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Fiorenzo Omenetto: Seda, o antigo material do futuro

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    Obrigado.
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    Estou emocionado por estar aqui.
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    Vou falar sobre um novo antigo material
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    que continua a surpreender-nos,
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    e poderá impactar a forma como pensamos
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    sobre a ciência de materiais, alta tecnologia --
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    e, quem sabe, ao mesmo tempo,
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    também fazer algo pela medicina, pela saúde global e ajudar o reflorestamento.
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    É uma afirmação meio ousada.
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    Contarei um pouco mais.
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    Este material tem atributos que o fazem parecer muito bom para ser verdade.
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    É sustentável; é um material sustentável
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    totalmente processado em água e temperatura ambiente --
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    e é biodegradável, de forma programável,
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    pode dissolver-se instantâneamente num copo de água
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    ou manter-se estável por anos.
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    É comestível, implantável no corpo humano
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    sem causar qualquer reação imunológica.
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    Ele consegue integrar-se ao corpo.
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    E é tecnológico,
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    assim podemos fazer coisas como microeletrônicos,
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    e, quem sabe, fotônicos também.
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    O material
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    assemelha-se a isto.
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    De fato, este material é claro e transparente.
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    Os componentes deste material são apenas água e proteína.
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    Este material é seda.
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    É algo meio diferente
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    de como estamos acostumados a pensar sobre a seda.
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    Então a pergunta é: como se reinventa algo
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    que já está por aí há cinco milênios?
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    O processo de descoberta, geralmente, é inspirado pela natureza.
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    Por isso nos maravilhamos com os bichos-da-seda --
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    a lagarta que aqui vemos tecendo sua fibra.
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    O bicho-da-seda faz algo extraordinário:
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    ele usa estes dois ingredientes, água e proteína,
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    que estão em suas glândulas,
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    para fazer um material excepcionalmente resistente para proteção --
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    algo comparável às fibras tecnológicas
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    como o Kevlar.
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    Então, no processo de engenharia 'reversa'
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    que conhecemos,
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    e com o qual estamos familiarizados,
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    para a indústria têxtil,
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    a indústria têxtil desfaz o casulo
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    e, depois, tece peças belíssimas.
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    Queremos saber como se vai de água e proteína
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    a esse Kevlar líquido, a esse Kevlar natural.
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    Então a questão é
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    como tecnicamente inverter esse processo
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    e ir do casulo à glândula
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    e obter água e proteína que são sua matéria-prima.
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    E isso foi descoberto
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    há umas duas décadas
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    por uma pessoa com quem tenho a sorte de trabalhar,
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    David Kaplan.
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    Assim conseguimos este material inicial.
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    E este material inicial é a base de tudo.
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    E o usamos para fazer uma variedade de coisas --
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    como por exemplo, filmes.
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    E aproveitamos algo muito simples.
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    A receita para fazer esses filmes
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    é aproveitar o fato
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    de que proteínas são extremamente inteligentes no que fazem.
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    Elas encontram um meio de se auto-agruparem.
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    Por isso a receita é simples: despejamos a solução de seda,
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    e esperamos as proteínas se auto-agruparem.
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    Depois, isolamos as proteínas e conseguimos este filme,
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    à medida em que as proteínas se juntam ao evaporar a água.
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    Mas, mencionei que o filme também é tecnológico.
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    Então o que isso significa?
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    Significa que pode-se combiná-lo
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    com algumas dessas coisas típicas de tecnologia,
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    como microeletrônicos e nanotecnologia.
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    E a imagem deste DVD
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    é só para ilustrar o fato
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    de que a seda acompanha topografias muito sutis da superfície,
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    significando que ela pode reproduzir elementos em nanoescala.
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    Deste modo poderia reproduzir as informações
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    contidas no DVD.
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    E podemos armazenar informação que é filme com água e proteína.
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    Então testamos, e escrevemos uma mensagem num pedaço de seda,
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    que está bem aqui, e a mensagem está lá.
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    E assim como no DVD, pode-se fazer uma leitura óptica.
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    E isto requer uma mão firme,
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    e foi por isto que decidi fazê-lo no palco em frente de mil pessoas.
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    Vejamos.
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    Como se vê, o filme atravessa por aqui,
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    e então ...
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    (Aplausos)
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    E o mais incrível
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    é que minha mão manteve-se firme por tempo suficiente.
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    Então desde que se tenha os atributos
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    desse material,
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    pode-se fazer muitas coisas.
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    Ele realmente não se limita a filmes.
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    E o material pode assumir muitos formatos.
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    E podemos inovar, e assim fazermos diversos componentes ópticos
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    ou conjuntos de microprismas,
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    como as tiras refletivas que existem nos tênis de corrida.
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    Ou vocês podem fazer coisas lindas
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    que, se capturadas pela câmera, podemos produzir.
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    Vocês podem adicionar tridimensionalidade ao filme.
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    E se o ângulo estiver correto,
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    podemos ver um holograma aparecer neste filme de seda.
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    Mas vocês podem fazer outras coisas.
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    Vocês podem imaginar a utilização da proteína pura para conduzir luz,
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    e então criamos fibras ópticas.
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    Mas a seda é versátil e vai além da óptica.
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    E podemos pensar em diferentes formatos.
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    Por exemplo, se tiver medo de ir ao médico e tomar uma injeção,
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    podemos fazer conjuntos de microagulhas.
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    O que vocês vêem na tela é um cabelo humano
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    comparado a uma agulha feita de seda --
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    só para terem idéia do tamanho.
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    Podemos fazer coisas maiores.
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    Podemos fazer engrenagens, porcas e parafusos --
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    que se compra no "Whole Foods".
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    E as engrenagens funcionam na água também.
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    Podemos pensar em peças mecânicas alternativas.
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    E talvez possamos usar o Kevlar líquido se precisarmos de algo resistente
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    para substituir veias periféricas, por exemplo.
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    ou talvez um osso inteiro.
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    Então temos aqui um exemplo
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    de um pequeno crânio --
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    demos o nome de mini Yorick.
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    (Risos)
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    Mas vocês podem fazer coisas como copos, por exemplo,
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    e se adicionarmos um pouco de ouro, de semicondutores
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    podemos fazer sensores que se fixam na superfície dos alimentos.
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    Podemos fazer peças eletrônicas
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    que se dobram e se enrolam.
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    Ou se gostam de moda, umas tatuagens em LED de seda.
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    Há versatilidade, como vocês podem ver,
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    nos formatos dos materiais,
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    que podemos fazer com a seda.
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    Mas, ainda há algumas peculiaridades.
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    Quero dizer, por que quereríamos, de fato, fazer tudo isso?
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    Mencionei isso brevemente no início;
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    a proteína é biodegradável e biocompatível.
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    Vemos aqui a imagem de um pedaço de tecido.
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    Então o que isso significa, que é biodegradável e biocompatível?
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    Podemos implantá-lo no corpo sem necessidade de reparar o que foi implantado.
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    Significando que todos os produtos já vistos, em todos os formatos,
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    a princípio, podem ser implantados e desaparecer.
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    E o que vemos nesse pedaço de tecido,
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    é, de fato, aquela fita refletora.
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    Assim, semelhante ao que vemos à noite num carro,
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    então a ideia é que podemos ver, se iluminarmos o tecido,
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    podemos ver partes mais profundas de tecido
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    porque há essa fita refletiva lá que é feita de seda.
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    E como podemos ver, ela se reintegra ao tecido.
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    E reintegração no corpo humano
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    não é a única coisa.
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    Mas reintegração ao meio ambiente é importante.
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    Então há a biodegradação, as proteínas,
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    e agora um copo feito de seda como este
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    pode ser descartado sem culpa.
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    (Aplausos)
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    Ao contrário dos copos de poliestireno
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    que infelizmente lotam diariamente nossos aterros sanitários.
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    É comestível,
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    então podemos fazer embalagens especiais para alimentos
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    que podem ser cozidas junto com a comida.
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    O sabor não é bom,
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    então precisarei de alguma ajuda nisso.
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    Mas, provavelmente o mais incrível é que fecha-se o ciclo.
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    Seda, durante seu processo de auto-agrupamento,
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    age como um casulo por questões biológicas.
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    Então se mudamos a receita,
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    e adicionamos coisas nessa fase --
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    assim acrescentamos coisas a sua solução líquida de seda
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    tais como enzimas
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    ou anticorpos ou vacinas,
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    o processo de auto-agrupamento
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    preserva a função biológica desses componentes.
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    Portanto faz os materiais ambientalmente ativos
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    e interativos.
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    Desse modo, aquele parafuso que se pensou antes
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    pode realmente ser usado
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    para aparafusar um osso -- fixar um osso fraturado --
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    e administrar medicamentos ao mesmo tempo,
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    enquanto o osso está se recuperando, por exemplo.
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    Ou podemos guardar os medicamentos na carteira e não na geladeira.
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    Assim fizemos um cartão de seda
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    embebido com penicilina.
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    E armazenamos penicilina a 60º C,
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    140º Fahrenheit,
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    por dois meses sem perda de eficácia da penicilina.
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    Então poderia ser --
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    (Aplausos)
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    poderia ser potencialmente uma boa alternativa
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    aos camelos refrigerados a energia solar.
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    E claro, não há sentido em estocar se não puder usar.
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    E há outra característica única
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    desses materiais, que é ser degradável de maneira programável.
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    E o que vocês vêem é a diferença.
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    Acima, há um filme programado para não degradar-se,
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    e abaixo, um filme programado para degradar-se em água.
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    Observa-se que o filme abaixo
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    libera o que há em seu interior.
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    Permitindo a recuperação do que estava armazenado.
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    E isso permite uma liberação controlada de medicamentos
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    e uma reintegração ao meio ambiente
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    em todos esses formatos que já vimos.
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    Portanto, a nossa descoberta é realmente um fio de esperança.
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    Estamos apaixonados pela ideia de que seja o que for que queiram fazer,
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    seja substituir uma veia ou um osso,
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    ou talvez ser mais sustentável em microeletrônica,
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    talvez tomar café num copo
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    e jogá-lo fora sem culpa,
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    talvez carregar seus medicamentos no bolso,
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    administrá-los em de seu corpo
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    ou transportá-lo pelo deserto,
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    a resposta pode estar num fio de seda.
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    Obrigado.
  • 9:01 - 9:19
    (Aplausos)
Title:
Fiorenzo Omenetto: Seda, o antigo material do futuro
Speaker:
Fiorenzo Omenetto
Description:

Fiorenzo Omenetto compartilha + de 20 surpreendentes novos usos da seda, um dos materiais mais elegantes da natureza -- na transmissão da luz, aprimoramento da sustentabilidade, aumento da resistência e em incríveis avanços na área médica. No palco, ele mostra algumas coisas intrigantes feitas com o versátil material.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
09:20
Viviane Ferraz Matos added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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