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Lawrence Abu Hamdan: Política do Ouvir | Art21 "Extended Play"

  • 0:00 - 0:04
    (música suave)
  • 0:07 - 0:11
    (música dinâmica)
  • 0:12 - 0:13
    (trem freando)
  • 0:13 - 0:15
    Eu não sou realmente um artista.
  • 0:15 - 0:17
    Nunca estudei em uma escola de arte.
  • 0:18 - 0:20
    Eu me considero um ouvinte.
  • 0:22 - 0:26
    E eu dediquei muito tempo
    pensando sobre a política do ouvir.
  • 0:28 - 0:30
    O que é muito diferente
    da política do falar,
  • 0:30 - 0:32
    onde todos devem ter uma voz.
  • 0:33 - 0:37
    Porque onde e quando essas vozes
    são ouvidas é muito importante.
  • 0:37 - 0:40
    (música dinâmica continua)
  • 0:40 - 0:45
    Não entender como essa voz é ouvida
    te faz perder metade da história.
  • 0:49 - 0:52
    Parte do trabalho foi tentar
    definir onde esses limites
  • 0:52 - 0:53
    estão, os limites do ouvir.
  • 0:54 - 0:59
    (música dinâmica continua)
    [Política do ouvir]
  • 1:05 - 1:07
    Quando comecei uma investigação acústica
  • 1:07 - 1:10
    em uma prisão que era
    modelada pelo arquétipo GDR
  • 1:12 - 1:14
    A Mercedez-Benz das prisões na Síria,
  • 1:14 - 1:16
    a que eu investiguei, se chama Saydnaya.
  • 1:17 - 1:23
    O som mais importante são
    as batidas vindas da parede.
  • 1:23 - 1:26
    Assim que você ouve o
    som de batidas, você pensa
  • 1:26 - 1:29
    Esse som está se movendo
    de cela para cela?
  • 1:29 - 1:32
    Ou está só naquele lugar?
  • 1:32 - 1:35
    Se o som começa a se espalhar
    de uma cela a outra,
  • 1:35 - 1:39
    você sabe que sua hora de ser
    torturado está chegando.
  • 1:40 - 1:42
    Esses filmes e performances
    são uma proposta
  • 1:42 - 1:45
    a ouvir as pessoas de uma maneira
    que acho adequada
  • 1:45 - 1:48
    para o tipo de proposta política
    que estou fazendo.
  • 1:48 - 1:49
    Essa torre de audição tem...
  • 1:49 - 1:51
    Em um documentário, ou nos noticiários,
  • 1:51 - 1:53
    há convenções muito estritas
  • 1:53 - 1:56
    sobre a forma que nós
    achamos que devemos ouvir.
  • 1:56 - 1:57
    No espaço do museu,
  • 1:57 - 1:59
    você tem a chance de explorar
  • 1:59 - 2:03
    as formas em que você pode
    de fato apresentar uma história.
  • 2:03 - 2:05
    (batidas)
  • 2:06 - 2:08
    "Walled Unwalled" é uma série de reflexões
  • 2:08 - 2:11
    após ter conduzido uma investigação
  • 2:11 - 2:14
    sobre o regime penitenciário sírio
    para a Anistia Internacional
  • 2:14 - 2:16
    em conjunto com a Arquitetura Forense.
  • 2:16 - 2:19
    (multidão gritando)
  • 2:19 - 2:22
    Desde 2011, dezenas de milhares
    de pessoas
  • 2:22 - 2:25
    desapareceram em uma vasta
    rede de prisões
  • 2:25 - 2:26
    geridas pelo governo sírio.
  • 2:27 - 2:29
    Muitas foram levadas para Saydnaya.
  • 2:30 - 2:33
    A Anistia Internacional
    e a Arquitetura Forense
  • 2:33 - 2:36
    viajaram à Turquia para encontrar
    um gupo de sobreviventes de Saydnaya.
  • 2:37 - 2:39
    Nós usamos modelos arquitetônicos
    e acústicos
  • 2:39 - 2:41
    para reconstruir a prisão
  • 2:41 - 2:43
    e as suas experiências em detenção.
  • 2:44 - 2:46
    Porque os prisioneiros
    eram detidos no escuro,
  • 2:46 - 2:50
    suas memórias dependem
    de uma experiência sonora aguda.
  • 2:51 - 2:54
    Eu fui encarregado de liderar
    o componente sonoro
  • 2:54 - 2:57
    da investigação,
    e tentar solicitar
  • 2:57 - 2:58
    o máximo de informação possível
  • 2:58 - 3:00
    sobre o que estava acontecendo ali.
  • 3:01 - 3:03
    Todas as testemunhas
    insistiram para mim
  • 3:03 - 3:04
    que as paredes das suas celas
  • 3:04 - 3:06
    sacudiam com os
    espancamentos que ocorriam
  • 3:06 - 3:09
    em partes distantes
    e não localizáveis da prisão.
  • 3:10 - 3:12
    Mais tarde, eu entendi porque.
  • 3:12 - 3:13
    O formato do prédio,
  • 3:13 - 3:15
    as dimensões dos corredores,
  • 3:15 - 3:17
    indicam que sons vindos das celas
  • 3:17 - 3:19
    são refletidos em uma torre central.
  • 3:21 - 3:23
    O fato de eles
    recuperarem conhecimento
  • 3:23 - 3:25
    em meio a uma privação sensória
  • 3:25 - 3:27
    foi uma experiência poderosa.
  • 3:27 - 3:29
    (pessoa gritando)
  • 3:29 - 3:32
    A parede os estava
    contendo completamente.
  • 3:32 - 3:35
    Porém, o vazamento de
    som pela parede,
  • 3:35 - 3:37
    essa era sua saída para o mundo.
  • 3:38 - 3:39
    A parede era meio porosa.
  • 3:41 - 3:45
    Quarto um série
    close up, take um.
  • 3:46 - 3:48
    A ideia de "Walled Unwalled"
  • 3:48 - 3:51
    era fazer essa performance
  • 3:51 - 3:54
    em um antigo estúdio de gravação.
  • 3:54 - 3:57
    Tudo o que você vê é gravado
    através do vidro à prova de som.
  • 3:58 - 4:01
    Foi como uma maneira de
    falar sobre a prisão.
  • 4:02 - 4:05
    Em um ponto do filme
    você vê alguém com uma lanterna acesa.
  • 4:05 - 4:07
    Ela estava com a lanterna
    porque não havia
  • 4:07 - 4:08
    comunicação audível através
    das paredes.
  • 4:08 - 4:10
    Eram realmente
    à prova de som.
  • 4:10 - 4:14
    Agora, nenhuma parede no mundo
    é impermeável.
  • 4:15 - 4:19
    Hoje, temos paredes e
    nenhuma parede.
  • 4:23 - 4:26
    Ironicamente, quanto mais
    estamos conectados,
  • 4:26 - 4:31
    mais as paredes
    se tornam fúteis,
  • 4:31 - 4:34
    quando mais preocupados ficamos
    em proteger a fronteira.
  • 4:34 - 4:37
    (música séria)
  • 4:38 - 4:40
    Fronteiras não são linhas.
  • 4:40 - 4:43
    Elas são esses espaços
    cheios de camadas,
  • 4:43 - 4:44
    ricos em história.
  • 4:46 - 4:50
    [45º Paralelo]
  • 4:51 - 4:54
    Há um guarda de fornteira americano
    sentado naquele carro.
  • 4:55 - 4:57
    O motor continua ligado
  • 4:57 - 5:00
    e os seus olhos continuam
    focados na porta.
  • 5:02 - 5:05
    Cada visitante que cruza
    a rua pelos EUA
  • 5:05 - 5:08
    precisa voltar pelos EUA.
  • 5:09 - 5:11
    Aqueles que vem do lado direito,
    do Canadá,
  • 5:11 - 5:14
    não podem, de maneira alguma,
  • 5:14 - 5:16
    mesmo que tenham um visto válido,
  • 5:16 - 5:19
    sair da biblioteca pelos EUA.
  • 5:20 - 5:22
    A fronteira não pode ser
    cruzada por aqui.
  • 5:22 - 5:26
    E aqui dentro, parece
    que a fronteira nem existe.
  • 5:26 - 5:30
    Tecnicamente, Agatha Christie
    fica em uma prateleira do lado americano,
  • 5:30 - 5:33
    enquanto a biografia de Iggy Pop
    está no Canadá.
  • 5:36 - 5:40
    Essa biblioteca e casa de ópera
    foram construídas na fronteira
  • 5:40 - 5:42
    entre o Canadá e os Estados Unidos.
  • 5:42 - 5:44
    Esse me pareceu um lugar
    em que pudesse se contar
  • 5:44 - 5:46
    a história das fronteiras,
  • 5:46 - 5:50
    começando pela fita elétrica
    que corta a biblioteca.
  • 5:50 - 5:52
    Expandindo essa ideia,
    mostramos todas as maneiras
  • 5:52 - 5:56
    em que as fronteiras existem
    de forma absurda.
  • 5:58 - 6:02
    E mesmo assim, elas são
    um tipo de rede de poder
  • 6:02 - 6:06
    executadas, muitas vezes,
    de forma letal.
  • 6:11 - 6:13
    Quando o assassinato ocorreu,
  • 6:13 - 6:14
    O assassino e o assassinado
    estavam
  • 6:14 - 6:18
    em jurisdições completamente
    diferentes.
  • 6:19 - 6:21
    Mesmo que a arma de Mesa
    fosse erguida
  • 6:21 - 6:25
    dentro do território mexicano,
    seus pés estavam mais de sete centímetros
  • 6:25 - 6:27
    atrás da fronteira americana.
  • 6:28 - 6:31
    Se o agente Mesa tivesse
    atravessado a linha,
  • 6:32 - 6:34
    não haveria dúvida
    de que o México
  • 6:34 - 6:38
    pediria sua extradição
    por assassinato a um cidadão.
  • 6:38 - 6:40
    (música sombria)
  • 6:40 - 6:43
    Na Suprema Corte,
    uma hipótese surgiu.
  • 6:43 - 6:46
    Se Mesa fosse processado,
  • 6:46 - 6:49
    alguém assassinado no exterior
    por um agente americano
  • 6:49 - 6:51
    poderia buscar justiça
    em um tribunal americano?
  • 6:52 - 6:53
    Não.
  • 6:54 - 6:56
    Foi uma decisão muito acirrada,
    cinco contra quatro.
  • 6:57 - 7:01
    O fator decisivo foi
    o reconhecimento de que
  • 7:01 - 7:04
    se condenassem o agente Mesa,
  • 7:04 - 7:07
    eles estariam abrindo
    caminho para o litígio
  • 7:07 - 7:11
    de cada ataque de drone,
    porque é a mesma história, certo?
  • 7:11 - 7:13
    Alguém aperta o gatilho
    no Arizona
  • 7:13 - 7:16
    e outra pessoa morre no Iêmen.
  • 7:16 - 7:22
    (música sombria)
  • 7:29 - 7:31
    Bom, eu nasci na Jordânia.
  • 7:32 - 7:34
    Mas também cresci em Yorkshire.
  • 7:34 - 7:38
    E fui exposto à cena musical
    de improviso de Leeds.
  • 7:38 - 7:42
    (música animada)
  • 7:43 - 7:45
    Passei anos abusando
    dos meus ouvidos
  • 7:45 - 7:48
    tocando em bandas
    e fazendo muito barulho.
  • 7:48 - 7:51
    Isso me mostrou como
    a organização em volta do som
  • 7:51 - 7:55
    e da música era um ato político
    que unia comunidades.
  • 7:58 - 8:00
    Os meus trabalhos são
    interdisciplinares.
  • 8:00 - 8:03
    Eles demandam ajuda e recursos
    de outras pessoas
  • 8:03 - 8:05
    que são muito disciplinadas.
  • 8:05 - 8:07
    É sempre um trabalho de equipe.
  • 8:07 - 8:29
    (vozes, batidas e tilintar)
  • 8:30 - 8:32
    O começo foi ótimo.
    - Sim.
  • 8:32 - 8:34
    As chaves...
    - Você consegue as ouvir? Eu não.
  • 8:34 - 8:36
    Acho que começando com
    esses detalhes,
  • 8:36 - 8:37
    trabalhando com a batida,
  • 8:37 - 8:41
    e depois indo indo para o pirulito ali,
  • 8:41 - 8:42
    e depois para isso.
  • 8:42 - 8:43
    Você gosta disso?
  • 8:43 - 8:44
    De abrir assim,
  • 8:44 - 8:45
    ou eu fico longe disso?
  • 8:45 - 8:46
    Não, faça isso,
    foi muito bom.,
  • 8:47 - 8:52
    (rangido)
  • 8:52 - 8:54
    Eu não queria um
    artista de efeitos sonoros
  • 8:54 - 8:57
    para tocar aquelas portas
    porque eu sabia que eles
  • 8:57 - 8:59
    saberiam o que
    fazer com elas.
  • 8:59 - 9:02
    Que eles acabariam caindo
    em um modo disciplinado
  • 9:02 - 9:04
    em que o que eles fariam
    com as portas
  • 9:04 - 9:07
    seria parte do seu universo profissional.
  • 9:07 - 9:09
    (batidas rápidas)
  • 9:09 - 9:12
    Eu queria ver o que mais
    aquelas portas eram capazes de fazer.
  • 9:13 - 9:16
    Fazer barulhos de baleia,
    depois as bater
  • 9:16 - 9:19
    e trazê-las de volta
    à forma de portas.
  • 9:20 - 9:22
    Isso era muito importante
    para a história
  • 9:22 - 9:25
    que eu estava tentando contar,
    sobre memória acústica.
  • 9:26 - 9:35
    (marretas batendo)
  • 9:35 - 9:38
    Efeitos sonoros são muito
    específicos na maneira
  • 9:38 - 9:40
    que podem solicitar memória,
    mas também
  • 9:40 - 9:42
    conectar esses sons
    às nossas memórias.
  • 9:46 - 9:47
    As portas na prisão Saydnaya
  • 9:47 - 9:49
    tiveram um efeito similar
    nos sobreviventes.
  • 9:49 - 9:51
    Nenhum som de porta
    que eu toquei
  • 9:51 - 9:53
    satisfizeram a memória acústica
    de Samara.
  • 9:53 - 9:55
    Achamos uma que era próxima,
  • 9:55 - 9:57
    mas ele ficou me falando
    para aumentar o volume.
  • 9:58 - 10:00
    Os sons estavam ficando
    mais e mais altos,
  • 10:00 - 10:02
    até que eu finalmente
    toquei o barulho
  • 10:02 - 10:04
    de uma enorme porta
    de metal batendo
  • 10:05 - 10:08
    com a ressonância da
    Catedral de Notre Dame.
  • 10:10 - 10:12
    Ao ouvi-lo, Samara ficou surpreso.
  • 10:12 - 10:15
    Ele me parou e disse,
    esse som estava presente.
  • 10:15 - 10:17
    Esse era o som exato,
    não da porta,
  • 10:17 - 10:20
    mas o som de fatias de pão
  • 10:20 - 10:23
    sendo derrubadas no chão,
    fora da minha cela.
  • 10:23 - 10:27
    (batidas)
  • 10:28 - 10:29
    Nós usávamos muitos
    efeitos sonoros
  • 10:29 - 10:32
    nessas entrevistas de testemunhas
    auditivas para conseguirmos
  • 10:32 - 10:34
    o som de que estávamos falando.
  • 10:34 - 10:36
    E também localizá-los no espaço.
  • 10:37 - 10:40
    Então eu construí esse inventário
    de efeitos sonoros.
  • 10:40 - 10:44
    (batidas, toques, estouro)
  • 10:44 - 10:46
    Em todos os casos legais em que trabalhei,
  • 10:46 - 10:49
    o que eu teria usado
    em um caso no qual precisava
  • 10:49 - 10:52
    recriar um ricochete em uma
    cerca de fronteira na Palestina?
  • 10:52 - 10:55
    (toques e batida)
  • 10:55 - 10:58
    Eles eram muito importantes
    no caso de Saydnaya.
  • 10:58 - 11:00
    A porta de metal, de madeira
  • 11:00 - 11:02
    e a do carro, adaptadas para
    minhas necessidades.
  • 11:02 - 11:05
    E a ideia de que você pode
    realmente reconstruir
  • 11:05 - 11:07
    uma grande variedade de
    sons de portas, com apenas
  • 11:07 - 11:08
    esse instrumento.
  • 11:09 - 11:12
    Luvas de goleiro.
    Os azulejos de granito.
  • 11:12 - 11:14
    Coco verde, gritos.
    Caminhão de sorvete.
  • 11:14 - 11:16
    Onde está a arma?
    Caixa de música.
  • 11:16 - 11:26
    (ruído de avião)
  • 11:27 - 11:30
    Durante os últimos quinze,
    dezesseis anos, jatos israelenses
  • 11:30 - 11:33
    e drones sobrevoando
    o Líbano criaram
  • 11:33 - 11:36
    um tipo de medo acústico
    para os moradores.
  • 11:38 - 11:42
    Pressão do Ar começou como uma
    investigação acústica.
  • 11:42 - 11:44
    (digitação)
  • 11:46 - 11:49
    É um site que busca produzir
    conhecimento sobre o que
  • 11:49 - 11:52
    estava acontecendo no
    céu do Líbano.
  • 11:53 - 11:56
    Estou tentando, sabe, usar
    Shazam no céu.
  • 11:57 - 12:00
    Ouvir um veículo aéreo
    sem tripulantes, identificá-lo.
  • 12:00 - 12:02
    Ouvir um jato de guerra,
    identificá-lo.
  • 12:02 - 12:05
    E daí começar a ouvir a diferença
    entre um F16 e um F35.
  • 12:09 - 12:11
    Nós produzimos o primeiro
    banco de dados
  • 12:11 - 12:13
    dessas aeronaves militares no céu.
  • 12:14 - 12:16
    E os números eram surpreendentes.
  • 12:17 - 12:21
    Vinte e dois mil, cento e onze
    deles nos últimos quinze anos.
  • 12:21 - 12:26
    (música séria)
  • 12:26 - 12:29
    Você os vê se interligando e se
    sobrepondo ao longo do tempo.
  • 12:29 - 12:31
    Não é um mapa de território,
  • 12:31 - 12:33
    mas é uma espécie de
    cartografia de pressão
  • 12:33 - 12:35
    sendo exercida
    para baixo.
  • 12:35 - 12:37
    Acaba sendo do formato de Líbano,
  • 12:37 - 12:40
    simplesmente porque as aeronaves
    cobriram todo o território do país.
  • 12:43 - 12:47
    Esse não é um trabalho sobre
    a quem pertence o ar sendo violado.
  • 12:47 - 12:50
    O ar não pertence aos libaneses.
  • 12:50 - 12:52
    É um trabalho sobre como
    é possível tornar o ar violento,
  • 12:53 - 12:56
    e como som é uma maneira
    muito eficiente de fazê-lo.
  • 12:57 - 12:59
    (aeronave voando)
  • 12:59 - 13:02
    Você pode ver todo tweet
    e vídeo criados
  • 13:02 - 13:04
    sobre essas aeronaves no céu.
  • 13:05 - 13:06
    Você vê pessoas brincando.
  • 13:06 - 13:08
    Algumas pessoas dizem,
  • 13:08 - 13:11
    "olhem esses aviões, estão tão baixos
    que vão cortar as linhas do varal".
  • 13:11 - 13:14
    Outras pessoas, você vê
    que estão assustadas, elas dizem
  • 13:14 - 13:17
    "olhem o que eles têm em seu arsenal,
    que Deus nos proteja".
  • 13:18 - 13:21
    Outras pessoas simplesmente
    usam essa hashtag,
  • 13:21 - 13:22
    que significa "guerra na atmosfera".
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    O site circulou bastante
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    porque ninguém havia feito isso antes.
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    Na verdade, o governo libanês
    me contatou mais tarde,
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    e me falaram que nem eles mesmos
    haviam feito isso.
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    (aeronave voando)
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    Quando eu estava produzindo Pressão do Ar,
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    que atraiu toda essa
    atenção internacional,
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    me ocorreu que dez anos haviam passado
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    fazendo esse tipo de investigação,
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    e que ela precisava do seu próprio espaço.
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    Então decidi começar essa
    agência chamada Earshot.
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    (música intrigante)
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    Somos um time pequeno.
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    Tem crescido a consciência
    de porque o som importa
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    em investigações abertas.
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    Eu havia aprendido o suficiente
    nesses projetos
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    para começar a treinar outras pessoas
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    para esse trabalho, e podíamos
    começar a formar nossa agência
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    de análises acústicas e auditivas.
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    Eu quero construir um conhecimento
    maior do que uma boa audição pode fazer,
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    e de que história o som pode contar.
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    Ainda há muito o que fazer,
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    e muitas outras maneiras
    de darmos às pessoas
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    o espaço e tempo de serem ouvidas.
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    (música intrigante)
    (pessoas falando)
Title:
Lawrence Abu Hamdan: Política do Ouvir | Art21 "Extended Play"
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Extended Play" series
Duration:
15:04

Portuguese, Brazilian subtitles

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