Return to Video

Obesidade + Fome = 1 problema de alimentação à escala global

  • 0:01 - 0:04
    Meu nome é Ellen e eu sou obcecada por comida.
  • 0:04 - 0:06
    Porém, a minha primeira obsessão não foi a comida.
  • 0:06 - 0:08
    No começo, a minha obsessão era a política e segurança global
  • 0:08 - 0:11
    porque vivia em Nova Iorque aquando do 11 de Setembro, e obviamente era um tema muito relevante.
  • 0:11 - 0:13
    Da política e segurança global passei para a alimentação
  • 0:13 - 0:16
    porque me apercebi que quando estou com fome, fico lixada da vida.
  • 0:16 - 0:18
    E parto do princípio que o resto do mundo também fica.
  • 0:18 - 0:20
    Especialmente se tens fome e os teus filhos também
  • 0:20 - 0:22
    e os filhos dos teus vizinhos têm fome e toda a tua vizinhança passa fome,
  • 0:22 - 0:24
    então ficas mesmo zangada.
  • 0:24 - 0:26
    E na realidade -- olhem que espanto -- parece mesmo que
  • 0:26 - 0:28
    as regiões do mundo onde se passa fome
  • 0:28 - 0:30
    são tambem as regiões onde há maiores conflitos.
  • 0:30 - 0:32
    Então comecei a trabalhar nas Nações Unidas, no Programa Alimentar Mundial
  • 0:32 - 0:34
    para abordar estes problemas de segurança
  • 0:34 - 0:36
    pela via dos problemas de segurança da alimentação.
  • 0:36 - 0:38
    Enquanto lá estava deparei-me
  • 0:38 - 0:40
    com aquele que acho que é o programa mais brilhante da ONU.
  • 0:40 - 0:42
    Chama-se "School Feeding" (Alimentação Escolar) e é uma ideia mesmo simples
  • 0:42 - 0:45
    para de certa forma interromper o ciclo de pobreza e fome
  • 0:45 - 0:47
    que persiste para muitas pessoas no mundo - e para o parar de vez.
  • 0:47 - 0:50
    Ao se dar de comer aos miúdos, isto motiva-os para ir à escola,
  • 0:50 - 0:53
    e obviamente a educação é o primeiro passo para sair da pobreza.
  • 0:53 - 0:55
    Ao mesmo tempo proporciona-se-lhes os micro e macronutrientes que as crianças precisam
  • 0:55 - 0:58
    para efectivamente se desenvolverem física e mentalmente.
  • 0:58 - 1:01
    Enquanto eu trabalhava na ONU conheci esta rapariga. O seu nome é Lauren Bush.
  • 1:01 - 1:03
    E ela teve uma ideia espantosa
  • 1:03 - 1:05
    que era vender um saco chamado "Feed Bag" --
  • 1:05 - 1:08
    a beleza disto é que o Feed Bag dá para levar às costas.
  • 1:08 - 1:10
    Mas que cada saco que vendemos pode angariar
  • 1:10 - 1:13
    o valor da alimentação escolar para uma criança para um ano.
  • 1:13 - 1:15
    É tão simples e nós pensamos, bem,
  • 1:15 - 1:17
    custa entre 20 e 50 dólares
  • 1:17 - 1:19
    oferecer alimentação escolar para um ano.
  • 1:19 - 1:21
    Nós podíamos vender estes sacos e angariar montes de dinheiro
  • 1:21 - 1:23
    e uma forte divulgação para o Programa Alimentar Mundial.
  • 1:23 - 1:25
    Mas, claro, sabem que ás vezes na ONU as coisas às vezes andam devagarinho,
  • 1:25 - 1:27
    e eles essencialmente disseram "não".
  • 1:27 - 1:30
    Nós pensamos: "Meu Deus, isto é uma boa ideia e vai angariar tanto dinheiro."
  • 1:30 - 1:33
    E nós dissemos "que se lixe, lançamos a nossa própria empresa", o que fizemos há três anos.
  • 1:33 - 1:36
    Então este foi o meu primeiro sonho, lançar esta empresa chamada FEED.
  • 1:36 - 1:38
    Aqui está o aspecto do nosso website.
  • 1:38 - 1:41
    Preparamos este saco para o Haiti e lançamo-lo apenas um mês depois do terramoto
  • 1:41 - 1:43
    para proporcionar alimentação escolar para as crianças no Haiti.
  • 1:43 - 1:46
    O FEED está a resultar em grande. Até agora já oferecemos 55 milhões de refeições
  • 1:46 - 1:48
    para crianças em todo o mundo
  • 1:48 - 1:51
    vendemos 555000 sacos - um monte de sacos - MUITOS sacos.
  • 1:51 - 1:54
    E todo este tempo, quando nós pensamos na fome
  • 1:54 - 1:56
    é um tema difícil de se pensar, porque aquilo em que conseguimos pensar é em comer.
  • 1:56 - 1:58
    Eu penso muito em comer, e adoro comer.
  • 1:58 - 2:01
    E aí está o que é estranho acerca deste tema da fome no mundo
  • 2:01 - 2:03
    e quando se está a discursar sobre temas internacionais
  • 2:03 - 2:06
    é que a maioria das pessoas quer saber o que é que estamos a fazer nos EUA.
  • 2:06 - 2:08
    "O que estás a fazer pelos míudos americanos?"
  • 2:08 - 2:10
    É certo que há fome nos EUA,
  • 2:10 - 2:12
    para 49 milhões de pessoas, quase 16.7 milhões de crianças.
  • 2:12 - 2:15
    Quer dizer, é bastante sério no nosso próprio país.
  • 2:15 - 2:18
    A fome claramente significa algo diferente nos EUA em relação ao que se passa internacionalmente,
  • 2:18 - 2:21
    mas é incrivelmente importante tratar da fome no nosso próprio país.
  • 2:21 - 2:24
    Porém, o problema maior que todos conhecemos
  • 2:24 - 2:26
    é a obesidade, e é dramático.
  • 2:26 - 2:28
    Outra coisa que é dramática é que tanto a fome como a obesidade
  • 2:28 - 2:31
    cresceram muito nos últimos 30 anos.
  • 2:31 - 2:33
    Infelizmente, a obesidade não é apenas um problema nos EUA.
  • 2:33 - 2:35
    Tem-se espalhado por todo o mundo
  • 2:35 - 2:38
    e principalmente através do tipos de sistemas de alimentação que nós temos exportado.
  • 2:38 - 2:40
    Os números são de enlouquecer.
  • 2:40 - 2:42
    Há mil milhões de pessoas obesas ou com excesso de peso
  • 2:42 - 2:44
    e mil milhões que passam fome.
  • 2:44 - 2:46
    Então parece que são dois problemas separados,
  • 2:46 - 2:48
    mas eu comecei a pensar, bem,
  • 2:48 - 2:51
    o que é a obesidade e o que é a fome. De que se tratam?
  • 2:51 - 2:53
    Bem, ambos são relacionados com alimentação.
  • 2:53 - 2:55
    E quando pensamos em comida,
  • 2:55 - 2:57
    a base da alimentação em ambos os casos
  • 2:57 - 3:00
    é uma agricultura potencialmente problemática.
  • 3:00 - 3:02
    É da agricultura que vem a comida.
  • 3:02 - 3:04
    E bem, a agricultura nos EUA é muito interessante.
  • 3:04 - 3:06
    É altamente consolidada.
  • 3:06 - 3:09
    A comida que produzimos conduz à comida que consumimos.
  • 3:09 - 3:11
    E essencialmente a comida que produzimos é milho, soja e trigo.
  • 3:11 - 3:14
    Como podem ver, aqui estão três quartos da comida que consumimos,
  • 3:14 - 3:16
    maioritariamente comida rápida e alimentos processados.
  • 3:16 - 3:18
    Infelizmente, no nosso sistema agrícola,
  • 3:18 - 3:20
    não fizemos um bom trabalho nas últimas três décadas
  • 3:20 - 3:23
    ao exportar essas tecnologias para o exterior.
  • 3:23 - 3:26
    Daí que a agricultura africana, a região do mundo onde se passa mais fome,
  • 3:26 - 3:28
    sofreu forte decadência
  • 3:28 - 3:30
    e a fome aumentou.
  • 3:30 - 3:32
    De alguma forma não estamos a fazer a ligação
  • 3:32 - 3:34
    entre exportar um bom sistema agrícola
  • 3:34 - 3:36
    que vai ajudar a alimentar as pessoas em todo o mundo.
  • 3:36 - 3:39
    Mas o que eu queria saber era - quem são os agricultores?
  • 3:39 - 3:41
    Então fui até ao interior Oeste e subi para um silo de cereais enorme.
  • 3:41 - 3:43
    Isto não me ajudou grandemente a compreender a agricultura,
  • 3:43 - 3:45
    mas acho que a fotografia ficou mesmo fixe.
  • 3:45 - 3:47
    E, sabem, a realidade é que
  • 3:47 - 3:49
    os agricultores na América,
  • 3:49 - 3:51
    para ser franca, pelo que vi nos tempos que passei no interior Oeste,
  • 3:51 - 3:53
    de forma geral eles são bem grandes.
  • 3:53 - 3:55
    E as suas quintas tambem são bem grandes.
  • 3:55 - 3:57
    Mas quem trabalha na agricultura no resto do mundo
  • 3:57 - 4:00
    são pessoas bem magras, e isto por que eles passam fome.
  • 4:00 - 4:02
    A maior parte das pessoas que passa fome neste mundo vive de agricultura de subsistência
  • 4:02 - 4:04
    E a maioria destas pessoas são mulheres --
  • 4:04 - 4:06
    um tema completamente diferente onde não vou entrar agora,
  • 4:06 - 4:08
    mas eu adoraria fazer o discurso feminista qualquer dia.
  • 4:08 - 4:10
    Penso que é verdadeiramente interessante
  • 4:10 - 4:12
    ver a agricultura dos dois lados.
  • 4:12 - 4:14
    Temos estas grandes explorações consolidadas
  • 4:14 - 4:16
    que produzem o que consumimos nos EUA.
  • 4:16 - 4:18
    E assim tem sido desde os anos 1980,
  • 4:18 - 4:20
    após o choque petrolífero,
  • 4:20 - 4:22
    quando se deu a consolidação em grande escala,
  • 4:22 - 4:24
    e se deu o êxodo dos pequenos agriculores neste país.
  • 4:24 - 4:26
    E no mesmo período de tempo,
  • 4:26 - 4:29
    lá deixamos os agricultores Africanos fazer as coisas à sua maneira.
  • 4:29 - 4:32
    Infelizmente, o que produzimos na agricultura acaba por ser o que comemos.
  • 4:32 - 4:34
    E nos EUA, muito do que nós comemos
  • 4:34 - 4:37
    conduziu a obesidade generalizada e a grandes mudanças
  • 4:37 - 4:40
    na nossa dieta ao longo dos últimos 30 anos.
  • 4:40 - 4:42
    É uma loucura.
  • 4:42 - 4:44
    Um quinto das crianças com menos de 2 anos toma bebidas gaseificadas.
  • 4:44 - 4:46
    O quê?! Não se mete gasosa num biberão!
  • 4:46 - 4:48
    Mas as pessoas fazem-no por que é barato.
  • 4:48 - 4:50
    E por isso todo o nosso sistema alimentar nos últimos 30 anos
  • 4:50 - 4:52
    mudou verdadeiramente.
  • 4:52 - 4:54
    Eu penso que não é só no nosso país,
  • 4:54 - 4:57
    mas que realmente estamos a exportar este sistema para todo o mundo.
  • 4:57 - 5:00
    E quando observamos os dados dos países em desenvolvimento --
  • 5:00 - 5:03
    especialmente nas cidades, que estão a crescer fortemente --
  • 5:03 - 5:05
    as pessoas estão a consumir alimentos processados americanos.
  • 5:05 - 5:07
    E em uma geração,
  • 5:07 - 5:09
    estão a passar da fome,
  • 5:09 - 5:11
    com todos os efeitos nefastos da fome na sua saúde,
  • 5:11 - 5:13
    para uma situação de obesidade e sujeitos a doenças como a diabetes
  • 5:13 - 5:15
    e doenças cardiovasculares - numa só geração.
  • 5:15 - 5:17
    Portanto este sistema alimentar problemático
  • 5:17 - 5:19
    está a afectar a fome E a obesidade.
  • 5:19 - 5:21
    Não queria bater sempre na mesma tecla,
  • 5:21 - 5:23
    mas trata-se de um sistema de alimentação que é global
  • 5:23 - 5:26
    que abarca mil milhões de pessoas que passam fome e outros mil milhões de obesos.
  • 5:26 - 5:28
    Acho que é a única forma de ver o problema.
  • 5:28 - 5:30
    E em vez de tomar estes dois fenómenos como
  • 5:30 - 5:32
    problemas separados e independentes,
  • 5:32 - 5:35
    é mesmo importante vê-los como um só sistema.
  • 5:35 - 5:37
    Nós obtemos muito do nosso alimento de regiões por todo o mundo.
  • 5:37 - 5:40
    E as pessoas por todo o mundo estão a importar o nosso sistema de alimentação.
  • 5:40 - 5:42
    Por isso é incrivelmente relevante começar a vê-lo de uma nova forma.
  • 5:42 - 5:44
    Ora, o que eu aprendi --
  • 5:44 - 5:47
    isto para as pessoas com inclinação para a tecnologia aqui presentes (que acreditem eu não sou) --
  • 5:47 - 5:49
    que por via de regra leva 30 anos
  • 5:49 - 5:52
    para que muita da tecnologia se torne verdadeiramente parte da nossa vida,
  • 5:52 - 5:54
    como o mouse, a internet e o Windows™
  • 5:54 - 5:56
    E, sabem, há ciclos de 30 anos.
  • 5:56 - 5:58
    Eu penso que 2010 pode ser um ano verdadeiramente interessante.
  • 5:58 - 6:00
    Porque se trata do finald e um ciclo de 30 anos.
  • 6:00 - 6:02
    É o aniversário do sistema de alimentação global.
  • 6:02 - 6:04
    E este é o primeiro aniversário de que quero falar.
  • 6:04 - 6:06
    Eu acho que se realmente pensarmos que
  • 6:06 - 6:09
    isto é algo que se tem vindo a passar apenas nos últimos 30 anos, é um sinal de esperança.
  • 6:09 - 6:11
    É o trigésimo aniversário dos produtos geneticamente modificados,
  • 6:11 - 6:14
    do Big Gulp, Chicken McNuggets, do xarope de milho rico em frutose,
  • 6:14 - 6:16
    da crise agrícola nos EUA
  • 6:16 - 6:19
    e da mudança em como abordamos a agricultura internacionalmente.
  • 6:19 - 6:21
    Portanto há muitas razões para pegarmos neste período de 30 anos
  • 6:21 - 6:24
    como o da criação deste novo sistema alimentar.
  • 6:24 - 6:27
    Eu não sou a única obcecada com esta história dos 30 anos.
  • 6:27 - 6:29
    Ídolos como Michael Pollan
  • 6:29 - 6:31
    e Jamie Oliver no seu desejo TED Prize
  • 6:31 - 6:34
    ambos abordaram este período das últimas três décadas
  • 6:34 - 6:37
    como sendo incrivelmente importante para a mudança no sistema alimentar.
  • 6:37 - 6:39
    O ano de 1980 para mim importa muito
  • 6:39 - 6:42
    porque tambem é este ano o meu trigésimo aniversário.
  • 6:42 - 6:45
    e por isso, ao longo da minha vida,
  • 6:45 - 6:47
    muito do que se passou no mundo --
  • 6:47 - 6:49
    e porque sou uma pessoa obcecada com a comida --
  • 6:49 - 6:51
    muito mudou.
  • 6:51 - 6:53
    O meu segundo sonho é que eu penso
  • 6:53 - 6:55
    que podemos ambicionar para os próximos 30 anos
  • 6:55 - 6:57
    uma oportunidade para mudar o sistema alimentar de novo.
  • 6:57 - 6:59
    Sabemos o que aconteceu no passado,
  • 6:59 - 7:01
    por isso se começarmos agora e olharmos para as tecnologias
  • 7:01 - 7:03
    e melhoramentos no sistema alimentar para o longo prazo,
  • 7:03 - 7:05
    podemos ser capazes de recriar o sistema alimentar.
  • 7:05 - 7:07
    Logo, quando eu participar no meu próximo TED Talk aos 60 anos,
  • 7:07 - 7:10
    poderei dizer que foi um sucesso.
  • 7:10 - 7:12
    Hoje anuncio o lançamento de uma nova organização,
  • 7:12 - 7:15
    ou um novo fundo dentro da fundação FEED, chamado "30 Project".
  • 7:15 - 7:17
    O "30 Project" está realmente devotado
  • 7:17 - 7:19
    a estas ideias de longo prazo
  • 7:19 - 7:21
    para a mudança no sistema alimentar.
  • 7:21 - 7:24
    E eu penso que ao associar personalidades internacionais que se ocupam do problema da fome
  • 7:24 - 7:26
    e personalidades nacionais que se ocupam do problema da obesidade,
  • 7:26 - 7:29
    nós podemos efectivamente procurar soluções de longo prazo
  • 7:29 - 7:31
    que vão fazer o sistema alimentar melhor para todos.
  • 7:31 - 7:33
    Nós temos a tendência para pensar que estes sistemas são bastante diferentes.
  • 7:33 - 7:36
    E há quem debata se os alimentos orgânicos podem alimentar o mundo.
  • 7:36 - 7:38
    Porém, numa perspectiva a 30 anos,
  • 7:38 - 7:40
    há mais esperança em ideias de cooperação.
  • 7:40 - 7:43
    Tenho esperança que ao unir esforços de organizações díspares
  • 7:43 - 7:45
    como a ONE campaign e Slow Food, (www.one.org ; www.slowfood.org.uk)
  • 7:45 - 7:47
    que á partida não parecem ter muito em comum,
  • 7:47 - 7:50
    poderemos falar de soluções holísticas, sistémicas, de longo prazo
  • 7:50 - 7:52
    que vão melhorar a alimentação para todos.
  • 7:52 - 7:54
    Algumas das ideias que tive são
  • 7:54 - 7:57
    que na realidade, as crianças no Bronx precisam de maçãs e cenouras
  • 7:57 - 7:59
    e as crianças no Botswana tambem.
  • 7:59 - 8:02
    E como é que vamos levar esses alimentos saudáveis até essas crianças?
  • 8:02 - 8:05
    Outra coisa que se globalizou fortemente é a produção de carne e peixe.
  • 8:05 - 8:07
    Compreender como produzir proteínas
  • 8:07 - 8:10
    de uma forma saudável para o meio ambiente e para as pessoas
  • 8:10 - 8:13
    vai ser incrivelmente importante para lidar com fenómenos como as alterações climáticas
  • 8:13 - 8:16
    e como nos servimos de fertilizantes derivados de petróleo.
  • 8:16 - 8:18
    E, sabem, estes são temas mesmo relevantes
  • 8:18 - 8:20
    que são de longo prazo
  • 8:20 - 8:23
    importantes tanto para os pequenos agricultores em África
  • 8:23 - 8:26
    como para as pessoas nos EUA que são agricultores e consumidores.
  • 8:26 - 8:29
    Considero tambem que pensar nos alimentos processados de uma nova forma,
  • 8:29 - 8:32
    em que colocamos um preço das externalidades negativas
  • 8:32 - 8:35
    como derivados de petróleo e contaminação por fertilizantes
  • 8:35 - 8:37
    no preço final de um pacote de batatas fritas.
  • 8:37 - 8:39
    Assim, se esse pacote de batatas fritas ficar
  • 8:39 - 8:41
    mais caro do que uma maçã,
  • 8:41 - 8:43
    então talvez seja a altura de se ter um sentido diferente
  • 8:43 - 8:45
    de responsabilidade pessoal nas escolhas de comida
  • 8:45 - 8:47
    porque as escolhas realmente existem
  • 8:47 - 8:50
    em vez de três quartos dos produtos serem feitos de milho, soja e trigo.
  • 8:50 - 8:52
    O 30Project.org está lançado,
  • 8:52 - 8:55
    e já juntei uma coligação de algumas organizações para começar.
  • 8:55 - 8:58
    Ela vai crescer nos próximos meses.
  • 8:58 - 9:00
    Espero que todos vós possam pensar em formas como podem
  • 9:00 - 9:02
    ter uma visão de longo prazo de coisas como o sistema alimentar
  • 9:02 - 9:04
    e apoiem a mudança.
  • 9:04 - 9:08
    (Aplausos)
Title:
Obesidade + Fome = 1 problema de alimentação à escala global
Speaker:
Ellen Gustafson
Description:

Filantropa, co-criadora dos sacos FEED, Ellen Gustafsson afirma que fome e obesidade são os dois lados da mesma moeda. No TEDxEast, ela lançou o 30 Project -- uma via para mudarmos a forma como consumimos e cultivamos comida para os próximos 30 anos, para resolver as desigualdades globais que estão por detrás destas duas epidemias.

more » « less
Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
09:09

Portuguese subtitles

Revisions Compare revisions