Richard Tuttle: Permanecendo Contemporâneo | ART21 "Exclusiva"

Episódio 237: Richard Tuttle reflete sobre sua careiras de mais muitas décadas, e os fios conceituais, temáticos e estilísticos que podem ser traçados consistentemente em sua exposição 26 na galeria de Nova Iorque. Turrle foi entrevistado an Galeria Pace, onde justamente sua instalação "26" trouxe um registro desses shows solo, expondo coletivamente uma intimidade profunda no pós-minimalismo.

"Estou muito comprometido com a ideia de fazer uma arte que permanece contemporânea", diz Tuttle. O artista continua ao descrever seus interese em criar obras que fundem "os tipos de coisas que só acontecem uma vez e os tipos de coisas que acontecem sempre." Tuttle também compartilha conselhos para jovens artistas e reflete sobre o valor da arte: "A importância da arte vem quando ela é uma ferramenta para a vida, quando ela faz a vida ser mais disponível para nós."

Mesmo quando considera suas obras em três dimensões, Richard Tuttle geralmente refere-se a sua arte como um desenho ao invés de uma escultura–a distinção enfatiza a escala diminutiva e a natureza baseada em ideias de seu trabalho. Influenciado pela caligrafia, arquitetara e poesia, ele subverte as convenções da prática escultural modernista ao criar objetos pequenos e excentricamente divertidos em materiais humildes e frágeis.

Aprenda mais sobre o artista em:
http://www.art21.org/artists/richard-tuttle

(musica etérea)

(arte21 - Exclusiva)

(Richard Tuttle:
Permanecendo Contemporâneo)

(música continua)

O show se chama "26"

porque eu conscientemente criei
uma coluna vertebral

das minhas exposições em Nova Iorque.

(música continua)

Nós temos uma referência--

uma referência arquivada--

para o desenvolvimento de um artista.

(música continua)

Dito isto, eu também estou
muito comprometido

com a ideia de fazer uma arte

que permanece contemporânea.

(música continua)

A obra em si é uma combinação

das coisas que só acontecem uma vez...

e das coisas que acontecem sempre.

(música continua)

Como essa peça aqui na parede

é uma peça que é para estar terminada

à tempo da exposição.

Mas, na verdade, é composta de
um elemento de papel

que foi feito antes.

(música continua)

Mas a parte da pintura na parede

tem que ser feita posteriormente.

(música continua)

Ela captura o tipo de experiência

que não pode ser repetida.

Na época, a ideia comum de
alcançar a arte

era encontrar a sua imagem.

(música ambiente)

feita de novo e de novo,

usada e usada e usada até estar gasta.

Era tanto sobre chegar
até o fim das coisas.

Eu tinha 22.

Eu estava interessado
no começar das coisas.

(música ambiente)

De um lado, eu adoro materiais,

do outro, eu não estou
interessado em materiais

Como alguém pode amar materiais

o tanto que eu gosto

e estar absolutamente
desinteressado em materiais?

E as pessoas falam sobre:

"Ah, sabe, o Richard usa coisas
que podem ser jogadas fora"

e tudo isso.

Mas, na verdade o que--

Essa é a minha solução
para sustentá-los,

porque, sim, eu adoro
um lenço de papel,

e eu sei que o mundo não adora.

(música ambiente)

Tem fazer arte,

e então tem a arte de fazer arte.

Se isso, de alguma forma, é
direcionado ao jovem artista,

eu quero dizer que, sabe,

passe o seu tempo pensando
sobre a arte de fazer arte.

(música etérea)

Fazer pinturas é
uma ferramenta para a vida.

A vida é muito mais
importante que a arte,

mas a importância da arte

vem quando ela é
uma ferramenta para a vida--

sabe, quando ela faz a vida estar
mais disponível para nós.

Eu posso dizer, como uma pessoa,

Eu apenas preciso de uma boa pintura.

(música continua)