-
Todas essas coisas apareceram no
céu à noite.
-
Pensei se estavam tentando me dizer
alguma coisa, mandar uma mensagem.
-
O que era isso?
-
Eu tive transtorno
neurológico funcional e
-
Disseram-me que eu tinha apenas
13% de chance de me recuperar.
-
Eles começaram a abusar de mim e
de minha irmã gêmea.
-
Quando atirei na minha cabeça,
a arma não disparou.
-
Assim que afastei da minha cabeça,
a bala disparou.
-
Olá a todos.
-
Meu nome é Mollash.
-
Eu nasci na Etiópia, em Addis Abeba.
-
Morei lá até os 10 anos e depois
fui adotada.
-
Posteriormente, vim para a América
com minha irmã gêmea, Terkwa.
-
Quando vim para a América,
não sabia falar inglês.
-
Eu estava num avião, com pessoas que não
conhecia, porque elas me adotaram.
-
Eu nunca os conheci antes.
-
Então, eu estava muito nervosa.
-
Eu queria ficar na Etiópia com minha mãe.
-
Tudo me deixou muito nervosa.
-
Eu senti como se minha mente estivesse
quebrada.
-
Principalmente por estar me
desconectando de minha mãe.
-
Tudo isso aconteceu quando eu
tinha cerca de dez anos.
-
As pessoas que me adotaram e me levaram
para a América ficaram com raiva.
-
Eles não esperavam que minha irmã gêmea
e eu fôssemos tão maduras.
-
Eles queriam garotas mais novas.
-
Foi quando eles começaram a abusar de
mim e da minha irmã gêmea.
-
Então fui abusada pela primeira família
que me adotou e tirada deles pela proteção
-
de menores.
-
Eu tinha falado sobre isso com minha
patroa, sem saber que se tratava de abuso.
-
Eu estava apenas contando a ela o que
estava acontecendo em casa.
-
E no dia seguinte eu estava na escola
cercada por câmeras.
-
Perguntaram-me o que estava
acontecendo em casa.
-
Eu disse a eles e minha irmã e eu fomos
colocadas em famílias adotivas.
-
Tudo quebrou meu espírito ainda mais.
-
Eu já havia sido tirado de minha mãe e
senti que ela havia me deixado ir.
-
Quando eu era criança, com um ano e três
meses de idade, meu pai achava que gêmeos
-
davam azar.
-
Era uma crença em sua aldeia.
-
Então, por 1 ano e 2 meses, ele vinha para
casa bêbado e tentava me matar e a minha
-
irmã, quando éramos bebês.
-
Minha mãe estava fazendo tudo o que
podia para nos proteger.
-
Então, sabendo que nem mesmo
meu pai me queria,
-
e minha mãe me abandonou, mesmo
não querendo fazer isso.
-
Ela só não pôde
mais cuidar de nós.
-
Para mim era como, "Minha mãe não
me quer, meu pai não me quer."
-
"Aqui estão nos abusando.
-
Eles não me querem."
-
"E agora vou integrar outras
famílias.
-
Eu não confiava em adultos.
-
Na família seguinte, eles
cuidaram muito bem de nós.
-
Eles foram muito legais.
-
Uma noite, ao nos colocar
na cama,
-
perguntei a eles: "Posso chamá-los
de mãe e pai?"
-
Confiei neles para
fazer essa pergunta.
-
Disseram-me: "Sim".
-
Eu perguntei a eles: "Vocês podem
ficar com a gente?
-
Posso ficar com vocês?"
-
Disseram "não", meus sentimentos contra
os adultos apenas se intensificaram.
-
Eu estava tipo, "Até eles não me querem."
-
Quando fomos adotadas neste ponto,
construí uma barreira contra os adultos.
-
Quando adolescente, tornei-me muito
rebelde em relação aos meus pais.
-
Eu ainda tinha problemas com a polícia.
-
Eu estava roubando.
-
Eu estava experimentando drogas:
MDMA, cocaína, maconha.
-
Eu ia a festas o tempo todo.
-
Eu estava em liberdade condicional.
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Eu estava lutando com todos.
-
Quando eu tinha dezesseis anos, fui morar
com homens de vinte e três anos.
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Não era uma situação boa.
-
Minha irmã gêmea fez quatro tentativas
de suicídio.
-
E não foram tentativas "pequenas".
-
Ela chegou a ficar internada num ambiente
psiquiátrico por 2 semanas.
-
Eu nunca tinha me separado de minha
irmã gêmea por tanto tempo.
-
Isso me causou muito medo.
-
"O que está acontecendo?"
-
"Eu não posso perder a única coisa
que tenho aqui."
-
Nesse ponto, minha mente estava
quebrando ainda mais.
-
Eu fui muito rebelde.
-
Eu não ouvia as autoridades.
-
Eu não tinha medo da polícia.
-
Eu não tinha medo de ninguém.
-
Meus pais viviam apavorados.
-
"O que devemos fazer com esta criança?"
-
Mesmo antes, eu brigava com todo
mundo na escola.
-
Eu peguei uma garota pelo pescoço porque
ela havia falado contra minha irmã gêmea.
-
Meus pais me colocaram em aulas de boxe.
-
"Lutando boxe, ela poderá descarregar
sua raiva nos sacos de boxe."
-
Mas, na verdade, isso me deu mais orgulho.
-
Isso me fez querer brigar mais com
as pessoas.
-
Porque lá, eu poderia lutar bem.
-
Quando eu tinha dezoito anos,
pude deixar minha família.
-
Eu só não queria ficar com meus pais.
-
Saí e trabalhei muito para poder
sair de casa.
-
Tive meu próprio apartamento.
-
Aí, consegui economizar dinheiro para ir
para casa na Etiópia, para poder ver
-
minha família.
-
Para mim foi um momento incrível.
-
A primeira família que abusou de mim
cortou qualquer ligação com minha mãe.
-
Então, por meio do Facebook - é como
em um filme -
-
Por meio do Facebook,
encontrei minha família.
-
Eu estava tão feliz!
-
Conseguimos nos conectar.
-
Em 2017, minha irmã gêmea e eu voltamos
à Etiópia para ver nossa mãe.
-
Mas quando a vi pela primeira vez
-
lembro-me de quando era criança,
quando vim para a América.
-
Em tudo o que fiz, sempre sonhei com
o momento que voltaria a ver minha mãe.
-
"Mal posso esperar para ver minha mãe
de novo.
-
Mal posso esperar."
-
Em tudo o que fiz, mesmo ao crescer.
-
Tudo era uma antecipação de
vê-la de novo.
-
"Quando eu voltar a ver minha mãe,
serei uma pessoa mudada."
-
Mas quando a vi - não sei porque
exatamente -
-
não quis tocá-la.
-
Eu não queria abraçá-la.
-
Tive um sentimento estranho em
relação a ela.
-
Isso me fez ver: "Oh meu Deus,
algo está errado comigo."
-
Quando as crianças são separadas dos
pais por fronteiras,
-
o trauma é tão grande que, ao voltar a ver
os pais, elas não têm vontade de se
-
conectar.
-
É muito traumático.
-
Vários anos depois, finalmente descobri
o que estava errado.
-
Por que eu não queria me conectar
com minha mãe.
-
Então, quando eu estava na
Etiópia, pensei:
-
"A vida toda esperei
ver minha mãe.
-
Por que sou assim?"
-
Aí tive meu primeiro encontro com Jesus.
-
Fui a uma igreja com minha irmã
na Etiópia.
-
Havia um pastor lá.
-
Eu orei a Deus.
-
Cresci na igreja na Etiópia, mas quando
vim para cá, e com tudo o que
-
aconteceu,
-
pensei: "Deus, você não pode me ver."
-
"Claro que você não me ama."
-
"É impossível que eu passe por tantas
coisas e você me ame."
-
Mas eu disse, "Ok, vou orar.
-
Não importa."
-
Ajoelhei-me e disse: "Deus, estou
farta desta vida."
-
"Estou aqui na Etiópia, meu lugar
preferido, onde não penso em sair,
-
Com minha mãe.
-
E ainda não estou feliz?
-
"O que está acontecendo?"
-
Nesse ponto, o pastor colocou as mãos na
minha cabeça e começou a orar em línguas.
-
Eu estava tipo, "Uau!
-
O que está acontecendo?"
-
Senti algo que nunca havia sentido antes.
-
Eu realmente não me lembro do que
aconteceu.
-
Mas eu sei que eles expulsaram demônios
de mim neste momento.
-
Não recebi o Espírito Santo e só aceitei
Jesus como meu Senhor e Salvador.
-
Me senti melhor depois
da oração.
-
Mas ao voltar para a América, foi como
se tivesse voltado para minha antiga vida.
-
"Oh Deus, eu voltei para tudo."
-
Depois disso, fiquei sem-teto.
-
Eu não tinha mais dinheiro para
pagar o aluguel.
-
Com minha irmã, passamos a morar
em nosso carro.
-
Mas como tivemos um encontro com Jesus
na Etiópia, tínhamos esperança.
-
"Talvez Deus nos veja."
-
Então começamos a orar em nosso carro.
-
"Deus, faça alguma coisa.
-
Isso não pode ser a nossa vida."
-
"Não pode ser real."
-
Decidimos parar de fumar baseado.
-
Terminei com o namoro de 5 anos.
-
Eu estava em um relacionamento
abusivo e muito tóxico.
-
Eu terminei com ele.
-
Decidi, "Vou parar de fumar."
-
"Vou fazer tudo
para que Deus possa me amar."
-
Mas agora sei que não são nossas
próprias obras.
-
Na época, eu trabalhava como garçonete.
-
Eu era uma sem-teto, mas ainda trabalhava.
-
Um dia no trabalho, todas as mesas
estavam lotadas.
-
Eu só tinha duas mesas livres.
-
Então dez pessoas entraram, com crachás.
-
Eu queria o dinheiro.
-
Eu trabalho duro.
-
Eu queria o dinheiro.
-
Então coloquei as duas mesas juntas para
que pudessem ser atendidos por mim.
-
Mesmo que não fosse a minha vez.
-
Aí, acho que foi o Espírito Santo.
-
Coloquei as duas mesas juntas e eles se
sentaram para eu atender.
-
Eu olhei para eles e eles estavam
tão felizes.
-
Existe prazer e existe alegria.
-
Eu vi que essas pessoas estavam felizes.
-
Eu pensei, "O que é isso?"
-
Enquanto eu os servia, eles riam juntos.
-
Achei ótimo poder servi-los.
-
Então minha irmã veio à sala de
descanso e me disse:
-
"As pessoas que você serve me
perguntaram se preciso de oração."
-
Eles pensaram que minha irmã era eu,
pois somos gêmeas.
-
Ela me disse: "Eu sei que
você precisa de oração."
-
Eu tenho síndrome do piriforme.
-
Os médicos não sabem o que há de
errado comigo.
-
Eu saí e eles disseram: "Ei!
-
Nós sabemos que você tem dores
nas pernas."
-
"Podemos orar por você?"
-
Eu disse: "Ok, sim, ore por mim."
-
Achei que fossem orar
em casa.
-
Mas eles queriam
orar por mim alí.
-
Olhei em volta e pensei que estava
muito lotado.
-
Que era estranho,
-
mas eles eram tão gentis.
-
Um deles se abaixou e começou
a orar por mim.
-
Até as atitudes deles eram calmantes.
-
Eles oraram por mim e eu senti - o que eu
sei agora - que foi o Espírito Santo.
-
"Uau!
-
O que é isso?"
-
Eles me perguntaram como eu me
sentia e me senti bem!
-
Eu senti-me bem.
-
Alguém deu seu
número.
-
O nome dela é Rebecca.
-
Ela disse:
-
"É o meu telefone.
-
Se precisar de alguma coisa, me ligue
ou mande uma mensagem."
-
Uma semana depois, pesquisei mais
sobre o evangelho no Youtube.
-
Eu vi: “Arrependam-se, sejam batizados”.
-
Disse a mim mesma: "Devo ser batizada".
-
Quando disse isso, soube que precisava
ser batizada.
-
Então, escrevi para Rebecca: "Ei!
-
Eu gostaria de ser batizada."
-
Ela disse: "Legal!
-
Estou disponível no domingo."
-
Levei um dos meus melhores amigos e
minha irmã gêmea comigo.
-
Eles não iam ser batizados, mas eu
os levei comigo.
-
Aí liguei para outro
amigo.
-
Quando entramos, todos
eram tão legais!
-
Eu estava tipo, "Uau!
-
O que é isso?"
-
"Porque são tão legais?"
-
Enviei uma mensagem para outro amigo,
"Você tem que vir ver essas pessoas."
-
"Apenas venha vê-los."
-
Então ela veio e éramos quatro.
-
Estávamos sentados lá e eles
compartilhando o evangelho conosco.
-
Eles explicaram o batismo para nós.
-
Eu estava chorando.
-
Minha irmã chorava.
-
Meus amigos choravam.
-
Ouvimos, absorvemos tudo o
que nos foi dito.
-
Minha irmã não ia ser batizada, mas
quando eles explicaram o evangelho,
-
ela disse: "Quero ser batizada".
-
Muito bem!
-
Eu fui batizada.
-
Minha irmã também.
-
Na verdade, eu a batizei logo
depois de ser batizada,
-
recebi o Espírito Santo e foi incrível.
-
Depois disso, dissemos a nós
mesmas: "Ok, e agora?"
-
Ainda éramos sem-teto.
-
O que deve acontecer agora?
-
Mas Deus tinha planos incríveis.
-
Deus começou a trabalhar no meu
orgulho, meu maior problema.
-
Foi a maior coisa que tive de desistir.
-
Depois de um tempo, percebi que meus
pais adotivos - Deus me revelou isso.
-
Eu nunca poderia ter dito isso sem
o Espírito Santo.
-
Eles tentaram, eles fizeram o seu melhor.
-
Eles tinham duas filhas adolescentes que
haviam passado por tantas coisas.
-
Eles fizeram tudo que puderam.
-
Eu pensei, "Vou perguntar a eles se
posso morar na casa deles"
-
Nunca pensei que faria isso.
-
Então, fui morar com meus pais adotivos.
-
Eu estava trabalhando e saindo para pregar
o evangelho, batizar pessoas.
-
Mais tarde, batizei os 2 amigos que foram
comigo, que convidei para o meu batismo.
-
Eles foram batizados
depois de um tempo.
-
Eles estão pegando fogo pelo Senhor!
-
Em chamas!
-
Deus trabalhou bem forte comigo.
-
Eu era a pessoa mais brava, queria
brigar com todo mundo.
-
Este não é mais o caso.
-
Agora estou cheia de alegria.
-
Eu estou sempre feliz.
-
Eu sei como interagir com
pessoas apaixonadas.
-
Um amor que não vem de mim,
que recebi de Jesus.
-
Não tenho mais preocupações com a lei.
-
Eu respeito a polícia.
-
Eu não tenho mais raiva.
-
Não tenho mais orgulho.
-
E se eu tiver, Deus me mostra
e tira de mim.
-
Meu maior problema era ser rebelde
contra as autoridades.
-
Deus me mostrou o que realmente é
autoridade e entendo que devo aceitar
-
as autoridades.
-
Eu não sabia disso antes.
-
Tive muitos problemas por causa disso.
-
Isso é o que me salva de entrar em
situações ruins agora.
-
Eu ouvi sobre uma reunião de
avivamento nas tendas e fui.
-
Ouvi Torben falar coisas que me fizeram
ver o pecado, sobre ser livre do pecado.
-
Deus me revelou: "Você não deve andar
em pecado indefinidamente."
-
"O pecado não deve ter poder sobre você."
-
Comecei a me questionar: nasci de novo?
-
Deus me redimiu de tudo, pela verdade,
-
pela comunhão novamente com outros e
me afastando das obras do mundo,
-
comecei a realizar as obras do Pai:
-
Expulsar demônios, curar os enfermos
novamente, batizar.
-
Apenas andando na plenitude em que
Cristo andou.
-
É aqui que estou em minha vida:
-
"Andando em plenitude, em meu propósito
e em meu chamado.
-
Sim.