Return to Video

O movimento a favor da aceitação pessoal: acabar com a promoção dos distúrbios alimentares | Mia Holland | TEDxBSU

  • 0:05 - 0:09
    Deixem-me que comece por vos pedir
    que fechem os olhos.
  • 0:11 - 0:13
    Por favor, fechem os olhos por uns segundos
  • 0:15 - 0:18
    e pensem no que é o "corpo perfeito".
  • 0:21 - 0:25
    Apenas por um segundo, visualizem
    o "corpo perfeito" nas vossas mentes.
  • 0:30 - 0:33
    Agora abram os olhos.
  • 0:33 - 0:37
    Levante o braço quem visualizou o seu corpo
  • 0:37 - 0:39
    como sendo o "corpo perfeito".
  • 0:42 - 0:44
    Olhem à vossa volta, o que veem?
  • 0:46 - 0:48
    Levante o braço
  • 0:48 - 0:52
    quem já ouviu alguém dizer,
  • 0:52 - 0:54
    ou já disse:
  • 0:55 - 0:57
    "Quem me dera ter um corpo diferente".
  • 0:58 - 1:01
    "Sou feio/a", "Sou gordo/a",
  • 1:01 - 1:03
    "Quem me dera ter isto
    ou aquilo mais pequeno".
  • 1:04 - 1:06
    O que veem agora?
  • 1:10 - 1:14
    Acho que vemos uma oportunidade
    de mudar o nosso futuro.
  • 1:15 - 1:18
    Uma enorme oportunidade
    de mudar o nosso futuro.
  • 1:18 - 1:21
    Acho que vemos uma oportunidade
    de mudar o futuro
  • 1:21 - 1:25
    de muitas gerações de rapazes e raparigas,
    e deixem-me que vos diga porquê.
  • 1:26 - 1:30
    O fator mais comum no desenvolvimento
    de distúrbios alimentares,
  • 1:30 - 1:33
    da anorexia, e da bulimia
  • 1:33 - 1:37
    é a insatisfação com o corpo,
    ou o descontentamento com o corpo.
  • 1:40 - 1:42
    Esta é uma mensagem importante,
  • 1:42 - 1:47
    porque cada aspeto da nossa vida
  • 1:47 - 1:52
    é bombardeado com mensagens sobre
    a imagem corporal e a confiança corporal.
  • 1:53 - 1:54
    Estão em todo o lado:
  • 1:55 - 2:01
    televisão, filmes, revistas,
    redes sociais, indústria da moda.
  • 2:02 - 2:05
    Cada encontro que temos
    com o ambiente externo
  • 2:05 - 2:07
    está carregado de mensagens
  • 2:07 - 2:11
    sobre a imagem corporal
    e a confiança corporal.
  • 2:11 - 2:14
    Mas serão estas mensagens
    negativas ou positivas?
  • 2:15 - 2:17
    Conseguem, provavelmente,
    responder a esta questão.
  • 2:19 - 2:21
    Como nos afetam estas mensagens?
  • 2:24 - 2:26
    Aqui temos algumas informações:
  • 2:27 - 2:32
    69% das raparigas em idade escolar
    que leem revistas
  • 2:32 - 2:34
    dizem que estas fotografias influenciam
  • 2:34 - 2:38
    os seus sentimentos
    em relação ao seu corpo.
  • 2:39 - 2:45
    50% dessas raparigas dizem que estas
    fotografias as fazem querer perder peso.
  • 2:48 - 2:55
    Mais de 50% das raparigas adolescentes
    e quase um terço dos rapazes adolescentes
  • 2:55 - 2:58
    têm comportamentos não saudáveis
    com o objetivo de perder peso.
  • 2:59 - 3:04
    Jejuam, vomitam, saltam refeições,
  • 3:05 - 3:06
    usam laxantes.
  • 3:08 - 3:14
    20 milhões de mulheres
    e 10 milhões de homens, nos EUA,
  • 3:14 - 3:19
    irão sofrer de um distúrbio alimentar
    a uma determinada altura da sua vida.
  • 3:21 - 3:23
    Olhem para estes números;
    pensem neles por um momento.
  • 3:27 - 3:30
    Os distúrbios alimentares apresentam
    a taxa de mortalidade mais alta
  • 3:30 - 3:33
    de todas as doenças mentais.
  • 3:37 - 3:39
    Se pensarmos nas roupas,
  • 3:40 - 3:45
    quando foi que começámos a
    aceitar os tamanhos 0 e 000
  • 3:45 - 3:49
    como sendo tamanhos reais de seres humanos?
  • 3:50 - 3:52
    Pessoas humanas.
  • 3:52 - 3:54
    Zero?
  • 3:57 - 4:00
    A modelo média mede 1,80m de altura,
  • 4:01 - 4:07
    pesa 53kg,
    e veste os tamanhos XS, XXS, ou XXXS.
  • 4:09 - 4:12
    A mulher média mede 1,60m de altura,
  • 4:13 - 4:19
    pesa 70kg e veste
    os tamanhos 42, 44, ou 46.
  • 4:21 - 4:23
    Uma pequena diferença!
  • 4:25 - 4:28
    50% das mulheres veste
    o tamanho 44 ou acima,
  • 4:28 - 4:32
    mas a nossa indústria de vestuário
    fabrica tamanhos abaixo do 44.
  • 4:35 - 4:40
    O índice de massa corporal médio
    das vencedoras Miss América é de 16,9.
  • 4:43 - 4:49
    A Organização Mundial de Saúde diz que
    o IMC médio da população é de 21,7.
  • 4:50 - 4:54
    Outra grande diferença — quase 5 pontos.
  • 4:55 - 4:59
    Perguntemo-nos então,
    como é que isto aconteceu?
  • 5:00 - 5:05
    Porque é que não visualizamos o nosso corpo
    como sendo o "corpo perfeito"?
  • 5:06 - 5:10
    Porque pensamos que o nosso
    corpo é tão imperfeito?
  • 5:11 - 5:16
    E porque estão as raparigas e rapazes
    tão descontentes com o seu corpo?
  • 5:20 - 5:24
    Penso ter uma potencial explicação,
    portanto continuem comigo.
  • 5:26 - 5:29
    Nós, como sociedade,
    tornámo-nos em "sapos fervidos".
  • 5:31 - 5:34
    Quantas pessoas já ouviram falar
    da parábola do "sapo fervido"?
  • 5:37 - 5:39
    A parábola tem vindo a circular
    há já muito tempo.
  • 5:41 - 5:45
    Explica que, se colocarmos um sapo
    numa panela de água a ferver
  • 5:45 - 5:48
    — não se preocupem,
    não o vamos fazer! —
  • 5:48 - 5:52
    ele irá saltar fora imediatamente
    para tentar salvar-se.
  • 5:52 - 5:55
    Mas se colocarmos um sapo
    numa panela de água morna,
  • 5:56 - 5:58
    ele permanecerá lá.
  • 5:59 - 6:01
    À medida que aumentamos,
    gradualmente, a temperatura,
  • 6:01 - 6:06
    ele ambientar-se-á à temperatura
    na panela e adormecerá.
  • 6:07 - 6:09
    Depois, é tarde demais.
  • 6:10 - 6:13
    Espero que os Amigos dos Animais
    não me telefonem.
  • 6:13 - 6:15
    Nós não fervemos nenhum sapo!
  • 6:16 - 6:18
    A imagem é macabra, eu sei.
  • 6:18 - 6:20
    Mas a mensagem é clara.
  • 6:21 - 6:25
    Nós somos o sapo, a sociedade é o sapo.
  • 6:25 - 6:28
    Temos sido fervidos pela
    indústria da moda,
  • 6:28 - 6:32
    pelos media,
    pela indústria do entretenimento.
  • 6:34 - 6:36
    Temos sido bombardeados
    por mensagens negativas,
  • 6:36 - 6:39
    sobre a imagem corporal
    e a autoconfiança corporal,
  • 6:40 - 6:44
    todos os dias, durante anos e anos e anos,
  • 6:44 - 6:47
    e isto continua a acontecer.
  • 6:48 - 6:54
    75% das atrizes das séries televisivas
    têm falta de peso.
  • 6:58 - 7:01
    Uma revista desportiva foi
    reconhecida recentemente
  • 7:01 - 7:06
    por colocar a primeira modelo
    de "tamanhos grandes" na capa.
  • 7:07 - 7:10
    Adivinham qual era o seu tamanho?
  • 7:12 - 7:14
    Alguém viu essa notícia?
  • 7:14 - 7:16
    Tamanho 42.
  • 7:16 - 7:18
    "Tamanhos grandes"!
  • 7:19 - 7:24
    Quando é que começámos a aceitar
    o tamanho 42 como sendo um tamanho grande?
  • 7:26 - 7:31
    Penso que terá sido na mesma altura em
    que começámos a aceitar os tamanhos 0 e 000
  • 7:31 - 7:35
    como sendo tamanhos
    de seres humanos reais.
  • 7:36 - 7:39
    Conseguem apontar quando aconteceu?
  • 7:42 - 7:45
    Todas estas informações são importantes.
  • 7:45 - 7:47
    O que é que nos dizem?
  • 7:47 - 7:49
    Que estamos na altura de mudar.
  • 7:49 - 7:53
    Que estamos na altura de criar um movimento
    a favor da aceitação pessoal.
  • 7:54 - 7:56
    Que é altura de criar um movimento
  • 7:56 - 7:58
    que acabe com a promoção
    dos distúrbios alimentares.
  • 7:58 - 8:01
    Lembrem-se que dissemos
    que o fator mais comum
  • 8:01 - 8:03
    no desenvolvimento
    de distúrbios alimentares
  • 8:03 - 8:06
    é a insatisfação corporal.
  • 8:07 - 8:08
    Voltemos atrás.
  • 8:09 - 8:12
    O que podemos fazer para
    dar força a este movimento?
  • 8:13 - 8:19
    O que podemos fazer para
    mudar a panela de água a ferver?
  • 8:21 - 8:23
    Podemos mudar a indústria do vestuário?
  • 8:23 - 8:25
    Podemos mudar os media?
  • 8:25 - 8:27
    Podemos mudar
    a indústria do entretenimento?
  • 8:29 - 8:33
    Viktor Frankl disse — e eu parafraseio:
  • 8:34 - 8:40
    "Se já não consegues mudar a tua situação,
    então muda-te a ti mesmo."
  • 8:42 - 8:46
    Isso é algo que podemos fazer.
    Podemos mudar-nos a nós próprios.
  • 8:48 - 8:50
    Podemos mudar-nos a nós próprios.
  • 8:50 - 8:52
    Podemos mudar o futuro
    mudando-nos a nós próprios.
  • 8:53 - 8:55
    Podemos fazer isso.
  • 8:56 - 9:00
    Podemos ensinar os nossos filhos
    a saltar fora da panela de água a ferver,
  • 9:00 - 9:02
    antes que seja tarde demais.
  • 9:04 - 9:08
    E podemos servir de modelos
    de aceitação pessoal.
  • 9:08 - 9:11
    Temos esta responsabilidade
    como educadores,
  • 9:11 - 9:17
    como membros da comunidade,
    como pais, como seres humanos.
  • 9:18 - 9:22
    Temos a responsabilidade de começar
    um movimento a favor da aceitação pessoal
  • 9:22 - 9:26
    que acabe com a promoção
    dos distúrbios alimentares.
  • 9:28 - 9:32
    Como? São apenas palavras
    até que o ponhamos em ação.
  • 9:32 - 9:34
    Como é que avançamos com o movimento?
  • 9:35 - 9:37
    Como é que mudamos?
  • 9:38 - 9:40
    Como é que progredimos?
  • 9:44 - 9:45
    Aqui está como:
  • 9:46 - 9:50
    Sirvam de modelos de aceitação pessoal.
  • 9:50 - 9:51
    Aceitem-se a vós próprios!
  • 9:52 - 9:54
    Não há qualquer razão para não o fazer.
  • 9:55 - 9:58
    Acabem com as conversas negativas
    sobre o corpo,
  • 9:58 - 10:00
    aquelas de que falámos inicialmente.
  • 10:00 - 10:02
    Ponham um fim às conversas negativas
  • 10:02 - 10:05
    sobre vós próprios
    ou sobre qualquer outra pessoa.
  • 10:05 - 10:08
    Valorizem a beleza
    das diferentes características físicas
  • 10:10 - 10:12
    — devíamos fazê-lo todos os dias.
  • 10:13 - 10:18
    Deixem de comprar a indústrias
    que promovam a autocrítica.
  • 10:18 - 10:23
    Contestem a panela de crítica
    não vos criticando a vós próprios.
  • 10:24 - 10:26
    Nós conseguiremos.
  • 10:26 - 10:28
    Todos os corpos são o corpo perfeito.
  • 10:31 - 10:32
    Interiorizem bem isto.
  • 10:32 - 10:35
    Todos os corpos são o corpo perfeito.
  • 10:38 - 10:43
    Comecemos a visualizar o nosso corpo como
    o corpo perfeito, comecemos hoje, agora.
  • 10:44 - 10:49
    Digamos às crianças para visualizarem
    os seus corpos como o "corpo perfeito".
  • 10:50 - 10:56
    Demos o exemplo e adotemos
    comportamentos saudáveis.
  • 10:57 - 10:59
    Conseguiremos tornar isto possível.
  • 10:59 - 11:01
    Estão comigo?
  • 11:02 - 11:04
    Podemos mudar o nosso futuro.
  • 11:04 - 11:07
    Podemos caminhar em direção
    à aceitação pessoal.
  • 11:07 - 11:09
    Tornaremos isto possível.
  • 11:10 - 11:15
    Podemos ensinar as gerações futuras
    a saltar fora da panela existente
  • 11:15 - 11:17
    antes que seja tarde demais.
  • 11:20 - 11:23
    Podemos acabar com a
    promoção dos distúrbios alimentares.
  • 11:23 - 11:25
    Espero que se juntem a mim
    neste movimento.
  • 11:25 - 11:27
    Obrigada.
  • 11:27 - 11:29
    (Aplausos)
Title:
O movimento a favor da aceitação pessoal: acabar com a promoção dos distúrbios alimentares | Mia Holland | TEDxBSU
Description:

Esta palestra foi feita num evento local TEDx, produzido independentemente das Conferências TED.

A insatisfação corporal é um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento de distúrbios alimentares. O nosso ambiente diário bombardeia-nos com imagens corporais não saudáveis e com degradação corporal. Temos que criar um movimento que encoraje a aceitação pessoal e acabe com a promoção dos distúrbios alimentares.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
11:34

Portuguese subtitles

Revisions