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Damián Ortega: Alias | Art21 "Extended Play"

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    [Damián Ortega: Alias]
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    [Cidade do México]
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    Eu tentei organizar a minha carreira
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    trabalhando como cartunista
    no jornal de esquerda
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    Eu sobrevivi fazendo esses desenhos
    por muitos anos.
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    Era divertido, mas demandava muito de mim.
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    Eu comecei a misturar arte e quadrinhos.
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    Eu usei um pseudônimo nos meus desenhos
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    porque eu não sinto que quem
    fez os desenhos
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    tem a mesma personalidade
    das obras.
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    Eu estava completamente dividido em
    minha própria compreensão de mim mesmo.
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    O que me levou, porém, às primeiras ideias
    que originaram os livros Alias.
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    A Editora Alias é um projeto ambicioso--
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    uma nova experiência--
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    porque envolve a tradução para
    uma outra língua.
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    É a apropriação de conhecimento
    adaptada à nossa própria vida,
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    ao nosso próprio contexto,
    na Cidade do México.
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    Gabriel Orozco me deu o original
    "Entrevista com Marcel Duchamp"
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    e ele falou, "Você tem que ler cada página
    desse livro, porque você vai amá-lo."
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    Meu inglês era pior do que é agora--
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    e eu tentei ler, mas não pude
    entender muito bem.
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    Eu perguntei a um amigo se ele poderia
    traduzir alguns trechos para o espanhol.
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    No final, eu tinha o livro
    completamente traduzido,
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    com várias piadas ao longo da tradução.
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    É lindo, porque, no final,
    é Duchamp completamente fora de contexto--
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    ele está descontextualizado
    e se torna como um cara mexicano [RISOS]
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    que mora na Colônia Roma ou algo assim.
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    Este, Cildo Meireles para Lawrence Weiner--
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    também faz esse tipo de tradução.
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    Ele gostou muito da ideia,
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    e ele propôs fazer a capa.
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    Foi muito bom.
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    A minha geração não teve nenhuma dessas
    informações sobre arte contemporânea.
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    Era um tempo em que a gente não tinha internet,
    a gente não tinha celulares.
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    Nós costumávamos trocar informação através
    de fotocópias, de livros.
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    Um de nós podia viajar para a Europa,
    ou para os Estados Unidos ou América do Sul,
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    e trazia alguns livros sobre
    artistas internacionais.
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    Apropriação é uma afirmação porque
    possibilita recontextualizar o conhecimento.
  • 3:00 - 3:04
    No fim, todo país gera uma
    maneira especial de pensar.
Title:
Damián Ortega: Alias | Art21 "Extended Play"
Description:

Episódio #257: Do seu estúdio na Cidade do México, Damián Ortega reconta o início de sua carreira como cartunista e sua luta para encontrar recursos em língua espanhola sobre arte contemporânea quando era um jovem artista. Por conta da entrevista de 1979 "Diálogos com Marcel Duchamp" do seu colega mentor, Gabriel Orozco, Ortega foi desafiado a encarar o conteúdo em inglês. Ortega pediu a um artista amigo para traduzir o livro para espanhol e o processo transformou o conteúdo original do texto em algo mais profundo. "É lindo porque, no final, é Duchamp completamente fora de contexto," afirma Ortega. "Ele se torna como um mexicano."

A partir dessa experiência, Ortega fundou a Alias, uma editora independente de livros que traduz textos sobre arte contemporânea para o espanhol, distribuindo e publicando livros que, de outro jeito, não estariam disponíveis em países de língua espanhola. "A minha geração não teve nenhuma dessas informações sobre arte contemporânea. Era um tempo em que a gente não tinha internet, a gente não tinha celulares. Nós costumávamos trocar informação através de fotocópias, de livros." Ortega explica o processo de tradução, recontextualização e apropriação como uma oportunidade de reexaminar o conhecimento e as maneiras de pensar a partir de diferentes perspectivas. "No fim, todo país gera uma
maneira especial de pensar."

Damián Ortega usa objetos do seu dia-a-dia—carros Beetle da Volkswagen, pôsters do Dia dos Mortos, tortilhas de milho de origem local—para criar esculturas espetaculares, que sugerem histórias de importância mitológica e escala cosmológica. Em muitas das esculturas do artista, objetos vernaculares são apresentados arranjos precisos—frequentemente suspensos do teto ou como parte de sistemas mecanizados—que se tornam representações espirituosas de diagramas, sistemas solares, palavras, edifícios e faces. Essas mudanças na percepção não são apenas visuais, mas também culturais, à medida que o artista extrai a história social dos objetos apresentados em suas esculturas, filmes e performances.

Saiba mais sobre o artista em:
https://art21.org/artist/damian-ortega/

CRÉDITOS | Produção: Ian Forster. Entrevista: Deborah Dickson. Editor: Morgan Riles. Câmera: Hatuey Viveros. Som: KExoli Kwauhtlinxan. Obras de arte (cortesia): Damián Ortega, Editora Alias, & Solomon R. Guggenheim Museum, New York. Agradecimentos especiais: Museu Jumex, Olga Rodríguez, & Marek Wolfryd.

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"Extended Play" series
Duration:
03:18

Portuguese, Brazilian subtitles

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