Controlo natural de pragas... usando insetos!
-
0:00 - 0:02Sou um amante de insetos,
-
0:02 - 0:04aliás, não desde criança,
-
0:04 - 0:06mas um pouco mais tarde.
-
0:06 - 0:08Quando fiz o bacharelato,
-
0:08 - 0:11formei-me em zoologia
na Universidade de Tel Aviv, -
0:11 - 0:13apaixonei-me por insetos.
-
0:13 - 0:15E depois, em zoologia,
-
0:15 - 0:18tirei o curso ou a disciplina
de entomologia, -
0:18 - 0:20a ciência dos insetos.
-
0:21 - 0:22Depois , pensei:
-
0:22 - 0:27"Como poderei praticar ou contribuir
para a ciência da entomologia?" -
0:27 - 0:30Então, passei para o mundo
da proteção das plantas, -
0:31 - 0:33a proteção das plantas contra os insetos,
-
0:33 - 0:35contra os insetos prejudiciais.
-
0:35 - 0:37E, depois, dentro da proteção das plantas,
-
0:37 - 0:39cheguei à disciplina
-
0:39 - 0:41do controlo biológico de pragas
-
0:41 - 0:43que definimos
-
0:43 - 0:46como o uso de organismos vivos
-
0:46 - 0:49para reduzir as populações
-
0:49 - 0:51de pragas prejudiciais às plantas.
-
0:51 - 0:54Há toda uma disciplina
sobre a proteção de plantas -
0:54 - 0:57que visa a redução dos químicos.
-
0:58 - 1:00E, a propósito,
o controlo biológico de pragas, -
1:00 - 1:03ou esses insetos bons
de que estamos a falar, -
1:03 - 1:06existem no mundo
há milhares e milhares de anos, -
1:07 - 1:08há muito, muito tempo.
-
1:09 - 1:11Mas só nos últimos 120 anos
-
1:12 - 1:14é que as pessoas começaram
-
1:14 - 1:18ou as pessoas souberam cada vez mais
como explorar, ou como usar, -
1:18 - 1:20este fenómeno do controlo biológico,
-
1:20 - 1:24ou seja, o fenómeno do controlo natural,
-
1:24 - 1:26segundo as suas necessidades.
-
1:26 - 1:28Porque o fenómeno do controlo biológico,
-
1:28 - 1:30podemos vê-lo nos nossos quintais,
-
1:30 - 1:33Basta arranjar uma lupa.
Veem o que eu tenho aqui? -
1:33 - 1:35É uma lente de aumentar 10 vezes.
-
1:36 - 1:37Sim, 10 vezes.
-
1:37 - 1:38Basta abri-la.
-
1:38 - 1:41Virem uma folha
e verão todo um mundo novo -
1:41 - 1:43de insetos minúsculos,
-
1:43 - 1:46ou de pequenas aranhas
com um milímetro, um milímetro e meio, -
1:46 - 1:48dois milímetros de comprimento,
-
1:48 - 1:51e podemos distinguir
entre os bons e os maus. -
1:51 - 1:54Portanto, este fenómeno
de controlo natural -
1:54 - 1:56existe literalmente por toda a parte,
-
1:56 - 1:58aqui, em frente deste edifício,
seguramente. -
1:58 - 2:00Basta olhar para as plantas.
-
2:00 - 2:02Portanto, está por toda a parte,
-
2:02 - 2:04e precisamos de saber como explorá-lo.
-
2:04 - 2:06Vamos todos
-
2:06 - 2:09percorrer alguns exemplos.
-
2:09 - 2:11O que é uma praga?
-
2:11 - 2:14Que prejuízos é que inflige na planta?
-
2:14 - 2:16E qual é o inimigo natural,
-
2:16 - 2:18o agente controlado biologicamente,
-
2:18 - 2:20ou o inseto bom, de que estamos a falar?
-
2:20 - 2:22Genericamente, vou falar
-
2:22 - 2:26de insetos e de aranhas,
-
2:26 - 2:28ou de ácaros, chamemos-lhes assim.
-
2:28 - 2:30Os insetos,
esses organismos de seis pernas, -
2:30 - 2:32e as aranhas ou os ácaros,
-
2:32 - 2:34os organismos de oito pernas.
-
2:34 - 2:36Vamos observá-los.
-
2:36 - 2:39Este é uma praga, uma praga devastadora,
um ácaro-aranha, -
2:39 - 2:42porque faz uma teia parecida
com a da aranha. -
2:43 - 2:44Vemos a mãe no meio
-
2:44 - 2:47e, provavelmente, dois filhos,
à esquerda e à direita, -
2:47 - 2:49e um único ovo do lado direito.
-
2:49 - 2:51Vemos o tipo de estragos
que podem infligir. -
2:51 - 2:53Do lado direito,
podem ver uma folha de pepino, -
2:53 - 2:56e, a meio, uma folha de algodão,
-
2:56 - 2:59e, à esquerda, uma folha de tomate
com pequenas serrilhas. -
2:59 - 3:01Podem passar de verdes a brancas
-
3:01 - 3:03por causa das bocas
-
3:03 - 3:05sugadoras, perfuradoras
-
3:05 - 3:07destas aranhas.
-
3:08 - 3:09Mas chega a Natureza
-
3:09 - 3:11que nos oferece uma aranha boa.
-
3:11 - 3:15Este é um ácaro predador — de resto,
tão pequeno como um ácaro-aranha -
3:15 - 3:18um milímetro, dois milímetros
de comprimento, nada mais, -
3:18 - 3:20a correr rapidamente, à caça,
-
3:20 - 3:22perseguindo os ácaros-aranha.
-
3:22 - 3:24E aqui podem ver esta dama em ação
-
3:24 - 3:26do lado esquerdo,
-
3:26 - 3:28a perfurar, a sugar
-
3:28 - 3:31os fluidos corporais
do lado esquerdo do ácaro-aranha. -
3:31 - 3:34E ao fim de cinco minutos,
é isto que veem: -
3:34 - 3:36um cadáver vulgar,
-
3:36 - 3:38murcho, sugado,
-
3:38 - 3:40o cadáver do ácaro-aranha,
-
3:40 - 3:44e, junto dele, dois indivíduos saciados
-
3:44 - 3:45de ácaros predadores,
-
3:45 - 3:47uma mãe do lado esquerdo,
-
3:47 - 3:49uma ninfa jovem do lado direito.
-
3:49 - 3:51A propósito, para eles,
uma refeição para 24 horas, -
3:51 - 3:54é de cerca de cinco indivíduos
-
3:54 - 3:56de ácaros-aranha, os ácaros maus,
-
3:56 - 3:58ou de 15 a 20 ovos
-
3:58 - 4:01dos ácaros-aranha.
-
4:01 - 4:03A propósito, estão sempre com fome...
-
4:03 - 4:05(Risos)
-
4:06 - 4:08E este é outro exemplo: afídios.
-
4:08 - 4:10A propósito, agora em Israel é primavera.
-
4:10 - 4:12Quando a temperatura sobe bruscamente,
-
4:12 - 4:15podemos ver estas pragas,
estes afídios, em todas as plantas, -
4:15 - 4:18nos nossos hibiscos, nas nossas lantanas,
-
4:18 - 4:20na jovem folhagem fresca
-
4:20 - 4:22da chamada floração primaveril.
-
4:22 - 4:25A propósito, com os afídios
só temos fêmeas. -
4:25 - 4:27como as amazonas.
-
4:27 - 4:30As fêmeas dão origem a fêmeas
que dão origem a outras fêmeas. -
4:30 - 4:31Não há machos.
-
4:31 - 4:33Chama-se a isso partogénese.
-
4:33 - 4:36E, segundo parece,
vivem assim muito felizes. -
4:36 - 4:37(Risos)
-
4:37 - 4:38Podemos ver aqui os estragos.
-
4:38 - 4:44Estes afídios segregam
um líquido pegajoso, açucarado, -
4:44 - 4:46chamado melada,
-
4:46 - 4:49que envolve
as partes superiores da planta. -
4:49 - 4:51Vemos aqui uma folha de pepino vulgar
-
4:51 - 4:53que passou de verde a preto
-
4:53 - 4:55por causa de um fungo negro, a fusariose,
-
4:55 - 4:57que a cobre.
-
4:57 - 5:00E é aqui que aparece a salvação
-
5:00 - 5:03através desta vespa parasitária.
-
5:03 - 5:05Aqui não estamos a falar de um predador.
-
5:05 - 5:07Aqui estamos a falar de um parasita —
-
5:07 - 5:10não é um parasita de duas pernas.
-
5:10 - 5:12mas um parasita de oito pernas, claro.
-
5:13 - 5:14É uma vespa parasita,
-
5:14 - 5:17mais uma vez com dois milímetros
de comprimento, elegante, -
5:17 - 5:18um inseto voador
-
5:18 - 5:20muito rápido e aguçado.
-
5:20 - 5:22E aqui podemos ver este parasita em ação,
-
5:22 - 5:25como numa manobra acrobática.
-
5:25 - 5:27Coloca-se face a face
-
5:27 - 5:29em frente da vítima do lado direito,
-
5:29 - 5:31inclinando o abdómen
-
5:31 - 5:33e inserindo um único ovo,
-
5:33 - 5:37um único ovo nos fluidos corporais
do afídio. -
5:37 - 5:40A propósito, o afídio tenta fugir.
-
5:40 - 5:42Esperneia e morde
-
5:42 - 5:44e segrega diversos líquidos,
-
5:44 - 5:46mas, na realidade, nada acontece.
-
5:46 - 5:48Só o ovo do parasitoide
-
5:48 - 5:52será introduzido
nos fluidos corporais do afídio. -
5:52 - 5:55E ao fim de uns dias,
consoante a temperatura, -
5:55 - 5:56o ovo eclodirá
-
5:56 - 5:58e a larva deste parasita
-
5:58 - 6:01comerá o afídio por dentro.
-
6:01 - 6:03Isto é tudo natural. É tudo natural.
-
6:03 - 6:05(Risos)
-
6:05 - 6:06Não é ficção, nada disso.
-
6:06 - 6:08Mais uma vez, no nosso quintal
-
6:08 - 6:09no nosso quintal.
-
6:09 - 6:12(Risos)
(Aplausos) -
6:12 - 6:13Mas o resultado final é este.
-
6:13 - 6:16É este o resultado final:
-
6:16 - 6:17Múmias —
-
6:17 - 6:19M-U-M-I-A.S.
-
6:19 - 6:23É este o resultado visual dum afídio morto
-
6:23 - 6:24que contém lá dentro
-
6:24 - 6:27um parasitoide em desenvolvimento
-
6:27 - 6:30que, ao fim de uns minutos,
vemos meio de fora. -
6:30 - 6:33O nascimento está quase completo.
-
6:33 - 6:35De resto, podemos vê-lo
em diversos filmes, etc., -
6:35 - 6:37bastam uns minutos.
-
6:37 - 6:41E esta é uma fêmea,
que acasala imediatamente com um macho -
6:41 - 6:43e vai-se embora,
porque o tempo é muito curto. -
6:43 - 6:46Esta fêmea só vive três ou quatro dias,
-
6:46 - 6:48e precisa de dar origem
-
6:48 - 6:50a cerca de 400 ovos.
-
6:50 - 6:53Isso significa que tem 400 afídios maus
-
6:53 - 6:55onde pôr os ovos
-
6:55 - 6:57nos seus fluidos corporais.
-
6:57 - 6:59E claro que isto não é o fim da história.
-
6:59 - 7:02Há uma grande riqueza
de outros inimigos naturais -
7:02 - 7:03e é apenas o último exemplo.
-
7:03 - 7:06Mais uma vez, vamos começar pela praga:
-
7:06 - 7:07os tripses.
-
7:07 - 7:09A propósito, todos estes nomes esquisitos
-
7:09 - 7:13-- não vos massacrei com
os nomes latinos destas criaturas, -
7:13 - 7:15ok, só os nomes comuns.
-
7:15 - 7:17Mas esta é uma praga bonita, elegante
-
7:17 - 7:18e muito má.
-
7:18 - 7:21Vejam isto, pimentos doces.
-
7:21 - 7:24Não é apenas um pimento doce
exótico, ornamental. -
7:24 - 7:26É um pimento doce que não é comestível
-
7:26 - 7:29porque sofre duma doença viral
-
7:29 - 7:33transmitida pelos tripses adultos.
-
7:33 - 7:34E lá vem o seu inimigo natural,
-
7:34 - 7:36o minúsculo inseto pirata,
-
7:36 - 7:39"minúsculo" porque é muito pequeno.
-
7:39 - 7:42Podem ver aqui o adulto,
negro, e os dois jovens. -
7:42 - 7:44E, de novo, em ação,
-
7:44 - 7:47o adulto perfura o tripse,
-
7:48 - 7:49sugando-o durante alguns minutos,
-
7:49 - 7:51passando para outra presa,
-
7:51 - 7:53continuando por todo o local.
-
7:53 - 7:57E, se espalharmos estes
insetos piratas minúsculos, os bons, -
7:57 - 7:59por exemplo, num pedaço de pimento doce,
-
7:59 - 8:02eles sobem até às flores.
-
8:02 - 8:04E, vejam, esta flor está inundada
-
8:04 - 8:07de insetos predadores, os bons,
-
8:07 - 8:10depois de eliminarem os maus, os tripses.
-
8:10 - 8:13A propósito,
esta é uma situação muito positiva. -
8:13 - 8:15Não há prejuízo para o fruto
em desenvolvimento, -
8:15 - 8:17nenhum prejuízo para o fruto.
-
8:17 - 8:20Tudo fica bem nestas circunstâncias.
-
8:20 - 8:22Mas, mais uma vez, a questão é esta:
-
8:22 - 8:24Aqui vemo-los numa base de um-para-um
-
8:24 - 8:26-- a praga, o inimigo natural.
-
8:26 - 8:29O que fazemos é isto.
-
8:30 - 8:31No nordeste de Israel,
-
8:31 - 8:33na área do Kibbutz Sde Eliyahu,
-
8:33 - 8:35há um complexo
-
8:35 - 8:37que produz estes inimigos
naturais em massa. -
8:38 - 8:40Por outras palavras, o que ali fazemos,
-
8:40 - 8:41amplificamos,
-
8:41 - 8:44amplificamos o controlo natural,
-
8:44 - 8:46ou o fenómeno do controlo biológico.
-
8:46 - 8:49E em 30 000 metros quadrados
-
8:49 - 8:51de estufas ultramodernas,
-
8:51 - 8:54estamos a produzir em massa
estes ácaros predatórios, -
8:54 - 8:56esses minúsculos insetos piratas,
-
8:56 - 8:59estas vespas parasitas, etc., etc.
-
8:59 - 9:00Muitas partes diferentes.
-
9:00 - 9:03A propósito, têm uma paisagem muito bonita
-
9:03 - 9:05-- vemos as montanhas Jordão dum lado,
-
9:05 - 9:07e o Vale do Jordão do outro,
-
9:07 - 9:09e um inverno bom e ameno
-
9:09 - 9:11e um verão agradável e quente,
-
9:11 - 9:13que é uma condição excelente
-
9:13 - 9:15para a produção em massa destas criaturas.
-
9:15 - 9:17E, a propósito, a produção em massa
-
9:17 - 9:19não é manipulação genética.
-
9:20 - 9:21Não há OGMs
-
9:21 - 9:23-- Organismos Geneticamente Modificados
-- nenhuns. -
9:23 - 9:25Vamos buscá-los à Natureza,
-
9:25 - 9:27e a única coisa que fazemos,
-
9:27 - 9:30damos-lhes condições ótimas,
-
9:30 - 9:32nas estufas ou em salas climatizadas,
-
9:32 - 9:34a fim de proliferarem,
-
9:34 - 9:36multiplicarem-se e reproduzirem-se.
-
9:36 - 9:38E, na verdade, é assim que os obtemos.
-
9:38 - 9:40Vemo-los a um microscópio.
-
9:40 - 9:44Vemos no canto superior esquerdo,
vemos um único ácaro predatório. -
9:44 - 9:46E este é um grupo de ácaros predatórios.
-
9:46 - 9:49Vemos esta ampola. Vemos esta aqui.
-
9:49 - 9:52Tenho aqui um grama
destes ácaros predatórios. -
9:52 - 9:56Um grama são 80 000 indivíduos.
-
9:56 - 9:5880 000 indivíduos
-
9:58 - 10:00são suficientes
-
10:00 - 10:04para controlar 4000 metros quadrados
-
10:04 - 10:06de um campo de morangos
-
10:06 - 10:09contra os ácaros-aranha
durante toda a estação, -
10:09 - 10:11durante quase um ano.
-
10:11 - 10:14E, a partir disto, podemos produzir,
acreditem em mim, -
10:15 - 10:17várias dezenas de quilogramas
-
10:17 - 10:19por ano.
-
10:19 - 10:21É a isto que eu chamo
-
10:21 - 10:23amplificação do fenómeno.
-
10:23 - 10:27E não, não prejudicamos o equilíbrio.
-
10:27 - 10:28Pelo contrário,
-
10:28 - 10:31porque levamo-los
a todos os campos de cultura -
10:31 - 10:34em que o equilíbrio já estava prejudicado
-
10:34 - 10:35pelos químicos.
-
10:35 - 10:37Entramos com estes inimigos naturais
-
10:37 - 10:40a fim de inverter um pouco a roda
-
10:40 - 10:42e proporcionar um equilíbrio mais natural
-
10:42 - 10:46ao campo agrícola, reduzindo os químicos.
-
10:46 - 10:47É essa a ideia.
-
10:47 - 10:49E qual é o impacto?
-
10:49 - 10:52Neste quadro, podemos ver qual é o impacto
-
10:52 - 10:55dum controlo biológico bem sucedido
-
10:55 - 10:56por meio de insetos bons.
-
10:57 - 10:58Por exemplo, em Israel,
-
10:58 - 11:00onde utilizamos
-
11:00 - 11:03mais de 1000 hectares
-
11:03 - 11:06— 10 000 "dunams" em termos israelitas —
-
11:06 - 11:08de controlo biológico da praga
nos pimentos doces -
11:08 - 11:10sob proteção,
-
11:10 - 11:12reduziram-se, com efeito,
-
11:12 - 11:1475% dos pesticidas.
-
11:14 - 11:16E com os morangos israelitas, ainda mais
-
11:16 - 11:18-- 80% dos pesticidas.
-
11:18 - 11:22especialmente os que visam
as pragas de ácaros nos morangos. -
11:23 - 11:25Portanto, o impacto é muito forte.
-
11:26 - 11:28E impõe-se uma pergunta,
-
11:28 - 11:31especialmente se perguntarmos
aos produtores, aos agricultores: -
11:31 - 11:33Porquê o controlo biológico?
-
11:33 - 11:35Porquê insetos bons?
-
11:35 - 11:37A propósito,
o número de respostas que recebemos -
11:37 - 11:40é igual ao número de pessoas
a quem perguntamos. -
11:41 - 11:44Mas se formos, por exemplo, a outro local,
-
11:44 - 11:45a sudeste de Israel,
-
11:45 - 11:49à área de Arava,
por cima do Grande Vale do Rift, -
11:49 - 11:53onde se situa a pérola da agricultura
israelita de mais alto nível, -
11:54 - 11:58especialmente em condições de estufas,
ou sob condições protegidas — -
11:58 - 12:00se formos diretos a Eilat, vemos isto,
-
12:00 - 12:02mesmo no meio do deserto.
-
12:03 - 12:04E, se aumentarmos aqui,
-
12:04 - 12:06podemos observar isto:
-
12:06 - 12:08avós com os seus netos,
-
12:08 - 12:11distribuindo os inimigos naturais,
os insetos bons, -
12:11 - 12:15em vez de usar fatos especiais
e máscaras de gás -
12:15 - 12:16para aplicar químicos.
-
12:17 - 12:19Portanto, no que se refere à aplicação,
a segurança -
12:19 - 12:22é a resposta número um
que recebemos dos cultivadores, -
12:22 - 12:25ao porquê do controlo biológico.
-
12:26 - 12:27A resposta número dois:
-
12:27 - 12:30muitos produtores ficam, de facto,
petrificados -
12:30 - 12:33com a ideia da resistência,
-
12:33 - 12:36de que as pragas se tornem resistentes
-
12:36 - 12:37aos químicos.
-
12:38 - 12:42No nosso caso, que as bactérias
se tornem resistentes aos antibióticos. -
12:42 - 12:45É a mesma coisa,
e pode acontecer rapidamente. -
12:45 - 12:48Felizmente, quer no controlo biológico,
-
12:48 - 12:49quer no controlo natural,
-
12:49 - 12:53a resistência é extremamente rara.
-
12:53 - 12:54Dificilmente acontece.
-
12:54 - 12:56Porque isto é evolução,
-
12:56 - 12:58é a relação natural,
-
12:58 - 13:00ao contrário da resistência,
-
13:00 - 13:02que acontece no caso dos químicos.
-
13:02 - 13:05E a número três: a exigência pública.
-
13:05 - 13:07A exigência pública
-
13:07 - 13:10— quanto mais o público
exige a redução de químicos, -
13:10 - 13:13maior número de produtores
toma consciência do facto -
13:13 - 13:16de que devem, sempre que possam
e sempre que possível, -
13:16 - 13:19substituir o controlo químico
-
13:19 - 13:21pelo controlo biológico.
-
13:21 - 13:23Temos aqui outra produtora,
-
13:23 - 13:26como veem,
muito interessada nos insetos, -
13:26 - 13:27nos maus e nos bons,
-
13:27 - 13:29usando esta lupa na cabeça,
-
13:29 - 13:30a percorrer com segurança
-
13:30 - 13:32a sua cultura.
-
13:32 - 13:35Por fim, quero chegar à minha visão,
-
13:35 - 13:37ou, na realidade, ao meu sonho.
-
13:37 - 13:39Porque, sabem, a realidade é esta.
-
13:40 - 13:41Reparem no fosso.
-
13:41 - 13:43Se tomarmos em consideração
o cômputo geral -
13:43 - 13:46da indústria do controlo biológico,
a nível mundial, -
13:46 - 13:48são 250 milhões de dólares.
-
13:49 - 13:52E vejam a indústria global de pesticidas
-
13:52 - 13:54em todas as culturas a nível mundial.
-
13:54 - 13:57Penso que será cerca de 100 vezes maior.
-
13:57 - 13:59Vinte e cinco mil milhões de dólares!
-
13:59 - 14:02Há pois um enorme fosso a preencher.
-
14:02 - 14:04Então, o que é que podemos fazer?
-
14:04 - 14:07Como podemos eliminar ou,
pelo menos, reduzir, este fosso -
14:07 - 14:09ao longo dos anos?
-
14:09 - 14:13Primeiro que tudo, precisamos
de encontrar soluções mais robustas, -
14:13 - 14:16soluções biológicas melhores
e mais fiáveis, -
14:16 - 14:18insetos melhores
-
14:18 - 14:20que possamos produzir em massa
-
14:20 - 14:23ou conservar no terreno.
-
14:23 - 14:26Em segundo lugar,
criar uma exigência pública -
14:26 - 14:28mais intensiva e mais estrita
-
14:28 - 14:29para a redução de químicos
-
14:29 - 14:32na produção agrícola de produtos frescos.
-
14:32 - 14:36E, em terceiro lugar, aumentar também
a consciência entre os produtores -
14:36 - 14:38para o potencial desta indústria.
-
14:38 - 14:41E este fosso acaba por diminuir.
-
14:41 - 14:43Passo a passo, vai-se estreitando.
-
14:44 - 14:46Acho que o meu último diapositivo é:
-
14:47 - 14:49Tudo o que estamos a dizer,
podemos cantar: -
14:49 - 14:51É: Deem uma oportunidade à Natureza.
-
14:51 - 14:52Estou a afirmá-lo,
-
14:52 - 14:56em nome de todos os peticionários
e implementadores do biocontrolo, -
14:56 - 14:58em Israel e fora dele,
-
14:58 - 15:00deem uma oportunidade à Natureza.
-
15:00 - 15:01Obrigado.
-
15:01 - 15:03(Aplausos)
- Title:
- Controlo natural de pragas... usando insetos!
- Speaker:
- Shimon Steinberg
- Description:
-
Em TEDxTelAviv, Shimon Steinberg observa as diferenças entre pragas e insetos — e defende a utilização de insetos bons para combater os insetos maus, fugindo aos químicos na sua procura duma produção perfeita.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 15:03
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! | ||
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! | ||
Isabel Vaz Belchior accepted Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Natural pest control ... using bugs! |