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Introdução aos Éteres e sua Nomenclatura

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    Nós já mencionamos os éteres
    em vários de nossos videos.
  • 0:03 - 0:07
    Eles têm servido como nosso
    solvente aprótico em várias de
  • 0:07 - 0:08
    nossas reações.
  • 0:08 - 0:10
    Mas achei que era hora de dedicarmos
  • 0:10 - 0:12
    um vídeo ou dois a eles.
  • 0:12 - 0:15
    E, como tudo na química orgânica,
  • 0:15 - 0:18
    um bom jeito de nos familiarizarmos
    com as moléculas
  • 0:18 - 0:20
    e como elas são visualmente, é
    nomeando-as.
  • 0:20 - 0:21
    Nomearemos algumas.
  • 0:21 - 0:23
    As primeiras você já viu.
  • 0:23 - 0:28
    Digamos que temos essa molécula aqui.
  • 0:28 - 0:30
    Vamos ver duas formas de
  • 0:30 - 0:30
    nomeá-la.
  • 0:30 - 0:33
    O nome comum, e provavelmente,
    o mais importante,
  • 0:33 - 0:34
    especialmente com éteres.
  • 0:34 - 0:37
    Isso ocorre porque esse nome
    é o mais comum de se ver.
  • 0:37 - 0:38
    É como o chamam.
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    Mas também lhe ensinarei a nomeá-lo
  • 0:40 - 0:42
    usando o nome IUPAC.
  • 0:42 - 0:44
    Deixe-me escrever isso.
  • 0:44 - 0:51
    IUPAC, que significa a União
    Internacional da Química
  • 0:51 - 0:52
    Pura e Aplicada.
  • 0:52 - 0:55
    Eles que fornecem meio que
    a forma de nomear oficialmente--
  • 0:55 - 0:58
    as regras para fazermos isso
    com as moléculas orgânicas.
  • 0:58 - 1:00
    Na verdade, é a convenção usada
  • 1:00 - 1:03
    mais cedo, quando falamos de
    alcanos e alcenos.
  • 1:03 - 1:06
    Mas, no caso dos éteres, o nome
    comum é mais usado.
  • 1:06 - 1:09
    O nome comum para essa
    molécula está aqui.
  • 1:09 - 1:11
    Você olha para os dois grupos carbônicos.
  • 1:11 - 1:12
    Vejamos.
  • 1:12 - 1:14
    Você tem esse aqui.
  • 1:14 - 1:16
    É um grupo etil.
  • 1:16 - 1:17
    Há um grupo etil bem aqui.
  • 1:17 - 1:19
    Você tem um, dois carbonos.
  • 1:19 - 1:22
    Olhe para o grupo do outro
    lado do oxigênio.
  • 1:22 - 1:23
    Ele também é um grupo etil.
  • 1:23 - 1:25
    Você tem um, dois carbonos.
  • 1:25 - 1:28
    Então o nome -- um minuto,
    deixe-me escrever isso -- outro
  • 1:28 - 1:29
    grupo etil.
  • 1:29 - 1:34
    O nome comum dessa molécula é
    simplesmente éter dietílico.
  • 1:34 - 1:39
    Éter dietílico.
  • 1:39 - 1:42
    E a palavra 'éter' lhe informa
    que você tem
  • 1:42 - 1:45
    um oxigênio entre os dois grupos etil.
  • 1:45 - 1:46
    Esse é o nome comum.
  • 1:46 - 1:50
    Nome comum.
  • 1:50 - 1:55
    Agora passemos para a União
    Internacional de Química Pura e Aplicada,
  • 1:55 - 1:56
    ou seja, para o nome oficial.
  • 1:56 - 1:57
    É algo similar ao que
    fizemos para nomear outras
  • 1:57 - 1:59
    coisas antes.
  • 1:59 - 2:01
    Procuramos a maior cadeia.
  • 2:01 - 2:03
    Vou redesenhá-lo.
  • 2:03 - 2:05
    No lado esquerdo farei
    a nomenclatura comum.
  • 2:05 - 2:09
    No lado direito farei
    a nomenclatura IUPAC.
  • 2:09 - 2:12
    Deixe-me reescrever o nome comum
  • 2:12 - 2:13
    do éter dietílico.
  • 2:13 - 2:15
    Você procura a maior cadeia.
  • 2:15 - 2:17
    No caso, há duas maiores cadeias.
  • 2:17 - 2:19
    Há essa que tem dois carbonos.
  • 2:19 - 2:21
    Mas também há essa outra,
    que tem dois carbonos.
  • 2:21 - 2:23
    Podemos usar uma das duas.
  • 2:23 - 2:27
    Irei usar essa aqui
    como cadeia principal.
  • 2:27 - 2:31
    Dois carbonos, sem ligações duplas.
  • 2:31 - 2:36
    É um etano.
  • 2:36 - 2:42
    E você diz, OK, eu tenho
    esse grupo alcoxi aqui.
  • 2:42 - 2:45
    Colocamos o 'oxi' ao fim do nome
    porque há esse oxigênio
  • 2:45 - 2:46
    bem aqui.
  • 2:46 - 2:50
    Mas a parte sem oxigênio
    contém dois carbonos.
  • 2:50 - 2:56
    Então chamamos esse
    pedaço de etoxi.
  • 2:56 - 2:59
    Uma outra forma de nomear é ver
    que temos esse grupo etoxi
  • 2:59 - 3:01
    ligado a um carbono.
  • 3:01 - 3:03
    Vamos começar a numerar por
    esse lado do
  • 3:03 - 3:06
    etano, pois é onde o grupo
    alcoxi está, ligado
  • 3:06 - 3:07
    ao carbono de número 1.
  • 3:07 - 3:15
    Trata-se do 1-etoxietano.
  • 3:15 - 3:18
    Você quase nunca o verá nomeado
    assim, embora
  • 3:18 - 3:20
    este seja o nome oficial.
  • 3:20 - 3:23
    É muito mais provável que você
    o veja como éter dietílico.
  • 3:23 - 3:25
    No meu cérebro, faz mais
    sentido que seja assim.
  • 3:25 - 3:27
    Basta dizer que nós
    temos dois grupos.
  • 3:27 - 3:28
    E coloque 'éter'.
  • 3:28 - 3:30
    Você sabe que há
    um oxigênio no meio.
  • 3:30 - 3:32
    Vamos fazer mais alguns.
  • 3:32 - 3:35
    Digamos que eu tenho
    essa molécula aqui.
  • 3:35 - 3:39
    Essa molécula bem aqui.
  • 3:39 - 3:41
    A forma comum de nomear
    é olhar os grupos nos dois lados
  • 3:41 - 3:43
    do oxigênio.
  • 3:43 - 3:47
    Esse grupo aqui -- farei
    em uma outra cor --
  • 3:47 - 3:50
    nesse grupo a esquerda aqui, temos
  • 3:50 - 3:52
    um, dois, três carbonos.
  • 3:52 - 3:54
    É um grupo propril,
    mas está ligado
  • 3:54 - 3:55
    ao carbono do meio.
  • 3:55 - 4:01
    Um grupo isopropril.
  • 4:01 - 4:02
    E a direita, nós temos
  • 4:02 - 4:04
    somente um carbono.
  • 4:04 - 4:08
    Aqui -- continuo usando
    a cor azul -- esse grupo aqui
  • 4:08 - 4:13
    é um grupo metil.
  • 4:13 - 4:15
    A forma comum de nomear
    é identificar ambos
  • 4:15 - 4:17
    os grupos e escrevê-los.
  • 4:17 - 4:19
    Siga sempre a ordem alfabética.
  • 4:19 - 4:21
    I vem antes de M.
  • 4:21 - 4:37
    Então o nome comum desse composto é
    éter isopropílico metílico.
  • 4:37 - 4:41
    Se fossemos usar a nomenclatura IUPAC,
    teríamos que buscar a
  • 4:41 - 4:42
    maior cadeia carbônica.
  • 4:42 - 4:45
    Deixe-me redesenhar essa molécula.
  • 4:45 - 4:48
    Desenhar isso bem aqui.
  • 4:48 - 4:51
    Então, qual é a maior
    cadeia carbônica?
  • 4:51 - 4:54
    Bem, temos três carbonos bem aqui.
  • 4:54 - 4:55
    E ali nós temos um carbono só.
  • 4:55 - 4:59
    Então aquela é a maior
    cadeia carbônica.
  • 4:59 - 5:03
    Contém três carbonos nela, sem
    ligações duplas.
  • 5:03 - 5:07
    Então et, met, pro, propril --
    na verdade, é um propano.
  • 5:07 - 5:10
    Então ele é o maior. Vamos
    escrever propano bem ali,
  • 5:10 - 5:13
    porque estamos usando o
    mecanismo da IUPAC.
  • 5:13 - 5:17
    E olhemos a esse grupo metoxi aqui.
  • 5:17 - 5:20
    Eu chamo ele de grupo metoxi,
    porque tenho o oxigênio.
  • 5:20 - 5:21
    Isso nós dá o 'oxi'.
  • 5:21 - 5:23
    E há um grupo metil bem aqui.
  • 5:23 - 5:27
    Trata-se do metoxi.
  • 5:27 - 5:30
    Lembre-se que met é o
    prefixo quando temos somente
  • 5:30 - 5:31
    um carbono.
  • 5:31 - 5:33
    Adicionamos o 'oxi' por
    causa do oxigênio.
  • 5:33 - 5:37
    Como ele está ligado a
    dois carbonos na cadeia do propano,
  • 5:37 - 5:38
    não importa por onde comecemos a
    nomear, ou
  • 5:38 - 5:40
    contar.
  • 5:40 - 5:42
    Um, dois, três.
  • 5:42 - 5:51
    Temos o 2-metoxipropano.
  • 5:51 - 5:52
    Mais um exemplo.
  • 5:52 - 5:53
    Mais um.
  • 5:53 - 5:56
    Acredito que você
    pegará o jeito, pelo menos,
  • 5:56 - 5:59
    dos éteres fáceis de nomear.
  • 5:59 - 6:05
    Vamos colocar um ciclo ali.
  • 6:05 - 6:08
    E aquilo está ligado a oxigênio.
  • 6:08 - 6:11
    Mais uma cadeia carbônica bem aqui.
  • 6:11 - 6:13
    E outra bem ali.
  • 6:13 - 6:14
    Vou copiar e colar para não
  • 6:14 - 6:16
    precisar redesenhar a estrutura.
  • 6:16 - 6:19
    Copiando e colando.
  • 6:19 - 6:20
    Ok.
  • 6:20 - 6:23
    Vamos fazer o nome comum
    primeiro. Ele tende a ser
  • 6:23 - 6:25
    um pouco mais divertido.
  • 6:25 - 6:30
    Nesse lado temos um total de seis

  • 6:30 - 6:32
    carbonos nesse ciclo.
  • 6:32 - 6:35
    A direita na mão esquerda há um
  • 6:35 - 6:40
    grupo ciclohexil.
  • 6:40 - 6:45
    Já na mão direita temos um,
    dois, três carbonos.
  • 6:45 - 6:51
    Em outras palavras,
    um grupo propil.
  • 6:51 - 6:53
    Ao nomear o éter, basta colocar eles em
  • 6:53 - 6:55
    ordem alfabética, além de adicionar
  • 6:55 - 6:56
    'éter' no início.
  • 6:56 - 6:57
    Esse é o ciclohexil.
  • 6:57 - 7:00
    C vem antes de p.
  • 7:00 - 7:05
    Então fica éter ciclohexílico proprílico.
  • 7:05 - 7:07
    Vou fazer em amarelo.
  • 7:07 - 7:14
    Éter ciclohexilíco proprílico.
  • 7:14 - 7:17
    Agora é a hora do nome IUPAC.
  • 7:17 - 7:19
    Procuremos a maior cadeia
    carbônica aqui.
  • 7:19 - 7:22
    Nesse caso, será a do ciclohexano.
  • 7:22 - 7:27
    Temos um, dois, três, quatro,
    cinco, seis carbonos ali.
  • 7:27 - 7:29
    Já aqui há somente três.
  • 7:29 - 7:32
    Essa é a nossa cadeia principal.
  • 7:32 - 7:37
    É um ciclohexano.
  • 7:37 - 7:39
    Sem ligações duplas,
    por isso é um hexano.
  • 7:39 - 7:41
    Um ciclohexano, na verdade.
  • 7:41 - 7:47
    Se fosse somente três carbonos,
    seria um grupo propil.
  • 7:47 - 7:49
    Todavia, não é só isso que temos.
  • 7:49 - 7:51
    São três carbonos e um oxigênio.
  • 7:51 - 7:54
    Então é um propoxi.
  • 7:54 - 7:59
    Um grupo propoxi.
  • 7:59 - 8:01
    Não precisa numerar, pois pode ser
  • 8:01 - 8:02
    ligado a qualquer um deles.
  • 8:02 - 8:04
    Será sempre a mesma molécula.
  • 8:04 - 8:10
    O nome é propoxi-ciclohexano.
  • 8:10 - 8:13
    Deixe-me aproximar um pouco
    do ciclohexano.
  • 8:13 - 8:19
    Propoxi-ciclohexano.
  • 8:19 - 8:21
    Mas o nome comum é o
    nome que é mais
  • 8:21 - 8:22
    provável de se ver.
  • 8:22 - 8:24
    Após nomearmos alguns éteres,
    vamos pensar
  • 8:24 - 8:26
    sobre suas propriedades.
  • 8:26 - 8:29
    O que já vimos -- e até usamos
  • 8:29 - 8:31
    várias vezes, especialmente em
    reações Sn2
  • 8:31 - 8:34
    e situações similares -- ocasiões
    em que não queríamos
  • 8:34 - 8:35
    prótons livres.
  • 8:35 - 8:38
    Usamos o éter dietílico.
  • 8:38 - 8:41
    Mas no geral, éteres são bons solventes.
  • 8:41 - 8:43
    Eles tendem a não reagir.
  • 8:43 - 8:46
    Ou seja, são bons solventes.
  • 8:46 - 8:49
    Especialmente quando queremos
    solventes apróticos.
  • 8:49 - 8:52
    Lembrando, aprótico quer dizer
    que não há hidrogênios que
  • 8:52 - 8:57
    possam perder seus elétrons para
    um átomo mais eletronegativo,
  • 8:57 - 8:58
    como o oxigênio.
  • 8:58 - 9:00
    E então os prótons ficam livres,
    podendo ir
  • 9:00 - 9:02
    e reagir com outras coisas.
  • 9:02 - 9:05
    Aqui não há hidrogênios ligados
    diretamente a um
  • 9:05 - 9:07
    oxigênio, em nenhum desses casos.
  • 9:07 - 9:10
    Sendo assim, um solvente aprótico.
  • 9:10 - 9:12
    E, por não ter hidrogênios ligados
  • 9:12 - 9:15
    ao oxigênio, não há também
    pontes de hidrogênio.
  • 9:15 - 9:18
    Só revisando, você sabe que na água
  • 9:18 - 9:22
    há a situação -- vou desenhar algumas
    moléculas de água --
  • 9:22 - 9:25
    nela, há a situação em que o
  • 9:25 - 9:27
    O monopoliza os elétrons.
  • 9:27 - 9:29
    Então tem uma carga parcial negativa.
  • 9:29 - 9:34
    Já o hidrogênio tem seus elétrons
    roubados ou levados, ou simplesmente os
  • 9:34 - 9:35
    tem por menos tempo.
  • 9:35 - 9:37
    Uma carga parcial positiva.
  • 9:37 - 9:39
    O oxigênio com carga parcial negativa.
  • 9:39 - 9:43
    E os hidrogênios com
    cargas parciais positivas são
  • 9:43 - 9:45
    atraídos para os oxigênios com
    cargas parciais negativas.
  • 9:45 - 9:47
    A ponte de hidrogênio.
  • 9:47 - 9:51
    Ela está presente na água,
  • 9:51 - 9:53
    unindo as moléculas juntas.
  • 9:53 - 9:57
    Com isso, você precisa fornecer mais
    energia para que ela derreta,
  • 9:57 - 9:59
    ou para que entre em ebulição.
  • 9:59 - 10:01
    Em outras palavras, para que as
    sejam separadas
  • 10:01 - 10:02
    umas das outras.
  • 10:02 - 10:04
    Isso vale para álcoois.
  • 10:04 - 10:07
    Álcoois só possuem uma
    ponte de hidrogênio, mas
  • 10:07 - 10:11
    ela por si só da conta desse efeito.
  • 10:11 - 10:14
    Nos éteres, não há pontes de hidrogênio.
  • 10:14 - 10:16
    Representarei as cadeias carbônicas
  • 10:16 - 10:18
    com um R e um R'.
  • 10:18 - 10:21
    Escrevi um R' aqui para mostrar
    que poderia ser
  • 10:21 - 10:24
    uma cadeia diferente dessa daqui.
  • 10:24 - 10:25
    R significa radical.
  • 10:25 - 10:27
    Não confunda com radical livre,
  • 10:27 - 10:29
    pois são completamente diferentes.
  • 10:29 - 10:31
    O R só indica uma cadeia carbônica
  • 10:31 - 10:33
    ligada a esse O.
  • 10:33 - 10:38
    Mas não há hidrogênios tendo
    seus elétrons monopolizados
  • 10:38 - 10:40
    por oxigênios, pela questão das
  • 10:40 - 10:41
    cargas parciais.
  • 10:41 - 10:45
    Conclusão: não haverá ponte de hidrogênio.
  • 10:45 - 10:49
    Por isso, éteres tem pontos menores
    de fusão e de
  • 10:49 - 10:50
    ebulição.
  • 10:50 - 10:51
    É mais fácil.
  • 10:51 - 10:53
    É necessário menos calor em um
    sistema com eles
  • 10:53 - 10:56
    para que se separem, pois a atração
  • 10:56 - 10:57
    não é tão forte.
  • 10:57 - 11:02
    Traduzido por Leonardo Trajano Dias Garcia
Title:
Introdução aos Éteres e sua Nomenclatura
Description:

Introdução aos Éteres e sua Nomenclatura

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English
Duration:
10:59

Portuguese, Brazilian subtitles

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