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Que lugar você quer ocupar no mundo? | Camila Agone | TEDxSaoPaulo

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    Qual é o lugar que vocês
    querem ocupar no mundo?
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    Vocês já se perguntaram isso?
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    Em um dado momento do meu ensino médio,
    a minha professora de história,
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    que também dava aula de "projeto de vida",
    me fez o seguinte questionamento:
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    "Qual é o lugar que você quer
    ocupar no mundo?"
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    Eu não sabia a resposta.
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    Mas também não imaginava
    que pensar sobre isso
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    me fizesse enxergar tantas possibilidades
    de crescimento e de futuro.
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    Eu venho de uma família muito humilde,
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    a maioria veio de Rondônia,
    onde trabalhavam na roça.
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    E, quando eu tinha um ano mais ou menos,
    eles vieram para São Paulo.
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    Apesar de todas as dificuldades
    que a minha família enfrentou,
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    eles sempre fizeram questão
    de me garantir o melhor
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    e sempre me deram
    todo o apoio que eu precisava.
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    E a eles, devo todos os agradecimentos.
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    Perto da minha casa,
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    havia uma escola na qual fui matriculada
    no ensino fundamental.
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    E essa escola era considerada
    a pior escola da minha região.
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    A maioria dos professores
    não mostrava compromisso,
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    as aulas eram canceladas,
    e o desinteresse era geral.
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    Obviamente, eu não me sentia
    nem um pouco motivada.
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    Quando chegou a hora
    de ir pro ensino médio,
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    surgiu uma nova escola,
    ao lado dessa outra,
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    uma escola em tempo integral,
    chamada Jardim Riviera.
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    Eu sempre gostei de estudar,
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    mas a maioria dos meus amigos
    tinha ficado na escola antiga
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    Então eu fiquei em dúvida:
    será que vou ou não?
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    Então surgiu a minha mãe,
    me incentivando pra caramba,
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    falando que eu deveria mudar.
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    Eu mudei de escola e, consequentemente,
    a minha vida mudou.
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    Essa escola também era pública,
    mas ela era muito melhor.
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    E, logo de cara, eu tive uma sensação
    de acolhimento enorme.
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    Lá, eu tive contato com um projeto
    chamado Protagonismo Juvenil,
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    que é um projeto em que jovens
    que têm um destaque acadêmico,
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    têm a oportunidade
    de influenciar outros jovens
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    e esses jovens disseminam
    essas lições nas suas escolas.
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    E durante todo o ensino médio,
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    eu fui me tornando
    uma das principais representantes
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    do Estado de São Paulo
    em termos de protagonismo juvenil.
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    Bom, esse projeto despertou em mim
    o meu lado proativo.
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    E como na escola também havia
    disciplinas eletivas,
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    a chance de escolher aquilo que eu queria,
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    me levou a cursar uma disciplina
    chamada Pré-Iniciação Científica.
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    Dentre os projetos possíveis,
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    trabalhar com plantas
    era algo muito acessível.
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    Então, fui até um parque
    perto da minha casa
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    e lá eu dei de cara com uma árvore
    enorme chamada embaúba
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    que, segundo a sabedoria popular,
    tinha propriedades cicatrizantes.
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    A embaúba é uma árvore endêmica do Brasil.
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    Todo mundo conhece, é uma planta
    que tem muitas propriedades.
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    Inclusive, pessoas da minha
    família conheciam.
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    Pesquisando na internet,
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    eu vi que a hipótese da propriedade
    cicatrizante se confirmava.
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    Mas não tinha nada científico a respeito.
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    Como assim uma árvore tão importante
    e nada sobre [o assunto]?
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    Era o que eu precisava
    pra iniciar o projeto.
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    Depois da ideia inicial, eu pensei
    na melhor maneira de usar a planta.
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    Então eu fiz chá, suco, pomada, sabonete,
    cheguei a fazer papel reciclado com ela.
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    As ideias estavam acabando.
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    O chá tinha um gosto até aceitável,
    mas, em grandes quantidades,
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    ele tem potencial alucinógeno.
    Não experimentem!
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    O suco tinha um gosto horrível,
    então ninguém queria experimentar.
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    Mas mulheres, dizem que emagrece.
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    A pomada, eu testei, deu super certo,
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    e eu vi que ali existia uma chance
    de desenvolver um projeto bem legal.
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    Como eu não tinha um laboratório
    que me permitisse avançar na pesquisa,
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    tive que buscar parcerias.
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    E consegui parcerias com algumas
    universidades, dentre elas a UNIFESP,
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    que me ajudaram
    a desenvolver melhor o projeto.
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    Fiz identificação da espécie, o mapeamento
    das propriedades farmacológicas,
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    fiz uma bateria de testes.
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    E, no final das contas, eu provei
    que embaúba era cicatrizante. Yes!
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    Ganhei vários prêmios,
    cheguei a publicar um artigo científico.
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    Hoje, vários alunos
    daquela escola fazem pesquisa
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    e meu projeto é um exemplo
    pra muitos deles.
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    Isso é um grande orgulho.
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    Com todo esse incentivo
    e entusiasmo em fazer pesquisas,
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    passei o ensino médio
    querendo cursar farmácia.
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    E eu, que saí da pior escola
    da minha região,
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    consegui aprovação em todos
    os vestibulares que eu prestei.
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    E eu fui? Não.
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    Parei, refleti e decidi,
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    que engenharia era algo muito mais
    próximo do que eu queria para meu futuro.
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    Hoje eu tenho 18 anos,
    estou no segundo ano de curso,
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    e pretendo me formar
    em Engenharia de Energia.
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    Porque não me agrada nem um pouco
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    saber que um país com uma extensão
    territorial tão grande,
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    com tanta diversidade de climas,
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    ainda recorre a termoelétricas,
    em tempos de estiagem.
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    E ao mesmo tempo tem tão pouca
    diversificação de matriz energética.
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    Eu ainda não tenho a resposta
    pra aquela questão inicial.
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    Mas, através da educação, eu descobri
    que a minha maior vontade é crescer
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    e mudar a vida das pessoas ao meu redor.
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    Na minha vida, existiram
    dois tipos de escola.
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    Mas isso nunca me desmotivou
    e nunca me fez parar.
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    Então, hoje eu quero servir
    de inspiração pra muitos jovens,
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    assim como eu tive várias fontes
    de inspiração ao longo da minha vida.
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    Eu quero fazer com que esses jovens
    acreditem no seu talento
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    e no seu esforço pessoal.
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    E possam buscar os seus sonhos
    e mudar as suas vidas e o mundo.
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    A gente nunca pode dizer que os sonhos
    de uma pessoa são bobagens.
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    Seria uma pena se todas as pessoas
    acreditassem nisso.
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    Você é do tamanho do seu sonho.
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    Não importa de onde você veio,
    onde você nasceu.
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    Se você tem um sonho e se dedica
    pra fazer com que as coisas dêem certo,
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    acredite em mim, as coisas acontecem.
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    Vocês já assistiram
    "Alice no País das Maravilhas?"
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    Lembram do gato: "Pra quem não sabe
    onde vai, qualquer caminho serve".
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    Então, a questão que fica é:
    "Qual o tamanho do sonho de vocês?
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    E qual o lugar que vocês querem
    ocupar no mundo?"
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    Muito obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Que lugar você quer ocupar no mundo? | Camila Agone | TEDxSaoPaulo
Description:

Camila é uma jovem engajada que aprendeu cedo a amar a ciência.

Jovem empreendedora e estudante de engenharia na Universidade Federal do ABC, ex-aluna da rede pública, ainda no ensino médio ganhou um prêmio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo com um projeto sobre o poder medicinal da embaúba.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
06:35
  • POR FAVOR NA HORA DE APROVAR MUDAR O TITULO DO VIDEO - O TITULO MUDOU PARA:
    Que lugar você quer ocupar no mundo?

Portuguese, Brazilian subtitles

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