< Return to Video

Tagging a Train Yard with Barry McGee & Margaret Kilgallen | Art21

  • Not Synced
    KILGALLEN: Gosto de coisas feitas a mão e de ver a presença das pessoas no mundo.
  • Not Synced
    Em qualquer dia na Mission, em São Francisco,
  • Not Synced
    você pode ver uma placa pintada à mão com um estilo meio excêntrico.
  • Not Synced
    E talvez essa pessoa, se tivesse dinheiro, preferisse ter um letreiro de neon.
  • Not Synced
    Mas eu não prefiro
  • Not Synced
    Acho lindo o que eles fizeram, por terem feito com as próprias mãos.
  • Not Synced
    É isso que acho bonito.
  • Not Synced
    –Bem, sou um artista e simplesmente gosto muito dessas figuras.
  • Not Synced
    –Você sabe quem as pintou?
  • Not Synced
    –Não, não.
    –Elas são muito legais.
  • Not Synced
    Frequentemente, na cidade, quando há tantas coisas para olhar,
  • Not Synced
    e tantas coisas acontecendo, você não vê essas coisas,
  • Not Synced
    mas eu vejo essas coisas.
  • Not Synced
    MCGEE: Há muita conversa sobre o quão prejudicial o grafite é,
  • Not Synced
    e essa destruição que acontece com o grafite,
  • Not Synced
    mas na verdade, não há dano nenhum,
  • Not Synced
    pode ser simplesmente pintado por cima com um rolo.
  • Not Synced
    São como musicas comerciais, tipo
  • Not Synced
    que ficam na minha cabeça, e para mim,
  • Not Synced
    isso é, tipo, isso é dano para mim.
  • Not Synced
    KILGALLEN: O público olha para o grafite e vê lixo, vê feiura.
  • Not Synced
    E eu sempre me pergunto por que eles não olham para os outdoors,
  • Not Synced
    especialmente em São Francisco, há milhões, em toda parte,
  • Not Synced
    isso não é lixo?
  • Not Synced
    Isso é como lixo mental.
  • Not Synced
    MCGEE: Os outdoors são muito subversivos, e a publicidade é muito subversiva,
  • Not Synced
    enquanto, a maioria das coisas feitas na rua está muito próxima da verdade.
  • Not Synced
    É como a arte mais elevada que existe.
  • Not Synced
    Fiz grafite por muito tempo.
  • Not Synced
    Nunca houve um momento em que eu pensei,
  • Not Synced
    ah, tenho 25 agora, vou parar de fazer grafiti.
  • Not Synced
    Sabe, não foi uma coisa planejada, tipo,
  • Not Synced
    ah, eu faço arte, agora vou surfar e agora vou fazer grafite.
  • Not Synced
    É simplesmente tudo, eu sempre fiz isso.
  • Not Synced
    KILGALLEN: E a maioria das coisas que inspiram minha arte são
  • Not Synced
    arte popular de algum tipo, arte popular americana.
  • Not Synced
    Também tenho muito interesse na arte popular indiana.
  • Not Synced
    Quando comecei a pintar seriamente, costumava olhar muito para tipografia
  • Not Synced
    de, tipo, do século 16,
  • Not Synced
    e a cor das tintas que eles usavam,
  • Not Synced
    que geralmente eram preta e vermelha, e às vezes azul.
  • Not Synced
    Tendo uma formação em gravura e em tipografia,
  • Not Synced
    Fiquei muito interessada em imagens que eram planas e gráficas.
  • Not Synced
    E minha pintura até hoje é muito plana.
  • Not Synced
    No meu próprio trabalho, faço tudo à mão, não projeto.
  • Not Synced
    Passo muito tempo tentando aperfeiçoar meu traço
  • Not Synced
    e minha mão, mas minha mão sempre será imperfeita porque é humana
  • Not Synced
    Se estou fazendo letras muito grandes e passo muito tempo refazendo a linha várias vezes
  • Not Synced
    tentando deixá-la reta,
  • Not Synced
    nunca conseguirei torná-la reta.
  • Not Synced
    De longe, pode parecer reta, mas quando você chega perto,
  • Not Synced
    sempre pode ver a linha tremular.
  • Not Synced
    E acho que é aí que está a beleza.
  • Not Synced
    Eu recolho absolutamente tudo da rua.
  • Not Synced
    Algumas coisas servem, outras não.
  • Not Synced
    Algumas coisas ficam jogadas no chão por anos e anos,
  • Not Synced
    e depois, magicamente, funcionam em uma moldura.
  • Not Synced
    Gosto desse processo de algo descartado,
  • Not Synced
    depois recolhido, depois interceptado,
  • Not Synced
    e então faço algo com isso, e de repente vai parar na casa
  • Not Synced
    de um colecionador refinado, provavelmente.
  • Not Synced
    E, mais uma vez, passa a ser valorizado.
  • Not Synced
    Os agrupamentos de desenhos em molduras geralmente são pequenos cenários
  • Not Synced
    que vi na rua, depois fui para casa e desenhei, ou algo assim
  • Not Synced
    , e depois coloquei em uma moldura.
  • Not Synced
    Sempre os vi como algo
  • Not Synced
    semelhante ao funcionamento de uma comunidade.
  • Not Synced
    Em algumas áreas, as pessoas se dão bem e se divertem.
  • Not Synced
    Em outras, há tensão, então é meio que um reflexo de uma comunidade.
  • Not Synced
    Mas quando entrei na escola de arte, queria saber tudo.
  • Not Synced
    Fiz aulas de instalação, aulas de performance,
  • Not Synced
    queria entender esse tal de “arte” tão desesperadamente.
  • Not Synced
    Queria saber o que diabos era isso.
  • Not Synced
    Nunca poderia menosprezar a escola de arte.
  • Not Synced
    Aprendi muito sobre o processo de criação
  • Not Synced
    e documentação, e pronto, temos arte! Viva!
  • Not Synced
    Todos aplaudem, temos arte.
  • Not Synced
    Eu me sentia meio que um atleta da escola de arte.
  • Not Synced
    Se era arte o que eu ia fazer, eu ia ser bom nisso.
  • Not Synced
    Não havia a menor chance de que eu fosse ruim nisso.
  • Not Synced
    [apito de trem]
  • Not Synced
    — Meu Deus, temos que ir, porque tem um cara lá atrás e eu não o conheço.
  • Not Synced
    — Certo, é melhor irmos.
  • Not Synced
    O que realmente me fascinava nos trens
  • Not Synced
    era o fato de ser algo muito ligado ao folclore.
  • Not Synced
    Você vê uma enorme variedade de marcas.
  • Not Synced
    Algumas bem antigas,
  • Not Synced
    e há tanta história ali.
  • Not Synced
    Isso acontece
  • Not Synced
    desde que os trens existem.
  • Not Synced
    E ainda acontece hoje, no presente.
  • Not Synced
    Mas, ao olhar para isso, parece folclore.
  • Not Synced
    Ele escreveu originalmente em 1985,
  • Not Synced
    depois passou por lá novamente em 1991,
  • Not Synced
    e depois em 1992.
  • Not Synced
    Então, cada vez que ele passa por lá, atualiza sua assinatura.
  • Not Synced
    Você aprende sobre alguém sem nunca ter conhecido a pessoa.
  • Not Synced
    Há questões legais sobre escrever na propriedade dos outros, sempre gosto disso.
  • Not Synced
    Mas há muitas pessoas comuns, da classe trabalhadora, que escrevem nos trens e…
  • Not Synced
    KILGALLEN: e elas nem sabem por que fazem isso.
  • Not Synced
    Eu não sei por que fazemos isso, a gente simplesmente faz.
  • Not Synced
    — Não fomos expulsos nem nada. Achei que iríamos ser.
  • Not Synced
    — Pois é.
  • Not Synced
    — Esse ficou bom.
  • Not Synced
    — Barry...
  • Not Synced
    — O quê? Eu quase acertei.
  • Not Synced
    — Barry, não…
  • Not Synced
    Olha, eu tenho um ali.
  • Not Synced
    Sempre que faço algo em espaços fechados, sinto que
  • Not Synced
    preciso fazer 110% a mais na rua para manter
  • Not Synced
    minha credibilidade.
  • Not Synced
    Provavelmente é o público que mais me preocupa.
  • Not Synced
    As crianças que realmente fazem grafite...
  • Not Synced
    me preocupo como sou visto pelos olhos
  • Not Synced
    de um garoto de 12 ou 13 anos.
  • Not Synced
    O que ele pensa do que fiz
  • Not Synced
    Como me encaixo no esquema deles
  • Not Synced
    Ou: "Ah, aquele cara se vendeu".
  • Not Synced
    KILGALLEN:
    Quanto mais trabalho faço em galerias,
  • Not Synced
    mais fácil é se afastar das pessoas.
  • Not Synced
    Você quer vender seu trabalho.
  • Not Synced
    e você quer viver do seu trabalho.
  • Not Synced
    E esse mundo que envolve a compra e venda de arte é um mundo muito fechado.
  • Not Synced
    e, às vezes, você se esquece do outro mundo ao seu redor.
  • Not Synced
    Tem a ver com dinheiro, sabe?
  • Not Synced
    Quem tem acesso ao espaço.
  • Not Synced
    E quando sinto que o acesso ao espaço está, de certa forma, cortando para o publico em geral,
  • Not Synced
    isso me dá muito mais vontade de fazer coisas na rua
  • Not Synced
    O que está nas galerias já é o público da arte que são sempre as mesmas pessoas.
  • Not Synced
    Às vezes sinto que, se faço algo em um espaço fechado,
  • Not Synced
    o círculo de pessoas que vê as coisas fica cada vez menor.
  • Not Synced
    enquanto, se estou ao ar livre, está aberto para qualquer um ver.
  • Not Synced
    Mas, fazer coisas em um espaço fechado definitivamente é divertido de fazer.
  • Not Synced
    Gosto de visitar sites
  • Not Synced
    eles basicamente me deixam correr solta e livre
  • Not Synced
    por um mês, e então paro e é isso.
  • Not Synced
    Sabe, sem supervisão, então..
  • Not Synced
    também há um senso de liberdade envolvido.
  • Not Synced
    Até mais o ano de 98, eu sempre pintava diretamente nas paredes,
  • Not Synced
    daí as pessoas vinham ver a obra,
  • Not Synced
    e a única coisa sentida era...
  • Not Synced
    a ideia da obra, mas fiz algo no Walker, eles arrancaram a parede.
  • Not Synced
    E em parte foi minha ideia, minha decisão, para que eu pudesse ter algo para guardar.
  • Not Synced
    Também é uma contradição para mim.
  • Not Synced
    Eu definitivamente vendo coisas para ganhar a vida.
  • Not Synced
    Sou um artista profissional agora, quer dizer, sempre gosto de pensar que estou tentando manter isso.
  • Not Synced
    o mais puro possível,
  • Not Synced
    Mas o que faço também está definitivamente manchado.
  • Not Synced
Title:
Tagging a Train Yard with Barry McGee & Margaret Kilgallen | Art21
Description:

more » « less
Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Art in the Twenty-First Century" broadcast series
Duration:
13:07

Portuguese, Brazilian subtitles

Incomplete

Revisions Compare revisions