O nascimento da realidade virtual como forma artística
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0:02 - 0:03Quando era miúdo,
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0:03 - 0:06senti algo tão poderoso,
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0:06 - 0:09que passei o resto da minha vida
à procura disso, -
0:09 - 0:11nos lugares errados.
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0:11 - 0:14O que sentira não era realidade virtual.
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0:15 - 0:16Era música.
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0:16 - 0:19E é aqui que a história começa.
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0:20 - 0:21Este sou eu,
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0:21 - 0:23a ouvir o "White Album" dos Beatles.
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0:23 - 0:26A expressão na minha cara é o sentimento
-
0:26 - 0:29de que tenho andado à procura desde então.
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0:30 - 0:33A música dirige-se à veia emocional,
-
0:33 - 0:34entra na corrente sanguínea
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0:34 - 0:36direita ao coração.
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0:36 - 0:39Aprofunda cada experiência.
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0:40 - 0:41Rapazes?
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0:42 - 0:45(Música)
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0:47 - 0:51Estes são os espantosos
McKenzie Stubbert e Joshua Roman -
0:52 - 0:53A música...
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0:53 - 0:54(Aplausos)
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0:54 - 0:56Sim.
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0:57 - 1:01A música faz com que tudo
tenha uma maior ressonância emocional. -
1:01 - 1:03Vamos ver o que faz por esta palestra.
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1:04 - 1:06A peça musical certa, no momento certo,
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1:06 - 1:09funde-se connosco a nível celular.
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1:09 - 1:12Quando ouço aquela canção
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1:13 - 1:14daquele verão
-
1:14 - 1:16com aquela rapariga,
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1:16 - 1:19sou imediatamente transportado
para lá outra vez. -
1:20 - 1:21Olá Stacey.
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1:23 - 1:26Eis uma parte da história
em que fiquei um pouco ganancioso. -
1:26 - 1:30Pensei que, se acrescentasse mais camadas
em cima da música, -
1:30 - 1:34eu poderia tornar os sentimentos
mais poderosos. -
1:34 - 1:37Por isso, interessei-me pela realização
de videoclipes musicais. -
1:37 - 1:39Isto é como eles eram.
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1:42 - 1:44Aquele é o meu irmão Jeff.
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1:45 - 1:46Desculpa lá isto, Jeff.
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1:46 - 1:47(Risos)
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1:47 - 1:50Aqui estou eu, portanto, estamos quites.
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1:51 - 1:52Movimentos de dança incríveis.
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1:52 - 1:54Devia ter sido um bailarino.
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1:54 - 1:55(Risos)
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1:55 - 1:57Estas experiências evoluíram,
-
1:57 - 2:00e, com o tempo, começaram a parecer isto.
-
2:02 - 2:05Em ambos estou à procura da mesma coisa,
-
2:05 - 2:08a tentar capturar aquele relâmpago
numa garrafa. -
2:08 - 2:10Exceto que não estou a fazê-lo.
-
2:10 - 2:13Adicionar um filme a uma música
acrescentou uma dimensão narrativa, sim, -
2:14 - 2:17mas nunca equivalente ao poder
-
2:17 - 2:20que a música por si só exercia sobre mim.
-
2:21 - 2:23Não é fantástico perceber isto
depois de se devotar a vida -
2:23 - 2:27e a carreira profissional
à realização de videoclipes musicais. -
2:27 - 2:30Estava sempre a perguntar-me:
"Segui o caminho errado?" -
2:30 - 2:34Então, comecei a pensar:
"Se pudesse envolver mais a audiência, -
2:34 - 2:37"talvez conseguisse fazer-vos sentir
algo mais também." -
2:38 - 2:41Por isso, Aaron Koblin e eu
começámos a ver novas tecnologias -
2:41 - 2:44que pudessem meter mais de vocês
dentro do trabalho, -
2:44 - 2:48como a vossa casa de infância
em "The Wilderness Downtown", -
2:49 - 2:53os vossos retratos feitos à mão
em "The Johnny Cash Project", -
2:54 - 2:56e os vossos sonhos interativos
-
2:56 - 2:57em "3 Dreams of Black".
-
2:59 - 3:01Estamos a tentar ir além do ecrã,
-
3:01 - 3:03a tentar chegar mais profundamente
-
3:03 - 3:06ao coração e à imaginação das pessoas.
-
3:07 - 3:08Mas não era suficiente.
-
3:09 - 3:14Ainda não tinha o poder experiencial
da música pura para mim. -
3:15 - 3:18Por isso, comecei à procura
de uma nova tecnologia -
3:18 - 3:21sobre a qual
apenas tinha lido na ficção científica. -
3:21 - 3:24Depois de anos de pesquisa,
encontrei um protótipo. -
3:24 - 3:29Era um projeto de Nonny de la Peña
do Laboratório Mark Bolas, na USC. -
3:29 - 3:32E quando o experimentei,
soube que o tinha encontrado. -
3:33 - 3:35Consegui saborear o relâmpago.
-
3:35 - 3:38Isto chama-se Realidade Virtual.
-
3:38 - 3:41Isto é o que era há cinco anos,
quando me deparei com ela. -
3:42 - 3:44Isto é como se parece agora.
-
3:45 - 3:49Comecei rapidamente a montar coisas
neste novo meio, -
3:49 - 3:51e através desse processo,
percebemos uma coisa: -
3:52 - 3:55a RV vai desempenhar
um papel incrivelmente importante -
3:55 - 3:57na história dos meios.
-
3:58 - 4:01Na verdade, vai ser o último.
-
4:01 - 4:05Estou convicto disto porque é o primeiro
meio que realmente faz a ponte -
4:05 - 4:08entre a nossa interiorização
da expressão de um autor -
4:08 - 4:10de uma experiência,
-
4:10 - 4:13e a nossa experiência em primeira mão.
-
4:14 - 4:16Parecem confusos.
Vou explicar, não se preocupem. -
4:16 - 4:17(Risos)
-
4:18 - 4:21Se regressarmos à origem dos meios,
-
4:21 - 4:23na melhor das hipóteses,
-
4:23 - 4:26começa tudo em volta da fogueira,
com uma boa história. -
4:26 - 4:28O líder do nosso clã está a contar-nos
-
4:28 - 4:31como caçou o mamute lanudo
na tundra naquele dia. -
4:32 - 4:34Ouvimos as suas palavras
-
4:34 - 4:38e traduzimo-las
para as nossas verdades internas. -
4:39 - 4:40A mesma coisa acontece
-
4:40 - 4:43quando olhamos para a versão da história
na pintura da caverna, -
4:44 - 4:46o livro sobre a caçada ao mamute,
-
4:46 - 4:48a peça teatral,
-
4:48 - 4:50a emissão de rádio,
-
4:50 - 4:51o programa televisivo
-
4:52 - 4:53ou o filme.
-
4:54 - 4:57Todos estes meios requerem
o que chamamos de "suspensão da descrença" -
4:57 - 5:01porque há um hiato na tradução
entre a realidade da história -
5:01 - 5:05e a nossa consciência
a interpretar a história -
5:05 - 5:07para a nossa realidade.
-
5:07 - 5:11Estou a usar a palavra "consciência"
como o sentimento de realidade -
5:11 - 5:15que vem dos nossos sentidos
a experienciar o mundo à nossa volta. -
5:17 - 5:20A Realidade Virtual preenche esse hiato.
-
5:20 - 5:24Agora, vocês estão na tundra
a caçar com o líder do clã. -
5:24 - 5:27Ou vocês são o líder do clã.
-
5:27 - 5:29Ou se calhar são o mamute lanoso.
-
5:30 - 5:31(Risos)
-
5:34 - 5:36Eis o que é tão especial na RV.
-
5:37 - 5:38Em todo os outros meios,
-
5:38 - 5:41a vossa consciência interpreta o meio.
-
5:41 - 5:45Na RV, a vossa consciência é o meio.
-
5:46 - 5:49Por isso, o potencial da RV é enorme.
-
5:49 - 5:51Onde estamos agora?
-
5:51 - 5:53Qual é o estado da arte?
-
5:54 - 5:55Bem,
-
5:57 - 5:58estamos aqui.
-
5:59 - 6:02Somos o equivalente ao ano 1 do cinema.
-
6:02 - 6:04Este é o filme dos Irmãos Lumière
-
6:04 - 6:07que alegadamente fez com que toda a gente
num cinema fugisse a sete pés -
6:07 - 6:10por pensarem que um comboio
se estava a dirigir de encontro a eles. -
6:10 - 6:13Similarmente, na fase inicial deste meio,
-
6:13 - 6:17na RV temos também de ultrapassar
o espetáculo -
6:17 - 6:19e de mergulhar na narração.
-
6:19 - 6:21Levou décadas a este meio
-
6:21 - 6:24para perceber a sua linguagem
preferida de narração, -
6:24 - 6:25na forma de um filme.
-
6:25 - 6:29Hoje, na RV, estamos mais
a aprender uma gramática -
6:29 - 6:30do que a escrever uma linguagem.
-
6:31 - 6:35Fizemos 15 filmes no ano passado
na nossa empresa de RV, Vrse, -
6:35 - 6:36e aprendemos algumas coisas.
-
6:37 - 6:40Descobrimos que temos uma única via
direta para os nossos sentidos, -
6:40 - 6:43as nossas emoções,
até para o nosso corpo. -
6:44 - 6:46Deixem-me mostrar-vos
algumas coisas. -
6:46 - 6:47Para o propósito desta demonstração,
-
6:47 - 6:50vamos tomar todas as direções possíveis
em que possam olhar, -
6:50 - 6:53e esticá-las neste retângulo gigante.
-
6:53 - 6:55Ok, aqui vamos nós.
-
6:58 - 7:02Primeiro: o movimento de câmara
é difícil em RV. -
7:02 - 7:05Se for mal feito,
pode mesmo causar enjoo. -
7:05 - 7:09Descobrimos que se moverem a câmara
a uma velocidade constante, em linha reta, -
7:09 - 7:12conseguem fazê-lo sem problemas.
-
7:12 - 7:13No primeiro dia na escola de cinema,
-
7:13 - 7:16disseram-me que temos de aprender
todas as regras -
7:16 - 7:18antes de as podermos quebrar.
-
7:18 - 7:20Não aprendemos todas as regras.
-
7:20 - 7:22Quase não aprendemos regras nenhumas,
-
7:22 - 7:24mas já estamos a tentar quebrá-las
-
7:24 - 7:26para vermos que coisas criativas
conseguimos realizar. -
7:26 - 7:29Nesta filmagem, quando nos afastávamos
do chão, acrescentei aceleração. -
7:29 - 7:33Fiz isso porque queria dar-vos
a sensação física -
7:33 - 7:34de nos afastarmos do chão.
-
7:34 - 7:37Na RV, posso dar-vos isso.
-
7:38 - 7:42(Música)
-
7:44 - 7:48Sem surpresa, a música também tem
muita importância neste meio. -
7:48 - 7:50Orienta-nos no modo de sentir.
-
7:50 - 7:53Neste projeto que fizemos com
o New York Times, -
7:53 - 7:55com Zach Richter e o nosso amigo, JR,
-
7:55 - 7:57vamos levar-vos de helicóptero,
-
7:57 - 8:01e, embora estejam a voar a 61 km
de altura sobre Manhattan, -
8:01 - 8:03não sentem medo.
-
8:03 - 8:06Sentem-se triunfantes pela personagem JR.
-
8:07 - 8:09A música orienta-vos aqui.
-
8:09 - 8:12(Música)
-
8:17 - 8:19Contrariamente à crença popular,
-
8:19 - 8:22há composição na realidade virtual,
-
8:22 - 8:24mas é diferente dos filmes,
-
8:24 - 8:26onde temos um enquadramento
retangular. -
8:26 - 8:28A composição está
onde a nossa consciência existe -
8:28 - 8:31e como o mundo se move à nossa volta.
-
8:31 - 8:34Neste filme, "Waves of Grace",
que foi uma colaboração entre a Vrse, -
8:34 - 8:37as Nações Unidas, Gabo Arora
e Imraan Ismail, -
8:37 - 8:41vemos também a mudança do uso
do plano aproximado na realidade virtual. -
8:41 - 8:46Um plano aproximado em RV significa
que se está mesmo próximo de alguém. -
8:46 - 8:49Traz essa personagem
para o vosso espaço pessoal, -
8:49 - 8:52um espaço que usualmente reservaríamos
para as pessoas que amamos. -
8:52 - 8:56E sentimos uma proximidade emocional
com a personagem -
8:56 - 8:59por causa do que sentimos
ser uma proximidade física. -
9:05 - 9:09Realizar com a RV não é parecido
com a realização para o retângulo. -
9:09 - 9:12É mais uma coreografia
da atenção do espectador. -
9:13 - 9:15Uma ferramenta que podemos usar
para guiar a nossa atenção -
9:15 - 9:17chama-se "som espacializado".
-
9:17 - 9:20Posso pôr um som em qualquer lado,
na vossa frente, à esquerda ou à direita, -
9:20 - 9:21até atrás de vocês,
-
9:21 - 9:24e quando virarem a cabeça,
o som vai rodar também. -
9:24 - 9:27Posso usar isso para dirigir
a vossa atenção -
9:27 - 9:28para o que quero que vejam.
-
9:28 - 9:31Da próxima vez que ouvirem alguém
a cantar por cima do vosso ombro, -
9:31 - 9:33pode ser o Bono.
-
9:33 - 9:35(Risos)
-
9:39 - 9:41A RV faz-nos sentir
que fazemos parte de alguma coisa. -
9:42 - 9:46Durante a maior parte da História Humana,
vivemos em pequenas unidades familiares. -
9:46 - 9:48Começámos nas cavernas,
-
9:48 - 9:51depois mudámos para clãs e tribos,
depois aldeias e cidades, -
9:51 - 9:54e agora somos todos cidadãos globais.
-
9:54 - 9:58Mas acredito que ainda somos feitos
para nos importarmos ao máximo -
9:58 - 10:01com as coisas que nos são locais.
-
10:01 - 10:06E a RV faz com que qualquer sítio
e qualquer pessoa se sinta local. -
10:06 - 10:09É por isso que funciona
como uma máquina de empatia. -
10:09 - 10:13O nosso filme "Clouds over Sidra"
leva-nos a um campo de refugiados sírios, -
10:13 - 10:17e, em vez de assistirmos a uma história
sobre as pessoas, ali, -
10:17 - 10:21é agora uma história sobre nós, aqui.
-
10:22 - 10:24Mas, a partir daqui, vamos para onde?
-
10:24 - 10:27O difícil é que,
com todos estes preciosos meios, -
10:27 - 10:30o formato está fixo
desde o seu nascimento. -
10:30 - 10:32Um filme tem sido uma sequência
de retângulos, -
10:32 - 10:35desde Muybridge e os seus cavalos,
até agora. -
10:35 - 10:37O formato nunca mudou.
-
10:38 - 10:41Mas a RV, como formato, como meio,
-
10:42 - 10:44ainda não está completa.
-
10:45 - 10:48Não usa o filme celuloide físico
ou papel ou sinais de rádio. -
10:48 - 10:52Ela emprega o que usamos
para compreender o mundo. -
10:53 - 10:57Estamos a usar os nossos sentidos
como tintas sobre tela, -
10:57 - 10:58mas apenas duas, neste momento.
-
11:00 - 11:03Eventualmente, vamos ver se teremos
todos os sentidos humanos empregues, -
11:04 - 11:08e se vamos ter meios para viver a história
qualquer que seja a via escolhida. -
11:09 - 11:11Podemos chamar-lhe realidade virtual
neste momento, -
11:11 - 11:15mas o que acontece quando ultrapassarmos
as realidades simuladas? -
11:15 - 11:17O que lhe vamos chamar, então?
-
11:18 - 11:20E se, em vez de vos contar
verbalmente um sonho, -
11:20 - 11:24vos permitisse viverem dentro desse sonho?
-
11:24 - 11:27E se, em vez de apenas experimentarem
visitar alguma realidade na Terra, -
11:28 - 11:32vocês pudessem surfar ondas gravitacionais
no limite de um buraco negro, -
11:32 - 11:35ou pudessem criar galáxias do nada,
-
11:35 - 11:38ou pudessem comunicar uns com os outros
sem usar palavras, -
11:38 - 11:40usando o pensamento?
-
11:41 - 11:44Isso já não é realidade virtual.
-
11:44 - 11:47E, sinceramente, não sei como se chama.
-
11:47 - 11:49Mas espero que vejam
para onde estamos a ir. -
11:51 - 11:54Mas, aqui estou eu, a intelectualizar
um meio que digo ser experimental. -
11:55 - 11:57Então, vamos experimentá-lo.
-
11:57 - 12:00Nas vossas mãos,
espero que esteja um pedaço de cartão. -
12:01 - 12:03Vamos abrir a tampa.
-
12:03 - 12:06Pressionem o botão de ligar
para desbloquear o telemóvel. -
12:06 - 12:08Para as pessoas
que estão a assistir em casa, -
12:08 - 12:10vamos levantar um cartão, agora,
-
12:10 - 12:13para vos mostrar como descarregar
esta experiência no vosso telemóvel, -
12:13 - 12:17e obter um cartão da Google vosso,
para tentarem fazer isto com ele. -
12:17 - 12:20Brincámos em caixas de cartão
quando éramos miúdos, -
12:20 - 12:24e como adultos, espero que possamos todos
encontrar um pouco daquele relâmpago -
12:24 - 12:27ao metermos a nossa cabeça
num cartão, outra vez. -
12:30 - 12:31Estão prestes a participar
-
12:31 - 12:36na maior visão coletiva de RV da História.
-
12:36 - 12:40E no clássico estilo antiquado
do passado, -
12:40 - 12:42vamos todos assistir a uma coisa
-
12:42 - 12:44ao mesmo tempo, juntos.
-
12:45 - 12:47Esperemos que funcione.
-
12:47 - 12:49Onde vai a contagem decrescente?
Não consigo ver. -
12:53 - 12:59Audiência: ...15, 14, 13, 12, 11, 10, 9
-
12:59 - 13:078, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1!
-
13:10 - 13:13(Pássaros a cantar)
-
13:23 - 13:25(Som de comboio em andamento)
-
13:33 - 13:35Audiência: (Gritos)
-
13:51 - 13:53(Vídeo) JR: Deixem-me dizer-vos
-
13:53 - 13:55como filmei a capa
da New York Times Magazine. -
13:55 - 13:58"Andando por Nova Iorque".
-
14:07 - 14:10Fui atado ao exterior do helicóptero,
-
14:10 - 14:14e tinha de estar absolutamente vertical
para o conseguir fazer. -
14:14 - 14:16Quando estava exatamente por cima
-
14:16 - 14:19— sabem, com o vento,
tivemos de o refazer algumas vezes — -
14:19 - 14:21mantive-me a filmar.
-
14:28 - 14:29(Vídeo) Voz de mulher: Meu Deus,
-
14:30 - 14:32protege-nos do mal,
-
14:33 - 14:34Tu és o Senhor,
-
14:35 - 14:36a luz.
-
14:42 - 14:45Tu, que nos deste a vida, levaste-a.
-
14:46 - 14:48Seja feita a Tua vontade.
-
14:49 - 14:54Por favor, traz a paz aos muitos
que perderam entes queridos. -
14:54 - 14:56Ajuda-nos a viver outra vez.
-
14:59 - 15:02(Música)
-
15:17 - 15:19(Vídeo) (Vozes de crianças)
-
15:20 - 15:24Voz de criança: Há mais miúdos em Zaatari
do que há adultos, agora. -
15:30 - 15:34Às vezes, penso que somos nós
que mandamos. -
15:39 - 15:41Chris Milk: Que tal foi?
-
15:41 - 15:44(Aplausos) (Gritos)
-
15:45 - 15:47Esta foi uma forma manhosa de conseguir
uma ovação de pé. -
15:47 - 15:50Fiz-vos levantarem-se.
sabia que iriam aplaudir no final. -
15:50 - 15:52(Aplausos)
-
15:52 - 15:56Acredito que toda a gente na Terra
precisa de viver a experiência -
15:56 - 15:58que acabaram de viver.
-
15:58 - 16:01Assim, podemos começar
coletivamente a dar forma a isto, -
16:01 - 16:03não como uma plataforma técnica
-
16:03 - 16:05mas como uma plataforma humana.
-
16:05 - 16:09E, para esse fim,
em novembro do ano passado, -
16:09 - 16:12o New York Times e a Vrse fizeram
um projeto chamado "Os deslocados". -
16:12 - 16:14Foi lançado com um milhão
de cartões da Google -
16:14 - 16:18enviados a cada subscritor
junto com o seu jornal de domingo. -
16:18 - 16:21Mas aconteceu uma coisa engraçada
nessa manhã de domingo. -
16:21 - 16:23Muitas das pessoas que os receberam
-
16:23 - 16:26não eram os destinatários constantes
do endereço de correio nos jornais. -
16:26 - 16:30Começámos a ver isto
por todo o Instagram. -
16:33 - 16:35Parece-vos familiar?
-
16:36 - 16:38A música conduziu-me
por um caminho de procura -
16:38 - 16:41do que parecia ser inatingível
-
16:41 - 16:43durante muito tempo.
-
16:43 - 16:47Agora, milhões de miúdos acabaram de ter
a mesma experiência formativa -
16:47 - 16:49na sua infância
-
16:49 - 16:52que eu tive na minha.
-
16:52 - 16:56Só que eu penso que esta a ultrapassa.
-
16:56 - 16:58Vamos ver
-
16:58 - 16:59aonde isto
-
16:59 - 17:01os vai conduzir.
-
17:01 - 17:03Obrigado.
-
17:03 - 17:06(Aplausos)
- Title:
- O nascimento da realidade virtual como forma artística
- Speaker:
- Chris Milk
- Description:
-
Chris Milk usa tecnologias inovadoras para fazer histórias humanas pessoais, interativas. Acompanhado por Joshua Roman no violoncelo e McKenzie Stubbert ao piano, Chris Milk relata-nos a sua relação com a música e a arte — desde o primeiro momento em que pôs os auscultadores até ao seu trabalho atual de criação de projetos que usam a realidade virtual (RV) de forma inovadora. Segundo ele, a RV é o derradeiro meio de contar histórias, porque preenche a distância entre a audiência e o contador de histórias. Para o ilustrar, ele proporcionou à audiência TED a maior experiência coletiva de RV do mundo. Junte-se a eles e participe nesta palestra interativa com um cartão da Google e descarregando a experiência em with.in/TED.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 17:34
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form | ||
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for The birth of virtual reality as an art form |