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Drive (2011) - The Quadrant System

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    Olá, meu nome é Tony e esse é mais um EFP.
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    O melhor elogio que um filme pode
    receber é quanto a sua vivacidade.
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    Há algo nele que pulsa, é imprevisível.
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    Não é apenas a história ou os atores.
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    São as composições.
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    Repare nesta cena do filme "Drive"
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    A princípio, não aparenta
    ser nada especial.
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    Porém, Repare nisso:
    Se dividirmos o frame
    ao meio, o lado direito
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    Conta uma história sobre os personagens
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    E o esquerdo conta a história
    complementar.
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    Então, uma cena simples, na verdade
    conta duas histórias
    ao mesmo tempo
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    E ao invés de ficarmos entediados,
    nossos olhos ficam mudando
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    Entre os dois lados da tela.
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    Dessa vez, não se trata de
    esquerda e direita,
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    E sim, cima e baixo.
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    - Oi
    - Oi
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    - Ah, vocês já se conhecem
    - Para.
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    Em cima, temos uma ótima
    triangulação de rostos,
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    E uma composição cheia de linhas
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    Porém, repare no
    que acontece embaixo.
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    Mesmo sem termos consciência plena,
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    a parte de baixo do frame
    conta outra história
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    pela mão dos atores.
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    - Ah, vocês se conhecem
    - Para
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    - Ah, olha só...
    - Nós somos vizinhos.
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    - Vizinhos? Bem, tentaremos ser
    uma boa vizinhança.
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    E quando falo sobre a vivacidade do
    filme, isso que quero dizer.
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    Há sutilezas na história e comportamento
    que não se trata apenas para onde olhar,
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    mas também para onde não olhamos. E quando
    você assiste Drive, começa a
    reparar no padrão
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    Quase toda composição tem um balanço
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    entre esquerda e direita, e cima e baixo.
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    Um quadrante.
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    No início, pode parecer restritivo,
    Mas usando essa técnica,
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    Perceba como o diretor
    pega uma cena banal
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    e faz algo inesperado.
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    Quando o Motorista entra,
    Ele está em cima-esquerda
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    Então, deduzimos que o próximo frame
    a outra pessoa irá aparecer
    em cima-direita
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    Porém...
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    Quando a câmera se aproxima, temos
    dois personagens próximos da lente
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    com toneladas de espaço sobrando.
    Mesmo sabendo que eles querem conversar...
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    há outras obrigações.
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    Assim que os dois homens se confrontam,
    Repare que eles ocupam o mesmo espaço,
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    com os olhos focados no mesmo local,
    porque há briga é pelo mesmo objetivo.
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    Porém, Irene é focalizada no centro,
    pois é o objetivo
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    dos dois homens. Mesmo sabendo que ela
    está longe do foco, observe sua atuação.
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    A cena finalmente acaba
    com essa imagem,
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    Balanceando cima-esquerda
    e baixo-direita, deixando-nos
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    comparar visualmente os dois homens e
    vendo a sombra que cada um projeta.
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    Mesmo, tendo visto essa porta
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    Desde o início da cena, o
    resultado fina é inesperado.
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    E o diretor enfatizado
    diferentes quadrantes, pode criar cenas
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    que são perfeitamente compostas...
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    e estranhamente inesperadas.
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    - Todos esses carrões
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    - Eu achei que
    você teria um cadeado melhor
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    Se você curtiu isso, sinta-se a vontade
    para brincar com quadrantes.
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    Eles são uma ferramenta antiga.
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    E não precisa copiar Refn,
    apenas comece com o mesmo instrumento
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    e veja o que pode acontecer.
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    Lembre-se, você não precisa de Steadicams,
    drones, ou a última câmera que filma em 4K
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    Só é necessário, cima, baixo,
    esquerda, direita
  • 3:18 - 3:20
    E o bom senso para juntar tudo.
    Tradução: Caio Moura.
Title:
Drive (2011) - The Quadrant System
Description:

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Video Language:
English, British
Duration:
03:34

Portuguese subtitles

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