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Crescendo em uma cultura pornificada | Gail Dines | TEDxNavesink

  • 0:11 - 0:12
    Obrigado.
  • 0:12 - 0:14
    O que vou falar hoje é:
  • 0:14 - 0:18
    o que significa crescer
    em uma cultura pornificada?
  • 0:18 - 0:21
    O que significa viver em uma sociedade
    em que você é cercado
  • 0:21 - 0:26
    por imagens de mulheres
    hipersexualizadas, pornificadas?
  • 0:26 - 0:29
    O que significa viver em uma sociedade
  • 0:29 - 0:34
    em que a cultura pop é basicamente
    moldada por imagens pornográficas?
  • 0:34 - 0:36
    [Como o pornô molda a cultura pop]
    O que vou falar
  • 0:36 - 0:41
    é como essas imagens moldam
    a identidade sexual e de gênero,
  • 0:41 - 0:46
    porque hoje os jovens não crescem
    em uma cultura baseada em impressos
  • 0:46 - 0:50
    - como aqueles de nós com mais
    de 35 anos, e estou sendo gentil -
  • 0:50 - 0:53
    mas crescem em uma cultura
    baseada em imagens,
  • 0:53 - 0:56
    então vamos dar uma volta
    pelo mundo em que eles vivem.
  • 0:56 - 1:01
    Quando dou palestra para as pessoas,
    geralmente terapeutas e pais,
  • 1:01 - 1:04
    eles não conhecem de fato
    o mundo em que seus filhos vivem.
  • 1:04 - 1:06
    Mas sabe de uma coisa? A mídia conhece.
  • 1:06 - 1:11
    Esta é uma revista chamada Details,
    que é como uma Cosmopolitan para homens.
  • 1:11 - 1:16
    Eles fizeram um artigo, "Como o pornô na
    Internet está mudando o sexo adolescente?"
  • 1:16 - 1:20
    Entrevistaram uma produtora pornô
    chamada Joanna Angel,
  • 1:20 - 1:26
    e ela disse: "As garotas de hoje parecem
    já chegar no set prontas para o pornô."
  • 1:26 - 1:28
    O que isso significa?
  • 1:28 - 1:33
    O que vou dizer é que esta cultura
    está socializando nossas jovens
  • 1:33 - 1:35
    para estarem prontas para a pornografia
  • 1:35 - 1:38
    quer elas acabem
    em um site pornô um dia, ou não.
  • 1:38 - 1:41
    A razão para isso é que
    estão sendo ensinadas
  • 1:41 - 1:44
    a hipersexualizar e pornificar
    a elas próprias.
  • 1:44 - 1:50
    Vamos dar uma volta pelas imagens
    com que essas meninas e meninos convivem.
  • 1:50 - 1:53
    Vamos só pensar sobre as imagens
    com que são bombardeados,
  • 1:53 - 1:58
    o tipo de imagens pornificadas,
    hipersexualizadas.
  • 1:58 - 2:01
    E na verdade, quando você pensa
    nessas milhares de imagens,
  • 2:01 - 2:07
    todas elas se resumem
    a uma jovem branca, loira e alta.
  • 2:07 - 2:12
    Deus proíbe, pelo jeito, qualquer balanço,
    com exceção dos peitos, é claro.
  • 2:12 - 2:16
    Mas, tirando isso, toda sua pele
    tem que ser firme.
  • 2:16 - 2:19
    Agora, nós podemos incluir
    algumas mulheres de cor,
  • 2:19 - 2:21
    se elas se parecerem com a Beyoncé,
  • 2:21 - 2:23
    ou Nicki Minaj,
  • 2:23 - 2:24
    ou, claro, Rihanna.
  • 2:24 - 2:30
    Mas, no geral, a imagem principal
    é uma mulher branca, hipersexualizada.
  • 2:31 - 2:36
    Em Teoria da Mídia, temos um conceito
    chamado "o leitor inscrito no texto".
  • 2:36 - 2:37
    Então, olhe essa mulher.
  • 2:37 - 2:42
    Olhe suas roupas, olhe seu rosto,
    olhe sua postura,
  • 2:42 - 2:45
    e olhe seu olhar, O-L-H-A-R.
  • 2:46 - 2:48
    Para quem ela está falando?
  • 2:48 - 2:53
    Porque a ideia é que toda imagem
    tem um leitor em mente.
  • 2:53 - 2:57
    Antes de responder, você acha
    que ela está falando com a mãe,
  • 2:57 - 3:00
    dizendo: "Vamos tomar uma xícara de café
    depois da sessão de fotos"?
  • 3:00 - 3:01
    (Risos)
  • 3:01 - 3:03
    Então com quem ela está conversando?
  • 3:03 - 3:05
    Para quem ela está falando?
  • 3:05 - 3:06
    Homens.
  • 3:06 - 3:08
    E o que ela está dizendo?
  • 3:09 - 3:11
    "Me coma". Vocês concordam?
  • 3:11 - 3:12
    (Risos)
  • 3:12 - 3:16
    Então isso é o que eu chamo
    de visual "me coma",
  • 3:16 - 3:17
    e não existe nenhuma mulher nessa sala
  • 3:17 - 3:21
    que não poderia entrar
    no visual "me coma" agora mesmo, certo?
  • 3:21 - 3:22
    (Risos)
  • 3:22 - 3:23
    Isso parece certo?
  • 3:23 - 3:27
    Com seu pescoço vulnerável,
    olhando com um olhar como esse.
  • 3:27 - 3:32
    Eu quero que vocês pensem o que significa
    ser homem e crescer em uma cultura
  • 3:32 - 3:38
    em que, antes mesmo de conseguir falar,
    as mulheres estão se oferecendo a você,
  • 3:38 - 3:40
    "Vem me pegar! Vem me pegar!"
  • 3:40 - 3:42
    O que acontece com jovens garotas,
  • 3:42 - 3:46
    é que quando estão desenvolvendo
    sua identidade sexual,
  • 3:46 - 3:49
    o que aprendem é que têm duas escolhas:
  • 3:49 - 3:52
    ou serem "comíveis", ou invisíveis.
  • 3:53 - 3:56
    E o que esperar de uma jovem,
  • 3:56 - 4:01
    quando está embutida no DNA adolescente
    a necessidade de ser visível?
  • 4:02 - 4:06
    O que você espera dela quando
    suas amigas estão andando por aí
  • 4:06 - 4:10
    com jeans cintura-baixa,
    tatuagem na cintura e barriga de fora?
  • 4:10 - 4:12
    O que você quer que ela faça?
  • 4:12 - 4:17
    Porque é impossível pedir
    para que ela prefira a invisibilidade.
  • 4:17 - 4:23
    Isso não é uma escolha, é ser forçada
    a uma armadilha de sexualidade
  • 4:23 - 4:25
    que ela não inventou,
    que ela não decidiu,
  • 4:25 - 4:28
    porque existem muito poucas escolhas.
  • 4:28 - 4:31
    Então o que significa ser uma jovem?
  • 4:31 - 4:35
    Quando eu estava quebrando a cabeça
    para entender o que aconteceu na cultura,
  • 4:35 - 4:37
    sabe quem realmente me contou o que era?
  • 4:37 - 4:41
    Não foi alguém com doutorado
    em sociologia ou psicologia;
  • 4:41 - 4:46
    na verdade, foi um pedófilo encarcerado
    que vou chamar de Dick.
  • 4:47 - 4:53
    Dick foi preso por estuprar
    sua enteada de 12 anos,
  • 4:53 - 4:56
    e ele estava me explicando como a aliciou.
  • 4:56 - 4:58
    Aliciamento é o que acontece
  • 4:58 - 5:01
    quando o perpetrador
    cerca sua vítima de carinhos,
  • 5:01 - 5:04
    começa a desenvolver
    um relacionamento com ela, e então diz
  • 5:04 - 5:09
    que o importante é o quão gostosa ela é,
    que ela é muito sexy, que ela é gostosa.
  • 5:09 - 5:13
    No momento em que ele faz seu movimento,
  • 5:13 - 5:16
    ela está ligada a ele, e pensa que
    a coisa mais importante sobre si mesma
  • 5:16 - 5:18
    é que ela é gostosa.
  • 5:19 - 5:23
    Dick estava me explicando
    como ele aliciou sua enteada;
  • 5:23 - 5:26
    então, ele me olhou
    fundo nos olhos, e disse:
  • 5:26 - 5:29
    "A cultura fez uma boa parte
    do aliciamento por mim."
  • 5:29 - 5:33
    E tenho que contar
    que quase caí da cadeira.
  • 5:33 - 5:35
    Porque ele estava absolutamente certo.
  • 5:35 - 5:39
    A cultura é uma perpetradora
    em massa contra nossas garotas.
  • 5:39 - 5:43
    Antes, você precisava
    de um perpetrador individual
  • 5:43 - 5:45
    para perpetrar contra
    uma garota individual.
  • 5:45 - 5:47
    Não é mais assim.
  • 5:47 - 5:51
    Agora, a Cultura Pop Parte II
    para os garotos é a indústria pornô.
  • 5:51 - 5:57
    Quando falo de pornô, não quero dizer
    Playboy, Penthouse ou Hustler.
  • 5:57 - 5:59
    Vamos voltar para a revista Details.
  • 5:59 - 6:03
    Basicamente, eles disseram no artigo:
  • 6:03 - 6:06
    "Existe toda uma geração
    de jovens que pensa
  • 6:06 - 6:09
    que sexo termina
    com uma esguichada no rosto."
  • 6:09 - 6:11
    Para os não iniciados que estão aí,
  • 6:11 - 6:15
    uma esguichada é uma ejaculação no rosto.
  • 6:15 - 6:17
    Para contar a vocês o que ocorre no mundo
  • 6:17 - 6:22
    - porque eu ensino jovens, dou palestras
    em faculdades por todo o país -
  • 6:22 - 6:27
    uma estudante me contou que conversava
    com um cara que queria namorar sério
  • 6:27 - 6:31
    - o que, na cultura dos sites de pegação,
    acredite em mim, é uma grande coisa -
  • 6:31 - 6:33
    ele disse para ela
    que tinha uma condição,
  • 6:33 - 6:38
    e a condição era ter
    que deixar ele gozar na cara.
  • 6:38 - 6:40
    Ela disse: "Não, não vou deixar
    você fazer isso."
  • 6:40 - 6:44
    E eu estava contando para uma repórter
    na Inglaterra, de uns 40 anos.
  • 6:44 - 6:47
    Ela estava fazendo
    um documentário, e me disse:
  • 6:47 - 6:50
    "Não acredito em você.
    Você está exagerando."
  • 6:50 - 6:53
    E uma assistente de 23 anos
    virou para ela, e disse:
  • 6:53 - 6:57
    "Você sabe quantos homens já gozaram
    na minha cara sem perguntar?"
  • 6:57 - 7:02
    Então esqueça a noção de Playboy,
    Penthouse ou mesmo Hustler;
  • 7:02 - 7:04
    esses foram os bons e velhos
    tempos da pornografia.
  • 7:04 - 7:08
    Nunca pensei que fosse estar aqui,
    olhando para trás e dizendo:
  • 7:08 - 7:11
    "Esses tinham uma malícia elegante."
  • 7:11 - 7:14
    O que mudou tudo foi a Internet.
  • 7:14 - 7:16
    A Internet tornou a pornografia acessível,
  • 7:16 - 7:20
    tornou acessível e tornou anônima.
  • 7:20 - 7:23
    Os três A's que impulsionam a demanda.
  • 7:23 - 7:27
    Vocês sabiam que os sites pornô
    têm mais visitantes por mês
  • 7:27 - 7:30
    do que Netflix, Amazon e Twitter juntos?
  • 7:30 - 7:32
    Apenas compreendam
  • 7:32 - 7:36
    - e sabemos disso por estudos -
  • 7:36 - 7:41
    que cerca de 90% das cenas mais assistidas
  • 7:41 - 7:45
    têm pelo menos um abuso físico
    ou verbal contra a mulher.
  • 7:45 - 7:47
    O que eu vou fazer agora é seguir
  • 7:47 - 7:50
    as pegadas de um menino de 12 anos.
  • 7:50 - 7:53
    A primeira idade de uso
    da pornografia é 12 anos.
  • 7:53 - 7:55
    E eu só vou segui-lo,
  • 7:55 - 7:58
    sem cartão de crédito,
    colocar "pornô" no Google,
  • 7:58 - 8:00
    e eu vou te contar o que ele vai ver.
  • 8:00 - 8:06
    A primeira coisa que ele vai ver,
    o ato principal em quase todos os sites,
  • 8:06 - 8:07
    é o engasgo.
  • 8:07 - 8:11
    Isso é quando o homem coloca
    o pênis tão dentro da garganta dela,
  • 8:11 - 8:15
    que ela engasga quase até
    ao ponto de vomitar.
  • 8:15 - 8:19
    Eles colocam tanto rímel no seu rosto,
    que ela chora de verdade
  • 8:19 - 8:22
    e você consegue ver o filete
    de rímel escorrendo.
  • 8:22 - 8:26
    Enquanto ela engasga,
    ele pega a cabeça dela,
  • 8:26 - 8:29
    puxa na sua direção e diz:
    "Olha pra mim!"
  • 8:29 - 8:31
    E ela está se asfixiando!
  • 8:32 - 8:34
    Esse é um tipo de psicopata sexual.
  • 8:34 - 8:38
    Quando você pensa que o pornô
    é a principal forma de educação sexual,
  • 8:38 - 8:41
    pense o que vai acontecer
    com a próxima geração de meninos,
  • 8:41 - 8:47
    na qual a maioria é ensinada pelo
    pornô pesado, mais comum da internet.
  • 8:47 - 8:49
    O menino típico de 12 anos,
  • 8:49 - 8:53
    quando vai para o pornô,
    quando ele coloca "pornô" no Google,
  • 8:53 - 8:55
    o que você acha
    que ele pensa que vai ver?
  • 8:55 - 9:00
    Peitos? Pessoas fazendo sexo?
    Ou você acha que ele pensa no engasgo?
  • 9:00 - 9:02
    É claro, não é nisso.
  • 9:02 - 9:04
    Então, o que o mantém nisso?
  • 9:04 - 9:09
    Comecei a ler o texto que vinha junto
    com as imagens; vejam este:
  • 9:09 - 9:13
    "Você sabe o que dizemos para coisas
    como romance e preliminares?"
  • 9:13 - 9:14
    "Nós dizemos: foda-se!"
  • 9:14 - 9:16
    "Pegamos vadias jovens e espetaculares
  • 9:16 - 9:19
    e fazemos o que todo homem
    gostaria realmente de fazer -
  • 9:19 - 9:21
    fazemos elas engasgarem", etc., etc.
  • 9:21 - 9:26
    Isso é de um site muito conhecido,
    chamado Gag Me Then Fuck Me.
  • 9:26 - 9:28
    Agora, pense nisso:
  • 9:28 - 9:33
    ele tem 12 anos, ele está entrando
    na masculinidade, ele está excitado,
  • 9:33 - 9:36
    e estão dizendo para ele:
    "você quer ser um macho?"
  • 9:36 - 9:39
    "Isso é a sua iniciação
    para a masculinidade".
  • 9:39 - 9:43
    "Esse é o preço que você paga
    para ser masculino".
  • 9:43 - 9:47
    Isso é um caldo tóxico
    no estômago desse garoto,
  • 9:47 - 9:50
    porque ele está excitado,
    mas também está envergonhado,
  • 9:50 - 9:54
    e ele também está assustado,
    e também está com raiva,
  • 9:54 - 9:57
    e ele sente uma vergonha enorme
    de estar excitado,
  • 9:57 - 10:01
    e ninguém disse para ele:
    "Isso não é quem você é."
  • 10:01 - 10:04
    Porque os produtores pornô
    dizem para ele:
  • 10:04 - 10:07
    "Isso é quem você é.
    Isso é o que você quer."
  • 10:07 - 10:09
    "Porque nós pegamos safadas
    jovens e espetaculares,
  • 10:09 - 10:12
    e nós fazemos o que todo homem
    realmente gostaria de fazer."
  • 10:12 - 10:14
    Mas você sabe de uma coisa?
    Isso não é verdade.
  • 10:14 - 10:16
    Eu sei que isso não é verdade.
  • 10:16 - 10:20
    Sei que não é, porque as feministas
    são as melhores amigas dos homens,
  • 10:20 - 10:24
    porque nós acreditamos mais nos homens
    do que os produtores de pornô.
  • 10:24 - 10:25
    E você sabe como eu sei
  • 10:25 - 10:28
    que os produtores de pornô não dizem
    a verdade sobre os homens?
  • 10:28 - 10:32
    Eu sei disso como uma feminista,
    eu sei disso como uma acadêmica,
  • 10:32 - 10:35
    e, acima de tudo, eu sei disso
    como a mãe de um filho.
  • 10:35 - 10:37
    Meu filho vale mais do que isso.
  • 10:37 - 10:41
    E se meu filho vale, então acredito
    que o seu filho também.
  • 10:41 - 10:45
    A próxima cena realmente
    constante que vocês verão
  • 10:45 - 10:48
    é bem violenta: sexo anal acelerado.
  • 10:48 - 10:52
    Deixe-me ler uma espécie
    de cópia promocional
  • 10:52 - 10:55
    do filme "Anally ripped whores".
  • 10:55 - 10:58
    "Nós, da Pure Filth, sabemos
    exatamente o que você quer:
  • 10:58 - 11:00
    meninas sendo comidas na bunda
  • 11:00 - 11:04
    até seus esfíncteres ficarem rosas,
    inchados e totalmente arrombados.
  • 11:04 - 11:09
    Fraldas adultas estarão nas lojas quando
    essas vadias terminarem o trabalho."
  • 11:09 - 11:12
    Essa é a cópia promocional.
  • 11:12 - 11:17
    Você não precisa de um doutorado
    em Mídia para entender a violência,
  • 11:17 - 11:21
    e eu quero deixar claro:
    esse é o pornô mais comum.
  • 11:21 - 11:25
    É nesse que o garoto de 12 anos
    chega em 15 segundos,
  • 11:25 - 11:28
    e esse não é o pior.
    Eu nem chego perto do pior.
  • 11:28 - 11:32
    A cena pornô padrão,
    o filme pornô padrão:
  • 11:32 - 11:36
    uma mulher, três homens,
    penetração oral, anal e vaginal.
  • 11:36 - 11:39
    Eles estão puxando seu cabelo,
    estão cuspindo na sua cara,
  • 11:39 - 11:44
    estão chamando ela de vagabunda,
    piranha, depósito de esperma.
  • 11:44 - 11:48
    Essa é a educação sexual
    de hoje, pelo mundo afora.
  • 11:48 - 11:51
    Sabemos, de 40 anos de pesquisa,
    que quanto mais cedo os meninos
  • 11:51 - 11:55
    chegam no pornô, mais isso restringe
    sua capacidade para a intimidade,
  • 11:55 - 11:58
    mais diminui sua empatia
    para com vítimas de estupro,
  • 11:58 - 12:01
    mais aumenta a depressão e a ansiedade,
  • 12:01 - 12:05
    e mais provavelmente eles se envolverão
    em comportamento sexual de risco.
  • 12:05 - 12:07
    O futuro.
  • 12:07 - 12:10
    Agora, temos uma geração inteira
    de meninos perdendo a sensibilidade,
  • 12:10 - 12:16
    porque o que você quer com 10 anos é
    diferente do que quer aos 15, 20, 30.
  • 12:16 - 12:18
    Então, para onde isso vai?
  • 12:18 - 12:19
    Em 2002,
  • 12:19 - 12:23
    a Free Speech Coalition, que é o braço
    de lobby da indústria pornográfica,
  • 12:23 - 12:27
    influenciou a Corte Ashcroft
    para tirar o argumento
  • 12:27 - 12:30
    de que você não poderia usar garotas
    que pareciam menores de 18.
  • 12:30 - 12:33
    E isso é que ganhamos,
    do dia para a noite:
  • 12:33 - 12:35
    pornô adolescente,
  • 12:35 - 12:37
    "primeira vez com o papai",
  • 12:37 - 12:39
    "vagabunda do papai",
  • 12:39 - 12:42
    "tudo bem, ela é minha enteada".
  • 12:42 - 12:44
    O que nós vamos fazer?
  • 12:44 - 12:48
    Como nós vamos amarrar
    esse monstro do pornô, passo por passo?
  • 12:48 - 12:51
    Vamos usar a estratégia de Gulliver.
  • 12:51 - 12:55
    Educação, por educação, por educação.
  • 12:55 - 12:57
    Vamos usar uma abordagem de saúde pública.
  • 12:57 - 12:59
    Assim como paramos
    de beber e dirigir,
  • 12:59 - 13:01
    você traz para a mesa
  • 13:01 - 13:06
    todos que têm um interesse pessoal
    no bem estar da próxima geração.
  • 13:06 - 13:11
    No meu grupo, Culture Reframed,
    tomamos o modelo de saúde pública,
  • 13:11 - 13:14
    e vamos construir programas para pais,
  • 13:14 - 13:16
    vamos construir programas
    para profissionais,
  • 13:16 - 13:18
    vamos construir programas para estudantes;
  • 13:18 - 13:23
    porque vamos amarrar esse monstro
    do pornô, pedaço por pedaço.
  • 13:23 - 13:24
    E vocês sabem por quê?
  • 13:24 - 13:28
    Porque nossas crianças valem mais,
    nossa cultura vale mais,
  • 13:28 - 13:31
    nossos meninos valem mais,
    e nossas meninas valem mais.
  • 13:31 - 13:32
    Muito obrigado.
  • 13:32 - 13:35
    (Aplausos)
Title:
Crescendo em uma cultura pornificada | Gail Dines | TEDxNavesink
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx, organizado de forma independente por uma comunidade local mas usando o formato das Conferências TED. Saiba mais em: http://ted.com/tedx

A cultura popular nos bombardeia com imagens hipersexualizadas de mulheres e homens, transmitindo poderosas imagens que ajudam a moldar nossa sexualidade. Em sua persuasiva palestra, Dra. Gail Dines expõe os efeitos da cultura pornô na cultura pop e o impacto em crianças e jovens, crescendo, hoje, em uma cultura pornificada, e explica como a organização sem fins lucrativos Culture Reframed está "resolvendo a crise de saúde pública da era digital".

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:48

Portuguese, Brazilian subtitles

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