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Por que os extremófilos são um bom indicador da existência de vida fora da Terra - Louisa Preston

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    Todos nós já vimos filmes
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    sobre insetos terríveis do espaço
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    ou histórias de abdução
    por homenzinhos verdes,
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    mas o estudo da vida no universo,
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    incluindo a possibilidade de vida extraterrestre,
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    é também uma busca científica séria.
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    A astrobiologia lida com diversas áreas,
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    como a física,
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    a biologia,
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    a astronomia
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    e a geologia,
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    para estudar como a vida
    se formou na Terra,
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    como ela poderia se formar
    em outros lugares,
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    e como podemos detectá-la.
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    Muitas religiões antigas descreveram
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    outros mundos habitados
    por seres não humanos,
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    mas esses mundos são mais
    como mundos míticos
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    ou universos paralelos
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    do que outros planetas existentes
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    no mesmo mundo físico.
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    Foi somente no século passado
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    que os cientistas conseguiram,
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    de forma séria, dedicar-se à busca
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    de vida extraterrestre.
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    Sabemos que, no nível mais básico,
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    os organismos na Terra
    precisam de três coisas:
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    água líquida,
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    uma fonte de energia
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    e matéria orgânica, com base no carbono.
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    Também sabemos que a Terra
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    está à distância ideal do Sol,
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    de forma a não congelar nem se fundir.
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    Então, planetas dentro
    de uma zona habitável
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    em relação a suas próprias estrelas
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    talvez possam abrigar vida.
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    Mas, embora achássemos
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    que a vida somente pudesse existir
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    em ambientes parecidos om o da Terra,
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    uma das descobertas
    mais fascinantes da astrobiologia
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    foi simplesmente como a vida é versátil.
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    Hoje, sabemos que a vida pode prosperar
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    em alguns dos ambientes mais extremos,
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    que seriam fatais para a maioria
    dos organismos conhecidos.
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    Encontramos vida em todo lugar,
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    da fumaça preta de fontes hidrotermais
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    nas profundezas escuras
    dos oceanos da Terra,
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    a nascentes borbulhantes,
    quentes e ácidas
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    nas bordas de vulcões,
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    até lá no alto da atmosfera.
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    Os organismos que vivem
    nesses ambientes desafiadores
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    são chamados de extremófilos,
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    e podem sobreviver a extremos
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    de temperatura,
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    pressão
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    e radiação,
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    bem como de salinidade,
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    acidez
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    e disponibilidade limitada de luz solar,
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    água,
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    ou oxigênio.
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    O mais impressionante
    sobre esses extremófilos
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    é que são encontrados
    prosperando em ambientes
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    parecidos com os de mundos alienígenas.
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    Um dos mais importantes dentre esses mundos
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    é Marte, nosso vizinho vermelho e poeirento.
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    Hoje, os astrobiólogos estão explorando lugares
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    onde a vida pode ter existido
    um dia em Marte,
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    usando o veículo remoto Curiosity, da NASA.
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    Um desses lugares é a cratera Gale,
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    uma cratera de impacto, criada
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    quando um meteoro atingiu
    a superfície de Marte,
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    há aproximadamente 3,8 bilhões de anos.
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    Evidências vistas a partir da órbita
    sugerem ter havido água no passado,
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    o que significa que a cratera
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    talvez já tenha abrigado vida.
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    Os planetas não são os únicos lugares
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    que os astrobiólogos estão analisando.
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    Por exemplo, Europa,
    uma das luas de Júpiter,
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    e Encélado e Titã,
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    duas das luas de Saturno,
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    são possibilidades animadoras.
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    Embora essas luas sejam extremamente frias
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    e duas delas estejam
    cobertas por gelo espesso,
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    há evidências de oceanos
    líquidos sob o gelo.
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    Poderia a vida estar boiando
    por esses oceanos,
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    ou estar vivendo próxima
    a fontes hidrotermais
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    no fundo?
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    Titã é especialmente promissora,
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    porque tem uma atmosfera
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    e lagos, mares e rios parecidos com os da Terra,
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    que correm por toda a superfície.
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    Porém, é muito fria,
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    fria demais para haver água líquida.
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    Então, em vez de água,
    esses rios talvez fluam
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    com hidrocarbonetos líquidos,
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    como o metano e o etano.
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    Estes são compostos de hidrogênio
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    e, principalmente, de carbono,
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    que é o elemento construtor básico
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    de toda a vida como a conhecemos.
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    Então, poderia a vida ser
    encontrada nesses lagos?
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    Embora instrumentos
    estejam sendo projetados
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    para explorar esses mundos distantes,
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    são necessários muitos
    anos para construí-los
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    e mais ainda para levá-los
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    aonde eles precisam estar.
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    Entretanto, os astrobiólogos trabalham
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    em nosso próprio laboratório natural, a Terra,
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    para aprendermos sobre todas as formas
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    de vida estranhas e maravilhosas
    que possam existir
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    e nos ajudar um dia a responder
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    uma das perguntas mais antigas da humanidade:
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    Estamos sozinhos?
Title:
Por que os extremófilos são um bom indicador da existência de vida fora da Terra - Louisa Preston
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/why-extremophiles-bode-well-for-life-beyond-earth-louisa-preston

A vida na Terra requer três coisas: água líquida, uma fonte de energia dentro de uma zona habitável em torno do Sol e matéria orgânica com base em carbono. Mas a vida é surpreendentemente resistente, e organismos chamados extremófilos podem ser encontrados em condições de vida hostis (imagine temperaturas extremas e pouco acesso a oxigênio). Louisa Preston conta por que os extremófilos dão aos astrobiólogos a esperança de existência de vida no universo.

Lição de Louisa Preston, animação de manuel Friberg.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:01
  • Olá.

    A quem for revisão/aprovar, na tradução para o português do Brasil, traduzi o trecho 0:35 - 0:38 seguindo o áudio e o contexto ("nonhuman beings", em vez de "known human beings").

    Leonardo.

Portuguese, Brazilian subtitles

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