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Andrew McAfee: Os robôs estão tomando nossos postos de trabalho?

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    Num momento em que dezenas de milhões de pessoas
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    estão desempregadas ou subempregadas,
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    há um grande interesse nos efeitos da tecnologia sobre a força de trabalho.
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    Ao observar este debate, me surpreende ver
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    que está focado na questão certa,
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    mas, ao mesmo tempo, desconsidera totalmente o essencial.
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    A questão na qual o debate está focado é se
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    todas estas tecnologias digitais estão ou não afetando a habilidade das pessoas
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    de ganhar a vida, ou, em outras palavras:
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    os robôs estão tirando nossos postos de trabalho?
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    E há evidências de que estão sim.
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    A grande recessão terminou quando o PIB americano retomou
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    sua marcha lenta e constante para cima, e alguns outros
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    indicadores econômicos começaram a se recuperar,
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    estabilizando-se relativamente rápido. Os lucros empresariais
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    estão bastante altos. Na verdade, se incluirmos os lucros bancários,
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    estão mais altos do que nunca.
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    E o investimento empresarial em equipamento,
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    hardware e software é o mais alto da história.
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    Então, as empresas estão sacando seus talões de cheques.
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    O que elas não estão fazendo é contratar.
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    Esta linha vermelha é a relação entre emprego e população.
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    Em outras palavras, é o percentual de pessoas em idade produtiva
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    nos EUA que têm trabalho.
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    Vemos que ele caiu muito durante a grande recessão,
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    e ainda não começou a se recuperar.
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    Mas não se trata apenas de uma história de recessão.
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    A década que acabamos de viver teve
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    um crescimento do nível de emprego muito reduzido, especialmente
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    quando comparado a outras décadas, e os anos 2000
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    são os únicos dos quais temos registro nos quais havia
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    menos pessoas trabalhando no final da década
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    do que no início. Isso não é o que queremos ver.
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    Quando colocamos num gráfico o número de pessoas em idade produtiva
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    e o número de empregos no país, vemos que a distância
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    fica cada vez maior com o passar do tempo, e então,
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    durante a grande recessão, alargou-se enormemente.
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    Eu fiz alguns cálculos rápidos. Peguei o crescimento do PIB nos últimos 20 anos
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    e o crescimento da força produtiva nos últimos 20 anos
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    para tentar projetar, de um modo simples e direto,
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    de quantos postos de trabalho a economia
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    precisaria para continuar crescendo, e esta é a linha que resultou.
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    Isso é bom ou ruim? Esta é a projeção do governo
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    para a taxa de crescimento da população em idade produtiva.
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    Se estas previsões estão corretas, a distância não vai diminuir.
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    O problema é que eu não acho que essas projeções estejam corretas.
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    Eu acho que a minha projeção é muito otimista,
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    porque, ao fazê-la, eu assumi que o futuro
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    seria semelhante ao passado no que diz respeito
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    ao crescimento da força produtiva, e, na realidade, eu não acredito nisso,
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    porque, quando olho ao redor, eu penso que ainda não vimos nada
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    em relação ao impacto da tecnologia na força de trabalho.
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    Apenas nos dois últimos anos, temos visto ferramentas digitais
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    com habilidades que nunca tiveram antes,
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    e isso tem uma profunda relação com o que nós, humanos, fazemos para
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    ganhar a vida. Deixe-me dar alguns exemplos.
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    Ao longo da história, se você quisesse traduzir algo
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    de uma língua a outra,
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    você precisava envolver um ser humano.
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    Agora, temos serviços de tradução automáticos, instantâneos
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    e multilíngues, disponíveis gratuitamente
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    em vários de nossos dispositivos, incluindo os smartphones.
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    E aqueles de nós que já usaram esses serviços
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    sabem que não são perfeitos, mas são decentes.
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    Ao longo da história, se você quisesse escrever algo,
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    uma reportagem ou artigo, você precisava envolver uma pessoa.
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    Não mais. Este é um artigo publicado há algum tempo
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    na Forbes on-line sobre os resultados da Apple.
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    Ele foi escrito por um algoritmo.
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    E ele não é decente. É perfeito.
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    Muitas pessoas olham para isto e dizem: "Está bem,
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    mas estas são tarefas muito limitadas e específicas,
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    e a maioria dos trabalhadores do conhecimento é generalista,
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    e o que eles fazem é utilizar sua ampla experiência
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    e conhecimentos para solucionar rapidamente
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    problemas imprevisíveis,
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    e isto é muito difícil de automatizar."
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    Um dos mais impressionantes trabalhadores do conhecimento
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    atualmente é Ken Jennings.
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    Ele venceu o concurso "Jeopardy!" 74 vezes seguidas
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    e levou para casa US$ 3 milhões.
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    Ken é este à direita, depois de ser vencido por três a um por
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    Watson, um supercomputador produzido pela IBM para o jogo.
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    Então, quando olhamos para o que a tecnologia pode fazer,
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    eu começo a pensar
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    que ser um generalista não é algo assim tão especial,
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    particularmente quando começamos a fazer coisas
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    como juntar Siri e Watson e termos tecnologias
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    que podem entender o que estamos dizendo
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    e repetir o discurso.
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    Siri está longe de ser perfeito, e podemos nos divertir
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    com suas falhas, mas também devemos ter em mente que,
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    se tecnologias como Siri e Watson melhorarem
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    de acordo com a trajetória da lei de Moore – o que vai acontecer –,
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    em seis anos, elas não serão duas ou quatro vezes melhores,
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    elas serão 16 vezes melhores do que são hoje.
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    Começo a pensar que muito do trabalho do conhecimento será afetado por isso.
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    E as tecnologias digitais não estão impactando apenas esse tipo de trabalho.
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    Elas estão começando a atuar no mundo físico também.
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    Pouco tempo atrás, eu tive a chance de andar
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    no carro autônomo da Google, que é tão interessante quanto soa. (risos)
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    E asseguro que ele superou muito bem
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    o tráfego engarrafado da U.S.101.
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    Existem cerca de 3,5 milhões de pessoas
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    que ganham a vida dirigindo caminhões nos EUA.
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    Eu acho que alguns deles serão afetados por esta
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    tecnologia. Atulamente, os robôs humanóides são ainda
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    inacreditavelmente primitivos. Eles não podem fazer muito.
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    Mas eles estão ficando melhores muito rapidamente, e o DARPA,
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    que é o braço investidor do Departamento de Defesa,
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    está tentando acelerar a trajetória deles.
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    Então, sim, os andróides estão tomando nossos postos de trabalho.
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    A curto prazo, podemos estimular o aumento do número de empregos
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    encorajando o empreendedorismo e investindo
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    em infraestrutura, porque os robôs hoje ainda não são
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    muito bons em erguer pontes.
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    Mas, num prazo não muito longo, e eu acho que
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    a maioria das pessoas nesta sala ainda verá isso, nós teremos
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    uma economia muito produtiva, mas
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    que não precisará de muitos trabalhadores humanos,
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    e administrar esta transição será
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    o maior desafio das nossas sociedades.
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    Voltaire resumiu o porquê. Ele disse: "O trabalho nos salva
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    de três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade."
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    Mas, apesar deste desafio, eu, pessoalmente,
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    ainda sou um grande entusiasta do digital, e estou
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    muito confiante em que as tecnologias digitais que estão sendo
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    desenvolvidas agora nos levarão a um futuro utópico,
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    e não a um futuro de privação e terror. E para explicar por que,
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    eu quero fazer uma pergunta ridiculamente ampla.
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    Quais foram os mais importantes
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    acontecimentos da história da humanidade?
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    Agora, eu quero dividir algumas respostas que obtive
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    para esta questão. É uma questão maravihosa
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    para iniciar um debate sem fim,
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    porque algumas pessoas citam
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    sistemas filosóficos ocidentais e orientais que
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    mudaram a forma como muitas pessoas pensam o mundo.
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    E então outros dizem: "Não, na realidade,
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    os grandes acontecimentos foram as fundações das principais
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    religiões, que mudaram civilizações inteiras
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    e influenciaram a forma como inúmeras pessoas estão
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    vivendo suas vidas." E então outros dirão:
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    "Na verdade, o que muda as civilizações
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    e o que muda as vidas das pessoas
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    são os impérios, então os grandes acontecimentos na história da humanidade
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    são as histórias de conquista e guerra."
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    E então alguma alma alegre geralmente diz:
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    "Ei, não esqueçam das pragas." (risos)
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    Há algumas respostas otimistas para esta pergunta,
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    então algumas pessoas citarão a era das grandes navegações
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    e a abertura do mundo.
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    Outros falarão de realizações intelectuais
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    em disciplinas como matemática, que nos ajudaram
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    a ter mais controle sobre o mundo, e outros falarão sobre
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    períodos em que houve profundo florescimento
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    das artes e das ciências. Então o debate não termina mais.
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    É um debate sem fim, e não há resposta simples
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    ou conclusiva. Mas, se você é um obcecado por tecnologia como eu,
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    você diz: "Bem, o que os dados dizem?"
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    E você começa a fazer coisas como colocar em gráficos
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    dados que possam nos interessar, a população mundial, por exemplo,
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    ou alguma medida de desenvolvimento social,
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    ou o estado de avanço de uma sociedade,
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    e você começa a traçar os dados, porque, por esta abordagem,
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    as grandes histórias, os grandes acontecimentos da história da humanidade
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    são aqueles que provocam muitos impactos nas curvas.
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    Então, quando traçamos os dados,
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    rapidamente chegamos a algumas conclusões estranhas.
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    Concluímos, na verdade, que nenhuma dessas coisas
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    teve grande importância. (risos)
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    Elas não mexeram rigorosamente nada com as curvas.
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    Houve apenas uma história, um acontecimento
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    na história da humanidade que alterou a curva em cerca
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    de 90 graus, que é a história da tecnologia.
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    A máquina a vapor, e outras tecnologias associadas
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    da Revolução Industrial, mudaram o mundo
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    e influenciaram tanto a história da humanidade
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    que, nas palavras do historiador Ian Morris,
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    fizeram escárnio de tudo o que tinha vindo antes.
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    E fizeram isso multiplicando infinitamente o poder
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    de nossos músculos, superando as limitações de nossos músculos.
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    Agora, o que estamos vivenciando
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    é a superação das limitações de nossos cérebros individuais
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    e a multiplicação infinita de nosso poder mental.
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    Como isso poderia não ser tão impactante como superar
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    as limitações de nossos músculos?
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    Então, correndo o risco de me repetir um pouco, quando eu olho
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    para o que está acontecendo com a tecnologia digital atualmente –
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    e não estamos nem próximos de terminar esta jornada –,
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    e quando eu olho para o que está acontecendo com nossas economias
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    e nossas sociedades, minha única conclusão é que
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    não estamos vendo nada ainda. Os melhores dias estão por vir.
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    Deixem-me dar alguns exemplos.
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    Economias não são movidas a energia. Não são movidas a capital,
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    não são movidas a trabalho. Economias são movidas a ideias.
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    Então, o trabalho de inovação, o trabalho de criar
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    novas ideias é um dos mais poderosos,
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    um dos mais fundamentais que podemos fazer
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    em uma economia. E esta é a forma como nós costumávamos fazer inovação.
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    Nós achávamos um monte de pessoas bastante parecidas,
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    (risos)
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    tirávamos essas pessoas de instituições de ponta, as colocávamos em
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    outras instituições de ponta, e então esperávamos pela inovação.
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    Ora, (risos)
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    como um cara branco que passou toda sua carreira no MIT
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    e em Harvard, eu não tenho problemas com isso. (risos)
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    Mas algumas pessoas têm, e elas flexibilizaram
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    os códigos de vestimenta da inovação.
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    (risos)
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    Então aqui estão os vencedores de um desafio de programação Top Coder,
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    e eu asseguro que ninguém se importa
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    em saber onde esses garotos cresceram, onde eles foram à escola
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    ou com que eles se parecem. Todos se preocupam é com
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    a qualidade do trabalho, a qualidade das ideias.
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    E, cada vez mais, nós vemos isso acontecendo
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    no mundo facilitado pela tecnologia.
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    O trabalho da inovação está se tornando mais aberto,
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    mais inclusivo, mais transparente e mais meritocrático,
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    e isso vai continuar acontecendo não importa o que o MIT e Harvard
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    pensem, e eu não poderia estar mais feliz a respeito deste acontecimento.
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    Eu ouço de vez em quando: "OK, eu aceito o que você diz,
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    mas a tecnologia ainda é uma ferramenta para o mundo abastado,
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    e essas ferramentas digitais não estão
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    melhorando as vidas das pessoas na base da pirâmide."
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    Para essas pessoas eu quero ser muito claro: nonsense.
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    A base da pirâmide está se beneficiando largamente da tecnologia.
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    O economista Robert Jensen fez, há um tempo, um estudo maravilhoso
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    no qual ele observou, em detalhes,
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    o que aconteceu a vilas de pescadores de Kerala, na Índia,
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    quando seus habitantes utilizaram telefones celulares pela primeira vez –
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    e quando você escreve para o Quarterly Journal of Economics,
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    você tem que usar uma linguagem bastante direta e circunspecta,
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    mas, ao ler este artigo, eu sinto como se Jensen estivesse tentando
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    gritar e nos dizer: "Atenção, isso é uma grande coisa".
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    Os preços se estabilizaram, de modo que as pessoas puderam planejar suas economias.
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    O desperdício não foi reduzido; foi eliminado.
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    E as vidas de compradores e vendedores
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    nessas vilas melhorou de maneira que pode ser comprovada.
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    Ora, eu não acho que Jensen tenha tido a extrema sorte
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    de pousar num desses conjuntos de vilas
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    onde a tecnologia fez as coisas melhorarem.
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    Em vez disso, o que aconteceu foi que ele documentou cuidadosamente
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    o que acontece sempre que a tecnologia
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    chega pela primeira vez a um ambiente e a uma comunidade.
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    As vidas das pessoas, o bem-estar das pessoas, melhora dramaticamente.
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    Então, quando eu olho todas essas evidências, e eu penso
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    nas perspectivas que temos adiante, eu me torno
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    um entusiasta digital, e começo a pensar que esta maravilhosa
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    afirmação do físico Freeman Dyson
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    não é uma hipérbole. É uma avaliação precisa do que está acontecendo.
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    Nossas tecnologias são grandes presentes,
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    e nós, neste exato momento, temos a grande sorte
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    de viver num tempo no qual a tecnologia digital está florescendo,
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    se alargando e se aprofundando
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    ao redor do mundo inteiro.
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    Então, sim, os robôs estão tomando nossos postos de trabalho,
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    mas concentrar-nos neste fato nos desvia inteiramente do essencial.
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    A questão é que, então, estaremos livres para fazer outras coisas,
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    e o que vamos fazer – estou muito confiante –
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    é reduzir a pobreza, o trabalho tedioso
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    e a miséria ao redor do mundo. Eu estou muito confiante
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    em que vamos aprender a viver com mais leveza,
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    e estou extremamente confiante em que o que vamos fazer
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    com nossas novas ferramentas digitais será tão profundo
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    e tão benéfico que fará escárnio de
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    tudo o que veio antes.
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    Vou deixar uma última palavra para um cara que
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    teve um papel de destaque no progresso digital,
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    nosso velho amigo Ken Jennings. Eu estou com ele.
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    Eu vou repetir as palavras dele:
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    "Eu saúdo nosso novo computador, senhor dos senhores." (risos)
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    Muito obrigado. (aplausos)
Title:
Andrew McAfee: Os robôs estão tomando nossos postos de trabalho?
Speaker:
Andrew McAfee
Description:

Robôs e algoritmos estão se saindo bem em trabalhos que antes exigiam um ser humano, como construir carros, escrever artigos, traduzir. Então, o que restará para nós, humanos? Andrew McAfee aborda dados recentes sobre o mundo do trabalho para dizer: Nós ainda não vimos nada. Mas então ele dá um passo atrás para olhar para a história, e apresenta uma surpreendente e eletrizante visão do que está por vir. (Filmado no TEDxBoston.)

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:07
Dimitra Papageorgiou approved Portuguese, Brazilian subtitles for Are droids taking our jobs?
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Wanderley Jesus edited Portuguese, Brazilian subtitles for Are droids taking our jobs?
Renata Paes edited Portuguese, Brazilian subtitles for Are droids taking our jobs?
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