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Como funciona o impeachment? - Alex Gendler

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    Para a maioria dos empregos,
    sabe-se que você pode ser demitido,
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    quer seja por um crime, incompetência,
    ou apenas mau desempenho.
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    Mas e se o seu emprego for, por acaso,
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    o cargo mais importante
    de um país ou do mundo?
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    Aqui é quando o impeachment acontece.
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    Impeachment não é o mesmo
    que remover alguém do cargo de fato.
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    Similar a um indiciamento
    na justiça criminal,
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    é apenas uma acusação formal
    que inicia um julgamento,
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    o que pode resultar
    em condenação ou absolvição.
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    Originado na Grã-Bretanha,
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    o impeachment permitiu ao parlamento votar
    na remoção de uma autoridade do governo,
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    mesmo sem o consentimento do rei.
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    Embora essa era uma importante
    restrição ao poder real,
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    o rei não podia ser impugnado,
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    pois o monarca era considerado
    a fonte de todo o poder governamental.
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    Mas para os fundadores
    da república dos EUA,
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    não havia autoridade
    acima do próprio povo.
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    E então, o impeachment foi adotado nos
    Estados Unidos como um poder do Congresso,
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    aplicado à qualquer autoridade civil,
    incluindo até mesmo o presidente.
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    Embora os pedidos de impeachment possam
    vir de quaisquer membros do público,
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    somente a Câmara dos Deputados tem
    o poder de iniciar o processo de fato.
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    Ele começa pela menção
    do assunto a um comitê,
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    normalmente o Comitê de Regras
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    e a Câmara dos Representantes
    do Judiciário.
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    Esses comitês revisam as acusações,
    examinam as evidências,
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    e emitem uma recomendação.
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    Se eles encontram fundamentos
    suficientes para prosseguir,
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    a Câmara tem uma votação separada
    para cada uma das acusações específicas,
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    chamados de Artigos de Impeachment.
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    Se uma ou mais passam pela mera maioria,
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    a autoridade é impugnada
    e o palco é armado para julgamento.
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    O julgamento de fato, que segue
    o impeachment, ocorre no Senado.
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    Membros eleitos pela Câmara, conhecidos
    como dirigentes, compõem a acusação,
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    enquanto a autoridade impugnada
    e seus advogados apresentam sua defesa.
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    O Senado age como juiz e júri,
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    fazendo o julgamento e deliberando
    após audiência de todos os argumentos.
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    Se o presidente ou o vice-presidente
    está sendo impugnado,
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    o presidente do Supremo
    Tribunal Federal preside.
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    Uma condenação requer
    a maioria absoluta de dois terços
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    e resulta na remoção automática do poder.
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    Dependendo das acusações iniciais,
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    isso também os desqualifica,
    futuramente, de assumir o cargo
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    e possibilita a abertura
    de um processo penal comum.
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    Então, o que de fato pode fazer
    com que alguém seja impugnado?
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    Isso é um pouco mais complicado.
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    Ao contrário da Grã-Bretanha,
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    o impeachment nos Estados Unidos
    coloca um legislador eleito
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    contra outros membros do governo,
    democraticamente eleitos.
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    Assim, para prevenir que o processo
    seja usado como uma arma política,
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    a Constituição especifica que uma
    autoridade somente pode ser impugnada
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    por traição, suborno, ou outros
    crimes gravíssimos e delitos leves.
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    Isso ainda deixa muito espaço
    para interpretação,
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    sem mencionar política,
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    e muitos julgamentos de impeachment
    dividiram-se em linhas partidárias.
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    Mas, o processo é comumente entendido para
    ser reservado a sérios abusos de poder.
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    A primeira autoridade a ser impugnada,
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    foi o Senador do Tennesse,
    William Blount, em 1797,
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    por conspirar com a Inglaterra para acabar
    com a colônia espanhola da Louisiana.
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    Desde então, a Câmara lançou investigações
    de impeachment cerca de 60 vezes,
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    mas apenas 19 delas levaram
    a procedimentos de impeachment de fato.
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    Os oito casos que terminaram
    em condenação e remoção do cargo
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    foram todos de juízes federais.
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    E o impeachment de um presidente
    em exercício é mais raro ainda.
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    Andrew Johnson foi impugnado em 1868
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    ao tentar substituir o Secretário
    de Guerra, Edwin Stanton,
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    sem consultar o Senado.
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    Mais de um século depois,
    Bill Clinton foi impugnado
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    ao fazer declarações falsas sob juramento
    durante um julgamento de assédio sexual.
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    No final, ambos foram absolvidos quando
    os votos do Senado para a condenação
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    não alcançaram dois terços
    da maioria necessária.
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    Ao contrário do que comumente se pensa,
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    Richard Nixon nunca foi de fato impugnado
    pelo escândalo do Watergate.
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    Ele renunciou antes que isso
    pudesse acontecer,
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    sabendo que muito
    provavelmente seria condenado.
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    Teoricamente, o governo
    dos EUA já é projetado
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    para prevenir abusos de poder,
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    limitando os diferentes setores através de
    um sistema de verificações e avaliações,
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    limites de mandato e eleições diretas.
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    Mas o impeachment pode ser visto
    como um freio de emergência
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    quando essas medidas de segurança falham.
Title:
Como funciona o impeachment? - Alex Gendler
Speaker:
Alex Gendler
Description:

Veja a lição completa: https://ed.ted.com/lessons/how-does-impeachment-work-alex-gendler
Para muitos empregos, entende-se que você pode ser demitido - quer seja por crime, incompetência, ou simplesmente, mau desempenho. Mas, e se o seu emprego for, por acaso, o cargo mais poderoso de um país - ou do mundo? Aqui é quando o impeachment é aplicável. Mas como ele funciona? Alex Gendler detalha o processo de impeachment.

Lição de Alex Gendler; animação de Mark Phillips.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:13

Portuguese, Brazilian subtitles

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