Um robô que come poluição
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0:01 - 0:04Olá, eu sou engenheiro
e faço robôs. -
0:04 - 0:08Obviamente, todos vocês sabem
o que é um robô, não sabem? -
0:08 - 0:10Caso contrário, provavelmente
iriam ao Google, -
0:10 - 0:12perguntar o que é um robô.
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0:12 - 0:14Então, vamos lá fazer isso.
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0:14 - 0:16Vamos ao Google e obtemos isto.
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0:17 - 0:20Vemos aqui que há
muitos tipos diferentes de robôs, -
0:20 - 0:23mas têm, predominantemente,
uma estrutura humanoide. -
0:23 - 0:26E parecem bastante convencionais
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0:26 - 0:28porque têm plástico, têm metal,
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0:28 - 0:30têm motores e mecanismos, etc.
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0:30 - 0:32Alguns têm um aspeto simpático,
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0:32 - 0:34podíamos chegar ao pé deles
e abraçá-los. -
0:34 - 0:35Outros não são tão simpáticos,
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0:35 - 0:37parecem saídos
do "Exterminador Implacável", -
0:37 - 0:40talvez tenham saído mesmo de lá.
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0:40 - 0:43Podemos fazer muitas coisas fixes
com estes robôs, -
0:43 - 0:45Podemos fazer coisas sensacionais.
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0:45 - 0:48Mas eu queria olhar
para tipos diferentes de robôs, -
0:48 - 0:50quero fazer tipos diferentes de robôs.
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0:50 - 0:53Vou buscar inspiração em coisas
que não se parecem connosco, -
0:53 - 0:55mas são parecidas com estes.
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0:55 - 0:57Estes são organismos biológicos naturais
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0:57 - 1:00e fazem coisas mesmo fixes
que nós não conseguimos fazer -
1:00 - 1:03e que os robôs atuais também não fazem.
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1:03 - 1:05Fazem todo o tipo de coisas ótimas,
como mover-se no chão, -
1:06 - 1:08entram nos jardins e comem as plantações,
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1:08 - 1:09sobem às árvores,
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1:09 - 1:11entram e saem da água,
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1:12 - 1:14apanham insetos e digerem-nos.
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1:14 - 1:16Fazem coisas muito interessantes.
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1:16 - 1:19Vivem, respiram, morrem,
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1:19 - 1:21comem coisas do ambiente.
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1:21 - 1:24Os nossos robôs atuais não fazem isso.
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1:24 - 1:25Não seria fantástico
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1:25 - 1:29se pudéssemos usar algumas destas
características nos futuros robôs -
1:29 - 1:31para podermos resolver
problemas interessantes? -
1:31 - 1:34Vou olhar para problemas
existentes hoje no ambiente -
1:34 - 1:37em que podemos usar
as capacidades e as tecnologias -
1:37 - 1:41derivadas destes animais
e das plantas. -
1:41 - 1:43Podemos usá-las para
resolver esses problemas. -
1:43 - 1:46Vamos olhar
para dois problemas ambientais. -
1:46 - 1:48São ambos provocados por nós.
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1:48 - 1:50Isto é o homem a interagir com o ambiente
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1:50 - 1:53e a fazer coisas bastante prejudiciais.
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1:53 - 1:56A primeira tem a ver
com a pressão da população. -
1:56 - 1:59A pressão é tanta por todo o mundo
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1:59 - 2:03que a agricultura e a produção agrícola
são cada vez mais necessárias. -
2:03 - 2:04Mas, para isso,
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2:04 - 2:07os agricultores usam cada vez
mais químicos na terra. -
2:07 - 2:10Usam fertilizantes, nitratos, pesticidas,
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2:10 - 2:13todo o tipo de coisas que encorajam
o crescimento das culturas. -
2:13 - 2:15Mas têm impactos negativos.
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2:16 - 2:19Um deles é que, se pusermos
muitos fertilizantes na terra, -
2:19 - 2:21nem tudo vai para as culturas.
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2:21 - 2:24Grande parte deles fica no solo,
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2:24 - 2:26e depois, quando chove,
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2:26 - 2:28esses químicos passam
para o lençol freático. -
2:28 - 2:30Depois, do lençol freático,
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2:30 - 2:34vão para riachos, para lagos,
para rios e para o mar. -
2:34 - 2:37Se pusermos todos esses químicos,
esses nitratos, -
2:37 - 2:39nesse tipo de ambientes,
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2:39 - 2:42os organismos nesses ambientes
serão afetados por isso, -
2:42 - 2:44como por exemplo, as algas.
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2:44 - 2:47As algas adoram nitratos e fertilizantes,
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2:47 - 2:49portanto, vão absorver esses químicos,
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2:49 - 2:52e com as condições certas,
reproduzem-se em massa. -
2:52 - 2:54Vão produzir montes e montes
de novas algas. -
2:54 - 2:56A isso chama-se proliferação.
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2:56 - 2:59O problema é que, quando as algas
se reproduzem assim, -
2:59 - 3:01esgotam o oxigénio da água.
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3:01 - 3:03Quando isso acontece,
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3:03 - 3:06os outros organismos na água
não conseguem sobreviver. -
3:06 - 3:08Então, o que fazemos?
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3:08 - 3:12Tentamos produzir um robô
que coma essas algas, -
3:12 - 3:14que as consuma
e torne o ambiente seguro. -
3:15 - 3:16Este é o primeiro problema.
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3:16 - 3:19O segundo problema
também é da nossa autoria, -
3:19 - 3:21e tem a ver com a poluição de petróleo.
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3:21 - 3:25O petróleo sai dos motores que usamos,
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3:25 - 3:26dos barcos que usamos.
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3:26 - 3:29Às vezes, os petroleiros
descarregam os tanques para o mar, -
3:29 - 3:32e, assim, o petróleo é libertado no mar.
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3:32 - 3:34Não seria bom
se conseguíssemos tratar disso -
3:34 - 3:36usando robôs que pudessem comer
-
3:36 - 3:39a poluição produzida
pelos campos petrolíferos? -
3:39 - 3:41É isso que fazemos.
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3:41 - 3:44Fazemos robôs que comem a poluição.
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3:44 - 3:45Para fazer esses robôs
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3:45 - 3:48inspiramo-nos em dois organismos.
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3:48 - 3:50À direita, vemos o tubarão-elefante.
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3:51 - 3:53O tubarão-elefante é um tubarão maciço.
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3:53 - 3:56Não é carnívoro,
por isso podemos nadar com ele, -
3:56 - 3:57como estão a ver.
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3:57 - 3:59O tubarão-elefante abre a boca
-
3:59 - 4:02e avança, apanhando o plâncton.
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4:03 - 4:05À medida que faz isso,
vai digerindo a comida -
4:05 - 4:09e usa essa energia no corpo
para se movimentar. -
4:09 - 4:11Poderemos fazer um robô assim,
-
4:11 - 4:14como o tubarão-elefante,
que avance água fora -
4:14 - 4:16a comer a poluição?
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4:16 - 4:19Vamos ver se podemos fazê-lo.
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4:18 - 4:21Mas também nos inspiramos
noutros organismos. -
4:21 - 4:23Tenho aqui uma foto
de um inseto aquático -
4:23 - 4:25que é muito engraçado.
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4:25 - 4:26Quando nada na água,
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4:27 - 4:29usa as pernas como remos
para avançar. -
4:30 - 4:32Agarramos nestes dois organismos
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4:32 - 4:35e combinamo-los
para fazer um novo tipo de robô. -
4:35 - 4:38Como estamos a usar o inseto aquático,
como inspiração, -
4:39 - 4:41e o nosso robô anda à superfície da água
-
4:41 - 4:43e rema,
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4:43 - 4:45chamamos-lhe "Robô-remo".
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4:45 - 4:49O Robô-remo é um robô que rema.
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4:49 - 4:51Ok. Qual é o aspeto que ele tem?
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4:51 - 4:53Estas são fotos do Robô-remo.
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4:53 - 4:57Como vemos, não se parece nada
com os robôs que vimos no início. -
4:57 - 5:00O Google está errado,
os robôs não têm aquele aspeto, -
5:00 - 5:01têm este aspeto.
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5:01 - 5:03Temos aqui o Robô-remo.
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5:03 - 5:05Vou segurar nele para o verem,
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5:05 - 5:06Dá-vos a sensação da escala,
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5:06 - 5:08e não se parece nada
com os outros. -
5:08 - 5:10É feito de plástico
-
5:10 - 5:12e vamos ver quais são os componentes
-
5:12 - 5:15que constituem o Robô-remo,
e que o tornam especial. -
5:16 - 5:19O Robô-remo é formado por três partes.
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5:19 - 5:22Essas três partes são como as partes
de qualquer organismo. -
5:22 - 5:24Tem um cérebro,
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5:24 - 5:25tem um corpo
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5:25 - 5:27e tem um estômago.
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5:27 - 5:30Precisa do estômago para criar a energia.
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5:30 - 5:33Qualquer Robô-remo
terá estes três componentes, -
5:32 - 5:34e qualquer organismo
terá estes três componentes. -
5:34 - 5:36Vamos observá-los um de cada vez.
-
5:37 - 5:39Tem um corpo feito de plástico.
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5:39 - 5:42Instala-se na água.
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5:42 - 5:45Tem barbatanas aqui deste lado,
-
5:45 - 5:46remos que o ajudam a mover-se,
-
5:46 - 5:48tal como o inseto aquático.
-
5:48 - 5:50Tem um corpo de plástico,
-
5:50 - 5:52mas tem aqui uma boca
de borracha macia, -
5:52 - 5:54e outra boca aqui
— tem duas bocas. -
5:54 - 5:56Porque é que tem duas bocas?
-
5:56 - 5:58Uma é para a comida entrar,
-
5:58 - 6:00e a outra para a comida sair.
-
6:00 - 6:03Vemos que tem uma boca e um traseiro,
-
6:03 - 6:04ou seja...
-
6:05 - 6:06por onde saem as coisas,
-
6:07 - 6:09tal como num organismo real.
-
6:09 - 6:12Está a ficar parecido
com o tubarão-elefante. -
6:12 - 6:13Isto é o corpo.
-
6:13 - 6:16O segundo componente é o estômago.
-
6:16 - 6:20Precisamos de meter energia no robô
e de tratar a poluição, -
6:20 - 6:22por isso a poluição entra
-
6:22 - 6:24e passa-se qualquer coisa.
-
6:24 - 6:27Aqui no meio há uma pilha,
uma pilha de combustível microbiano. -
6:27 - 6:30Vou pôr isto no chão
e retirar a pilha de combustível. -
6:30 - 6:32Em vez de ter baterias,
-
6:32 - 6:34ou seja, um sistema
de energia convencional, -
6:34 - 6:36tem uma coisa destas.
-
6:36 - 6:38Isto é o estômago,
um verdadeiro estômago, -
6:38 - 6:42porque metemos energia deste lado
sob a forma de poluição -
6:42 - 6:43e ele cria eletricidade.
-
6:43 - 6:44O que é isto?
-
6:44 - 6:46É uma pilha de combustível microbiano.
-
6:46 - 6:48É como uma pilha de combustível químico
-
6:48 - 6:51que talvez tenham visto
na escola ou na TV. -
6:51 - 6:54As pilhas de combustível químico
consomem hidrogénio e oxigénio -
6:54 - 6:57e combinam-nos aos dois
gerando eletricidade. -
6:57 - 7:01É uma tecnologia assente,
foi usada nas missões espaciais Apollo, -
7:01 - 7:02há 40 ou 50 anos.
-
7:02 - 7:05Isto é um pouco mais recente,
uma pilha de combustível microbiano. -
7:05 - 7:07O princípio é o mesmo:
-
7:07 - 7:08Recebe oxigénio de um lado
-
7:08 - 7:10mas, em vez do hidrogénio, do outro lado,
-
7:10 - 7:12recebe uma espécie de sopa.
-
7:12 - 7:14Dentro dessa sopa
há micróbios vivos. -
7:14 - 7:17Se pegarmos em materiais orgânicas
-
7:17 - 7:19— desperdícios, alimentos,
-
7:19 - 7:21um pedaço duma sanduíche —
-
7:21 - 7:24pomo-los aqui, os micróbios
vão comer essa comida -
7:24 - 7:26e transformam-na em eletricidade.
-
7:26 - 7:30Se escolhermos os micróbios certos,
-
7:30 - 7:33podemos usar a pilha
de combustível microbiano -
7:33 - 7:34para tratar parte da poluição.
-
7:34 - 7:36Se escolhermos os micróbios certos,
-
7:36 - 7:39os micróbios vão comer algas.
-
7:39 - 7:41Se usarmos outro tipo de micróbios,
-
7:41 - 7:45eles vão comer produtos do petróleo.
-
7:45 - 7:48Podemos usar este estômago
-
7:48 - 7:52não só para tratar a poluição
-
7:51 - 7:55mas para gerar eletricidade
a partir da poluição. -
7:54 - 7:57O robô move-se pelo meio ambiente
-
7:57 - 7:59metendo comida no estômago,
-
7:59 - 8:02digere a comida, cria eletricidade,
-
8:02 - 8:04usa essa eletricidade
para se mover no meio ambiente -
8:04 - 8:06e continua a fazer o mesmo.
-
8:06 - 8:10Vejamos o que acontece
quando pomos o Robô-remo a funcionar. -
8:11 - 8:12Temos aqui uns vídeos.
-
8:12 - 8:16A primeira coisa que vemos
é a boca a abrir-se. -
8:16 - 8:19Abre-se a boca da frente
e a boca de trás -
8:19 - 8:21que vão ficar abertas
-
8:21 - 8:23e o robô vai começar a avançar.
-
8:23 - 8:25Move-se pela água fora
-
8:25 - 8:27para a comida entrar
e os desperdícios saírem. -
8:27 - 8:31Depois de se mover o suficiente,
para e fecha a boca -
8:32 - 8:34— fecha as bocas, lentamente —
-
8:34 - 8:37e fica ali parado, a digerir a comida.
-
8:38 - 8:41Estas pilhas de combustível microbiano,
-
8:41 - 8:42contêm micróbios.
-
8:42 - 8:44Queremos muita energia
-
8:44 - 8:46a sair daqueles micróbios,
tão depressa quanto possível. -
8:47 - 8:48Mas não podemos forçar os micróbios
-
8:48 - 8:51e eles geram
pouca eletricidade por segundo. -
8:51 - 8:54Geram miliwatts ou microwatts,
-
8:54 - 8:56Para poderem comparar,
-
8:56 - 8:58o vosso telemóvel, por exemplo
-
8:58 - 8:59— um destes modernos —
-
8:59 - 9:02consome cerca de um watt
quando é usado. -
9:02 - 9:05Usa mil ou um milhão de vezes
mais energia, quando é usado, -
9:05 - 9:08em comparação com a pilha
de combustível microbiano. -
9:08 - 9:10Como podemos resolver isto?
-
9:10 - 9:12Quando o Robô-remo acaba a digestão
-
9:12 - 9:14depois de ingerir a comida,
-
9:14 - 9:17fica ali parado e espera,
até ter consumido a comida toda. -
9:18 - 9:21Isso pode levar horas,
pode levar dias. -
9:21 - 9:24Um ciclo normal do Robô-remo
é assim: -
9:25 - 9:26abre a boca,
-
9:26 - 9:27move-se.
-
9:27 - 9:28fecha a boca,
-
9:28 - 9:30fica parado um tempo,
à espera. -
9:30 - 9:32Depois de digerir a comida,
-
9:32 - 9:34pode voltar a fazer a mesma coisa.
-
9:35 - 9:37Parece mesmo um organismo a sério, não é?
-
9:37 - 9:39Parece fazer as coisas que nós fazemos.
-
9:39 - 9:41Sábado à noite,
saímos, abrimos a boca, -
9:41 - 9:43enchemos o estômago,
-
9:43 - 9:46sentamo-nos em frente da TV
e digerimos. -
9:46 - 9:48Quando acabamos,
voltamos a fazer o mesmo. -
9:49 - 9:51Se tivermos sorte com este ciclo,
-
9:51 - 9:55no fim do ciclo,
teremos energia de sobra -
9:55 - 9:57para podermos fazer outra coisa qualquer.
-
9:57 - 9:59Podemos enviar uma mensagem,
por exemplo, -
9:59 - 10:01uma mensagem, a dizer:
-
10:01 - 10:03"Isto foi a poluição
que comi recentemente" -
10:03 - 10:05ou "Isto é o tipo de coisas
que encontrei" -
10:05 - 10:07ou "É aqui que eu estou",
-
10:08 - 10:11Esta capacidade de enviar uma mensagem
a dizer: "É aqui que eu estou", -
10:11 - 10:13é muito importante.
-
10:13 - 10:16Se pensarmos nas manchas de óleo
que vimos há bocado, -
10:16 - 10:17ou naquela proliferação de algas,
-
10:17 - 10:20queremos pôr ali o Robô-remo
-
10:20 - 10:22para ele comer aquela poluição toda.
-
10:22 - 10:24Depois temos que ir buscá-lo.
-
10:24 - 10:25Porquê?
-
10:25 - 10:28Porque estes Robôs-remo,
como o que tenho aqui, -
10:29 - 10:30contêm motores, contêm fios,
-
10:30 - 10:34contêm componentes
que não são biodegradáveis. -
10:34 - 10:36Os Robôs-remo atuais
contêm coisa como pilhas tóxicas. -
10:37 - 10:38Não podemos deixá-los no ambiente,
-
10:39 - 10:40precisamos de saber onde estão.
-
10:40 - 10:42Depois de acabarem
de fazer o seu trabalho, -
10:43 - 10:44precisamos de ir buscá-los.
-
10:44 - 10:46Isso limita o número
de robôs que podemos usar. -
10:46 - 10:48Se, por outro lado,
-
10:48 - 10:50tivermos robôs mais parecidos
com um organismo biológico, -
10:50 - 10:53quando eles chegarem ao fim da sua vida,
-
10:53 - 10:55morrem e degradam-se.
-
10:55 - 10:57Não seria bom, se estes robôs,
-
10:57 - 11:00em vez de serem assim,
feitos de plástico, -
11:00 - 11:01fossem feitos de outros materiais
-
11:01 - 11:04que, quando os largássemos por aí,
se biodegradassem? -
11:04 - 11:07Isso muda a forma como usamos robôs.
-
11:07 - 11:10Em vez de colocar 10 ou 100
no meio ambiente, -
11:10 - 11:11termos que seguir os seus passos.
-
11:11 - 11:14e depois, quando eles morrerem,
termos de ir buscá-los, -
11:14 - 11:16podíamos colocar mil,
-
11:16 - 11:18um milhão, mil milhões
de robôs no ambiente. -
11:19 - 11:20Espalhá-los por toda a parte,
-
11:20 - 11:24sabendo que, no fim da sua vida,
iriam degradar-se. -
11:24 - 11:25Não precisávamos de nos preocupar.
-
11:26 - 11:28Isso muda a forma
como pensamos nos robôs -
11:28 - 11:30e a forma como os usamos.
-
11:30 - 11:32A questão é esta:
Poderemos fazer isso? -
11:32 - 11:34Sim, já mostrámos
que podemos fazer isso. -
11:34 - 11:36Podemos fazer robôs
que são biodegradáveis. -
11:36 - 11:39O que é interessante
é que podemos usar materiais caseiros -
11:39 - 11:41para fazer esses robôs biodegradáveis.
-
11:41 - 11:43Vou mostrar alguns,
podem ficar admirados, -
11:43 - 11:46Podemos fazer um robô
a partir de gelatina. -
11:46 - 11:49Em vez de ter um motor,
como o que têm neste momento, -
11:49 - 11:51podemos fazer coisas
com músculos artificiais. -
11:51 - 11:54Os músculos artificiais
são materiais inteligentes, -
11:54 - 11:55aplicamos-lhes eletricidade,
-
11:56 - 11:58e eles contraem-se ou distendem-se.
-
11:58 - 11:59Parecem músculos reais.
-
12:00 - 12:02Em vez de termos um motor,
temos estes músculos artificiais. -
12:02 - 12:05Podemos fazer músculos artificiais
com gelatina. -
12:05 - 12:09Com gelatina e sais,
e um pouco de prestidigitação -
12:09 - 12:11podemos fazer um músculo artificial.
-
12:11 - 12:13Também mostrámos
que podemos fazer o estômago -
12:13 - 12:15da pilha de combustível microbiano
-
12:15 - 12:16a partir do papel.
-
12:16 - 12:19Podemos fazer todo o robô
com materiais biodegradáveis. -
12:19 - 12:23Lançamo-los por aí e eles degradam-se.
-
12:24 - 12:25Isto é mesmo espetacular.
-
12:26 - 12:29Vai mudar completamente
a forma como pensamos em robôs -
12:29 - 12:31mas também nos vai permitir
sermos criativos -
12:31 - 12:34na forma de pensar
no que podemos fazer com estes robôs. -
12:34 - 12:36Vou dar um exemplo.
-
12:36 - 12:38Se podemos usar gelatina
para fazer um robô -
12:38 - 12:40— nós comemos gelatina, não é? —
-
12:40 - 12:43porque não fazer uma coisa destas?
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12:43 - 12:45Um urso-goma robô.
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12:45 - 12:48Tenho aqui alguns já preparados.
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12:48 - 12:50Tenho um pacote inteiro
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12:51 - 12:53— tenho aqui um com sabor a limão.
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12:54 - 12:58Vou agarrar neste urso-goma
— não é robótico, temos que fingir. -
12:58 - 13:01Quando temos um destes,
pomo-lo na boca -
13:01 - 13:02— o de limão é mesmo bom.
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13:03 - 13:06Tentem não o mastigar muito.
É um robô, pode não gostar. -
13:07 - 13:09Depois, engolimo-lo.
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13:09 - 13:11Ele vai parar ao nosso estômago.
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13:11 - 13:15Quando está no estômago,
move-se, pensa, retorce-se, dobra-se, -
13:15 - 13:16faz qualquer coisa.
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13:16 - 13:18Pode avançar até aos intestinos,
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13:18 - 13:20descobrir se temos
uma úlcera ou um cancro, -
13:20 - 13:23talvez dar uma injeção,
ou qualquer coisa assim. -
13:23 - 13:25Sabemos que, depois
de fazer o seu trabalho, -
13:25 - 13:28pode ser consumido pelo estômago,
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13:28 - 13:29ou, se não quisermos,
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13:29 - 13:32pode ser expelido para a sanita
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13:32 - 13:34e degradar-se, de forma segura,
no ambiente. -
13:35 - 13:38Isto muda a forma
como pensamos nos robôs. -
13:40 - 13:43Começámos por observar
robôs que comem a poluição, -
13:43 - 13:46e estamos a observar
robôs que nós podemos comer. -
13:46 - 13:48Espero que isto vos dê uma ideia
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13:48 - 13:50do tipo de coisas
que podemos fazer com robôs futuros. -
13:52 - 13:54Muito obrigado pela vossa atenção.
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13:54 - 13:57(Aplausos)
- Title:
- Um robô que come poluição
- Speaker:
- Jonathan Rossiter
- Description:
-
Conheçam o "Robô-remo", um robô que limpa a poluição e gera a eletricidade necessária para funcionar, engolindo água poluída. O roboticista Jonathan Rossiter explica como esta máquina nadadora especial, que usa uma pilha de combustível microbiano para neutralizar proliferações de algas e manchas de petróleo, poderá ser precursora de robôs de combate à poluição, autónomos e biodegradáveis.
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:10
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Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for A robot that eats pollution | |
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