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Alex Da Corte in “Everyday Icons” - Season 11 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21

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    Art 21 APRESENTA
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    A ARTE NO SÉCULO 21
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    Que se faça a luz!
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    Ele não pode se esconder
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    por mais que tente.
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    Um homem, à noite,
    numa busca patética por conexão.
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    Por se conectar com qualquer pessoa
    em um cômodo vazio.
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    Você já dançou com o diabo
    sob a luz pálida da lua?
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    Aqui está o homem.
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    Aqui está o homem.
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    Aqui está o homem.
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    Eu vi o homem se apresentar.
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    Vi o homem tentar se esconder.
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    Certo, prontos para gravar?
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    -Pode ficar de pé, Alex.
    -Posso?
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    -Sim, pode.
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    -Dá pra te alcançar.
    -Está bem.
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    -Era só pro topo da cabeça...
    -Certo.
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    Esses personagens, imagens e objetos
    existem num mundo imaginário.
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    Quero apenas que minha mente
    seja mais livre do que é.
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    E isso não é fácil pra mim.
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    Então, passar tempo com esses personagens
    de forma devotada e analítica é dizer:
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    "Não sei se algum dia irei mudar,
    mas, pelo menos, vou tentar."
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    Há uma distância entre mim e as pessoas
    que me influenciaram no passado.
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    Se imagino um certo ícone
    como um símbolo raso,
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    como lhe dou profundidade?
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    Eu espero isso, acho,
    de quem eu admiro
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    e daqueles que me confundem.
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    Quero profundidade.
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    Isso aí.
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    Espera, vai até os ombros?
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    Isso.
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    Eu percorri um caminho longo e tortuoso
    para me tornar um artista.
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    Eu era um jovem de vinte e poucos anos
    que estudava animação,
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    e eu não sabia como fazer para...
    se quisesse fazer esculturas,
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    não tinha ideia de como fazer isso.
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    Todo mundo que fazia esculturas
    ia em marcenarias ou outros lugares.
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    Mas esses lugares não pareciam seguros
    para um homem gay.
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    Eu não sabia como me encaixar lá.
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    Quando pensei ter chegado a um impasse
    e meio que tive...
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    algum tempo para pensar
    em como queria fazer uma escultura,
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    observei a minha avó e comecei a costurar.
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    Acabei fazendo um pote enorme de ketchup.
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    Eu me filmei
    como se estivesse replicando uma foto
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    de Claes Oldenburg
    com uma pasta dental na rua,
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    mas era apenas ketchup.
    E andei pelas ruas da Filadélfia com ele.
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    Foi minha primeira experiência
    com esculturas e costura,
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    e também uma forma poderosa
    de me encontrar.
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    A ideia de incluir essas coisas,
    "amaciar" o que parece ser "duro",
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    é meu jeito de acabar com o machismo
    e dizer:
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    "Há lugar
    para uma maneira mais gentil
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    e delicada de compreender
    o que significa ser humano."
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    Todos que eu conheço
    estão fazendo a mesma coisa.
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    Querem a mesma coisa para as suas vidas.
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    Há muitas pessoas trabalhando em prol
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    de algo novo e desconhecido.
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    Nenhum de nós sabe como isso acabará.
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    E acho que é por isso
    que viemos ao estúdio todos os dias:
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    para explorar o desconhecido.
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    Vamos ver no que isso vai dar.
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    Sim, amanhã isso estará diferente.
    Mas é isso...
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    o que queremos.
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    Então, essa é uma réplica
    do Circo de Ratos de Claes Oldenburg.
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    É um trabalho que fizemos
    para a Documenta.
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    Lembro que só queria
    ficar perto de coisas,
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    pequenos objetos de plástico.
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    Meu quarto, quando criança,
    tinha baldes de coisas que eu colecionava.
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    E eu meio que acumulei
    todos os objetos
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    e pequenas esculturas que fiz,
    e coisas que são importantes para mim,
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    coisas que contribuíram
    para meu vocabulário escultural, mas em miniatura.
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    Essa réplica de Big Bird
    originou o trabalho para o The Met.
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    Meu trabalho,
    quando estou fazendo uma réplica,
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    não termina com ela.
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    Porque, para mim, também é importante
    dar vida ao que foi replicado
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    e inserir isso em um mundo novo.
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    Isso permite que esses personagens,
    imagens ou objetos ganhem vida
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    em um mundo onde a lógica
    é reinventada, ou pausada,
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    ou desacelerada, ou revertida.
    E o que achamos saber,
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    e como achamos que as coisas devem ser,
    acaba sendo destruído.
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    Acho que quando eu era jovem
    e dizia que queria ser artista,
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    pensava que isso significava
    fazer desenhos para a Disney.
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    Queria participar do mundo mágico
    que aquele lugar me permitia fazer parte.
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    Morei em Nova Jersey e em Pittsburgh.
    E também em Caracas, na Venezuela.
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    Quando se é jovem
    e se muda bastante, pode ser difícil.
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    Acho que foi por isso
    que me tornei um sonhador.
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    Porque eu vivia em um lugar,
    e então ia embora dali,
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    e então sentia saudade
    do lugar em que vivia.
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    É como se você vivesse em um lugar
    além da superfície,
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    muito profundo na sua mente.
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    As casas que estou construindo
    são bastante fragmentadas.
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    São colagens de muitos lugares
    e muitas versões, acredito, de mim mesmo.
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    MUSEU DE ARTE DA FILADÉLFIA
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    Como olhar para o futuro
    e ao mesmo tempo entender o passado
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    e de onde viemos?
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    Sempre visito essa galeria
    para ver esse Brâncusi.
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    A forma como sempre entendi Brâncusi
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    foi essa noção de que a escultura,
    da cabeça aos pés,
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    é uma só.
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    A fundação, também chamada de pedestal,
    faz parte do trabalho.
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    E eu interpreto isso como se nossas raízes
    e história tivessem tanta importância
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    quanto o que está presente, ou o que vemos
    ou está visível no topo.
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    E, então, eu penso de novo
    nesse trabalho
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    e em como reagir a ele,
    como interpretá-lo.
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    Acredito que, o que eu quero,
    quando venho aqui, é dizer:
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    "Deu certo para vocês,
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    mas como pode dar certo
    pra mim agora?
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    E vamos terminar por aqui."
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    ♪ Quando eu vi você ♪
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    ♪ Conversando com aquela garota ♪
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    Certo,
    vamos começar a gravar.
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    Certo, prontos?
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    E...
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    ação!
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    Poderíamos usar algo parecido com isso.
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    Claro, podemos usar isso.
  • 11:00 - 11:02
    Quer repetir ou ir em frente?
  • 11:02 - 11:04
    -Vamos repetir.
    -Tá bem, legal.
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    Hoje, Alex está filmando
    a sequência de um filme
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    em que Marcel Duchamp se veste
    como a drag queen Rrose Sélavy,
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    uma personagem fictícia que ele inventou.
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    E ele vai cantar uma música
    debaixo de um holofote rosa.
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    Meu pais me perguntaram:
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    "O que isso significa?"
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    Estavam tipo: "Por que ketchup
    e esses personagens?"
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    E eu respondi:
    "Esses são meus lugares seguros."
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    E, por mais estranhas
    que as minhas ideias possam parecer,
  • 11:48 - 11:55
    garantir que consigam comunicar um pouco
    o que significa ser humano,
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    é isso que importa.
  • 11:56 - 12:00
    Esse é o motivo do porquê eu trabalho
    e como trabalho.
  • 12:01 - 12:05
    ♪ Por que os pássaros ♪
  • 12:05 - 12:08
    ♪ Aparecem de repente ♪
  • 12:08 - 12:10
    [Aplausos]
  • 12:10 - 12:12
    ♪ Toda vez ♪
  • 12:14 - 12:16
    ♪ Que você está por perto? ♪
  • 12:19 - 12:21
    ♪ Assim como eu ♪
  • 12:23 - 12:25
    ♪ Eles desejam estar... ♪
  • 12:25 - 12:28
    Cruzar a linha
    entre quem você realmente é
  • 12:28 - 12:31
    e quem você almeja ser,
    ou quem você foi um dia.
  • 12:32 - 12:37
    Estamos constantemente negociando
    e renegociando essa coisas, para sermos,
  • 12:37 - 12:39
    você sabe, o humano perfeito.
  • 12:40 - 12:43
    Não sei se serei capaz
    de realmente entender isso,
  • 12:43 - 12:46
    mas sei que colocamos
    coisas no mundo
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    porque queremos fazer perguntas,
    e espero aprender algo novo.
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    ♪ ...e a luz das estrelas
    em seus olhos azuis ♪
  • 13:01 - 13:04
    ♪ E é por isso ♪
Title:
Alex Da Corte in “Everyday Icons” - Season 11 - "Art in the Twenty-First Century" | Art21
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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
13:43

Portuguese, Brazilian subtitles

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