< Return to Video

Como ser da " Equipa Humana " no futuro digital

  • 0:02 - 0:05
    Fui convidado para um "resort" exclusivo
  • 0:05 - 0:08
    para fazer uma palestra
    sobre o futuro digital
  • 0:08 - 0:11
    para, julguei eu, umas centenas
    de executivos de tecnologia.
  • 0:12 - 0:14
    Estava na sala de espera,
    aguardando para entrar,
  • 0:14 - 0:19
    quando, em vez de me levarem para o palco,
    trouxeram cinco homens para essa sala,
  • 0:19 - 0:22
    que se sentaram à volta
    de uma mesinha comigo.
  • 0:22 - 0:24
    Eram multimilionários da tecnologia.
  • 0:24 - 0:28
    Começaram a bombardear-me
    com questões binárias,
  • 0:28 - 0:31
    como: Bitcoin ou Ethereum?
  • 0:31 - 0:34
    Realidade virtual ou realidade aumentada?
  • 0:34 - 0:36
    Não sei se eles estavam
    a fazer apostas.
  • 0:36 - 0:39
    À medida que se sentiram
    mais à vontade comigo,
  • 0:39 - 0:43
    chegaram à verdadeira
    questão que lhes interessava:
  • 0:43 - 0:45
    O Alasca ou a Nova Zelândia?
  • 0:46 - 0:47
    É isso mesmo.
  • 0:47 - 0:51
    Aqueles multimilionários da tecnologia
    pediam conselho a um teórico dos "media"
  • 0:51 - 0:53
    sobre onde construir
    abrigos antia pocalipse.
  • 0:53 - 0:56
    Passámos o resto do tempo com a pergunta:
  • 0:56 - 0:59
    "Que fazer para manter o controlo
    da minha equipa de segurança
  • 0:59 - 1:02
    "depois desse evento?"
  • 1:02 - 1:05
    Por "evento", falavam
    da guerra termonuclear,
  • 1:05 - 1:08
    da catástrofe climática
    ou da agitação social
  • 1:08 - 1:10
    que acaba com o mundo como o conhecemos
  • 1:10 - 1:13
    e, mais importante,
    torna obsoleto o nosso dinheiro.
  • 1:14 - 1:17
    Eu não pude deixar de pensar:
  • 1:17 - 1:21
    "Estes são os homens mais ricos
    e mais poderosos do mundo.
  • 1:21 - 1:26
    "No entanto, sentem-se totalmente
    impotentes para influenciar o futuro".
  • 1:26 - 1:30
    O melhor que eles podem fazer
    é aguardar a inevitável catástrofe
  • 1:30 - 1:33
    e depois utilizar a sua tecnologia
    e o seu dinheiro
  • 1:33 - 1:35
    para se distanciarem de nós.
  • 1:36 - 1:38
    E estes são os campeões
    da economia digital.
  • 1:38 - 1:41
    (Risos)
  • 1:42 - 1:44
    O renascimento digital
  • 1:44 - 1:49
    era sobre o potencial desenfreado
  • 1:49 - 1:51
    da imaginação humana coletiva.
  • 1:51 - 1:56
    Abrangeu tudo, desde a matemática
    do caos e a física quântica
  • 1:56 - 2:00
    aos jogos de dramatização
    e à hipótese de Gaia.
  • 2:00 - 2:07
    Julgávamos que seres humanos interligados
    poderiam criar qualquer futuro imaginável.
  • 2:09 - 2:12
    Então veio a explosão das "dot.com".
  • 2:13 - 2:16
    E o futuro digital passou a ser
    futuros de ações na bolsa.
  • 2:16 - 2:19
    Usámos toda a energia da era digital
  • 2:19 - 2:24
    a bombear esteroides na já agonizante
    bolsa de valores NASDAQ.
  • 2:24 - 2:27
    As revistas de tecnologia disseram
    que estava a chegar um tsunami.
  • 2:27 - 2:30
    Só os investidores que contratassem
  • 2:30 - 2:32
    os melhores futuristas
    e planeadores de cenários
  • 2:32 - 2:35
    conseguiriam sobreviver ao maremoto.
  • 2:35 - 2:41
    E assim o futuro mudou de uma coisa
    que criamos juntos no presente
  • 2:41 - 2:43
    para algo em que apostamos,
  • 2:43 - 2:46
    um tipo de jogo de soma zero
    em que o vencedor leva tudo.
  • 2:48 - 2:51
    Quando as coisas se tornam
    competitivas em relação ao futuro,
  • 2:51 - 2:55
    nós, os seres humanos deixamos de ser
    valorizados pela nossa criatividade.
  • 2:55 - 2:58
    Passamos a ser valorizados
    apenas pelos nossos dados,
  • 2:58 - 3:00
    pois eles podem ser usados
    para fazer previsões
  • 3:00 - 3:03
    A criatividade, no máximo, causa confusão.
  • 3:03 - 3:05
    Isso dificulta a previsão.
  • 3:05 - 3:07
    Então ficámos com um panorama digital
  • 3:07 - 3:11
    que reprimiu a criatividade e a inovação,
  • 3:11 - 3:14
    reprimiu o que nos torna mais humanos.
  • 3:15 - 3:16
    Ficámos com as redes sociais.
  • 3:16 - 3:20
    Será que ligam realmente as pessoas
    de maneiras novas e interessantes? Não.
  • 3:20 - 3:25
    As redes sociais usam os nossos dados
    para prever o nosso comportamento futuro
  • 3:25 - 3:28
    ou, quando necessário,
    influenciar o nosso comportamento futuro
  • 3:28 - 3:32
    para podermos agir mais de acordo
    com os nossos perfis estatísticos.
  • 3:33 - 3:36
    A economia digital gosta de pessoas? Não.
  • 3:36 - 3:38
    Se tivermos um plano de negócios,
    o que devemos fazer?
  • 3:38 - 3:40
    Livrarmo-nos de todas as pessoas.
  • 3:40 - 3:42
    Os seres humanos querem
    assistência médica,
  • 3:42 - 3:45
    querem dinheiro, significado.
  • 3:45 - 3:47
    Não podemos fazer isso
    com toda a gente.
  • 3:47 - 3:49
    (Risos)
  • 3:49 - 3:51
    Mesmo os aplicativos digitais
  • 3:51 - 3:53
    não nos ajudam a criar
    relações ou solidariedade.
  • 3:53 - 3:56
    Onde está o botão
    no aplicativo de transporte
  • 3:56 - 3:59
    para os motoristas conversarem
    sobre as condições de trabalho
  • 3:59 - 4:02
    ou sobre sindicalizarem-se?
  • 4:02 - 4:04
    Nem mesmo as ferramentas
    de videoconferência
  • 4:04 - 4:06
    permitem estabelecer
    uma relação real.
  • 4:06 - 4:09
    Por muito boa que seja
    a resolução do vídeo,
  • 4:09 - 4:11
    ainda não conseguimos ver
  • 4:11 - 4:14
    se a íris de alguém
    está a dilatar-se e a entender-nos.
  • 4:14 - 4:16
    Todas as coisas que fizemos
    para estabelecer uma relação
  • 4:16 - 4:19
    que desenvolvemos em centenas
    de milhares de anos de evolução,
  • 4:19 - 4:21
    não funcionam.
  • 4:21 - 4:24
    Não vemos se a respiração de alguém
    está sincronizada com a nossa.
  • 4:24 - 4:28
    Os neurónios-espelho nunca disparam,
    a oxitocina nunca passa pelo nosso corpo,
  • 4:28 - 4:31
    nunca temos essa experiência
    de nos ligarmos a outro ser humano.
  • 4:31 - 4:33
    Em vez disso, pensamos:
  • 4:33 - 4:36
    "Eles concordaram comigo,
    mas será que me entenderam mesmo?"
  • 4:37 - 4:40
    Não culpamos a tecnologia
    por essa falta de fidelidade.
  • 4:40 - 4:42
    Culpamos a outra pessoa.
  • 4:43 - 4:47
    Até mesmo as tecnologias
    e as iniciativas digitais
  • 4:47 - 4:50
    que temos para apoiar as pessoas,
  • 4:50 - 4:53
    são intensamente anti-humanas
    na sua essência.
  • 4:54 - 4:56
    Pensem na "blockchain".
  • 4:57 - 5:00
    Está aqui para nos ajudar a ter
    uma grande economia humanizada? Não.
  • 5:00 - 5:03
    A "blockchain" não gera confiança
    entre os utilizadores,
  • 5:03 - 5:06
    simplesmente substitui
    a confiança por uma forma nova,
  • 5:06 - 5:09
    até menos transparente.
  • 5:10 - 5:11
    Ou o "code movement".
  • 5:11 - 5:14
    A educação é importante,
    gostamos da educação.
  • 5:14 - 5:15
    É uma ideia maravilhosa
  • 5:15 - 5:18
    querermos que as crianças
    consigam empregos no futuro digital,
  • 5:18 - 5:21
    por isso vamos ensinar-lhes
    codificação agora.
  • 5:21 - 5:24
    Mas desde quando a educação
    visa conseguir um emprego?
  • 5:24 - 5:26
    A educação não era para obter emprego.
  • 5:26 - 5:30
    A educação era a compensação
    por um trabalho bem feito.
  • 5:30 - 5:33
    A ideia de educação pública
    era para os mineiros de carvão
  • 5:33 - 5:35
    que trabalhavam nas minas
    durante todo o dia,
  • 5:35 - 5:37
    depois voltavam para casa
    e deviam ter a dignidade
  • 5:37 - 5:40
    de poderem ler um romance
    e compreendê-lo.
  • 5:40 - 5:43
    Ou a capacidade mental para poderem
    participar na democracia.
  • 5:43 - 5:45
    Quando fazemos disso
    uma extensão do trabalho,
  • 5:45 - 5:47
    o que estamos a fazer?
  • 5:47 - 5:49
    Estamos apenas a deixar as empresas
  • 5:49 - 5:52
    a externalizar o custo
    da formação dos trabalhadores.
  • 5:54 - 5:57
    E o pior de tudo é o movimento
    da tecnologia humana.
  • 5:58 - 6:00
    Quer dizer, eu adoro estes senhores,
    os antigos
  • 6:00 - 6:04
    que costumavam tirar os algoritmos
    das máquinas caça-níqueis de Las Vegas
  • 6:04 - 6:06
    e os colocavam nas redes sociais
    para ficarmos viciados.
  • 6:06 - 6:09
    Agora eles viram o erro dos seus métodos
  • 6:09 - 6:11
    e querem tornar a tecnologia mais humana.
  • 6:11 - 6:13
    Mas quando ouço a expressão
    "tecnologia humana",
  • 6:13 - 6:16
    penso nas galinhas livres
    das gaiolas ou algo assim.
  • 6:16 - 6:18
    Somos o mais humanos possível com elas
  • 6:18 - 6:21
    até levá-las para abate.
  • 6:21 - 6:25
    Assim, eles vão deixar que as tecnologias
    sejam o mais humanas possível,
  • 6:25 - 6:28
    contanto que extraiam dados
    e dinheiro suficiente de nós
  • 6:28 - 6:30
    para agradar aos acionistas.
  • 6:31 - 6:34
    Entretanto, os acionistas,
    por seu lado, estão apenas a ponderar:
  • 6:34 - 6:37
    "Preciso ganhar dinheiro suficiente,
    para poder isolar-me
  • 6:37 - 6:40
    "do mundo que estou a criar,
    ganhando dinheiro desta forma".
  • 6:40 - 6:42
    (Risos)
  • 6:42 - 6:46
    Não interessa quantos óculos
    de realidade virtual usem
  • 6:46 - 6:49
    qual o mundo de fantasia em que entram,
  • 6:49 - 6:52
    não podem externalizar a escravatura
    e a poluição que foi causada
  • 6:52 - 6:55
    pelo fabrico do próprio dispositivo.
  • 6:55 - 6:58
    Isto recorda-me o "elevador de comida"
    de Thomas Jefferson.
  • 6:59 - 7:01
    Gostamos de pensar que ele criou-o
  • 7:01 - 7:04
    para poupar aos escravos
    todo o trabalho de levar a comida
  • 7:04 - 7:07
    até à sala de jantar
    para as pessoas comerem.
  • 7:07 - 7:10
    Não foi para isso,
    não foi para os escravos,
  • 7:10 - 7:12
    foi para Thomas Jefferson
    e os seus convidados
  • 7:12 - 7:15
    não terem de ver o escravo
    a levar a comida.
  • 7:15 - 7:17
    A comida chegava por magia,
  • 7:17 - 7:20
    como se estivesse a sair
    de um replicador do "Star Trek".
  • 7:21 - 7:23
    Faz parte de um "ethos" que diz
  • 7:23 - 7:27
    que os seres humanos são o problema
    e a tecnologia é a solução.
  • 7:29 - 7:31
    Não podemos continuar a pensar assim.
  • 7:31 - 7:36
    Temos de deixar de usar a tecnologia
    para otimizar seres humanos para o mercado
  • 7:36 - 7:41
    e começar a otimizar a tecnologia
    para o futuro humano.
  • 7:43 - 7:46
    Mas é uma coisa difícil
    de defender hoje em dia,
  • 7:46 - 7:49
    porque os seres humanos
    não são seres populares.
  • 7:50 - 7:53
    Falei sobre isto na frente
    de uma ambientalista, ainda outro dia
  • 7:53 - 7:56
    e ela disse: "Porque é que
    estás a defender os seres humanos?
  • 7:56 - 7:59
    "Os seres humanos destruíram o planeta.
    Merecem ser extintos".
  • 7:59 - 8:01
    (Risos)
  • 8:02 - 8:04
    Até mesmo os nossos "media"
    odeiam os seres humanos
  • 8:04 - 8:05
    Vejam na televisão,
  • 8:05 - 8:08
    toda a ficção científica
    mostra como os robôs
  • 8:08 - 8:10
    são melhores e mais simpáticos
    do que as pessoas.
  • 8:10 - 8:12
    Até mesmo as séries de "zombies"
    — como são?
  • 8:12 - 8:15
    Uma pessoa, ao olhar para o horizonte
    vê um "zombie" a passar,
  • 8:15 - 8:18
    e faz "zoom" sobre a pessoa
    e vê o rosto da pessoa,
  • 8:18 - 8:20
    e sabe o que ela pensa:
  • 8:20 - 8:22
    "Qual é a diferença
    entre esse 'zombie' e eu?
  • 8:23 - 8:24
    "Ele anda, eu ando.
  • 8:24 - 8:26
    "Ele come, eu como.
  • 8:27 - 8:29
    "Ele mata, eu mato".
  • 8:30 - 8:32
    Mas ele é um "zombie".
  • 8:32 - 8:34
    Pelo menos estamos cientes disso.
  • 8:34 - 8:37
    Se estamos de facto a ter problemas
    distinguindo-nos dos "zombies",
  • 8:37 - 8:39
    temos um grande problema.
  • 8:39 - 8:40
    (Risos)
  • 8:41 - 8:43
    E nem me falem dos transumanistas.
  • 8:43 - 8:47
    Eu estive num painel com um transumanista
    e ele falava sobre a singularidade:
  • 8:47 - 8:51
    "Virá breve o dia em que os computadores
    serão mais inteligentes do que as pessoas.
  • 8:51 - 8:54
    "Nessa altura,
    a única opção para as pessoas
  • 8:54 - 8:57
    "é passar a tocha evolutiva
    ao nosso sucessor
  • 8:57 - 8:58
    "e sair de cena.
  • 8:58 - 9:02
    "Na melhor das hipóteses, carregar
    a consciência num 'chip' de silício
  • 9:02 - 9:04
    "e aceitar a nossa extinção".
  • 9:05 - 9:06
    (Risos)
  • 9:06 - 9:10
    E eu disse: "Não,
    os seres humanos são especiais.
  • 9:10 - 9:13
    "Podemos aceitar a ambiguidade,
    entendemos o paradoxo,
  • 9:13 - 9:16
    "somos conscientes, estranhos, peculiares.
  • 9:16 - 9:19
    "Tem de haver um lugar
    para os humanos no futuro digital!"
  • 9:19 - 9:21
    E ele disse: "Oh, Rushkoff,
  • 9:21 - 9:23
    "estás a dizer isso
    porque és um ser humano".
  • 9:23 - 9:25
    (Risos)
  • 9:25 - 9:27
    Como se fosse uma arrogância.
  • 9:27 - 9:31
    OK, estou na "Equipa Humana".
  • 9:31 - 9:35
    Essa foi a visão original da era digital,
  • 9:35 - 9:37
    que ser humano é um desporto de equipa,
  • 9:37 - 9:40
    a evolução é um ato colaborativo.
  • 9:40 - 9:43
    Nem as árvores da floresta
    competem umas com as outras.
  • 9:43 - 9:47
    Elas estão interligadas por uma vasta
    rede de raízes e cogumelos
  • 9:47 - 9:49
    que lhes permite comunicarem
    umas com as outras
  • 9:49 - 9:52
    e passarem nutrientes
    de um lado para o outro.
  • 9:52 - 9:54
    Se os seres humanos são
    as espécies mais evoluídas
  • 9:54 - 9:58
    é porque temos as formas mais evoluídas
    de colaboração e comunicação.
  • 9:58 - 10:00
    Nós temos a linguagem.
  • 10:00 - 10:02
    Temos a tecnologia.
  • 10:02 - 10:07
    É engraçado, eu costumava ser o tipo
    que falava sobre o futuro digital
  • 10:07 - 10:10
    para pessoas que ainda não tinham
    experimentado nada digital.
  • 10:10 - 10:12
    E agora, sinto que sou o último tipo
  • 10:12 - 10:16
    que se lembra de como era a vida
    antes da tecnologia digital.
  • 10:17 - 10:21
    Não é uma questão de rejeitar
    o digital ou o tecnológico.
  • 10:21 - 10:25
    É uma questão de recuperar os valores
    que corremos o risco de deixar para trás
  • 10:25 - 10:29
    e depois incorporá-los
    na infraestrutura digital para o futuro.
  • 10:30 - 10:32
    Isto não é nada de transcendente.
  • 10:32 - 10:34
    É tão simples como fazer uma rede social
  • 10:34 - 10:38
    que, em vez de nos ensinar
    a ver as pessoas como adversários,
  • 10:38 - 10:41
    nos ensina a ver
    os nossos adversários como pessoas.
  • 10:42 - 10:47
    Significa criar uma economia que não
    favoreça um monopólio de plataformas
  • 10:47 - 10:50
    que queira extrair todo o valor
    das pessoas e dos lugares,
  • 10:50 - 10:54
    mas uma que promova a circulação
    de valor através de uma comunidade
  • 10:54 - 10:57
    e nos permita estabelecer
    cooperativas de plataforma
  • 10:57 - 11:00
    que distribuam a propriedade
    tão amplamente quanto possível.
  • 11:00 - 11:02
    Significa construir plataformas
  • 11:02 - 11:06
    que não reprimam a nossa criatividade
    e inovação em nome da previsão
  • 11:07 - 11:09
    mas, na verdade,
    promovam a criatividade e a inovação,
  • 11:09 - 11:11
    para encontrarmos algumas soluções
  • 11:11 - 11:14
    para sairmos da confusão em que estamos.
  • 11:15 - 11:18
    Em vez de tentar
    ganhar dinheiro suficiente
  • 11:18 - 11:20
    para nos isolarmos do mundo
    que estamos a criar,
  • 11:20 - 11:23
    porque não gastamos esse tempo
    e energia para transformar o mundo
  • 11:23 - 11:26
    num lugar em que não sintamos
    a necessidade de fugir?
  • 11:26 - 11:29
    Não há fuga possível,
    só há aqui uma coisa a acontecer.
  • 11:31 - 11:33
    Por favor, não se vão embora.
  • 11:34 - 11:35
    Juntem-se a nós.
  • 11:36 - 11:37
    Podemos não ser perfeitos,
  • 11:37 - 11:40
    mas aconteça o que acontecer,
    pelo menos não estarão sozinhos.
  • 11:41 - 11:43
    Juntem-se à "Equipa Humana".
  • 11:43 - 11:45
    Encontrem os outros.
  • 11:45 - 11:49
    Todos juntos, vamos fazer o futuro
    que sempre quisemos.
  • 11:50 - 11:52
    E aqueles multimilionários
    da tecnologia que queriam saber
  • 11:52 - 11:56
    como manter o controlo
    da força de segurança após o apocalipse,
  • 11:56 - 11:57
    sabem o que eu lhes disse?
  • 11:57 - 12:01
    "Comecem a tratar já essas pessoas
    com amor e respeito.
  • 12:02 - 12:05
    "Talvez já não venha um apocalipse
    com que tenhamos de nos preocupar".
  • 12:05 - 12:06
    Obrigado.
  • 12:06 - 12:10
    (Aplausos)
Title:
Como ser da " Equipa Humana " no futuro digital
Speaker:
Douglas Rushkoff
Description:

"Nós seres humanos já não somos valorizados pela por nossa criatividade" diz o teórico dos "media" Douglas Rushkoff, "num mundo dominado pela tecnologia digital, agora somos apenas valorizados pelos nossos dados." Numa palestra apaixonante, Rushkoff incita-nos a deixar de usar a tecnologia para otimizar as pessoas para o mercado e começar a usá-la para construir um futuro centrado nos nossos valores pré-digitais de conexão, criatividade e respeito. "Juntem-se à 'Equipa Humana'. Encontrem os outros", diz ele. "Todos juntos vamos fazer o futuro que sempre quisemos."

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
12:23

Portuguese subtitles

Revisions