem-vindas
  • 18:48 - 18:50
    aos novos membros
  • 18:50 - 18:52
    da família subMedia.tv.
  • 18:52 - 18:54
    Pesando incríveis 5 kilos,
  • 18:54 - 18:56
    a pessoa conhecida como
    agente charlie
  • 18:56 - 18:58
    vai produzir uma substância
  • 18:58 - 19:00
    a base de pimenta e nos manter
  • 19:00 - 19:02
    acordados à noite nos próximos meses.
  • 19:02 - 19:04
    Às elites do mundo,
  • 19:04 - 19:06
    queremos dizer: tenham cuidado!
  • 19:06 - 19:08
    Porque agente charlie já está treinando
  • 19:08 - 19:11
    para ser uma máquina mortífera
    antifascista malvada.
  • 19:11 - 19:13
    Bienvenido al mundo mi hijo!
  • 19:13 - 19:14
    Não se esqueçam que se quiserem
  • 19:14 - 19:16
    saber o nome das músicas que tocamos,
  • 19:16 - 19:18
    as amostras sonoras que usamos,
  • 19:18 - 19:19
    ou receber nossos podcasts,
  • 19:19 - 19:21
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    ou enviar técnicas de troca de fralda,
  • 19:23 - 19:25
    visitem meu site do caralho:
  • 19:27 - 19:29
    Isso dito, essa recitação
  • 19:29 - 19:31
    de retórica reacionária foi possível
  • 19:31 - 19:32
    porque escravos como você enviam
  • 19:32 - 19:34
    uns trocados para ajudar
    na conta de luz.
  • 19:34 - 19:37
    Então muitos mothafucking obrigados a
    mathew,
  • 19:37 - 19:39
    jennifer, banjamin, john, francois,
  • 19:39 - 19:41
    dyla, kyle, steven, jonathan, shannon,
  • 19:41 - 19:43
    margaret, derrick,
    marten, meghsha, max,
  • 19:43 - 19:45
    gregory, breton, david, maciej, ricky
  • 19:45 - 19:47
    andrew, alexandra,
    roma, sebastian, yifan
  • 19:47 - 19:50
    mason, christopher,
    reto, jeremy, gavin,
  • 19:50 - 19:52
    willie, justyna, kirk, michael, marisol,
  • 19:52 - 19:55
    joseph, sawyer, raul, sky,
    andrew, lauren,
  • 19:55 - 19:57
    sebastien, coby, juliano,
    stephen, bruno,
  • 19:57 - 19:58
    gabriel e william.
  • 19:59 - 20:00
    Tortas!
  • 20:00 - 20:01
    Também quero agradecer aos
  • 20:01 - 20:04
    mais novos membros da taconspiracy:
  • 20:04 - 20:06
    raul, sawyer, marten e crystel.
  • 20:07 - 20:08
    Janitzio!
  • 20:08 - 20:09
    Finalmente, quero gritar
  • 20:09 - 20:12
    agradecimentos a blandine e milene
    por terem facilitado
  • 20:12 - 20:14
    nossa cobertura
    no mexico e na colômbia,
  • 20:14 - 20:16
    e para nossa incrível equipe de tradução
  • 20:16 - 20:19
    por tirarem tempo
    para interpretar
  • 20:19 - 20:21
    a palavra fuck em tantos idiomas.
  • 20:21 - 20:22
    Domo arigato!
  • 20:22 - 20:25
    Fiquem ligados para mais notícias
  • 20:25 - 20:27
    da porra da resistência global.
  • 20:27 - 20:29
    Hasta la pasta compañeros!
Title:
Bloqueie tudo!
Description:

Esta semana nos atualizamos com a insurreição de diversas facetas na frança, onde o estado está com dificuldade de entender as coisas, entre protestos regulares, greves, penúrias de combustível, e o caos bêbado geral dos hooligans do futebol. Depois, voltamos com os militantes destemidos do CNTE, que iniciaram uma greve no méxico, e olhamos o "paro nacional" que parou a colômbia. Para concluir, fechamos com uma entrevista com marcela, de "las organizaciones sociales de arauca".

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Video Language:
English
Duration:
20:49

Portuguese, Brazilian subtitles

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