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Combatendo a corrupção | Nikos Passas | TEDxAcademy

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    Sou advogado e criminologista.
  • 0:18 - 0:21
    Tenho estudado crime econômico
    e corrupção ao redor do mundo.
  • 0:22 - 0:25
    É pessoalmente doloroso
    examinar a Grécia,
  • 0:26 - 0:29
    mesmo estando fora por 35 anos.
  • 0:29 - 0:34
    Atualmente, o senso comum
    sobre a Crise da Grécia e sua dívida
  • 0:34 - 0:40
    é que elas ocorrem em razão da corrupção
    doméstica, da evasão de impostos
  • 0:41 - 0:45
    e da mentalidade dos gregos
    de não trabalhar muito
  • 0:45 - 0:49
    e de apenas cuidar de si mesmos.
  • 0:50 - 0:52
    Clientelismo,
  • 0:52 - 0:56
    portanto, não esperem
    que as coisas mudem em breve.
  • 0:57 - 1:01
    Bem, sim, existe corrupção na Grécia,
  • 1:01 - 1:03
    mas não só dentro da Grécia.
  • 1:03 - 1:06
    A forma como vejo essa história
    é bem diferente,
  • 1:06 - 1:11
    e há muitas outras coisas
    a serem examinadas.
  • 1:11 - 1:15
    Deve-se verificar
    como essa dívida foi gerada,
  • 1:15 - 1:17
    quem contribuiu para isso,
  • 1:17 - 1:20
    como foi escondida da opinião pública,
  • 1:22 - 1:25
    que tipo de soluções foram aplicadas
  • 1:25 - 1:27
    e o que contribuiu para isso,
  • 1:27 - 1:29
    se realmente existiram soluções.
  • 1:29 - 1:32
    A Grécia foi mesmo salva
  • 1:32 - 1:34
    ou alguém foi no seu lugar?
  • 1:36 - 1:39
    E conforme nos aprofundamos nisso,
  • 1:39 - 1:42
    algumas ideias vêm à mente,
    o que pode ser feito a respeito,
  • 1:42 - 1:44
    porque há esperança
  • 1:44 - 1:46
    e devemos buscar a mudança.
  • 1:46 - 1:51
    Ela é viável e devemos
    derrotar o derrotismo,
  • 1:51 - 1:55
    e vou mostrar a vocês por que e como.
  • 1:55 - 1:57
    Comecemos pela corrupção na Grécia.
  • 1:57 - 2:01
    Corrupção é o uso indevido de autoridade
    e poder, privados ou públicos,
  • 2:01 - 2:03
    para ganho pessoal.
  • 2:03 - 2:07
    Temos muitas práticas
    às quais as pessoas estão acostumadas:
  • 2:08 - 2:10
    "Fakellakia", pequenos envelopes
    que você dá para alguém
  • 2:10 - 2:12
    em troca de acelerar um pouco as coisas.
  • 2:12 - 2:16
    Subornar para obter tratamento
    em um hospital,
  • 2:16 - 2:19
    para obter despacho aduaneiro mais rápido.
  • 2:19 - 2:23
    Esse é o tipo de coisa
    que está disseminado
  • 2:23 - 2:26
    e normalizado a ponto
    de as pessoas fazerem
  • 2:26 - 2:29
    sem pensar que há algo
    de muito errado nisso,
  • 2:29 - 2:32
    sobretudo se o salário dos médicos
    ou de outras pessoas
  • 2:32 - 2:36
    não estão em um padrão de vida realista.
  • 2:36 - 2:40
    Temos outras formas
    de corrupção muito sérias:
  • 2:40 - 2:43
    propinas de companhias
    nacionais ou estrangeiras
  • 2:43 - 2:46
    subornando políticos locais,
  • 2:46 - 2:50
    controles oligárquicos sobre a indústria,
  • 2:50 - 2:55
    os esportes, a mídia,
    os financiamentos políticos, etc.
  • 2:55 - 2:58
    Temos sonegação de impostos,
  • 2:58 - 3:01
    temos privatizações problemáticas,
  • 3:01 - 3:03
    nós manipulamos até partidas de futebol.
  • 3:05 - 3:09
    Tão generalizado, mas também
    tão fácil de se descobrir.
  • 3:09 - 3:14
    O Lago Kopais foi drenado
    em meados dos anos 50,
  • 3:14 - 3:18
    e em 2010 ainda existia uma agência
  • 3:18 - 3:20
    com vários empregados,
  • 3:20 - 3:23
    contratando novos empregados
    todos os anos,
  • 3:23 - 3:26
    com um presidente que tinha
    um motorista fixo.
  • 3:28 - 3:31
    Isso foi em 2010, então, o quadro geral
  • 3:31 - 3:35
    é que temos um problema
    de quadro administrativo carregado,
  • 3:35 - 3:40
    clientelismo, ineficiência,
    excesso de regulamentações.
  • 3:40 - 3:43
    Os controles oligárquicos.
  • 3:43 - 3:47
    O que leva à disseminação
    da cultura da tolerância,
  • 3:47 - 3:52
    principalmente quando a corrupção resolve
    os problemas práticos do dia a dia.
  • 3:53 - 3:56
    Tudo isso leva à perda de receitas
  • 3:56 - 4:00
    e à quebra da confiança
    no governo e nas empresas.
  • 4:01 - 4:02
    Mas isso é suficiente?
  • 4:02 - 4:05
    Isso explica a crise?
  • 4:05 - 4:07
    Como verão, esse não é o caso.
  • 4:07 - 4:11
    Os gastadores gregos
    não estavam trabalhando mais,
  • 4:11 - 4:15
    na verdade estavam trabalhando menos
    do que os outros membros da Zona do Euro.
  • 4:15 - 4:19
    Havia apenas uma área onde esbanjávamos,
  • 4:19 - 4:21
    a militar.
  • 4:22 - 4:25
    Gastamos 40 bilhões de euros
  • 4:25 - 4:27
    entre 1995 e 2009,
  • 4:27 - 4:32
    entre outras coisas,
    comprando submarinos da Alemanha.
  • 4:32 - 4:34
    Bem, não precisávamos de submarinos,
  • 4:34 - 4:36
    a Grécia já estava debaixo d'água.
  • 4:37 - 4:39
    (Risos)
  • 4:39 - 4:43
    Vejam como o débito cresceu de 1981
  • 4:43 - 4:46
    até o estouro da bolha.
  • 4:47 - 4:50
    E isso não foi causado
    pelos bancos locais,
  • 4:50 - 4:53
    que tinham muitas dívidas no começo,
  • 4:53 - 4:55
    mas aos poucos, foram
    os bancos estrangeiros,
  • 4:55 - 4:59
    principalmente os bancos franceses
    e alemães, que entraram no jogo
  • 4:59 - 5:03
    e fizeram crescer a dívida
    impulsionando a oferta,
  • 5:03 - 5:08
    de meados dos anos 90 até 2010.
  • 5:08 - 5:13
    Assim, a Grécia não conseguiu cumprir
    os requisitos da Zona do Euro
  • 5:15 - 5:17
    e, portanto, tiveram que compensar,
  • 5:17 - 5:18
    tiveram que "maquiar" os números,
  • 5:18 - 5:24
    com o apoio de uma instituição
    financeira norte-americana
  • 5:24 - 5:28
    que aplicou regras
    que a Eurostat de fato aprovou.
  • 5:28 - 5:30
    Dentro da legalidade!
  • 5:30 - 5:35
    Essas são práticas que estão de acordo
    com o que determina a lei,
  • 5:35 - 5:39
    mas são piores que um crime,
    quando se olham as consequências.
  • 5:40 - 5:44
    Refiro-me às práticas legais,
    porém terríveis.
  • 5:44 - 5:49
    Então a crise foi reconhecida,
    recorremos ao FMI,
  • 5:49 - 5:53
    e vieram as instituições europeias
    ministrar sua cura,
  • 5:54 - 5:58
    mesmo o FMI sabendo
    muito bem desde o começo,
  • 5:58 - 6:01
    que a dívida da Grécia era insustentável.
  • 6:01 - 6:04
    Eles violaram suas próprias regras,
  • 6:04 - 6:08
    pois não podiam tomar parte
    em algo que é insustentável,
  • 6:08 - 6:10
    e aplicaram medidas austeras
  • 6:12 - 6:15
    que resultaram em desemprego massivo,
  • 6:15 - 6:17
    cortes em serviços públicos, saúde, etc.
  • 6:19 - 6:21
    O dinheiro deixou a Grécia,
  • 6:21 - 6:23
    não entrou nenhum
    investimento estrangeiro,
  • 6:23 - 6:25
    a pobreza e a desigualdade cresceram,
  • 6:25 - 6:29
    depressão, uso de drogas,
    suicídios, tudo aumentou.
  • 6:29 - 6:32
    Examinem apenas os fatos.
  • 6:32 - 6:34
    Estes são os gastos do governo,
  • 6:34 - 6:36
    como diminuem.
  • 6:36 - 6:40
    Este é o desemprego que sobe acima de 25%.
  • 6:41 - 6:46
    Principalmente entre quem tem
    menos de 25 anos, ultrapassa os 60%.
  • 6:47 - 6:52
    Todas as classes econômicas tiveram
    sua renda muito reduzida.
  • 6:52 - 6:55
    Os índices de pobreza dispararam.
  • 6:55 - 6:59
    Pessoas em situação de risco,
    especialmente crianças abaixo de 6 anos
  • 6:59 - 7:03
    e jovens abaixo de 18,
    estão em risco de pobreza.
  • 7:04 - 7:06
    Quarenta e nove por cento deles.
  • 7:06 - 7:09
    A desigualdade sobe,
  • 7:09 - 7:12
    os investimentos em saúde caem,
  • 7:12 - 7:14
    os índices de HIV aumentam,
  • 7:14 - 7:17
    assim como os de suicídios,
  • 7:17 - 7:19
    e olhem o que a economia faz:
  • 7:19 - 7:23
    cai 25%.
  • 7:24 - 7:26
    Quem ganha com isso?
  • 7:27 - 7:30
    Claro, as pessoas começam a procurar
    emprego na Austrália,
  • 7:30 - 7:33
    na Europa e nos Estados Unidos.
  • 7:33 - 7:36
    Mas quem de fato ganha com isso?
  • 7:36 - 7:39
    O euro, que salvamos por um tempo,
  • 7:39 - 7:42
    os bancos foram resgatados
  • 7:42 - 7:46
    e um estudo alemão apontou
    que o governo da Alemanha
  • 7:46 - 7:50
    foi beneficiado com a crise da Grécia
    em 100 bilhões de euros,
  • 7:50 - 7:54
    porque seus custos de empréstimos
    foram também muito reduzidos.
  • 7:54 - 7:58
    Então, se a Grécia falisse completamente,
  • 7:58 - 8:01
    a Alemanha perderia apenas 90 bilhões,
  • 8:01 - 8:06
    isso significa que ganhariam
    no mínimo 10 bilhões de euros.
  • 8:06 - 8:10
    Esse é o socorro da Grécia?
  • 8:10 - 8:11
    Sério?
  • 8:12 - 8:14
    E o ministro alemão disse:
  • 8:14 - 8:18
    "Alguns estados acreditam
    que não têm responsabilidade
  • 8:18 - 8:19
    e não têm nenhuma obrigação
  • 8:19 - 8:24
    de participar da resposta conjunta
    ao grande desafio atual".
  • 8:25 - 8:27
    Mas ele não se referia à crise da Grécia,
  • 8:27 - 8:30
    e sim à crise migratória;
  • 8:30 - 8:36
    sobre a qual as regras da UE
    ficaram um pouco mais flexíveis,
  • 8:36 - 8:39
    por causa das centenas
    de milhares de refugiados.
  • 8:39 - 8:43
    Porém não havia flexibilidade
    em aplicar as regras da UE
  • 8:43 - 8:47
    para os milhões de gregos
    que estavam sofrendo.
  • 8:47 - 8:49
    Então, peço que considerem que,
  • 8:49 - 8:52
    quando a lei produz resultados
  • 8:52 - 8:55
    que levam a tamanha miséria,
  • 8:56 - 8:59
    essas leis devem mudar.
  • 8:59 - 9:02
    Insistir em aplicar as mesmas regras,
  • 9:02 - 9:05
    os mesmos projetos, o mesmo andamento,
  • 9:05 - 9:09
    que na verdade levam a resultados
    opostos aos que foram definidos,
  • 9:09 - 9:13
    equivale a fundamentalismo regulatório.
  • 9:13 - 9:17
    O que não está entre os valores centrais
    do projeto europeu.
  • 9:20 - 9:24
    Então temos empréstimos tóxicos,
    medicina tóxica, mineração tóxica,
  • 9:24 - 9:27
    carros a diesel tóxicos,
    comentários tóxicos da mídia,
  • 9:27 - 9:30
    política e cultura empresarial tóxicas.
  • 9:31 - 9:34
    Precisamos de uma desintoxicação total.
  • 9:35 - 9:40
    Precisamos repensar,
    dentro e fora da Grécia.
  • 9:41 - 9:44
    Enquanto fazemos isso,
    precisamos olhar o contexto.
  • 9:45 - 9:47
    O que tem de errado com esse carro?
  • 9:47 - 9:50
    Muitas pessoas em um carro mal conservado.
  • 9:50 - 9:55
    Uma boa regulamentação de trânsito
    diz que não se pode fazer isso.
  • 9:55 - 9:59
    Não é seguro, não é bom para o carro,
    mas considerem isto:
  • 9:59 - 10:02
    essas pessoas vêm de um vilarejo
    onde não há emprego,
  • 10:02 - 10:03
    não há transporte público,
  • 10:03 - 10:07
    nenhuma outra forma
    de ir de casa para o trabalho
  • 10:07 - 10:09
    e de levar comida à mesa.
  • 10:09 - 10:12
    Não são multados,
  • 10:12 - 10:14
    o carro não é apreendido,
  • 10:14 - 10:17
    não porque o guarda de trânsito
    foi subornado,
  • 10:17 - 10:18
    mas porque ele entende.
  • 10:18 - 10:20
    Ele se compadece.
  • 10:20 - 10:24
    Da mesma forma, não se pode
    combater a corrupção de estômago vazio.
  • 10:26 - 10:31
    Não podem combatê-la quando os salários
    estão abaixo da realidade
  • 10:31 - 10:34
    e as pessoas estão buscando uma solução.
  • 10:34 - 10:37
    Vocês precisam priorizar,
  • 10:37 - 10:40
    precisam descobrir o que fazer
    primeiro, o que fazer depois,
  • 10:40 - 10:44
    e precisam começar a consertar
    a economia ao mesmo tempo.
  • 10:46 - 10:49
    A Grécia não está sozinha na tentativa
    de combater a corrupção,
  • 10:49 - 10:53
    mas por todo o mundo, temos falhado.
  • 10:54 - 10:57
    E há sinais disso em toda parte.
  • 10:57 - 10:59
    As pessoas perseguem adversários políticos
  • 10:59 - 11:03
    em vez de aplicarem
    a lei igualmente para todos.
  • 11:04 - 11:07
    Funcionários de alto escalão
    gozam de impunidade,
  • 11:07 - 11:11
    e perseguimos funcionários
    de médio e baixo escalão.
  • 11:12 - 11:16
    Todas as medidas que aplicamos
    são decepcionantes.
  • 11:16 - 11:19
    Temos mais burocracia,
    mais complexidade nas leis,
  • 11:20 - 11:24
    mais formalismo em vez de conteúdo
    e metas realistas.
  • 11:24 - 11:27
    Por que temos regras e processos em vigor
  • 11:27 - 11:30
    e ainda temos novos motivos,
  • 11:30 - 11:34
    oportunidades e incentivos
    para nos envolvermos em corrupção?
  • 11:34 - 11:37
    Essas são as instituições
    do Banco Mundial,
  • 11:37 - 11:41
    medidas governamentais para o mundo todo.
  • 11:41 - 11:44
    E a corrupção pode ser vista logo abaixo.
  • 11:45 - 11:51
    É como se estivéssemos olhando
    para o prontuário de um paciente,
  • 11:51 - 11:52
    e o paciente está morto.
  • 11:54 - 11:55
    Por quê?
  • 11:55 - 11:58
    Não há vontade política efetiva,
  • 11:58 - 12:01
    não há investigação das causas,
  • 12:01 - 12:04
    não há participação da sociedade em geral,
  • 12:04 - 12:08
    as soluções vêm da alta cúpula
    ou de fora do país.
  • 12:08 - 12:14
    Uma única abordagem, portanto,
    "soluções", legislação excessiva,
  • 12:14 - 12:17
    nenhuma abordagem estratégica,
  • 12:17 - 12:19
    o que faremos primeiro,
    o que faremos depois,
  • 12:19 - 12:22
    e quem fará o que em cada etapa.
  • 12:22 - 12:26
    Apenas fragmentamos
    a maneira de combater a corrupção
  • 12:26 - 12:30
    para múltiplas agências,
    elas atrapalham uma a outra,
  • 12:30 - 12:33
    e as instituições educacionais
    não fazem o suficiente
  • 12:33 - 12:37
    para promover a cultura de integridade
    e capacidade na sociedade,
  • 12:37 - 12:41
    para realmente ter as habilidades
    para fazer as coisas de forma diferente.
  • 12:41 - 12:45
    Portanto, apenas tapamos buracos,
    desperdiçamos recursos,
  • 12:45 - 12:47
    tudo que fazemos é insustentável,
  • 12:47 - 12:52
    e toda vez que tentamos alguma mudança,
    e tentamos em vários lugares,
  • 12:52 - 12:55
    perdemos o momento certo,
    a credibilidade e a legitimidade.
  • 12:56 - 13:01
    Aqui na Grécia, neste exato momento,
    temos a chance, a oportunidade,
  • 13:01 - 13:06
    de mostrar como fazer bem feito
    e de forma diferente.
  • 13:06 - 13:09
    Porém há desafios.
  • 13:09 - 13:10
    E há necessidades.
  • 13:10 - 13:14
    Na realidade, a Grécia está na UTI.
  • 13:14 - 13:17
    Pensar em soluções de longo prazo
    é na verdade, um luxo,
  • 13:17 - 13:21
    principalmente quando o governo
    está sendo microgerenciado.
  • 13:21 - 13:23
    Mas temos que enfrentar
    a crise humanitária.
  • 13:24 - 13:29
    Temos que ter um diagnóstico preciso
    do problema, um diagnóstico inclusivo,
  • 13:29 - 13:33
    isso significa que não apenas o governo,
    mas todos os partidos políticos,
  • 13:33 - 13:39
    o setor privado, a sociedade civil,
    a mídia, os acadêmicos
  • 13:39 - 13:41
    devem participar em encontrar o problema
  • 13:41 - 13:43
    e em formas de solucioná-lo.
  • 13:43 - 13:46
    Precisamos das melhores cabeças
    para tornar o país sadio.
  • 13:46 - 13:49
    Vocês não querem ser operados
    por um estudante,
  • 13:49 - 13:53
    mas por um médico
    já bem estabelecido, certo?
  • 13:53 - 13:55
    Precisamos de bons planos e defesas
  • 13:55 - 14:00
    diante do fundamentalismo
    regulatório vindo de fora
  • 14:00 - 14:05
    e a resistência que certamente
    teremos dentro da Grécia.
  • 14:06 - 14:10
    Embora tendo um mundo abundante,
  • 14:10 - 14:13
    a Grécia não pode desfrutá-lo,
    pois está fadada ao isolamento
  • 14:13 - 14:16
    e é acusada também pelos de fora.
  • 14:16 - 14:19
    Esse isolamento e vulnerabilidade
  • 14:19 - 14:25
    é bem retratada numa cena do filme
  • 14:25 - 14:30
    "Taksidi sta Cythera",
    "Viagem a Cythera", de Aggelopoulos.
  • 14:30 - 14:32
    Vamos dar uma olhada.
  • 14:32 - 14:37
    (Música de "Viagem a Cythera")
  • 14:38 - 14:41
    (Cena do filme)
  • 15:18 - 15:22
    (Aplausos)
  • 15:24 - 15:29
    Não abandonemos a Grécia
    e os desamparados no nevoeiro.
  • 15:29 - 15:31
    Podemos fazer melhor do que isso.
  • 15:31 - 15:33
    Os passos para criar
    o momento e a credibilidade
  • 15:33 - 15:35
    estão bem diante de vocês.
  • 15:35 - 15:38
    Precisamos de vontade política
    genuína da alta cúpula,
  • 15:38 - 15:41
    do governo e das agências do governo.
  • 15:41 - 15:43
    Precisamos, todos juntos,
  • 15:43 - 15:47
    pensar em prioridades e soluções,
  • 15:47 - 15:51
    como um paciente que vai
    para tratamento intensivo
  • 15:51 - 15:54
    precisa de ambulância,
    do motorista da ambulância,
  • 15:54 - 15:58
    dos enfermeiros, dos médicos,
    dos cirurgiões e anestesistas.
  • 15:58 - 16:04
    Todos temos diferentes funções
    para cuidar do paciente.
  • 16:04 - 16:08
    É uma ação coletiva.
  • 16:08 - 16:12
    Um desafio em como criamos
    concorrência, transparência
  • 16:12 - 16:17
    e alguma responsabilidade nesse lugar.
  • 16:17 - 16:19
    Alguns planos de longo prazo.
  • 16:19 - 16:23
    Pequenas vitórias que levam
    ao próximo passo
  • 16:23 - 16:27
    e aonde queremos estar em 5, 10, 20 anos.
  • 16:27 - 16:31
    Leis mais simples, instituições
    mais fortes e um governo aberto.
  • 16:31 - 16:34
    Já existem bons programas na Grécia,
  • 16:34 - 16:37
    como o "DIAVGEIA" e o "ELLAK"
  • 16:37 - 16:40
    e eu os convido a apoiá-los.
  • 16:40 - 16:43
    Ações coordenadas contra a corrupção
  • 16:43 - 16:47
    e órgãos de pesquisa
    para construir a capacidade
  • 16:47 - 16:49
    e a cultura da honestidade
    de que precisamos.
  • 16:49 - 16:51
    Precisamos de responsabilidade.
  • 16:51 - 16:55
    Aqueles que estão hoje no comando,
    precisam ser punidos,
  • 16:55 - 16:58
    mas temos que ver também o lado positivo:
  • 16:58 - 17:01
    onde estão os bons exemplos,
    como os que mencionei?
  • 17:01 - 17:05
    Precisamos criar ilhas de integridade.
  • 17:05 - 17:07
    Monitorar o que fazemos,
  • 17:07 - 17:10
    mudar as estratégias enquanto avançamos,
  • 17:10 - 17:14
    e sim, uma coisa que não se pode
    tirar da Grécia, é a esperança.
  • 17:14 - 17:15
    Há esperança.
  • 17:15 - 17:20
    Em muitos países existem
    respostas e soluções práticas.
  • 17:20 - 17:24
    As ilhas de integridade que encontramos
    da Romênia até a Colômbia,
  • 17:24 - 17:26
    da Indonésia até as Filipinas,
  • 17:26 - 17:29
    da Nigéria até a Venezuela.
  • 17:29 - 17:34
    Então juntos podemos ir
    da total catástrofe
  • 17:34 - 17:37
    para o renascimento do espírito grego.
  • 17:37 - 17:40
    Precisamos de solidariedade,
    reformas sustentáveis,
  • 17:40 - 17:42
    confiança no governo e nos negócios,
  • 17:42 - 17:44
    crescimento econômico e boa administração.
  • 17:44 - 17:47
    Eunômia é a palavra.
  • 17:47 - 17:49
    Eunômia é uma palavra grega.
  • 17:49 - 17:52
    Vamos praticá-la
    no seu local de nascimento.
  • 17:52 - 17:53
    Obrigado.
  • 17:53 - 17:56
    (Aplausos)
Title:
Combatendo a corrupção | Nikos Passas | TEDxAcademy
Description:

Nikos Passas fala sobre combater a corrupção no evento TEDxAcademy de 2015 em Atenas, Grécia.

Nikos Passas é professor de Criminologia e Justiça Criminal na Universidade de Northeastern, editor-chefe do jornal internacional "Crime, Law and Social Change" e Professor Honorável Convidado da Faculdade de Direito da Universidade de Queensland.
Publicou mais de 160 artigos, capítulos de livros, estudos e livros em 13 idiomas. Foi presidente da American Society of Criminology International Division e é representante da ASC na ONU. Também fez parte do Quadro de Diretores da International Society of Criminology.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:06

Portuguese, Brazilian subtitles

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