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O Despertar da Mente Parte 1, "Conhece-te a Ti Mesmo" (2023) - Filme Completo em HD

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    Uma produção
    Awakening Mind Films
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    Despertar
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    é a próxima fase natural
    do desenvolvimento humano.
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    Despertar é apenas reconhecer a
    natureza de nosso ser essencial.
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    Não se trata de uma experiência religiosa
    mística e estranha
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    disponível apenas para alguns.
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    Está disponível para todos.
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    Nosso ser essencial já é
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    completamente consciente e desperto.
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    E é totalmente ilimitado.
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    Sua verdadeira natureza está
    mais próxima
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    do que a pessoa que você pensa ser .
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    Consciência é a
    realidade suprema do Universo.
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    O próximo passo da ciência é
    perceber
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    que a consciência é fundamental.
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    O que é despertar, afinal?
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    Alguém me explica?
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    Mente do Despertar
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    Parte 1: Conhece-te a Ti Mesmo
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    O que é despertar?
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    Quer chame-o de o Eu Verdadeiro,
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    o Eu Iminente, o Não Eu
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    ou Natureza Buda,
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    Tao ou Consciência de Cristo,
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    não faz diferença.
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    Neste filme,
    utiliaremos a palavra Consciência.
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    Consciência não pertence
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    a nenhuma religião.
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    Despertar ou perceber a consciência
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    é como acordar de um sonho.
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    O sonho do seu personagem
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    na peça da existência.
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    Por meio de nossos personagens,
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    presenciamos o mundo
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    em toda a sua beleza e feiura.
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    Podemos chamar esta experiência
    de vida e morte
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    dualidade.
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    Vivemos indo de um lado para o outro,
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    obcecados pelos pensamentos
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    e sensações dos personagens.
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    Bom e mau.
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    Guerra e Paz.
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    Luz e escuridão.
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    Nascimento e morte.
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    Até que despertamos
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    e descobrimos que
    não somos o personagem.
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    O Convite
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    Neste filme, fazemos-lhe o convite
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    a experienciar diretamente
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    sua verdadeira natureza.
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    Descobrir diretamente—
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    não intelectualmente—
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    Quem é você?
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    Refaremos o convite
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    de diversas formas.
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    Ao questionar sua natureza,
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    deixe que tudo permaneça como está.
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    Não recorra à mente em busca
    de algo,
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    ou para encontrar respostas
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    em nível intelectual.
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    E mesmo assim não
    a expulse.
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    Busque apenas experimentar
    de forma direta
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    quem você é.
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    Permitindo que a mente
    permaneça alheia.
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    Despertar é a solução para todos
    os problemas do mundo.
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    em todos os níveis.
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    Todos os problemas do mundo
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    decorrem de uma ilusão.
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    A ilusão fundamental da mente.
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    A ilusão é que sou
    este personagem limitado.
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    Quando nos identificamos com
    o Eu pequeno e individual,
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    há sempre uma sensação
    constante de insatisfação.
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    Pode ser uma grande
    insatisfação, como trauma,
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    ou apenas uma sensação
    vaga.
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    -Algo não está certo!
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    -Há algo de errado.
    -Algo me falta.
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    Mesmo quando sinto prazer,
    mesmo quando tenho conquistas,
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    Mesmo quando tenho um bom relacionamento.
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    Se eu parar por um instante,
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    vem aquele sentimento
    de insatisfação
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    como se eu tivesse
    isolado ou
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    desconectado de algo.
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    Portanto, este sentimento,
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    que muitos parecem ter,
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    pode nos levar
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    à desidentificação com
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    o Eu pequeno e individual
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    cuja natureza se assemelha
    à ansiedade de separação.
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    O personagem limitado
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    tende a se agarrar ao que deseja.
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    Opera como um acumulado
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    de padrões condicionados
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    a implorar por seus desejos,
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    ou afastar as coisas indesejadas.
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    É um processo sem fim
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    do
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    do princípio de prazer,
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    buscando o prazer,
    evitando a dor.
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    E se acreditarmos
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    ser esse personagem,
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    esse padrão condicionado,
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    então sofremos,
    e criamos sofrimento no mundo.
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    O mundo se torna o reflexo
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    de tal consciência egoica.
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    O bom de despertar
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    é que você sofre menos,
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    e as pessoas ao seu redor
    sofrem menos.
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    Não tenho dúvidas
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    de que minha conexão inicial com
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    minha compreensão de Deus
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    foi um despertar em minha vida.
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    O maior despertar que já experimentei.
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    Foi
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    como se estivesse dormindo
    por 50 anos.
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    Andando
    por aí como um robô,
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    fazendo as coisas como
    haviam me ensinado.
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    Desde garoto, eu já
    conhecia a fórmula,
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    Arrumar uma namorada,
    um carro,
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    um trabalho, uma casa,
    uma esposa.
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    A fórmula que pensei ser
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    como a vida
    deveria funcionar.
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    Até que fiz 53 anos
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    e percebi que,
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    apesar de ter feito
    a maioria daquelas coisas
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    e ter obtido...
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    sucesso profissional—
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    até certo ponto—
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    foi que percebi que
    nada daquilo importava.
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    Acordei por volta dos 53 anos
    me dando conta que...
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    nada disso importa.
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    Nada disso tem qualquer significado.
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    Fiquei chocado
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    ao perceber
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    o quão sem sentido
    era tudo aquilo.
  • 7:20 - 7:25
    Quem é você?
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    Quando você deixa de seguir o roteiro
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    que foi estabelecido para seu personagem,
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    aquele herdado dos pais, da sociedade,
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    e do condicionamento biológico,
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    novas dimensões se abrem no jogo.
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    O caminho se abre.
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    Mas não é um caminho que
    o leva a certo destino.
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    É um caminho sem caminho.
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    O despir da ilusão
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    para chegar exatamente
    aonde você está.
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    No presente momento.
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    Meu nome é Rupert Spira.
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    Discurso sobre
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    o entendimento não-dual essencial que
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    fundamenta todas
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    as grandes tradições
    religiosas e espirituais.
  • 8:23 - 8:27
    Também escrevo e conduzo
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    meditações guiadas e tenho
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    conversas
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    cujo propósito é levar
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    a um reconhecimento empírico
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    desse entendimento.
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    Entenda que
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    a paz e a felicidade
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    pelas quais todos almejamos,
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    acima de tudo, jamais podem,
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    por definição,
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    ser encontradas na experiência objetiva.
  • 8:58 - 9:00
    Jamais podem ser oferecidas
    por objetos,
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    substâncias, atividades
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    ou relacionamentos.
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    Sugiro
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    entender isso claramente.
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    E não passar o resto da vida
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    buscado realização
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    onde ela não pode ser encontrada.
  • 9:17 - 9:19
    Todos que assistem
    a este filme,
  • 9:19 - 9:20
    fazem isso
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    exatamente porque
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    ou entenderam
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    ou pelo menos
    tiveram a intuição
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    de que a paz e a felicidade
    pelas quais almejam,
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    não podem ser encontradas
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    na experiência objetiva.
  • 9:34 - 9:35
    E iniciaram
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    essa investigação
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    sobre sua verdadeira natureza.
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    Essa é a investigação mais importante
  • 9:43 - 9:46
    que alguém pode fazer,
    e é a investigação
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    da qual depende
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    nossa felicidade.
  • 9:52 - 9:55
    A grande questão da
    minha vida, sem dúvidas,
  • 9:55 - 9:57
    que acredito ser a questão
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    com a qual a maioria se depara,
    uma hora ou outra,
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    é
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    -Qual é o objetivo, exatamente?
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    -Qual é o sentido da vida?
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    E, para minha surpresa,
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    disseram-me que
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    o sentido da vida não tinha
    nada a ver
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    com o que eu estava
    fazendo.
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    Não se tratava do meu
    emprego.
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    Nem da minha carreira.
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    Não se tratava de
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    praticamente nada
    em minha vida física.
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    Esses eram aspectos
    da minhas vida,
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    mas não o sentido em si.
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    O sentido da minha vida,
    como passei a entender,
  • 10:34 - 10:36
    era vivenciar,
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    expressar, demonstrar
    e preencher
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    minha identidade verdadeira,
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    quem eu realmente sou.
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    Creio que a pergunta
    mais importante
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    com a qual a maioria
    se depara
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    é a pergunta que quase
    ninguém se faz,
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    ou mesmo responde.
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    A grande pergunta da vida,
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    segundo meu entendimento é:
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    -Quem sou eu?
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    -Quem sou eu?
  • 11:06 - 11:08
    Sou apenas uma entidade física,
  • 11:08 - 11:11
    como um pássaro no
    céu ou peixe no mar?
  • 11:11 - 11:14
    Claro, talvez mais sofisticado...
  • 11:15 - 11:16
    Mas apenas uma entidade física.
  • 11:16 - 11:19
    Eu nasço, vivo e morro.
  • 11:19 - 11:21
    O começo e o fim de tudo.
  • 11:21 - 11:23
    Ou seria possível,
  • 11:24 - 11:25
    quem sabe,
  • 11:26 - 11:27
    que sou mais do que isso?
  • 11:28 - 11:30
    Será que sou uma entidade
    espiritual
  • 11:31 - 11:34
    apenas tendo uma experiência física?
  • 11:39 - 11:42
    Cada experiência de sua vida
  • 11:42 - 11:45
    o levou a esta questão universal.
  • 11:46 - 11:48
    -Quem é você?
  • 11:51 - 11:54
    Não busque
    uma resposta com a mente.
  • 11:57 - 12:01
    Deixe que as coisas
    permaneçam exatamente como estão.
  • 12:05 - 12:08
    -Quem está ciente da mente?
  • 12:11 - 12:14
    Sinta tudo que vier à tona.
  • 12:17 - 12:20
    -Quem está ciente
    desses sentimentos?
  • 12:23 - 12:27
    Experiencie plenamente
    tudo que vier à tona
  • 12:27 - 12:29
    ao se fazer tais perguntas.
  • 12:42 - 12:45
    Sou o Donald Hoffman e sou
    professor emérito
  • 12:45 - 12:48
    de ciências cognitivas
    na Universidade da Califórnia em Irvine.
  • 12:48 - 12:52
    Meu trabalho era lecionar, mas agora
    que sou emérito e não leciono mais.
  • 12:53 - 12:54
    Agora sou pesquisador.
  • 12:54 - 12:57
    Pesquiso atualmente a consciência.
  • 12:57 - 12:59
    Modelos matemáticos da consciência,
  • 12:59 - 13:03
    e como a física e o espaço-tempo
    podem surgir
  • 13:03 - 13:05
    de uma teoria da consciência
    completamente precisa
  • 13:05 - 13:07
    do ponto de vista matemático.
  • 13:08 - 13:11
    Minha própria jornada tem sido
  • 13:11 - 13:14
    tanto do lado espiritual
    quanto do lado científico.
  • 13:15 - 13:17
    Meu pai era pastor,
  • 13:18 - 13:20
    pastor cristão fundamentalista.
  • 13:20 - 13:23
    Então, eu aprendia isso aos domingos
  • 13:23 - 13:25
    e aprendia ciência na escola,
  • 13:25 - 13:26
    e os dois colidiam, certo?
  • 13:26 - 13:30
    As histórias que
    ouvia eram contraditórias.
  • 13:30 - 13:31
    Então,
  • 13:31 - 13:34
    na adolescência, percebi que
    precisaria descobrir as coisas
  • 13:34 - 13:35
    por conta própria.
  • 13:35 - 13:37
    E decidi...
  • 13:38 - 13:40
    A pergunta que queria
    responder era:
  • 13:40 - 13:41
    -Somos máquinas?
  • 13:41 - 13:44
    -As pessoas são simplesmente
    máquinas ou não?
  • 13:44 - 13:46
    Do ponto de vista fisicalista,
  • 13:47 - 13:49
    éramos apenas máquinas.
  • 13:49 - 13:52
    Do ponto de vista espiritual,
    não seríamos máquinas.
  • 13:52 - 13:55
    Não podia afirmar
    com certeza o que seríamos.
  • 13:55 - 13:58
    Então, decidi fazer a pergunta
  • 13:59 - 14:00
    cientificamente.
  • 14:00 - 14:01
    -Somos apenas máquinas?
  • 14:01 - 14:03
    E a melhor forma que encontrei
  • 14:03 - 14:04
    foi estudar inteligência artificial.
  • 14:05 - 14:07
    Então, ingressei no MIT
  • 14:07 - 14:10
    e fiquei no laboratório
    de inteligência artificial
  • 14:10 - 14:12
    estudando inteligência artificial.
  • 14:12 - 14:15
    E no departamento de
    ciências da cognição e do cérebro
  • 14:15 - 14:17
    estudando o lado humano
    das coisas.
  • 14:17 - 14:18
    Pois queria ambos.
  • 14:18 - 14:20
    O que as máquinas podem fazer?
  • 14:20 - 14:22
    E o que há de especial,
    se é que há,
  • 14:22 - 14:24
    nos humanos e na neurociência
    humana.
  • 14:24 - 14:26
    Para responder essa...
  • 14:26 - 14:27
    essa pergunta:
  • 14:27 - 14:29
    -As tradições espirituais
    têm razão?
  • 14:29 - 14:31
    -Somos mais do que
    meras máquinas?
  • 14:31 - 14:34
    Ou o ponto de vista
    científico e fisicalista
  • 14:34 - 14:36
    tem razão e
    somos meras máquinas e
  • 14:36 - 14:39
    a consciência é um
    mero artefato
  • 14:39 - 14:40
    da atividade cerebral?
  • 14:43 - 14:46
    O paradigma materialista
    científico,
  • 14:46 - 14:49
    em predominância no último século,
  • 14:49 - 14:53
    nega a existência de qualquer
    coisa além do físico.
  • 14:54 - 14:55
    Qualquer coisa que não possa
  • 14:55 - 14:58
    ser verificada
    pelo método científico.
  • 14:59 - 15:01
    A ciência está diante de um impasse.
  • 15:01 - 15:04
    Ela não consegue ir além do
    paradoxo
  • 15:04 - 15:06
    fundamental à física quântica.
  • 15:06 - 15:09
    Que a trouxe cara a
    cara com o observador,
  • 15:10 - 15:12
    com a consciência em si.
  • 15:13 - 15:16
    Da mesma forma, as religiões
    funcionam, em geral,
  • 15:16 - 15:19
    apenas no nível da crença.
  • 15:19 - 15:22
    Perderam seu propósito original,
  • 15:22 - 15:24
    que era levar à experiência
  • 15:24 - 15:27
    da verdade de quem
    e o que somos.
  • 15:28 - 15:31
    A separação entre a ciência
    e a espiritualidade
  • 15:31 - 15:34
    empobreceu ambas.
  • 15:35 - 15:37
    Religiões e sistemas
    espirituais
  • 15:37 - 15:39
    carecem intensamente de
    métodos rigorosos
  • 15:40 - 15:42
    que possam criar
    condições favoráveis
  • 15:42 - 15:43
    para o despertar.
  • 15:44 - 15:47
    E a ciência precisa desesperadamente
    se abrir
  • 15:47 - 15:50
    à possibilidade de algo além
    do físico.
  • 15:50 - 15:54
    Não se trata de largar a religião
    ou a ciência,
  • 15:54 - 15:56
    mas de se aprofundar.
  • 15:56 - 15:59
    De estarmos dispostos a mudar
    a nós mesmos
  • 15:59 - 16:02
    para que nos tornemos uma melhor
    ferramenta de investigação.
  • 16:03 - 16:06
    Somos aqueles que
    conduzem o experimento,
  • 16:06 - 16:09
    e somos o experimento em si.
  • 16:11 - 16:13
    A religião tem sido a linguagem
  • 16:13 - 16:15
    e o instrumento
  • 16:15 - 16:17
    dessas tradições
  • 16:17 - 16:19
    de meditação
  • 16:19 - 16:21
    e espiritualidade.
  • 16:21 - 16:24
    Que foram registradas e
  • 16:24 - 16:26
    transmitidas
  • 16:26 - 16:27
    pelas gerações.
  • 16:28 - 16:32
    Sem dúvida, há
    linguagens
  • 16:31 - 16:33
    muito literais
  • 16:33 - 16:36
    que separam religiões
    e separam
  • 16:36 - 16:39
    culturas quando as coisas
    são levadas ao pé da letra.
  • 16:39 - 16:44
    Mas quando se sente
    o espírito da religião,
  • 16:44 - 16:46
    é possível traçar o caminho
  • 16:47 - 16:48
    de volta ao autêntico
  • 16:49 - 16:50
    despertar.
  • 16:50 - 16:52
    O potencial existe em todos,
  • 16:52 - 16:53
    independentemente
  • 16:53 - 16:55
    de crença ou falta de crença,
  • 16:55 - 16:58
    pois despertar é
  • 16:58 - 17:00
    inerente à nossa consciência humana
  • 17:00 - 17:01
    simplesmente por
  • 17:02 - 17:03
    estarmos vivos.
  • 17:03 - 17:04
    Portanto, como quer que chame
  • 17:04 - 17:06
    e sempre que uma
    linguagem for usada,
  • 17:07 - 17:10
    há certos princípios que
    parecem ser os mesmos
  • 17:11 - 17:14
    por todas essas diferentes
    religiões,
  • 17:14 - 17:17
    espiritualidades e tradições de meditação.
  • 17:17 - 17:20
    Quando eu era mais novo,
  • 17:20 - 17:22
    esse conhecimento existia
    predominantemente
  • 17:22 - 17:25
    nas tradições espirituais do Oriente.
  • 17:25 - 17:27
    Ele existia nas tradições...
  • 17:28 - 17:28
    do Ocidente.
  • 17:28 - 17:32
    Mas ficava tão disfarçado
    e codificado
  • 17:32 - 17:33
    em tais tradições
  • 17:34 - 17:36
    que se tornou
    praticamente inacessível.
  • 17:36 - 17:37
    Então, muitas pessoas
  • 17:37 - 17:40
    da minha geração foram fisicamente,
  • 17:41 - 17:43
    ou pelo menos intelectualmente,
    ao Oriente
  • 17:43 - 17:45
    para encontrar esse conhecimento.
  • 17:46 - 17:48
    E a cultura oriental—
  • 17:49 - 17:50
    comparada à
  • 17:50 - 17:53
    cultura ocidental— é exótica.
  • 17:54 - 17:56
    E portanto, esse conhecimento
  • 17:56 - 17:59
    adquiriu traços exóticos
  • 17:59 - 18:03
    das culturas nas quais ele
    era expressado.
  • 18:04 - 18:06
    E muitos—inclusive eu—
  • 18:08 - 18:10
    acabaram imaginando
  • 18:10 - 18:12
    que havia algo de exótico
  • 18:12 - 18:14
    no conhecimento não-dual.
  • 18:14 - 18:17
    Que era necessário um
  • 18:17 - 18:19
    estilo de vida extraordinário.
  • 18:19 - 18:21
    Que era preciso renunciar à
    vida familiar,
  • 18:21 - 18:22
    ou, ou
  • 18:22 - 18:23
    deixar o cabelo crescer
  • 18:23 - 18:25
    ou usar um nome especial,
  • 18:25 - 18:28
    ou afiliar-se a um tipo de professor
  • 18:29 - 18:30
    ou tradição.
  • 18:30 - 18:32
    Envolver-se em práticas inusitadas.
  • 18:32 - 18:33
    Esse...
  • 18:33 - 18:34
    monte de coisas
  • 18:34 - 18:35
    que não tinham nada a ver
  • 18:35 - 18:37
    com o conhecimento central.
  • 18:37 - 18:40
    Tinham a ver com a cultura
    na qual
  • 18:40 - 18:42
    o conhecimento era expressado
  • 18:42 - 18:43
    em um determinado momento.
  • 18:44 - 18:45
    Hoje,
  • 18:45 - 18:48
    o conhecimento foi
    completamente despido
  • 18:48 - 18:51
    da roupagem cultural tradicional
  • 18:51 - 18:52
    através da qual
  • 18:52 - 18:53
    muitos de nós
  • 18:53 - 18:54
    o conhecemos.
  • 18:55 - 18:56
    E agora, apenas
  • 18:56 - 18:58
    o conhecimento essencial
  • 18:59 - 19:00
    é passado
  • 19:00 - 19:02
    de uma forma que nos permite
  • 19:02 - 19:04
    continuar levando nossas vidas
  • 19:04 - 19:06
    exatamente como elas são.
  • 19:06 - 19:08
    Vida familiar, vida profissional.
  • 19:08 - 19:10
    Não é preciso fazer nenhuma
  • 19:11 - 19:13
    mudança externa em nossa vida.
  • 19:14 - 19:16
    O desafio que enfrentamos
    neste planeta
  • 19:17 - 19:19
    é que achamos que há
    mais do que uma
  • 19:20 - 19:21
    essência.
  • 19:21 - 19:23
    Portanto,
    vivemos em um...
  • 19:23 - 19:25
    ...um mundo que chamaria de
  • 19:25 - 19:26
    "mundo da dualidade".
  • 19:27 - 19:29
    Há macho e fêmea,
    preto e branco.
  • 19:30 - 19:32
    Grande e pequeno,
    rápido e lento.
  • 19:32 - 19:34
    Para cima e para baixo,
    aqui e ali.
  • 19:34 - 19:35
    Antes e depois.
  • 19:36 - 19:38
    Mas, na realidade,
    há apenas uma coisa.
  • 19:39 - 19:41
    Todas as coisas são
    uma coisa só.
  • 19:43 - 19:45
    E só existe uma coisa.
  • 19:45 - 19:48
    Então, acontece que quando
    analisamos tudo profundamente,
  • 19:48 - 19:50
    vemos que
    aqui e ali,
  • 19:50 - 19:51
    grande e pequeno,
    rápido e lento
  • 19:51 - 19:53
    Para cima e para baixo,
    esquerda e direita,
  • 19:53 - 19:55
    macho e fêmea
  • 19:55 - 19:57
    são todos a mesma coisa
  • 19:57 - 20:00
    apenas expressando características
    diferentes.
  • 20:01 - 20:03
    Mas de forma alguma
    separados uns dos outros.
  • 20:03 - 20:05
    Creio que todos nós
  • 20:06 - 20:08
    somos individuações
  • 20:09 - 20:09
    de Deus.
  • 20:11 - 20:12
    Creio que Deus exista
  • 20:12 - 20:13
    em, como
  • 20:13 - 20:14
    e através de
  • 20:14 - 20:15
    cada
  • 20:15 - 20:16
    ser
  • 20:16 - 20:17
    humano.
  • 20:17 - 20:20
    Aliás, isso se aplica a cada ser
    senciente do universo.
  • 20:22 - 20:25
    Percebo, então, que estou
    para Deus
  • 20:26 - 20:28
    assim como a onda está
    para o oceano.
  • 20:29 - 20:31
    A onda não é diferente do oceano.
  • 20:31 - 20:34
    É apenas o oceano se erguendo
  • 20:35 - 20:36
    de forma individual.
  • 20:37 - 20:39
    E quando a individuação se completa,
  • 20:40 - 20:43
    a onda recua de volta ao oceano
    de onde veio,
  • 20:43 - 20:45
    para se erguer novamente
  • 20:45 - 20:46
    um outro dia.
  • 20:47 - 20:50
    Portanto, acredito que somos todos
    individuações
  • 20:51 - 20:52
    da divindade.
  • 20:52 - 20:55
    E quando vemos tudo
    como divino,
  • 20:55 - 20:58
    nosso relacionamento com
    tudo também muda.
  • 20:59 - 21:01
    E tudo
  • 21:01 - 21:03
    se transforma
    em nossa experiência.
  • 21:04 - 21:06
    É assim que o mundo muda.
  • 21:10 - 21:14
    O que é consciência?
  • 21:17 - 21:19
    Consciência
  • 21:19 - 21:21
    é a realidade suprema do Universo.
  • 21:22 - 21:24
    A pergunta que fica,
  • 21:24 - 21:25
    já que a consciência é
  • 21:25 - 21:27
    a realidade suprema do Universo,
  • 21:27 - 21:30
    e tudo e todos também são.
  • 21:30 - 21:31
    Então, como é
  • 21:32 - 21:33
    que
  • 21:34 - 21:36
    o mundo se apresenta a nós
  • 21:36 - 21:38
    como uma multiplicidade
    e diversidade—
  • 21:39 - 21:42
    existindo independentemente
    e individualmente—
  • 21:43 - 21:45
    de pessoas, animais e coisas,
  • 21:45 - 21:48
    todos feitos de algo chamado matéria?
  • 21:48 - 21:49
    Como podemos reconciliar
  • 21:50 - 21:51
    essa afirmação de que
  • 21:51 - 21:54
    a consciência é a realidade
    suprema do Universo
  • 21:54 - 21:55
    quando ele se apresenta
  • 21:55 - 21:59
    como uma multiplicidade e diversidade
    de objetos feitos de matéria?
  • 21:59 - 22:02
    O indício que estou usando
    para indicar que
  • 22:02 - 22:04
    a consciência é fundamental,
  • 22:05 - 22:07
    tem muitos aspetos.
  • 22:08 - 22:09
    Um deles é que
  • 22:09 - 22:10
    a própria física
  • 22:10 - 22:12
    diz que o espaço-tempo
    não é fundamental.
  • 22:13 - 22:15
    E a teoria evolutiva
  • 22:15 - 22:16
    também concorda que o
    espaço-tempo e
  • 22:16 - 22:19
    objetos físicos não são
    a realidade fundamental.
  • 22:19 - 22:21
    Ambas as teorias
  • 22:21 - 22:22
    nos dizem
  • 22:22 - 22:24
    apenas isso, que o espaço-tempo
    não é fundamental.
  • 22:24 - 22:27
    Não nos dizem o que está
    além do espaço-tempo.
  • 22:28 - 22:29
    Então,
  • 22:29 - 22:32
    meu argumento é que
    o que os físicos estão descobrindo
  • 22:32 - 22:35
    além do espaço-tempo são
    estruturas matemáticas.
  • 22:35 - 22:38
    Mas, do que se tratam,
  • 22:38 - 22:39
    não fica muito claro.
  • 22:39 - 22:41
    -De que se trata esse campo
    além do espaço-tempo?
  • 22:42 - 22:43
    Portanto, proponho
  • 22:43 - 22:46
    que esse campo além do espaço-tempo
    se trata da consciência.
  • 22:46 - 22:49
    Eu diria que a consciência infinita
  • 22:49 - 22:50
    é capaz de
  • 22:50 - 22:51
    localizar-se
  • 22:52 - 22:55
    e existir enquanto vários
    seres individuais.
  • 22:55 - 22:56
    Em outras palavras, todos
  • 22:57 - 22:58
    os seres sencientes.
  • 22:58 - 22:59
    Todas as pessoas ou animais.
  • 23:00 - 23:01
    Cada um de nós é
  • 23:01 - 23:04
    uma "localização" da consciência infinita,
  • 23:04 - 23:06
    dentro da consciência infinita,
  • 23:06 - 23:08
    feito puramente
    de consciência infinita,
  • 23:08 - 23:10
    de cuja perspectiva
  • 23:10 - 23:11
    ela enxerga
  • 23:11 - 23:13
    sua própria atividade
  • 23:13 - 23:15
    como o mundo exterior.
  • 23:15 - 23:17
    Então, o que nos parece
  • 23:17 - 23:19
    um mundo feito de matéria—
  • 23:19 - 23:22
    de acordo com
    nossa perspectiva "localizada"—
  • 23:22 - 23:24
    é—do ponto de vista da realidade—
  • 23:24 - 23:26
    apenas a atividade
  • 23:26 - 23:28
    da única consciência infinita.
  • 23:29 - 23:31
    Ou seja, em última análise,
  • 23:31 - 23:32
    não há
  • 23:33 - 23:37
    coisas individuais ou
    existindo independentemente.
  • 23:37 - 23:38
    Ou pessoas.
  • 23:38 - 23:41
    Existe apenas um todo indivisível
    e infiníto.
  • 23:42 - 23:43
    A unidade de existência.
  • 23:44 - 23:45
    Que é meramente refratada
  • 23:46 - 23:50
    em uma aparente multiplicidade
    e diversidade de objetos e coisas.
  • 23:50 - 23:54
    Quando o sujeito observa sua
    própria atividade
  • 23:54 - 23:57
    pelas faculdades de percepção
  • 23:57 - 23:59
    da mente finita.
  • 24:00 - 24:02
    Quando estamos despertos,
  • 24:02 - 24:03
    percebemos
  • 24:03 - 24:04
    que há uma
  • 24:04 - 24:05
    consciência
  • 24:06 - 24:07
    que se disfarça
  • 24:07 - 24:10
    de todos
    esses seres no planeta.
  • 24:10 - 24:11
    Uma consciência
  • 24:11 - 24:13
    que brilha
  • 24:13 - 24:14
    nos olhos de todos.
  • 24:14 - 24:15
    Então,
  • 24:15 - 24:17
    vemo-nos literalmente
  • 24:17 - 24:18
    nos outros.
  • 24:19 - 24:19
    E,
  • 24:20 - 24:22
    a propensão de agir
    através ego,
  • 24:23 - 24:25
    a tendência de
  • 24:25 - 24:27
    tirar proveito
  • 24:27 - 24:28
    desaparece
  • 24:28 - 24:31
    porque percebemos diretamente
    a verdade.
  • 24:32 - 24:35
    A verdade é que somo
    todos uma só consciência.
  • 24:36 - 24:39
    A experiência do meu Eu espiritual
  • 24:40 - 24:43
    só foi possível no domínio físico
  • 24:44 - 24:45
    por uma excelente razão.
  • 24:45 - 24:47
    Pois é apenas no domínio físico
  • 24:47 - 24:48
    que o oposto
  • 24:49 - 24:50
    pode ser encontrado.
  • 24:50 - 24:53
    Ou seja—para ilustrar
    de forma simples.
  • 24:54 - 24:56
    Se eu quisesse ter a experiência—
  • 24:56 - 24:57
    falando metaforicamente—
  • 24:58 - 24:59
    de ser a luz.
  • 25:00 - 25:01
    Isso não seria possível
  • 25:01 - 25:03
    se eu estivesse mergulhado nela.
  • 25:04 - 25:06
    Nada mais ao meu redor além da luz.
  • 25:06 - 25:08
    Que é a perfeita definição
  • 25:09 - 25:10
    do domínio espiritual.
  • 25:11 - 25:12
    Então, venho a um domínio,
  • 25:13 - 25:14
    o qual chamo de domínio físico,
  • 25:14 - 25:17
    onde há algo além da luz.
  • 25:17 - 25:20
    Pois se eu quiser ter a experiência
    de ser a luz—
  • 25:20 - 25:23
    não apenas saber que
    sou ela—
  • 25:23 - 25:24
    mas para ter a experiência,
  • 25:24 - 25:25
    só seria possível
  • 25:25 - 25:27
    onde houvesse o oposto da luz.
  • 25:28 - 25:29
    Neste caso, a escuridão.
  • 25:30 - 25:31
    Portanto,
  • 25:31 - 25:33
    venho ao...
  • 25:33 - 25:34
    domínio físico
  • 25:34 - 25:36
    onde a luz e a escuridão
  • 25:36 - 25:38
    existem simultaneamente.
  • 25:38 - 25:40
    E, então, nessa
  • 25:40 - 25:43
    expressão externa de mim mesmo
    enquanto a luz,
  • 25:44 - 25:45
    eu poderia ser quem
    realmente sou.
  • 25:46 - 25:48
    Esse conhecimento
  • 25:48 - 25:49
    sugere que—
  • 25:50 - 25:52
    por trás de nossas diferenças—
  • 25:52 - 25:53
    somos todos
  • 25:53 - 25:55
    o mesmo ser.
  • 25:55 - 25:56
    Não seres parecidos.
  • 25:56 - 25:59
    Mas que somos
    todos literalmente um só.
  • 25:59 - 26:00
    O mesmo ser.
  • 26:00 - 26:01
    E...
  • 26:02 - 26:05
    o amor é a experiência sentida
  • 26:06 - 26:08
    dessa unicidade ou
  • 26:08 - 26:09
    "ser compartilhado".
  • 26:09 - 26:10
    É
  • 26:10 - 26:11
    um
  • 26:11 - 26:12
    teorema
  • 26:12 - 26:13
    de nossa teoria
  • 26:13 - 26:16
    que existe, em última análise,
    apenas uma consciência.
  • 26:16 - 26:19
    Há essa dinâmica de muitos agentes
    conscientes.
  • 26:19 - 26:20
    Mas,
  • 26:20 - 26:22
    a teoria diz que—em última
    análise—
  • 26:22 - 26:24
    todos esses agentes
    conscientes são, na verdade,
  • 26:24 - 26:27
    projeções de uma única
    consciência.
  • 26:27 - 26:28
    O atual
  • 26:29 - 26:30
    paradigma da ciência—
  • 26:31 - 26:33
    e tem sido assim há séculos—
  • 26:33 - 26:35
    é que o espaço e o tempo
  • 26:35 - 26:37
    são a natureza
    essencial da realidade.
  • 26:37 - 26:38
    São irredutíveis
  • 26:39 - 26:41
    e são a base de tudo.
  • 26:41 - 26:43
    E, antes do Einstein,
  • 26:43 - 26:44
    eram vistos como separados.
  • 26:45 - 26:46
    Agora, o espaço e o tempo juntos—
  • 26:46 - 26:48
    unificados como espaço-tempo—
  • 26:48 - 26:50
    são vistos como a natureza
    essencial da realidade.
  • 26:50 - 26:53
    E a ciência, então, supôs que
  • 26:54 - 26:56
    o espaço-tempo e objetos dentro dele
  • 26:56 - 26:58
    são a realidade essencial.
  • 26:58 - 26:59
    Então,
  • 26:59 - 27:01
    por exemplo, quando falamos
    da consciência,
  • 27:02 - 27:03
    ela deve ser, portanto—
  • 27:03 - 27:05
    de alguma forma—fruto
  • 27:05 - 27:07
    de objetos no espaço e tempo.
  • 27:07 - 27:09
    Nessa base fisicalista,
  • 27:09 - 27:11
    o espaço e o tempo, e
    objetos físicos—
  • 27:12 - 27:14
    sem qualquer consciência—
  • 27:14 - 27:16
    são a realidade essencial.
  • 27:16 - 27:17
    E a consciência
  • 27:17 - 27:20
    surge mais tarde
    na evolução do Universo, certo?
  • 27:21 - 27:22
    Então no Big Bang
  • 27:22 - 27:23
    não havia consciência,
  • 27:23 - 27:25
    havia apenas o espaço-tempo
    e energia.
  • 27:25 - 27:28
    A energia se aglutinou
    em partículas maciças,
  • 27:28 - 27:31
    e por fim a vida surgiu depois de
    sabe-se lá milhões,
  • 27:31 - 27:33
    centenas de milhões,
    ou bilhões de anos.
  • 27:33 - 27:37
    Depois disso, a consciência surgiu
    ainda mais tarde.
  • 27:38 - 27:40
    Desse ponto de vista, quando você morre,
  • 27:40 - 27:42
    a complexidade física
    que deu origem
  • 27:42 - 27:44
    à consciência se dissolve,
  • 27:44 - 27:45
    e então a sua consciência
    se dissolve.
  • 27:46 - 27:47
    Portanto, a base fisicalista
  • 27:47 - 27:49
    realmente desconsidera a consciência
  • 27:50 - 27:52
    como parte fundamental.
  • 27:52 - 27:55
    E diz que quando morremos,
    nossa consciência morre junto.
  • 27:57 - 27:59
    De outro ponto de vista,
  • 27:59 - 28:02
    eu e meus colegas
    usamos a teoria evolutiva
  • 28:02 - 28:04
    para mostrar
  • 28:04 - 28:05
    que
  • 28:05 - 28:06
    a teoria evolutiva
    subentende que
  • 28:06 - 28:08
    o espaço e o tempo
    não são fundamentais.
  • 28:09 - 28:12
    Portanto, a interpretação
    fisicalista da evolução está errada.
  • 28:12 - 28:15
    A ideia de que o espaço e o tempo
    e partículas
  • 28:15 - 28:18
    de alguma forma evoluíram
  • 28:19 - 28:21
    devido aos organismos humanos
  • 28:22 - 28:25
    é a base errônea pois o
    espaço-tempo não é fundamental.
  • 28:25 - 28:27
    Estamos propondo
    uma dinâmica
  • 28:27 - 28:29
    além do espaço-tempo
    muito mais rica,
  • 28:29 - 28:30
    a dinâmica da consciência.
  • 28:31 - 28:33
    Não dispensamos
    nossas antigas teorias.
  • 28:33 - 28:34
    Quando os físicos dizem
  • 28:34 - 28:36
    que o espaço-tempo
    está condenado,
  • 28:36 - 28:38
    não significa descartar
    o Einstein.
  • 28:39 - 28:40
    De forma alguma.
  • 28:40 - 28:41
    Mantemos o Einstein.
  • 28:41 - 28:43
    Qualquer nova teoria além
    do espaço-tempo
  • 28:43 - 28:45
    que os físicos venham
    a propor,
  • 28:45 - 28:47
    é melhor que se projete no
    espaço-tempo
  • 28:47 - 28:49
    e nos devolva Einstein
    e a teoria quântica.
  • 28:50 - 28:51
    Ou estão errados.
  • 28:51 - 28:53
    Todas nossas antigas
    teorias
  • 28:53 - 28:56
    são amigas maravilhosas.
  • 28:56 - 28:57
    E vamos mantê-las...
  • 28:58 - 29:00
    como casos especiais de
    uma teoria mais profunda.
  • 29:01 - 29:03
    Em nossa teoria da consciência
    devemos fazer o mesmo.
  • 29:04 - 29:05
    Não podemos propor
    o que quisermos.
  • 29:06 - 29:08
    Temos que ter uma teoria que
    projete
  • 29:08 - 29:10
    e nos devolva o espaço-tempo,
  • 29:10 - 29:11
    devolva a teoria quântica,
  • 29:11 - 29:14
    devolva as relatividades restrita e geral
  • 29:14 - 29:16
    e a evolução por
    seleção natural.
  • 29:17 - 29:18
    Se não pudermos
    fazer isso
  • 29:18 - 29:20
    de forma detalhada e precisa,
  • 29:21 - 29:24
    então, não há razão
    para os cientistas nos levarem a sério.
  • 29:25 - 29:27
    É como se a consciência infinita
    colocasse
  • 29:27 - 29:29
    um óculos de realidade virtual.
  • 29:29 - 29:33
    Um aparelho de realidade virtual
    feito de pensamento e percepção.
  • 29:33 - 29:35
    E, ao fazer isso,
  • 29:35 - 29:38
    assim que a consciência
    coloca o óculos,
  • 29:38 - 29:40
    ela se confina
  • 29:40 - 29:42
    dentro
    de sua própria atividade.
  • 29:42 - 29:43
    E por meio
  • 29:44 - 29:45
    desse aparelho,
  • 29:45 - 29:48
    ela enxerga usando as
    faculdades de percepção
  • 29:48 - 29:52
    da mente finita: visão, audição, tato,
    paladar e olfato.
  • 29:52 - 29:53
    E ela fragmenta
  • 29:54 - 29:56
    sua própria unicidade.
  • 29:57 - 29:59
    E toma a expressão
  • 29:59 - 30:00
    de milhares de coisas distintas.
  • 30:01 - 30:02
    O que dizendo
  • 30:02 - 30:03
    é que
  • 30:04 - 30:05
    há muito mais
  • 30:06 - 30:07
    por trás do Universo
  • 30:07 - 30:08
    do que a mente finita.
  • 30:08 - 30:10
    Não estou dizendo que
  • 30:10 - 30:12
    o Universo apenas apareça
  • 30:12 - 30:14
    em cada uma de nossas mentes finitas.
  • 30:15 - 30:18
    O Universo existe além delas,
  • 30:18 - 30:20
    mas dentro da consciência.
  • 30:20 - 30:21
    Mas são as limitações
  • 30:22 - 30:23
    da nossa mente finita
  • 30:24 - 30:26
    que conferem ao Universo
  • 30:26 - 30:27
    sua aparência.
  • 30:28 - 30:31
    Portanto, quando observamos o Universo,
  • 30:31 - 30:34
    vemos a realidade que existe
  • 30:34 - 30:36
    antes de ele ser percebido.
  • 30:37 - 30:39
    Mas o observamos pela lente
  • 30:39 - 30:41
    de nossas faculdades de percepção,
  • 30:43 - 30:45
    o que lhe confere sua aparência.
  • 30:46 - 30:48
    O conceito de despertar—
  • 30:48 - 30:50
    em muitas tradições espirituais—
    tem sido
  • 30:51 - 30:52
    o conceito de que
  • 30:53 - 30:54
    o que entendemos
    por realidade—
  • 30:55 - 30:59
    objetos no espaço e tempo,
    nosso corpo físico e etc.—
  • 31:00 - 31:01
    não é a realidade final.
  • 31:01 - 31:03
    Que há uma realidade muito
    mais profunda.
  • 31:04 - 31:06
    Uma realidade de consciência
    que transcende
  • 31:06 - 31:08
    o espaço e tempo, e
    objetos físicos.
  • 31:08 - 31:11
    E que não nos separamos
    de tal realidade,
  • 31:11 - 31:15
    ela é—de certa forma—a essência
    do que somos.
  • 31:15 - 31:18
    Portanto, o despertar é acordar
    da ilusão
  • 31:18 - 31:20
    que somos apenas um corpo
    no espaço e tempo,
  • 31:20 - 31:22
    para o fato
  • 31:22 - 31:26
    de que somos os autores de
    tudo que vemos no espaço e tempo.
  • 31:26 - 31:27
    Criamos na hora
  • 31:27 - 31:29
    conforme olhamos e percebemos.
  • 31:31 - 31:35
    COMO DESPERTAR?
  • 31:37 - 31:40
    A pessoa se torna desperta
  • 31:40 - 31:42
    ao reconhecer que
  • 31:43 - 31:46
    o que somos
    essencialmente já está
  • 31:47 - 31:49
    totalmente desperto,
    totalmente consciente,
  • 31:50 - 31:51
    completo, íntegro,
  • 31:51 - 31:53
    realizado, em paz.
  • 31:54 - 31:56
    É como perguntar:
    -Como o...
  • 31:56 - 32:00
    -Como o sol ilumina a si mesmo?
  • 32:00 - 32:02
    Sua natureza é luz.
  • 32:02 - 32:04
    Já está completamente iluminado.
  • 32:04 - 32:06
    A natureza de nosso ser essencial
  • 32:06 - 32:09
    já é paz e felicidade.
  • 32:09 - 32:11
    Não fica claro para nós,
  • 32:11 - 32:13
    pois nossa essência está tão misturada
  • 32:13 - 32:15
    com o conteúdo da experiência
  • 32:16 - 32:17
    que sua
  • 32:17 - 32:19
    paz e felicidade inatas
  • 32:19 - 32:21
    são ofuscadas pela experiência.
  • 32:23 - 32:25
    Por isso, achamos que
    nossa essência
  • 32:25 - 32:26
    precisa ser iluminada.
  • 32:26 - 32:29
    Não, nossa essência não precisa
    ser iluminada,
  • 32:29 - 32:31
    assim como o sol não
    precisa ser "aceso"
  • 32:31 - 32:32
    de manhã cedo.
  • 32:33 - 32:36
    O sol sempre brilha
    com a mesma intensidade.
  • 32:36 - 32:40
    Nossa essência sempre brilha
    com a mesma paz e alegria.
  • 32:40 - 32:43
    Mas a paz e alegria são
    ofuscadas
  • 32:43 - 32:44
    pela ansiedade e escassez
  • 32:44 - 32:47
    que caracterizam nosso
    pensamentos e sentimentos.
  • 32:48 - 32:52
    Não há uma pessoa que desperta.
  • 32:52 - 32:54
    Então, então...
  • 32:54 - 32:55
    O Eu que despertou,
  • 32:56 - 32:59
    despertou de minha
    própria estrutura
  • 33:00 - 33:01
    em um centro de meditação.
  • 33:01 - 33:03
    Um centro Zen.
  • 33:04 - 33:07
    Fazíamos um sesshin Zen,
  • 33:07 - 33:10
    que é um longo período
    de prática intensa.
  • 33:11 - 33:13
    Portanto, Zen é
  • 33:13 - 33:16
    ótimo para criar este ambiente
  • 33:16 - 33:19
    de onde não se pode escapar.
  • 33:19 - 33:22
    Então, o personagem do Dan
  • 33:23 - 33:25
    que havia aprendido meditação,
  • 33:25 - 33:28
    que vinha praticando a meditação...
  • 33:28 - 33:31
    Esse "praticante" de
    meditação
  • 33:31 - 33:33
    percebeu que
  • 33:33 - 33:34
    não podia despertar.
  • 33:34 - 33:37
    Todos os truques de meditação,
  • 33:37 - 33:41
    todas as práticas aprendidas
  • 33:41 - 33:43
    não tinham valor.
  • 33:43 - 33:46
    Chegou ao ponto onde
    aquele personagem
  • 33:46 - 33:48
    que estava tentando despertar
  • 33:48 - 33:50
    não conseguiu despertar.
  • 33:51 - 33:52
    E assim foi necessário.
  • 33:53 - 33:55
    O personagem que eu
    vinha vivendo,
  • 33:55 - 33:57
    o personagem que
    vinha representando
  • 33:57 - 33:58
    por toda minha vida,
  • 33:59 - 34:01
    tinha que se desprender
    ou falecer,
  • 34:01 - 34:02
    e,
  • 34:03 - 34:04
    o que restou,
  • 34:04 - 34:06
    o que ficou quando o personagem—
  • 34:06 - 34:08
    quando não havia o "praticante",
  • 34:08 - 34:10
    quando não havia o meditador
  • 34:11 - 34:13
    meditando ou praticando
    algo
  • 34:14 - 34:15
    chamado de meditação,
  • 34:16 - 34:18
    o que restou foi
  • 34:18 - 34:20
    minha natureza verdadeira.
  • 34:20 - 34:21
    Ou eu,
    apenas eu.
  • 34:22 - 34:26
    Quando despertamos dessa ideia
    do Eu pequeno e separado,
  • 34:26 - 34:28
    não é como se estivessemos
  • 34:28 - 34:30
    extinguindo o ego ou
  • 34:30 - 34:32
    lutando contra ele.
  • 34:33 - 34:37
    Na verdade, permitimos que ele
    se aposente parcialmente
  • 34:37 - 34:40
    de seu posto de identidade
    egoica.
  • 34:40 - 34:44
    E relaxe para fazer parte de
    nosso
  • 34:44 - 34:46
    time, de nossa consciência.
  • 34:47 - 34:50
    E isso nos dá uma sensação
    de liberdade
  • 34:50 - 34:51
    logo que não estamos
  • 34:52 - 34:54
    observando o mundo
    por uma lente pequena,
  • 34:54 - 34:55
    logo que
  • 34:55 - 34:58
    estamos com o coração
    e a mente abertos
  • 34:58 - 34:59
    de forma
  • 35:01 - 35:02
    expansiva
  • 35:02 - 35:03
    e ainda,
  • 35:03 - 35:04
    ao mesmo tempo,
  • 35:05 - 35:06
    mais intimamente conectada.
  • 35:07 - 35:10
    Iluminação não se trata de
    tornar-se desperto.
  • 35:10 - 35:13
    Ninguém se torna desperto
    ou iluminado.
  • 35:13 - 35:14
    É o reconhecimento
  • 35:14 - 35:15
    da luz,
  • 35:16 - 35:17
    a luz do puro saber,
  • 35:18 - 35:20
    cuja natureza é paz e
    felicidade
  • 35:20 - 35:22
    que sempre e já somos.
  • 35:27 - 35:28
    Me chamo Lisa Natoli.
  • 35:28 - 35:31
    Sou professora espiritual.
  • 35:31 - 35:35
    Falo sobre cura, despertar
    e transformação.
  • 35:35 - 35:39
    Despertar é o reconhecimento
    de sua verdadeira natureza.
  • 35:39 - 35:43
    E é a compreensão do que
    realmente somos,
  • 35:43 - 35:45
    que é consciência.
  • 35:45 - 35:48
    E consciência é apenas uma palavra
  • 35:48 - 35:50
    para as muitas palavras
    que as pessoas usam
  • 35:51 - 35:53
    para conhecimento,
  • 35:53 - 35:54
    vida,
  • 35:54 - 35:55
    amor,
  • 35:55 - 35:56
    Deus,
  • 35:57 - 35:58
    luz.
  • 35:59 - 36:05
    É despertar para o entendimento
    que não sou este corpo.
  • 36:05 - 36:07
    Que sou aquilo que nunca morre,
  • 36:07 - 36:09
    e aquilo que nunca nasce.
  • 36:09 - 36:10
    e
  • 36:10 - 36:11
    o
  • 36:12 - 36:14
  • 36:14 - 36:16
    Foi muito difícil para mim.
  • 36:16 - 36:20
    Estou no caminho espiritual
    desde 1992.
  • 36:20 - 36:22
    Comecei lendo
    "Um Curso em Milagres"
  • 36:22 - 36:25
    Lia aquele livro religiosamente.
  • 36:25 - 36:28
    Eu estava
    muito empenhada
  • 36:29 - 36:32
    em conhecer esse Eu,
    conhecer Deus, despertar...
  • 36:34 - 36:35
    Não estava rolando.
  • 36:35 - 36:38
    Pois eu estava sob a crença
  • 36:38 - 36:41
    que despertar era algo místico,
  • 36:41 - 36:44
    que algo aconteceria, que
    algo
  • 36:44 - 36:46
    ocorreria.
  • 36:46 - 36:49
    E seria como Jesus,
  • 36:49 - 36:52
    ou Buda, ou todos
    esses mestres iluminados,
  • 36:53 - 36:55
    e não estava rolando para mim.
  • 36:55 - 36:56
    Eu não entendia.
  • 36:57 - 36:59
    Por que estou tão empenhada,
  • 37:01 - 37:05
    tendo momentos profundos
    de paz, felicidade e alegria,
  • 37:05 - 37:07
    e ainda assim tendo
    dificuldade?
  • 37:07 - 37:10
    Comecei a perceber a simplicidade
  • 37:11 - 37:13
    de nossa verdadeira natureza,
    que é consciência,
  • 37:14 - 37:15
    então,
  • 37:16 - 37:19
    para aqueles que me escutam
    neste momento,
  • 37:19 - 37:23
    a consciência que escuta esta voz,
  • 37:23 - 37:25
    é ela quem somos.
  • 37:25 - 37:27
    Ela não tem local,
  • 37:28 - 37:30
    nem gênero,
  • 37:30 - 37:33
    nem cor, nem corpo,
  • 37:34 - 37:36
    e é totalmente ilimitada.
  • 37:37 - 37:40
    Então, o despertar é onde
    acordamos
  • 37:42 - 37:43
    para a nossa
    verdadeira natureza.
  • 37:43 - 37:46
    Despertamos para a
    compreensão
  • 37:46 - 37:48
    de que somos a consciência
  • 37:49 - 37:51
    desta experiência.
  • 37:51 - 37:53
    Aqui e agora.
  • 37:54 - 37:56
    E ela é tão comum que
    nos passa batido.
  • 37:56 - 37:59
    Achamos que não
    tem como ser assim tão simples.
  • 38:00 - 38:02
    O reconhecimento de nossa
    verdadeira natureza
  • 38:02 - 38:04
    não nos leva à felicidade.
  • 38:05 - 38:06
    É a felicidade em si.
  • 38:06 - 38:08
    A natureza do ser
  • 38:08 - 38:10
    é a própria felicidade.
  • 38:10 - 38:13
    Portanto, o reconhecimento de
    nossa verdadeira natureza
  • 38:13 - 38:15
    é a experiência de felicidade.
  • 38:21 - 38:24
    Quem está consciente
    neste instante?
  • 38:25 - 38:28
    A mente buscará
    uma resposta.
  • 38:28 - 38:30
    Ou tentará complicar as coisas.
  • 38:30 - 38:32
    Você já é
  • 38:33 - 38:35
    aquilo de que a mente
    está buscando.
  • 38:37 - 38:40
    A mente sempre deixará
    isso passar batido.
  • 38:40 - 38:43
    Portanto, não recorra a ela
    em busca de respostas.
  • 38:44 - 38:46
    Não afaste seus pensamentos.
  • 38:46 - 38:49
    E não se perca neles.
  • 38:50 - 38:51
    Deixe de lado
  • 38:51 - 38:53
    o interesse ou apego
  • 38:53 - 38:54
    a pensamentos,
  • 38:54 - 38:56
    ideias
  • 38:56 - 38:57
    e crenças.
  • 38:58 - 39:01
    Tenha a intenção de experienciar
    diretamente
  • 39:01 - 39:03
    quem você é.
  • 39:05 - 39:08
    Não tente invalidar a mente
  • 39:08 - 39:10
    ou alcançar algum estado.
  • 39:11 - 39:14
    Todo esforço, toda manobra,
  • 39:14 - 39:15
    todo movimento,
  • 39:15 - 39:18
    é a mente
    tentando tomar o controle.
  • 39:18 - 39:22
    Permita que a mente apenas seja.
  • 39:28 - 39:33
    Às vezes é possível despertar
    durante o dia a dia.
  • 39:33 - 39:36
    A prática não é sempre necessária.
  • 39:36 - 39:38
    Às vezes coisas acontecem na vida
  • 39:38 - 39:39
    onde
  • 39:39 - 39:42
    há uma interrupção em
    seu padrão.
  • 39:42 - 39:45
    E pode haver um despertar espontâneo.
  • 39:46 - 39:48
    Mas se a vida da pessoa simplesmente
    acontece
  • 39:49 - 39:51
    de forma meio robótica
  • 39:51 - 39:52
    ou repetitiva,
  • 39:52 - 39:53
    então,
  • 39:54 - 39:57
    alguma intervenção
    é necessária se...
  • 39:57 - 39:59
    se ela quiser despertar.
  • 40:00 - 40:03
    E essa interrupção em seu padrão,
  • 40:03 - 40:07
    é às vezes chamada de Sadhana
    ou prática spiritual.
  • 40:08 - 40:11
    E essas práticas são sempre
  • 40:12 - 40:13
    condicionadas.
  • 40:13 - 40:16
    Há algo que aprendemos com
    o condicionamento da mente
  • 40:16 - 40:20
    que facilita o processo de despertar
  • 40:20 - 40:24
    afrouxando os laços
    do autoconceito.
  • 40:24 - 40:29
    Às vezes, dizem que o despertar
    acontece por acidente.
  • 40:29 - 40:32
    Mas a prática o torna mais propenso
    a "acidentes".
  • 40:33 - 40:37
    As técnicas e as práticas
    podem ser muito úteis
  • 40:37 - 40:39
    para torná-lo mais propenso
    a "acidentes".
  • 40:39 - 40:40
    Mas elas,
  • 40:40 - 40:41
    em algum momento,
  • 40:41 - 40:43
    têm que ser abandonadas.
  • 40:44 - 40:48
    Porque se a mente está
    constantemente em ação,
  • 40:48 - 40:49
    fazendo algo,
  • 40:50 - 40:53
    então, a mente tem as rédeas.
  • 40:53 - 40:55
    A mente está no comando.
  • 40:55 - 40:58
    Portanto, as práticas são úteis,
  • 40:58 - 41:01
    muito úteis enquanto instrumento para
  • 41:02 - 41:06
    tornar o autoconceito menos denso,
  • 41:06 - 41:08
    ou para iluminar o autoconceito
  • 41:09 - 41:12
    para que se torne mais permeável
  • 41:12 - 41:14
    à nossa verdadeira natueza.
  • 41:16 - 41:21
    O paradoxo da prática é que,
    quando você finalmente desperta,
  • 41:21 - 41:24
    você percebe que todas as práticas
  • 41:24 - 41:26
    eram feitas pelo Eu falso.
  • 41:27 - 41:29
    Pelo personagem no jogo
    de realidade virtual.
  • 41:30 - 41:34
    E que você, o verdadeiro Eu,
    nunca esteve preso.
  • 41:36 - 41:40
    Tudo que você tem que fazer é
    deixar as preferências do ego de lado.
  • 41:40 - 41:44
    Largar a obsessão pelas coisas.
  • 41:44 - 41:48
    Qualquer coisa dentro do campo
    dos fenômenos em mudança
  • 41:48 - 41:49
    não é o verdadeiro Eu.
  • 41:50 - 41:53
    O Eu que você pensa ser,
  • 41:53 - 41:56
    o Eu com quem você sempre
    se identificou,
  • 41:56 - 41:57
    jamais despertará.
  • 41:57 - 42:00
    Você desperta desse personagem.
  • 42:01 - 42:05
    Você desperta da ilusão de que
    você é o personagem condicionado.
  • 42:05 - 42:08
    Quando as pessoas vão aos retiros,
    elas pensam:
  • 42:09 - 42:11
    -O eu, o pequeno eu irá despertar!
  • 42:11 - 42:13
    -Algo incrível acontecerá!
  • 42:13 - 42:16
    Mas o pequeno eu jamais terá sucesso.
  • 42:16 - 42:19
    Ele tem que desistir,
    ele tem que fracassar.
  • 42:19 - 42:21
    E é apenas nesse fracasso
  • 42:21 - 42:23
    que percebemos quem somos.
  • 42:23 - 42:26
    Que sempre estivemos conscientes.
  • 42:26 - 42:27
    Que sempre estivemos presentes.
  • 42:27 - 42:30
    Apenas ficamos presos ao personagem,
  • 42:30 - 42:32
    acreditando que éramos ele.
  • 42:35 - 42:42
    O CAMINHO DIRETO
  • 42:44 - 42:47
    Iniciei minha busca spiritual
  • 42:47 - 42:50
    na tradição clássica Advaita Vedanta,
  • 42:50 - 42:53
    que era um caminho devocional
  • 42:53 - 42:55
    que envolvia
  • 42:55 - 42:57
    meditação com mantra,
  • 42:57 - 43:01
    que pratiquei assiduamente
    por 20 anos.
  • 43:01 - 43:04
    Meditação com mantra envolve
  • 43:05 - 43:08
    concentrar sua atenção em um som.
  • 43:09 - 43:11
    E, gradualmente, o som desaparece.
  • 43:12 - 43:16
    No entanto, foi realmente quando conheci
  • 43:16 - 43:18
    o caminho direto
  • 43:18 - 43:19
    que
  • 43:20 - 43:23
    minha busca espiritual
  • 43:23 - 43:26
    chegou em seu ápice.
  • 43:26 - 43:29
    Pois nessa abordagem direta,
  • 43:29 - 43:33
    não focamos diretamente em
    nenhum objeto
  • 43:33 - 43:35
    por mais sutil que seja, por exemplo,
  • 43:36 - 43:38
    uma mantra, um som, a respiração.
  • 43:38 - 43:42
    Permitimos que nossa atenção
    se retraia para dentro,
  • 43:42 - 43:45
    ou para trás, em direção à sua fonte.
  • 43:46 - 43:48
    Vamos usar uma analogia.
  • 43:49 - 43:50
    Imagine que você esteja assistindo
  • 43:50 - 43:52
    à sua vida em uma tela de TV.
  • 43:53 - 43:56
    Você se identifica com o personagem
    na tela.
  • 43:57 - 43:58
    Dia após dia,
  • 43:58 - 44:00
    ano após ano,
  • 44:00 - 44:02
    você se envolve com a história
    do personagem.
  • 44:03 - 44:06
    Quando, de repente, você desperta
    da história
  • 44:06 - 44:10
    e nota a tela em que o
    personagem aparece.
  • 44:10 - 44:14
    E percebe não ser
    o personagem ao qual assistia.
  • 44:15 - 44:18
    Objetos vêm e vão na tela.
  • 44:18 - 44:20
    Personagens vão e vêm.
  • 44:20 - 44:23
    Mas a tela permanece a mesma.
  • 44:23 - 44:26
    O personagem pode se molhar.
  • 44:26 - 44:28
    A tela não se molha.
  • 44:28 - 44:30
    O personagem pode
    ser afetado.
  • 44:31 - 44:33
    Mas a tela não se afeta.
  • 44:34 - 44:37
    Sem a tela, os personagens
    não existiriam.
  • 44:38 - 44:40
    Mas a tela passa despercebida.
  • 44:40 - 44:43
    Os personagens seguem suas
    vidas planejadas.
  • 44:45 - 44:47
    A consciência é como a tela.
  • 44:48 - 44:50
    É como o espaço no qual todo pensamento,
  • 44:50 - 44:52
    movimento,
  • 44:52 - 44:54
    todo estado de consciência vem e vai.
  • 44:56 - 44:58
    Pensamentos, sensações,
  • 44:58 - 45:00
    e todo o mundo exterior
  • 45:00 - 45:01
    aparecem na tela.
  • 45:01 - 45:03
    Em constante mudança.
  • 45:03 - 45:06
    Mas a tela permanece intacta.
  • 45:08 - 45:08
    É
  • 45:09 - 45:10
    a mente
  • 45:10 - 45:12
    que muda de estado
  • 45:12 - 45:14
    através da experiência humana.
  • 45:14 - 45:16
    Mas há algo
  • 45:16 - 45:19
    dentro de você que permanece.
  • 45:19 - 45:22
    Algo que está sempre presente.
  • 45:22 - 45:25
    Que está consciente das mudanças
    de estado.
  • 45:25 - 45:29
    Esse algo é a consciência,
    ou nossa verdadeira natureza.
  • 45:29 - 45:33
    Enquanto houver apego ao
    personagem da tela,
  • 45:33 - 45:36
    a sensação de que sou aquele personagem,
  • 45:36 - 45:37
    haverá sofrimento.
  • 45:37 - 45:41
    Maya, a ilusão do Eu.
  • 45:42 - 45:45
    As ações do personagem do sonho
  • 45:45 - 45:47
    não poderão te libertar.
  • 45:47 - 45:49
    Quer você siga o roteiro
  • 45:49 - 45:51
    no drama de sua vida
  • 45:51 - 45:52
    ou se volte contra ele,
  • 45:52 - 45:55
    se agir do ponto de vista do personagem,
  • 45:56 - 45:57
    você estará preso na ilusão.
  • 45:59 - 46:00
    Para despertar,
  • 46:00 - 46:04
    pare de se identificar com o que
    aparece na tela.
  • 46:06 - 46:09
    Reconheça que tudo é impermanente.
  • 46:09 - 46:11
    Pare de reagir a pensamentos
  • 46:11 - 46:14
    e de tratar o programa como real.
  • 46:14 - 46:17
    Se eu remover a atenção da tela,
  • 46:17 - 46:20
    voltando a consciência em sua própria
    direção,
  • 46:20 - 46:22
    algo imensurável acontece.
  • 46:23 - 46:26
    A consciência em si desperta.
  • 46:28 - 46:30
    Isso não é um acontecimento.
  • 46:31 - 46:33
    Acontecimento é o que passa na tela.
  • 46:34 - 46:37
    Despertar é só o reconhecimento
  • 46:37 - 46:40
    da tela que sempre esteve lá.
  • 46:41 - 46:44
    Não acredite no seu próximo pensamento.
  • 46:45 - 46:50
    Em vez disso, volte a consciência
    para a própria consciência.
  • 47:01 - 47:03
    Sempre fui Eu mesmo.
  • 47:04 - 47:07
    Minha percepção do meu Eu
    se estende por toda minha vida.
  • 47:07 - 47:11
    Permanece constante
    durante toda a minha vida.
  • 47:12 - 47:14
    O que está presente em mim hoje,
  • 47:14 - 47:15
    que estava presente ontem,
  • 47:15 - 47:17
    ano passado, dez anos
    atrás,
  • 47:17 - 47:19
    e quando eu tinha dois anos de idade?
  • 47:21 - 47:24
    O que é esse Eu essencial
  • 47:25 - 47:28
    com quem todas as minhas experiências
    acontecem?
  • 47:29 - 47:31
    O reconhecimento
  • 47:31 - 47:34
    da natureza desse Eu
    é o grande
  • 47:34 - 47:35
    segredo da vida.
  • 47:35 - 47:37
    É o caminho direto
  • 47:37 - 47:39
    para a paz e felicidade.
  • 47:39 - 47:42
    Não é algo que se inicia.
  • 47:44 - 47:47
    É algo que se reconhece.
  • 47:48 - 47:50
    Re-conhecer.
  • 47:50 - 47:52
    Ou seja, conhecer outra vez.
  • 47:54 - 47:56
    Algo que sabemos desde o princípio,
  • 47:56 - 48:01
    mas que esquecemos, negamos,
    ou não conseguimos acreditar.
  • 48:01 - 48:04
    Portanto, não iniciamos a
    proximidade com Deus.
  • 48:05 - 48:07
    Apenas reconhecemos.
  • 48:07 - 48:10
    Re-conhecemos algo que sempre
    esteve presente.
  • 48:11 - 48:13
    E que sempre estará presente.
  • 48:13 - 48:17
    Foi somente esse direcionamento direto
    para o despertar,
  • 48:17 - 48:20
    essa abertura para o que já está aqui
  • 48:21 - 48:22
    que me permitiu encontrar
  • 48:24 - 48:25
    uma nova forma de ser.
  • 48:26 - 48:27
    Uma nova fase de desenvolvimento.
  • 48:28 - 48:30
    Muitas gente acredita que é
  • 48:31 - 48:34
    muito impossível alcançar
    o objetivo
  • 48:34 - 48:36
    de conhecer o Eu.
  • 48:36 - 48:37
    E...
  • 48:38 - 48:41
    meu propósito enquanto professora—
  • 48:41 - 48:43
    devido à minha experiência
    de despertar—
  • 48:43 - 48:45
    é de deixar o processo
  • 48:45 - 48:48
    bastante prático e realista.
  • 48:48 - 48:52
    Eu amo mostrar às pessoas
    que todos são capazes.
  • 48:53 - 48:54
    Se nós...
  • 48:55 - 48:58
    acreditarmos e sentirmos
    que somos
  • 48:59 - 49:00
    um Eu temporário, finito e separado,
  • 49:01 - 49:04
    estaremos, quer saibamos disso
    ou não,
  • 49:04 - 49:06
    buscando paz e felicidade.
  • 49:07 - 49:10
    Ou seja, não é possível ser um
    Eu separado, ou
  • 49:10 - 49:13
    identificar-se com separação,
  • 49:13 - 49:15
    e não estar em busca da felicidade.
  • 49:15 - 49:18
    Portanto, o que é preciso nesse caso
  • 49:18 - 49:22
    é redirecionar a busca pela felicidade
  • 49:22 - 49:25
    em vez de buscá-la no conteúdo
    objetivo da experiência.
  • 49:26 - 49:28
    Buscar a felicidade dentro de si.
  • 49:28 - 49:32
    Portanto, a prática espiritual
    que é necessária,
  • 49:32 - 49:35
    é direcionar a atenção,
  • 49:35 - 49:39
    ou, para ser mais preciso,
    relaxar a atenção
  • 49:39 - 49:41
    em direção à sua fonte
  • 49:42 - 49:44
    consciência pura,
  • 49:44 - 49:46
    em vez de direcioná-la em direção
  • 49:46 - 49:49
    a objetos, substâncias, atividades,
    relacionamentos, etc.
  • 49:50 - 49:53
    Portanto, a prática espiritual
  • 49:53 - 49:54
    se é que pode ser chamada
    de prática,
  • 49:54 - 49:56
    seria
  • 49:56 - 49:58
    o relaxamento da atenção,
  • 49:58 - 50:01
    o acalmamento da atenção,
  • 50:02 - 50:04
    guiando-a ao centro da consciência.
  • 50:05 - 50:08
    repousando no ato de ser
    enquanto o próprio ser.
  • 50:09 - 50:10
    Amor.
  • 50:11 - 50:13
    Amor puro é meu
    Eu verdadeiro.
  • 50:13 - 50:15
    Minha verdadeira natureza.
  • 50:16 - 50:18
    Amor puro por tudo e todos.
  • 50:19 - 50:21
    Por cada aspecto da vida.
  • 50:22 - 50:25
    Até mesmo pelas coisas
    com as quais discordo.
  • 50:25 - 50:28
    Aqueles que reconhecem a natureza
    do seu ser
  • 50:28 - 50:29
    sabem que ela é
  • 50:31 - 50:32
    a fonte
  • 50:33 - 50:35
    da paz e felicidade
  • 50:35 - 50:36
    pelas quais anseia.
  • 50:37 - 50:40
    Portanto, o mundo já não é mais
  • 50:40 - 50:41
    o lugar
  • 50:41 - 50:44
    onde buscam felicidade,
  • 50:44 - 50:45
    realização.
  • 50:46 - 50:49
    Não quer dizer que elas não tenham
    mais desejos.
  • 50:50 - 50:52
    Mas os desejos não estão lá
    para preencher
  • 50:53 - 50:54
    algo que está faltando,
  • 50:54 - 50:56
    que é
  • 50:56 - 50:58
    característica do Eu separado.
  • 50:59 - 51:02
    Elas encontraram a fonte de felicidade
  • 51:02 - 51:04
    dentro de si mesmas.
  • 51:04 - 51:07
    E seus desejos vêm desse
    estado de felicidade;
  • 51:08 - 51:10
    Seus desejos não vão em
    direção à felicidade.
  • 51:10 - 51:13
    Por exemplo, no âmbito
    dos relacionamentos,
  • 51:13 - 51:15
    faz uma diferença enorme
    na forma em que nos relacionamos.
  • 51:15 - 51:18
    Deixamos de buscar alguém
  • 51:19 - 51:22
    para preencher nossas necessidades.
  • 51:23 - 51:25
    Buscamos alguém para compartilhar
  • 51:26 - 51:28
    a experiência de felicidade que já temos.
  • 51:28 - 51:32
    E isso alivia nossos companheiros do
    fardo doloroso
  • 51:32 - 51:34
    de prover
  • 51:34 - 51:36
    felicidade a um Eu
  • 51:37 - 51:40
    insatisfeito e voraz.
  • 51:40 - 51:42
    Nada ocorre na minha vida
  • 51:43 - 51:47
    que não me traga benefícios,
    ou que não me trará benefícios
  • 51:47 - 51:49
    no sentido de que
  • 51:49 - 51:52
    cada momento, cada atividade,
    cada resultado
  • 51:53 - 51:55
    me impulsiona
  • 51:55 - 51:58
    no processo de evolução da minha alma.
  • 51:58 - 52:01
    E é por isso que vim ao domínio físico.
  • 52:02 - 52:03
    Para evoluir.
  • 52:11 - 52:13
    Permaneça aberto.
  • 52:14 - 52:17
    Sinta sua vivacidade interior,
  • 52:17 - 52:20
    deixando a energia circular livremente.
  • 52:21 - 52:23
    Não tente fazer algo acontecer.
  • 52:26 - 52:29
    Quem está consciente dessa energia?
  • 52:29 - 52:32
    Dessa vivacidade interior?
  • 52:36 - 52:41
    Perceba a tendência da mente de
    controlar e manipular.
  • 52:41 - 52:43
    De se envolver.
  • 52:45 - 52:48
    Sem o uso de sua memória ou linguagem,
  • 52:49 - 52:50
    quem é você?
  • 52:52 - 52:55
    Além da mente e dos sentidos,
  • 52:56 - 52:57
    quem é você?
  • 52:58 - 53:00
    Quem está consciente?
  • 53:09 - 53:15
    MUDANDO O MUNDO
  • 53:18 - 53:21
    Muitos que ouvem essas ideias
    pela primeira vez
  • 53:21 - 53:25
    nunca nem ouviram falar da ideia do Eu.
  • 53:26 - 53:29
    Para mim, há dois grupos diferentes
    de pessoas.
  • 53:29 - 53:33
    Há aqueles que estão no caminho espiritual
    e conhecem a ideia.
  • 53:33 - 53:36
    Estão tentando alcançar o Eu,
    tentando ser o Eu.
  • 53:37 - 53:39
    Estão na busca, procurando.
  • 53:39 - 53:42
    E há pessoas que vêm vivendo suas vidas.
  • 53:43 - 53:45
    Nunca ouviram falar dessas ideias antes.
  • 53:45 - 53:47
    Nunca ouviram "Conhece-te a Ti Mesmo".
  • 53:47 - 53:49
    Muitos acham que "Conhece-te a Ti Mesmo"
  • 53:49 - 53:51
    significa "conhecer o corpo".
  • 53:52 - 53:52
    -Conheça-se!
  • 53:52 - 53:53
    -Seja você mesmo!
  • 53:53 - 53:54
    -Seja autêntico!
  • 53:54 - 53:57
    O verdadeiro significado
  • 53:57 - 54:00
    de Conhece-te a Ti Mesmo é
    saber quem você é.
  • 54:00 - 54:01
    Saber quem você é de verdade.
  • 54:01 - 54:04
    Conhecer de fato sua verdadeira natureza.
  • 54:04 - 54:07
    As palavras "Conhece-te a Ti Mesmo"
    foram esculpidas
  • 54:08 - 54:11
    na entrada do Templo de Apolo em Delfos,
  • 54:11 - 54:12
    e como tal,
  • 54:13 - 54:18
    representam um convite no início
    da civilização ocidental à humanidade.
  • 54:18 - 54:21
    Sugerindo que Conhece-te a Ti Mesmo
  • 54:21 - 54:23
    é a base
  • 54:23 - 54:25
    de toda civilização.
  • 54:26 - 54:27
    Por quê?
  • 54:27 - 54:32
    Porque nosso Eu fica no centro
    de toda a nossa experiência.
  • 54:32 - 54:34
    Seja o que for que estejamos
    vivenciando,
  • 54:35 - 54:37
    somos nós que
    estamos vivenciando.
  • 54:37 - 54:40
    O que quer que pensemos e sintamos,
  • 54:40 - 54:42
    nossos pensamentos e sentimentos
    surgem
  • 54:42 - 54:43
    em nome do nosso Eu.
  • 54:44 - 54:47
    Quaisquer que sejam as atividades
    e relacionamentos
  • 54:47 - 54:49
    nos quais nos envolvemos,
  • 54:49 - 54:54
    fazemos tudo isso em
    nome do nosso Eu.
  • 54:55 - 54:58
    Portanto, nosso Eu permanece no centro
  • 54:58 - 55:00
    da nossa experiência.
  • 55:00 - 55:02
    Logo, o que poderia ser mais valioso
  • 55:02 - 55:05
    do que compreender a natureza do nosso Eu?
  • 55:06 - 55:09
    E, seria possível
  • 55:09 - 55:12
    compreender a natureza de qualquer
    outra coisa
  • 55:12 - 55:17
    se não compreendermos primeiramente
    a natureza daquilo que compreende?
  • 55:17 - 55:20
    Acredito que o despertar
  • 55:21 - 55:23
    se trata de encerrar o pesadelo
  • 55:24 - 55:26
    e adentrar o sonho.
  • 55:27 - 55:29
    Com isso quero dizer que
  • 55:30 - 55:33
    finalmente abandonamos o pesadelo
  • 55:33 - 55:35
    do que nos foi dito a respeito da vida,
  • 55:35 - 55:38
    de Deus e de nós mesmos.
  • 55:39 - 55:42
    E adentramos o sonho de nossa
    noção mais grandiosa.
  • 55:42 - 55:44
    Costumo perguntar:
  • 55:44 - 55:46
    -Como você acha que sua vida seria
  • 55:47 - 55:51
    se se deparasse com a ideia mais elevada
    e grandiosa,
  • 55:51 - 55:55
    a ideia mais maravilhosa que já teve
    sobre Deus, sobre a vida
  • 55:55 - 55:57
    e sobre você mesmo?
  • 55:57 - 56:00
    O reconhecimento da nossa
    verdadeira natureza
  • 56:00 - 56:03
    não é só o reconhecimento
  • 56:03 - 56:08
    que leva nosso desejo por
    felicidade mundial ao fim.
  • 56:08 - 56:12
    É também o reconhecimento
    que nos permite
  • 56:12 - 56:16
    viver de forma consistente com
    o entendimento de que,
  • 56:16 - 56:18
    no nível mais profundo,
  • 56:18 - 56:20
    tudo e todos
  • 56:21 - 56:22
    são um.
  • 56:23 - 56:26
    Essa compreensão traria gentileza,
  • 56:26 - 56:28
    compaixão, justiça,
  • 56:28 - 56:31
    tolerância e compreensão
  • 56:31 - 56:33
    à nossa sociedade.
  • 56:34 - 56:36
    Nossa sociedade seria revolucionada
  • 56:36 - 56:38
    por essa compreensão.
  • 56:39 - 56:42
    Conforme a humanidade deixa para trás
    abordagens egoicas,
  • 56:43 - 56:46
    a ciência, a religião, a política
  • 56:46 - 56:50
    e a economia começam a refletir a
    sabedoria perene.
  • 56:51 - 56:53
    Sejam as tradições indígenas
  • 56:53 - 56:56
    que percebem o Grande Espírito
    em todas as coisas,
  • 56:57 - 57:00
    Os as tradições egípcias/keméticas
  • 57:00 - 57:03
    que descrevem a jornada evolucionária
  • 57:03 - 57:04
    do humilde escaravelho
  • 57:05 - 57:07
    à fonte suprema.
  • 57:07 - 57:09
    Ou quando ouvimos as palavras
  • 57:09 - 57:12
    dos místicos cristãos, hinduístas,
  • 57:12 - 57:15
    muçulmanos ou budistas.
  • 57:15 - 57:19
    Ou os ensinamentos de Platão e Plotino,
  • 57:19 - 57:22
    notamos que aqueles que compreenderam
    sua verdadeira natureza,
  • 57:23 - 57:26
    falam sobre agrupamentos
    de agentes conscientes.
  • 57:26 - 57:30
    É claro que usam a linguagem
    de sua cultura e época
  • 57:30 - 57:33
    ao expressar a verdade perene suprema.
  • 57:34 - 57:37
    A ciência está começando a perceber
  • 57:37 - 57:40
    não um mundo de partículas
    e campos inconscientes,
  • 57:41 - 57:42
    mas um universo feito
  • 57:42 - 57:44
    de agentes conscientes.
  • 57:46 - 57:49
    Algo de novo está surgindo
    no mundo da ciência.
  • 57:50 - 57:53
    Como disse Nikola Tesla:
  • 57:53 - 57:57
    "O dia em que a ciência começar a estudar
    os fenômenos não-físicos,
  • 57:58 - 58:01
    avançará mais em uma década
  • 58:01 - 58:05
    do que em todos os séculos passados."
  • 58:07 - 58:09
    Esse dia é hoje.
  • 58:16 - 58:19
    Toda vez que houve um avanço
    de precisão matemática
  • 58:19 - 58:20
    na ciência,
  • 58:20 - 58:22
    surgiram novas tecnologias
  • 58:23 - 58:25
    que parecem mágica
  • 58:25 - 58:27
    em comparação com o que
    tinhamos antes.
  • 58:27 - 58:30
    Portanto, sinto que essa teoria
    de agentes conscientes
  • 58:30 - 58:31
    além do espaço-tempo
  • 58:32 - 58:34
    vai fornecer-nos tecnologias
  • 58:34 - 58:36
    que serão surpreendentes.
  • 58:37 - 58:38
    Por exemplo,
  • 58:38 - 58:39
    hoje,
  • 58:40 - 58:42
    a maioria das galáxias que vemos—
  • 58:42 - 58:45
    acho que 97% delas—
  • 58:45 - 58:47
    jamais poderemos visitá-las.
  • 58:47 - 58:49
    Elas estão recuando
  • 58:49 - 58:50
    mais rápido que
    a velocidade da luz.
  • 58:51 - 58:53
    Elas não se movem no espaço
    mas rápido que a luz.
  • 58:53 - 58:55
    O espaço em si se expande
  • 58:55 - 58:56
    tão rapidamente que
  • 58:57 - 58:59
    a velocidade com que se afastam
    é maior que a da luz.
  • 58:59 - 59:02
    Portanto, jamais poderemos
    viajar pelo espaço
  • 59:02 - 59:04
    e alcançar 97% das galáxias que vemos.
  • 59:05 - 59:07
    Há todo esse espaço lá fora acenando
    para nós e dizendo:
  • 59:07 - 59:10
    "Olá, estamos aqui e vocês
    nunca poderão vir até nós!"
  • 59:10 - 59:12
    Isso se viajar pele espaço-tempo.
  • 59:12 - 59:14
    Mas e se percebêssemos que o espaço-tempo
  • 59:14 - 59:16
    é apenas os óculos de RV?
  • 59:16 - 59:18
    Apenas o formato do jogo.
  • 59:19 - 59:21
    E você não está preso dentro dos óculos.
  • 59:22 - 59:25
    É possível alterar o software
    que roda o jogo.
  • 59:27 - 59:29
    É como alguém que está jogando GTA.
  • 59:30 - 59:32
    Você é o mago do jogo.
  • 59:33 - 59:36
    Você sabe dirigir
    o carro pelas ruas
  • 59:36 - 59:37
    e consegue vencer todo mundo no jogo.
  • 59:38 - 59:41
    Mas suponha que você conhece o software
    que está por trás.
  • 59:41 - 59:43
    Você remove os óculos
  • 59:43 - 59:45
    e passa a manipular o programa.
  • 59:45 - 59:49
    Pois você tira a gasolina do tanque
    do mago.
  • 59:49 - 59:51
    Você estoura o pneu dele.
  • 59:51 - 59:52
    Você muda a geometria das ruas.
  • 59:52 - 59:54
    Você faz o que der na telha.
  • 59:54 - 59:57
    Portanto, quando entendemos
    nossos "óculos" do espaço-tempo,
  • 59:57 - 60:01
    não teremos que viajar para
    a Galáxia de Andrômeda
  • 60:01 - 60:04
    através do espaço-tempo, o que
    nos tomaria 2,4 milhões de anos.
  • 60:04 - 60:06
    Poderemos contornar o espaço-tempo.
  • 60:11 - 60:13
    Vejo o mundo ao meu redor
  • 60:13 - 60:15
    como adentrar
  • 60:16 - 60:18
    uma expressão e experiência
    mais silenciosas
  • 60:19 - 60:20
    do que significa ser humano
  • 60:21 - 60:24
    e do que significa ser um aspecto
    da divindade.
  • 60:24 - 60:28
    Mas não creio que nosso tempo
    seja ilimitado.
  • 60:28 - 60:30
    Tenho a impressão que
    o tempo
  • 60:30 - 60:32
    está acabando.
  • 60:32 - 60:34
    Que é agora ou nunca.
  • 60:34 - 60:36
    Creio que estamos no caminho certo.
  • 60:37 - 60:38
    Tenho a sensação de otimismo
  • 60:38 - 60:42
    de que—devido às oportunidades
  • 60:42 - 60:45
    que temos hoje para comunicar
  • 60:45 - 60:47
    ideias poderosas e importantes—
  • 60:48 - 60:51
    caminhos que não existiam mesmo
    há alguns anos
  • 60:52 - 60:53
    estão criando a possibilidade
  • 60:53 - 60:56
    de atingirmos aquele ponto
    de massa crítica;
  • 60:57 - 60:58
    de que atinjamos a massa crítica
  • 60:59 - 61:01
    antes que nosso tempo se esgote.
  • 61:02 - 61:06
    Mas estaríamos errados se achássemos
    que nosso tempo é ilimitado
  • 61:07 - 61:09
    neste planeta.
  • 61:09 - 61:11
    Quando cada indivíduo
  • 61:12 - 61:15
    se desassocia de seu personagem
    condicionado,
  • 61:16 - 61:19
    ele deixa de agir como uma
    entidade egoica.
  • 61:20 - 61:24
    E isso promove uma transformação
    no planeta;
  • 61:24 - 61:26
    produz uma nova Terra.
  • 61:26 - 61:29
    Mas a vida como a conhecemos hoje
    neste planeta,
  • 61:30 - 61:33
    acho que devemos fazer
    algumas mudanças repentinas,
  • 61:33 - 61:35
    dramáticas e radicais
  • 61:36 - 61:39
    se quisermos ver o amanhã
    com o qual sonhamos.
  • 61:39 - 61:43
    Seria possível esse entendimento
    se popularizar nesta geração?
  • 61:43 - 61:45
    Por que não? Claro!
  • 61:46 - 61:49
    O desafio atual é que nada
    está funcionando.
  • 61:51 - 61:54
    E chegou a hora de admitirmos que
    essa é a verdade.
  • 61:55 - 61:57
    Com certeza podemos fazer melhor que isso.
  • 61:58 - 61:59
    Com certeza.
  • 62:01 - 62:03
    Podemos expandir o entendimento
    de quem somos
  • 62:03 - 62:07
    e a expressão de nossa verdadeira
    natureza.
  • 62:08 - 62:09
    Temos que ficar atentos
  • 62:10 - 62:11
    ao nosso meio ambiente,
  • 62:11 - 62:14
    à política, à economia
  • 62:15 - 62:18
    e ao nosso processo spiritual
    neste planta.
  • 62:20 - 62:23
    Pois o problema no mundo hoje
    não é um problema político.
  • 62:24 - 62:26
    Não é um problema econômico.
  • 62:26 - 62:28
    Não é um problema social.
  • 62:30 - 62:32
    É um problema espiritual.
  • 62:34 - 62:35
    Tem a ver com o quão
  • 62:35 - 62:36
    comprometidos estamos
  • 62:36 - 62:40
    com as mais altas verdades espirituais.
  • 62:42 - 62:44
    Não se trata de filosofia New Age.
  • 62:46 - 62:47
    Essas ideias existem
  • 62:48 - 62:50
    há milhares de anos.
  • 62:55 - 62:58
    A sabedoria perene tem
    sido expressada através de
  • 62:58 - 63:01
    incontáveis tradições e culturas.
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    E assim como a consciência,
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    sempre esteve escondida à vista de todos.
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    No cristianismo,
  • 63:09 - 63:12
    o evangelho gnóstico de Tomé
  • 63:12 - 63:16
    contém referências diretas à nossa
    verdadeira natureza.
  • 63:16 - 63:19
    Os discípulos perguntaram a Jesus:
  • 63:19 - 63:21
    -Quando virá o Reino?
  • 63:22 - 63:25
    Jesus disse:
    -Não virá se ficarmos esperando por ele.
  • 63:26 - 63:30
    Não será como dizer
    "aqui está", ou "ali está".
  • 63:31 - 63:35
    Em vez disso, o Reino está
    espalhado pela Terra
  • 63:36 - 63:38
    e as pessoas não o veem.
  • 63:39 - 63:42
    O Reino não está aqui ou ali.
  • 63:43 - 63:45
    A consciência não está aqui ou ali.
  • 63:46 - 63:49
    Não está fixo no tempo e espaço.
  • 63:50 - 63:52
    Se estiver esperando que
    algo aconteça,
  • 63:53 - 63:58
    esperando por um evento externo,
    um estado, uma ascensão,
  • 63:58 - 64:00
    uma cura ou uma energia,
  • 64:00 - 64:04
    então a mente condicionada
    permanece em busca.
  • 64:04 - 64:07
    Permanece intermediando sua experiência
  • 64:07 - 64:08
    do agora.
  • 64:10 - 64:13
    No Budismo, diz-se que o samsara—
  • 64:13 - 64:16
    o mundo do sofrimento—e o nirvana,
  • 64:16 - 64:21
    o mundo da libertação,
    não são dois mundos separados.
  • 64:22 - 64:24
    Eles são exatamente o mesmo.
  • 64:25 - 64:27
    Não manipulamos ou mudamos as coisas
  • 64:27 - 64:31
    a fim de encontrar uma realidade mística.
  • 64:31 - 64:33
    Quando despertamos,
  • 64:33 - 64:36
    a perfeição do mundo se revela
  • 64:37 - 64:39
    diretamente como é.
  • 64:44 - 64:49
    É possível simplesmente estar aqui
    e agora, neste momento
  • 64:49 - 64:53
    sem a mediação da mente que busca?
  • 64:54 - 65:00
    É possível estar em paz com este momento
    assim como ele é?
  • 65:02 - 65:05
    Simplesmente ser.
Title:
O Despertar da Mente Parte 1, "Conhece-te a Ti Mesmo" (2023) - Filme Completo em HD
Description:

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Video Language:
English
Team:
Awaken the World
Project:
Awakening Mind Film Series
Duration:
01:07:15

Portuguese, Brazilian subtitles

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