As boas notícias da década? Estamos a ganhar a guerra contra a mortalidade infantil
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0:00 - 0:02Estamos aqui, hoje,
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0:02 - 0:04porque a Organização para as Nações Unidas
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0:04 - 0:06definiu objectivos
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0:06 - 0:08para o desenvolvimento dos países.
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0:08 - 0:11São chamados de Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
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0:11 - 0:14E a razão por que eu gosto bastante destes objectivos
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0:14 - 0:17é porque são oito.
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0:17 - 0:19E ao especificar oito objectivos diferentes,
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0:19 - 0:21as Nações Unidas dizem
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0:21 - 0:23que estas são as coisas que é necessário
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0:23 - 0:25mudar num país
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0:25 - 0:27para obter uma vida boa para as população.
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0:27 - 0:29Reparem aqui, temos de acabar com a pobreza,
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0:29 - 0:31educação, igualdade para ambos os sexos,
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0:31 - 0:33saúde materna e infantil
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0:33 - 0:36controlar infecções, proteger o meio ambiente
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0:36 - 0:38e construir boas ligações entre as nações
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0:38 - 0:40em todos os aspectos
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0:40 - 0:43desde a ajuda até ao comércio.
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0:43 - 0:46Há uma segunda razão por que eu gosto destes objectivos de desenvolvimento,
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0:46 - 0:49e ela é porque cada um deles pode ser medido.
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0:49 - 0:52Por exemplo, a mortalidade infantil.
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0:52 - 0:54O objectivo aqui é reduzir a mortalidade infantil
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0:54 - 0:56em dois terços,
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0:56 - 0:59de 1990 a 2015.
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0:59 - 1:02É uma redução de quatro por cento ao ano.
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1:03 - 1:05E isto, com medições.
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1:05 - 1:07Isso é que faz a diferença
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1:07 - 1:09entre a conversa política assim
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1:09 - 1:11e realmente tentar alcançar o importante,
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1:11 - 1:14uma vida melhor para as pessoas.
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1:14 - 1:16E o que me deixa tão contente com isto
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1:16 - 1:18é que já está documentado
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1:18 - 1:20que há muitos países
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1:20 - 1:22na Ásia, no Médio Oriente,
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1:22 - 1:25na América Latina e Europa de Leste
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1:25 - 1:27a reduzir a este ritmo.
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1:27 - 1:30E mais, o poderoso Brasil está a reduzir a cinco por cento por ano,
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1:30 - 1:32e a Turquia a sete por cento por ano.
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1:32 - 1:34Portanto temos boas notícias.
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1:34 - 1:37Mas depois ouço pessoas dizerem "Não há progresso em África.
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1:37 - 1:39E nem sequer há estatísticas sobre África
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1:39 - 1:41para saber o que está a acontecer".
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1:41 - 1:44Vou provar que estão errados em ambos os pontos.
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1:44 - 1:47Venham comigo para o mundo maravilhoso da estatística.
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1:47 - 1:50Conduzo-vos para a página da web, ChildMortality.org,
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1:50 - 1:52onde podem encontrar o número de mortes em crianças
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1:52 - 1:55abaixo dos cinco anos de idade para todos os países.
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1:55 - 1:57É feito por especialistas da ONU.
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1:57 - 1:59E vou usar o Quénia como exemplo.
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1:59 - 2:01Aqui podem ver os dados.
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2:01 - 2:04Não entrem em pânico agora. Eu ajudo-vos com isto.
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2:04 - 2:06Parece horrível, como na universidade
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2:06 - 2:08quando não gostavam de estatística.
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2:08 - 2:10Mas a primeira coisa, quando vêem pontos como estes,
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2:10 - 2:12que têm de perguntar a vocês mesmos é:
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2:12 - 2:14de onde é que vem a informação?
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2:14 - 2:16Qual é a origem dos dados?
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2:16 - 2:18Será o caso de que, no Quénia,
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2:18 - 2:20há médicos e outros especialistas
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2:20 - 2:22que escrevem a certidão de óbito quando a criança morre,
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2:22 - 2:24e depois a enviam para o gabinete de estatística?
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2:24 - 2:27Não. Os países de baixos rendimentos como o Quénia
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2:27 - 2:30ainda não têm esse nível de organização.
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2:30 - 2:32Existe, mas não está completo,
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2:32 - 2:35porque tantas mortes ocorrem em casa
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2:35 - 2:37com a família,
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2:37 - 2:39e não são registadas.
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2:39 - 2:41Nós não nos baseamos num sistema incompleto.
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2:41 - 2:44Temos entrevistas, temos questionários.
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2:44 - 2:46E são feitos por entrevistadoras
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2:46 - 2:48altamente profissionais,
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2:48 - 2:50que se sentam com uma mulher, por uma hora
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2:50 - 2:52e lhe fazem perguntas acerca da sua história reprodutiva.
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2:52 - 2:54Quantas crianças teve?
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2:54 - 2:56Estão todas vivas?
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2:56 - 2:59Se morreram, que idade tinham e em que ano aconteceu?
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2:59 - 3:01E depois isto é feito numa amostra representativa
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3:01 - 3:04de milhares de mulheres no país
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3:04 - 3:06e resumido no que costumava ser chamado
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3:06 - 3:09de relatório dos Estudos de Saúde Demográfica.
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3:09 - 3:11Mas estes estudos são caros,
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3:11 - 3:14por isso só podem ser feitos em intervalos de três a cinco anos.
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3:14 - 3:16Mas são de boa qualidade.
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3:16 - 3:18Mas essa é a limitação.
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3:18 - 3:21E todas estas linhas coloridas aqui são os resultados;
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3:21 - 3:23cada cor é um estudo.
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3:23 - 3:26Mas isto é demasiado complicado, por isso vou simplificar para vocês,
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3:26 - 3:29e dou-vos um ponto médio por cada estudo.
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3:29 - 3:32Este foi em 1977, 1988,
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3:32 - 3:341992, 1997
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3:34 - 3:37e 2002.
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3:37 - 3:39E quando os especialistas na ONU
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3:39 - 3:42colocam todos estes estudos na sua base de dados,
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3:42 - 3:45eles usam fórmulas matemáticas avançadas
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3:45 - 3:48para produzir uma linha de regressão, que é esta.
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3:48 - 3:51Vejam aqui. É a melhor aproximação que conseguem.
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3:51 - 3:53Mas reparem.
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3:53 - 3:55Eles continuam a linha
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3:55 - 3:57para lá do último ponto
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3:57 - 3:59para o vazio.
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3:59 - 4:02E estimaram que em 2008
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4:02 - 4:05o Quénia teria uma mortalidade infantil de 128.
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4:05 - 4:07E eu fiquei triste,
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4:07 - 4:09porque podíamos ver
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4:09 - 4:11esta inversão no Quénia
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4:11 - 4:14com um aumento da mortalidade infantil nos anos 90.
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4:14 - 4:16Era tão trágico.
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4:16 - 4:19Mas em Junho, recebi um email
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4:19 - 4:21dos Estudos de Saúde Demográfica
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4:21 - 4:23que mostrava boas notícias do Quénia.
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4:23 - 4:25Fiquei tão contente.
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4:25 - 4:28Esta era a estimativa do último estudo.
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4:28 - 4:30Depois, só demorou outros três meses
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4:30 - 4:32para a ONU colocar tudo no seu servidor
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4:32 - 4:35e na sexta-feira recebemos a nova linha de regressão.
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4:35 - 4:37Estava aqui em baixo.
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4:37 - 4:39Tão agradável, não é?
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4:39 - 4:42Eu estava, na sexta-feira, sentado em frente ao meu computador,
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4:42 - 4:44e vi a taxa de mortalidade cair
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4:44 - 4:47de 128 para 84 naquela manhã.
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4:47 - 4:49E então festejámos.
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4:49 - 4:51Mas agora, quando temos esta linha de regressão,
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4:51 - 4:53como é que medimos o progresso?
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4:53 - 4:55Vou entrar em alguns detalhes aqui,
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4:55 - 4:57porque a ONU faz isto desta forma.
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4:57 - 5:00Eles começam em 1990, e medem até 2009.
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5:00 - 5:03Eles dizem "0,9 por cento, não há progresso."
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5:03 - 5:05É injusto.
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5:05 - 5:08Como professor, acho que tenho o direito de propor algo diferente.
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5:08 - 5:10Eu diria, ao menos façam isto.
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5:10 - 5:12Dez anos é suficiente para seguir a tendência.
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5:12 - 5:15São dois estudos, e podem ver o que está a acontecer agora.
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5:15 - 5:17Eles estão a 2,4 por cento.
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5:17 - 5:19Se eu estivesse no Ministério da Saúde no Quénia,
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5:19 - 5:22provavelmente usava estes dois pontos.
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5:22 - 5:24Portanto o que estou a dizer-vos
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5:24 - 5:26é que sabemos qual é a taxa de mortalidade.
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5:26 - 5:28Temos uma boa estimativa.
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5:28 - 5:30Estamos a encontrar algumas dificuldades então
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5:30 - 5:32quando estamos a medir os ODM (objectivos de desenvolvimento do milénio).
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5:32 - 5:35E a razão, para África, é especialmente importante,
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5:35 - 5:37porque os anos 90 foram uma má década,
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5:37 - 5:40não só no Quénia, mas por toda a África.
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5:40 - 5:42A epidemia do VIH atingiu o seu ponto máximo.
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5:42 - 5:45Havia resistência aos antigos medicamentos contra a malária, até que surgiram os novos.
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5:45 - 5:47Recebemos, depois, as redes contra os mosquitos.
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5:47 - 5:49E houve problemas socioeconómicos,
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5:49 - 5:52que estão agora a ser resolvidos a uma escala muito melhor.
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5:52 - 5:54Portanto, olhem para a média aqui.
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5:54 - 5:56Esta é a média para toda a África Subsariana.
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5:56 - 5:58E a ONU diz
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5:58 - 6:01que é uma redução de 1,8 por cento.
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6:01 - 6:03Agora, isto parece um pouco teórico,
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6:03 - 6:05mas não é assim tão teórico.
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6:05 - 6:07Sabem, estes economistas
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6:07 - 6:10adoram dinheiro, e eles querem mais, querem que o dinheiro cresça.
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6:10 - 6:13Por isso calculam a taxa percentual de crescimento anual da economia.
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6:13 - 6:16Nós, em saúde pública, detestamos morte infantil,
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6:16 - 6:18por isso queremos cada vez menos mortes infantis.
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6:18 - 6:20Por isso calculamos a redução percentual por ano.
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6:20 - 6:22Mas é mais ou menos o mesmo tipo de percentagem.
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6:22 - 6:24Se a vossa economia crescer a quatro por cento,
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6:24 - 6:26deveriam reduzir a mortalidade infantil em quatro por cento,
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6:26 - 6:29se [o crescimento económico] for bem utilizado e as pessoas se envolverem realmente
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6:29 - 6:32e puderem utilizar os recursos da forma que querem.
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6:32 - 6:35Então, será justo medir isto num período de 19 anos?
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6:35 - 6:38Um economista nunca faria isso.
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6:38 - 6:40Simplesmente, dividi-o em dois períodos.
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6:40 - 6:43Nos anos 90, apenas 1,2 por cento.
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6:43 - 6:45apenas 1,2 por cento.
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6:45 - 6:47Enquanto que agora, em segunda,
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6:47 - 6:49é como se África tivesse estado em primeira,
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6:49 - 6:51e agora engataram a segunda.
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6:51 - 6:53Mas mesmo isto,
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6:53 - 6:55não é uma representação justa de África,
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6:55 - 6:57porque é uma média,
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6:57 - 6:59é a velocidade média de redução em África.
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6:59 - 7:02E vejam aqui quando eu vos levo para os meus gráficos de bolas.
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7:02 - 7:04Aqui ainda temos
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7:04 - 7:07a mortalidade infantil por cada 1000, neste eixo.
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7:07 - 7:09Aqui temos o ano.
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7:09 - 7:12E agora estou a mostrar-vos uma imagem mais abrangente do que os ODM.
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7:12 - 7:14Começo há 50 anos atrás
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7:14 - 7:17quando África celebrou a independência da maioria dos países.
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7:17 - 7:19Aqui mostro o Congo, que estava lá em cima,
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7:19 - 7:21o Gana mais abaixo e o Quénia, ainda mais abaixo.
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7:21 - 7:24E o que aconteceu nestes anos? Aqui vamos nós.
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7:24 - 7:27Podem ver, com a independência, a alfabetização melhorou
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7:27 - 7:30e as vacinações começaram, a varíola foi erradicada,
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7:30 - 7:33a higiene melhorou e a situação em geral também.
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7:33 - 7:35Mas depois, nos anos 80, reparem aqui.
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7:35 - 7:37O Congo entrou em guerra civil,
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7:37 - 7:39e estabilizaram ali.
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7:39 - 7:41O Gana melhorou muito rápido.
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7:41 - 7:44Aqui foi o recuo no Quénia e o Gana ultrapassou,
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7:44 - 7:46mas depois o Quénia e o Gana descem juntos,
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7:46 - 7:48o Congo ainda paralizado.
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7:48 - 7:50E aqui estamos hoje.
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7:50 - 7:53Podem ver, não faz sentido
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7:53 - 7:56fazer uma média desta melhoria zero
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7:56 - 7:59e desta melhoria muito rápida.
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8:00 - 8:02Chegou o tempo
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8:02 - 8:06de parar de pensar na África Subsariana com um único lugar.
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8:06 - 8:09Os países são tão diferentes
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8:09 - 8:12e merecem ser reconhecidos dessa forma,
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8:12 - 8:14tal como nós não falamos da Europa como um só lugar.
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8:14 - 8:17Posso dizer-vos que a economia na Grécia e na Suécia é muito diferente.
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8:17 - 8:19Toda a gente sabe isso.
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8:19 - 8:22E eles são avaliados, cada país, com base no seu desempenho.
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8:22 - 8:25Então deixem-me dar-vos uma visão mais ampla.
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8:25 - 8:28O meu país, a Suécia:
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8:28 - 8:31Em 1800 estávamos lá em cima.
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8:31 - 8:34Que estranho distúrbio de personalidade nós devemos ter,
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8:34 - 8:37contar as crianças de forma tão meticulosa, apesar da alta taxa de mortalidade infantil.
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8:37 - 8:40É muito estranho. É meio embaraçoso.
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8:40 - 8:42Mas tínhamos esse hábito na Suécia, sabem,
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8:42 - 8:44de contar todas as mortes infantis
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8:44 - 8:46mesmo que não fizéssemos nada para resolver o problema.
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8:46 - 8:48E depois, vejam, estes foram anos de fome.
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8:48 - 8:50Estes foram anos maus, e as pessoas fartaram-se da Suécia.
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8:50 - 8:53Os meus antepassados mudaram-se para os Estados Unidos.
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8:53 - 8:56E eventualmente, começaram a melhorar aqui.
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8:56 - 8:59E aqui começámos a ter melhor educação, e começámos a ter serviço de saúde,
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8:59 - 9:01e a mortalidade infantil desceu.
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9:01 - 9:04Nunca tivémos uma guerra; a Suécia esteve em paz todo este tempo.
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9:04 - 9:06Mas reparem, a taxa de diminuição
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9:06 - 9:08na Suécia
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9:08 - 9:10não foi rápida.
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9:10 - 9:13A Suécia alcançou uma taxa de mortalidade infantil baixa
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9:13 - 9:16porque começámos cedo.
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9:16 - 9:18Na verdade, o ensino primário
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9:18 - 9:20começou em 1842.
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9:20 - 9:22E depois temos aquele efeito maravilhoso
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9:22 - 9:24de quando tivemos a alfabetização das mulheres
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9:24 - 9:26uma geração depois.
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9:26 - 9:29Têm que compreender que os investimentos que fazemos em progresso
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9:29 - 9:31são investimentos a longo prazo.
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9:31 - 9:33Não é apenas a cinco anos.
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9:33 - 9:35São investimentos a longo prazo.
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9:35 - 9:38E a Suécia nunca alcançou a taxa dos ODM
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9:38 - 9:403,1 por cento, segundo os meus cálculos.
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9:40 - 9:43Então estamos fora dos carris. É como a Suécia está.
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9:43 - 9:45Mas não se fala muito sobre isso.
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9:45 - 9:48Queremos que os outros sejam melhores que nós. E, de facto, os outros têm sido melhores.
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9:48 - 9:50Deixem-me que vos mostre a Tailândia,
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9:50 - 9:52vejam que história de sucesso, a Tailândia desde os anos 60,
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9:52 - 9:54vejam como eles desceram aqui
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9:54 - 9:57e alcançaram quase o mesmo nível de mortalidade infantil que na Suécia.
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9:57 - 10:00E dou-vos outra história, a do Egipto,
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10:00 - 10:03o mais bem escondido e glorioso sucesso em saúde pública.
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10:03 - 10:05O Egipto estava aqui em cima em 1960,
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10:05 - 10:07mais alto do que o Congo.
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10:07 - 10:10O delta do Nilo era uma miséria para as crianças,
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10:10 - 10:12com doenças diarreicas
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10:12 - 10:14e malária e muitos problemas.
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10:14 - 10:17E depois eles construíram a barragem de Assuão. Começaram a ter electricidade nas suas casas.
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10:17 - 10:19Aumentaram a educação.
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10:19 - 10:21E começaram a ter cuidados de saúde primários.
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10:21 - 10:23E vieram por aí abaixo, vêem?
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10:23 - 10:26E obtiveram água mais saudável, erradicaram a malária.
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10:26 - 10:28E vejam que história de sucesso.
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10:28 - 10:31As taxas para a mortalidade infantil dos ODM
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10:31 - 10:33são inteiramente possíveis.
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10:33 - 10:35E a boa notícia é
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10:35 - 10:37que o Gana hoje está com a mesma taxa
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10:37 - 10:40que o Egipto apresentou na sua fase mais rápida.
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10:40 - 10:42O Quénia está a acelerar.
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10:42 - 10:44Aqui temos um problema.
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10:44 - 10:47Temos um problema grave em países que estão estagnados.
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10:48 - 10:51Agora, deixem-me mostrar-vos uma visão mais ampla,
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10:51 - 10:53uma visão mais ampla da mortalidade infantil.
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10:53 - 10:55Vou mostrar-vos a relação
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10:55 - 10:58entre a mortalidade infantil aqui neste eixo --
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10:58 - 11:01este eixo aqui é a mortalidade infantil --
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11:01 - 11:04e aqui temos o tamanho da família.
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11:04 - 11:06A relação entre a mortalidade infantil e o tamanho das famílias.
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11:06 - 11:08Uma, duas, três, quatro crianças por mulher.
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11:08 - 11:10Seis, sete, oito crianças por mulher.
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11:10 - 11:12Isto é, mais uma vez, 1960,
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11:12 - 11:14há 50 anos atrás.
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11:14 - 11:16Cada bola é um país.
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11:16 - 11:18As cores, podem ver, são os continentes
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11:18 - 11:20O azul escuro aqui é a África Subsariana.
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11:20 - 11:23E o tamanho das bolas é a população.
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11:24 - 11:26E estes são
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11:26 - 11:28os chamados países "em desenvolvimento".
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11:28 - 11:31Eles tinham mortalidades infantis altas ou muito altas
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11:31 - 11:34e famílias de seis a oito membros.
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11:34 - 11:36E aqueles daquele lado,
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11:36 - 11:38estes eram os chamados países ocidentais.
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11:38 - 11:40Tinham baixa mortalidade infantil
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11:40 - 11:42e famílias pequenas.
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11:42 - 11:44O que é que aconteceu?
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11:44 - 11:47O que eu quero é que vejam com os vossos próprios olhos
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11:47 - 11:50a relação entre a queda da mortalidade infantil
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11:50 - 11:53e a diminuição do tamanho das famílias.
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11:53 - 11:55Peço-vos que vejam para que não haja dúvidas.
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11:55 - 11:57Têm de ver com os vossos próprios olhos.
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11:57 - 12:00Isto é o que aconteceu. Agora começo com o mundo.
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12:00 - 12:02Aqui descemos com erradicação da
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12:02 - 12:04varíola, melhor educação,
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12:04 - 12:06serviços de saúde.
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12:06 - 12:09Chegaram ali abaixo. A China entra na caixa dos países ocidentais aqui.
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12:09 - 12:11E aqui o Brasil está na caixa ocidental.
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12:11 - 12:14A Índia aproxima-se. Os primeiros países africanos entram na caixa ocidental
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12:14 - 12:16E ganhamos muitos vizinhos.
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12:16 - 12:18Bem-vindos a uma vida decente.
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12:18 - 12:20Venham daí. Queremos toda a gente aqui em baixo.
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12:20 - 12:22Esta é a nossa ambição, não é?
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12:22 - 12:25E vejam agora, os primeiros países africanos estão a entrar.
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12:25 - 12:27Aqui estamos hoje.
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12:28 - 12:30Não existe essa coisa
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12:30 - 12:32de um "mundo ocidental" e um "mundo em desenvolvimento".
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12:32 - 12:34Este é o relatório da ONU
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12:34 - 12:36que saiu na sexta-feira.
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12:36 - 12:39É muito bom - "Níveis e Tendências em Mortalidade Infantil" -
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12:39 - 12:41excepto esta página.
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12:41 - 12:43Esta página é muito má.
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12:43 - 12:46É uma categorização de países.
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12:46 - 12:49Classifica de "países em desenvolvimento" - posso ler da lista aqui -
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12:49 - 12:52países em desenvolvimento: Coreia do Sul.
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12:52 - 12:54Hã?
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12:54 - 12:57Eles têm a Samsung, como podem ser um país em desenvolvimento?
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12:57 - 12:59Têm aqui Singapura.
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12:59 - 13:01Singapura tem a mortalidade infantil mais baixa do mundo.
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13:01 - 13:03Ultrapassaram a Suécia há cinco anos,
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13:03 - 13:05e são classificados como um país em desenvolvimento.
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13:05 - 13:07Têm aqui o Qatar.
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13:07 - 13:09É dos paises com a Al Jazeera, o mais rico.
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13:09 - 13:11Como é que podem ser um país em desenvolvimento?
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13:11 - 13:13Isto é uma porcaria.
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13:13 - 13:16(Aplausos)
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13:16 - 13:18O resto que aqui está é bom. O resto é bom.
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13:18 - 13:20Temos de ter um conceito moderno,
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13:20 - 13:22que se encaixe nos dados.
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13:22 - 13:24E temos de perceber
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13:24 - 13:27que vamos todos para aqui para baixo.
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13:27 - 13:30Qual é a importância destas relações aqui.
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13:30 - 13:32Vejam. Mesmo se olharmos para África.
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13:32 - 13:34Estes são os países africanos.
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13:34 - 13:37Podem ver claramente a relação entre a queda da mortalidade infantil
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13:37 - 13:39e a diminuição do tamanho das famílias
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13:39 - 13:41mesmo em África.
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13:41 - 13:43É muito claro que é isto que acontece.
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13:43 - 13:46E um resultado muito importante saiu na sexta-feira
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13:46 - 13:50do Instituto de Avaliação e Métricas de Saúde, em Seattle
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13:50 - 13:52que mostra que quase 50 por cento
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13:52 - 13:54da redução da mortalidade infantil
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13:54 - 13:57pode ser atribuída à educação das mulheres.
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13:57 - 14:00Ou seja, quando pomos raparigas na escola,
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14:00 - 14:02temos um impacto 15 a 20 anos mais tarde,
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14:02 - 14:05uma tendência secular que é muito forte.
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14:05 - 14:08É por isso que temos de ter essa perspectiva a longo prazo,
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14:08 - 14:10mas temos de medir o impacto
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14:10 - 14:12de um período de 10 anos.
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14:12 - 14:14É inteiramente possível
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14:14 - 14:16diminuir a mortalidade infantil em todos estes países
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14:16 - 14:18e levá-los para o canto ali em baixo
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14:18 - 14:21onde todos gostaríamos de viver juntos.
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14:22 - 14:25E, claro, diminuir a mortalidade infantil
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14:25 - 14:28é um assunto da maior importância
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14:28 - 14:30da perspectiva humanitária.
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14:30 - 14:32É de uma vida decente para as crianças
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14:32 - 14:34que estamos a falar.
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14:34 - 14:37Mas também é um investimento estratégico
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14:37 - 14:39no futuro de toda a humanidade,
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14:39 - 14:42porque é acerca do ambiente.
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14:42 - 14:44Nós não seremos capazes de tratar do ambiente
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14:44 - 14:46e evitar a terrível crise climática
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14:46 - 14:48se não estabilizarmos a população mundial.
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14:48 - 14:50Sejamos claros acerca disso.
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14:50 - 14:52E a forma de o fazer
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14:52 - 14:55é reduzir a mortalidade infantil, ter acesso a planeamento familiar
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14:55 - 14:58e por trás disso, incentivar a educação das mulheres.
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14:58 - 15:00E isso é inteiramente possível. Vamos a isso.
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15:00 - 15:02Muito obrigado.
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15:02 - 15:12(Aplausos)
- Title:
- As boas notícias da década? Estamos a ganhar a guerra contra a mortalidade infantil
- Speaker:
- Hans Rosling
- Description:
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Hans Rosling reorganiza 10 anos de informação da ONU com os seus gráficos espectaculares, revelando uma surpreendente - e geralmente pouco divulgada - boa notícia, merecedora de primeira página. De caminho, desmascara uma imperfeita abordagem estatística que esconde estas histórias vitais.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:14
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The good news of the decade? We're winning the war against child mortality | ||
Inês Pereira added a translation |