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Mentirosos honestos: a psicologia da autoilusão | Cortney Warren | TEDxUNLV

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    Os seres humanos
    são mestres da autoilusão.
  • 0:19 - 0:22
    Iludimo-nos a nós mesmos
    acreditando em coisas que são falsas
  • 0:22 - 0:26
    e recusamo-nos a acreditar
    em coisas que são verdadeiras.
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    Eu andava na universidade
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    quando comecei a mergulhar
    no tópico da autoilusão.
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    E isso abalou o meu mundo.
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    Vi-a por toda a parte,
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    em toda a gente.
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    Mentimos a nós mesmos
    nos mais pequenos pormenores,
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    tal como quanto comemos hoje
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    e porque é que não registámos
    a nossa altura e peso reais
  • 0:46 - 0:48
    na nossa carta de condução.
  • 0:48 - 0:49
    (Risos)
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    Mentimos para refletir
    os objetivos a que aspiramos:
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    "Só vou beber
    um copo de vinho esta noite"
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    quando sei que vou beber
    pelo menos três.
  • 0:58 - 0:59
    (Risos)
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    Mentimos para respeitar ideais sociais:
  • 1:02 - 1:05
    "Nunca tive pensamentos sexuais
    com ninguém exceto com o meu cônjuge",
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    porque isso não seria aceitável.
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    Mentimos sobre as nossas opções
    de vida mais importantes,
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    como porque é que casámos
    com quem casámos,
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    ou escolhemos determinada profissão.
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    Infelizmente, para quem for romântico,
  • 1:18 - 1:22
    o amor raramente é o motivo real
    para essas escolhas.
  • 1:23 - 1:26
    Em parte alguma
    a autoilusão foi mais óbvia
  • 1:26 - 1:28
    do que nas minhas relações amorosas.
  • 1:28 - 1:31
    Eu tinha pavor de ser abandonada.
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    Esse meu medo levou-me
    a agir de formas
  • 1:33 - 1:36
    que ainda tenho dificuldade em confessar
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    — esperando ansiosamente um telefonema,
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    sair para verificar se ele estava
    onde dizia estar,
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    perguntar vezes sem conta se ele me amava.
  • 1:43 - 1:47
    Nessa altura,
    eu nunca vos teria dito isto,
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    porque não era capaz
    de o reconhecer para mim mesma.
  • 1:52 - 1:55
    No fundo, mentimos a nós mesmos,
  • 1:55 - 1:59
    porque não temos força psicológica
    suficiente para reconhecer a verdade
  • 1:59 - 2:02
    e lidar com as consequências
    que ela acarreta.
  • 2:02 - 2:05
    Dito isto, compreender a nossa autoilusão
  • 2:05 - 2:09
    é a forma mais eficaz
    de viver uma vida plena.
  • 2:09 - 2:12
    Porque, quando reconhecemos
    quem somos realmente,
  • 2:12 - 2:15
    temos a oportunidade de mudar.
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    É difícil olhar para esta foto e pensar:
  • 2:19 - 2:20
    "Mentirosos!"
  • 2:20 - 2:23
    (Risos)
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    Mas as nossas tendências
    de autoilusão começam aqui.
  • 2:29 - 2:32
    Desde muito novos
    começamos a observar-nos
  • 2:32 - 2:35
    e a tirar conclusões sobre nós mesmos
    e sobre o nosso meio.
  • 2:35 - 2:39
    Certas ou erradas, as conclusões
    que fazemos afetam a nossa identidade.
  • 2:40 - 2:42
    Quando adultos, queremos mentir sobretudo
  • 2:42 - 2:46
    sobre como as nossas dolorosas realidades
    psicológicas, vividas em crianças,
  • 2:46 - 2:49
    afetaram quem somos hoje.
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    Talvez fôssemos criados
    num lar só com uma mãe
  • 2:52 - 2:54
    em que fomos rejeitados
    pelo nosso pai.
  • 2:54 - 2:56
    Pensámos que havia qualquer coisa
    de errado connosco
  • 2:56 - 2:59
    — não éramos bastante inteligentes,
    atraentes ou atléticos.
  • 2:59 - 3:01
    Concluímos que,
    para as pessoas gostarem de nós,
  • 3:01 - 3:04
    precisávamos de ser perfeitos.
  • 3:04 - 3:05
    Quando adultos,
  • 3:05 - 3:07
    quando alguém nos aponta
    as nossas imperfeições,
  • 3:07 - 3:12
    sentimos uma ansiedade tremenda
    mas negamos que ela provenha daí.
  • 3:12 - 3:16
    Talvez nos tivéssemos sentido feios
    porque criticavam o nosso aspeto.
  • 3:16 - 3:20
    Aprendemos a comer em resposta
    ao sofrimento emocional.
  • 3:20 - 3:23
    Quando adultos, lutamos por manter
    um peso estável,
  • 3:23 - 3:27
    porque o que comemos
    pouco tem a ver com fome.
  • 3:27 - 3:30
    Talvez assistíssemos a discussões
    dos nossos pais.
  • 3:30 - 3:32
    Aprendemos a evitar os conflitos.
  • 3:32 - 3:37
    Agora lutamos até para reconhecer
    que sentimos emoções negativas.
  • 3:38 - 3:41
    Embora cada um dos ensinamentos
    específicos da infância sejam únicos,
  • 3:41 - 3:43
    o que aprendemos
    será exemplificado
  • 3:44 - 3:47
    nas mentiras que contamos
    a nós mesmos, quando adultos.
  • 3:47 - 3:49
    As teorias psicológicas da natureza humana
  • 3:49 - 3:52
    podem ajudar-nos a compreender
    a nossa autoilusão.
  • 3:52 - 3:54
    Sigmund Freud foi o primeiro
    a descrever a mentira
  • 3:54 - 3:56
    através de mecanismos
    de autodefesa do ego:
  • 3:56 - 3:59
    Estratégias psicológicas
    que protegem o nosso ego
  • 3:59 - 4:01
    — o nosso sentido profundo de nós mesmos —
  • 4:01 - 4:04
    das informações que podem magoar-nos.
  • 4:04 - 4:05
    Negação:
  • 4:05 - 4:07
    Recusando-nos a acreditar
    que uma coisa é verdade,
  • 4:08 - 4:09
    embora o seja.
  • 4:09 - 4:11
    "Eu não tenho problemas com o álcool",
  • 4:11 - 4:13
    "embora beba todos os dias.
  • 4:14 - 4:15
    "Não sou ciumento",
  • 4:15 - 4:19
    embora vá ver o "email"
    do meu parceiro, às escondidas.
  • 4:19 - 4:21
    Racionalização:
  • 4:21 - 4:24
    Criando uma razão para nos justificarmos.
  • 4:25 - 4:26
    "Eu não teria gritado contigo
  • 4:26 - 4:29
    "se não me tivesses tratado
    tão injustamente",
  • 4:29 - 4:31
    justificando assim os meus gritos.
  • 4:31 - 4:34
    "Eu sei que fumar não é bom
    para a minha saúde,
  • 4:34 - 4:36
    "mas ajuda-me a relaxar",
  • 4:36 - 4:38
    justificando assim fumarmos.
  • 4:39 - 4:40
    Projeção:
  • 4:40 - 4:42
    Agarrando um aspeto indesejável
    de nós mesmos,
  • 4:42 - 4:45
    e atribuindo-o a outra pessoa.
  • 4:45 - 4:48
    "Eu não sou assim. Tu é que és assim".
  • 4:49 - 4:51
    Quando namoramos alguém
    por quem perdemos o interesse,
  • 4:51 - 4:53
    dizemos coisas como:
  • 4:53 - 4:56
    "Não estás pronto para esta relação",
  • 4:56 - 5:00
    quando, na verdade, somos nós
    que não estamos prontos para essa relação
  • 5:00 - 5:02
    e nunca estaremos.
  • 5:02 - 5:05
    Os pioneiros no domínio
    do comportamento cognitivo
  • 5:05 - 5:07
    descrevem como os nossos pensamentos
    nos atraiçoam
  • 5:07 - 5:11
    através de distorções cognitivas
    — formas irracionais de pensar.
  • 5:12 - 5:14
    Pensamentos polarizados:
    Pensar em extremos.
  • 5:14 - 5:18
    "Ou não como nenhum bombom
    ou como uma caixa inteira.
  • 5:18 - 5:20
    "Porque, se comer um bombom,
  • 5:20 - 5:23
    "já dei cabo da minha dieta
    por isso posso continuar a comer".
  • 5:25 - 5:26
    Raciocínio emocional:
  • 5:26 - 5:30
    Pensar que os nossos sentimentos
    refletem devidamente a realidade.
  • 5:31 - 5:35
    "Sinto-me magoada, por isso
    alguma coisa de mal me fizeste".
  • 5:35 - 5:38
    "Sinto-me estúpido,
    portanto sou estúpido".
  • 5:38 - 5:40
    Generalização exagerada:
  • 5:40 - 5:43
    Agarrando num simples
    acontecimento negativo
  • 5:43 - 5:45
    como uma espiral infinita de derrota.
  • 5:45 - 5:47
    Depois de passar
    por um fracasso mau, pensamos:
  • 5:48 - 5:49
    "Vou ficar sempre sozinho".
  • 5:50 - 5:52
    Depois de nos negarem uma promoção
    no trabalho, pensamos:
  • 5:52 - 5:55
    "Nunca terei êxito na minha carreira".
  • 5:56 - 5:58
    De uma perspetiva existencial,
  • 5:58 - 6:02
    enganamo-nos a nós mesmos
    para evitar o que a vida nos dá
  • 6:02 - 6:06
    — as realidades fundamentais
    de "ser humano" que temos de enfrentar.
  • 6:07 - 6:10
    A morte — todos acabamos por morrer.
  • 6:11 - 6:12
    A suprema solidão:
  • 6:12 - 6:17
    — nascemos como uma pessoa só,
    alojada num corpo físico solitário.
  • 6:17 - 6:19
    A falta de sentido:
  • 6:19 - 6:24
    a nossa vida não tem sentido
    a não ser que lhe demos um sentido.
  • 6:24 - 6:26
    E a liberdade:
  • 6:26 - 6:30
    Somos responsáveis por nós mesmos
    porque temos a liberdade de escolha.
  • 6:31 - 6:34
    Para evitar confrontarmo-nos
    com estas realidades,
  • 6:34 - 6:36
    frequentemente mentimos a nós mesmos.
  • 6:36 - 6:39
    "Sou assim porque fui educado assim",
  • 6:39 - 6:42
    atribuindo a outrem a responsabilidade
    das minhas escolhas.
  • 6:42 - 6:46
    "As coisas más nos noticiários
    nunca me acontecerão",
  • 6:46 - 6:49
    "porque sou especial
    e estou protegido do mal.
  • 6:50 - 6:54
    "Não faço testamento, porque sou jovem
    e não vou morrer tão cedo",
  • 6:54 - 6:57
    negando assim a nossa mortalidade.
  • 6:58 - 7:00
    Os psicólogos multiculturais e feministas
  • 7:00 - 7:04
    descrevem como a interiorização
    das normas culturais nos afetam.
  • 7:04 - 7:07
    Iludimo-nos a nós mesmos, acreditando
  • 7:07 - 7:10
    que fomos condicionados culturalmente
    a acreditar que é verdade,
  • 7:10 - 7:14
    em vez de decidirmos se aquilo
    em que acreditamos é verdade.
  • 7:15 - 7:18
    Comprometemo-nos
    em satisfazer as normas culturais?
  • 7:18 - 7:20
    Pensaremos que precisamos
    de ter um certo aspeto,
  • 7:20 - 7:23
    de ter um determinado peso,
    de ganhar uma determinada quantia,
  • 7:23 - 7:25
    casarmos, termos filhos, sermos religiosos
  • 7:25 - 7:27
    porque isso é o que é costume
  • 7:27 - 7:31
    ou porque acreditamos que é
    o que está certo para nós mesmos?
  • 7:32 - 7:35
    Todas estas teorias da natureza humana
    ajudam-nos a compreender
  • 7:35 - 7:39
    como nos iludimos diariamente.
  • 7:41 - 7:43
    Porque é que nos devemos preocupar?
  • 7:44 - 7:49
    A autoilusão leva-nos
    a muito sofrimento e arrependimento.
  • 7:50 - 7:51
    Para evitarmos ser honestos,
  • 7:51 - 7:54
    frequentemente fazemos escolhas
    com consequências prejudiciais
  • 7:54 - 7:56
    para nós mesmos e para os outros
  • 7:56 - 7:59
    — podemos usar drogas, álcool, comer,
  • 7:59 - 8:03
    fazer compras, jogar, roubar,
    mentir, abandonar pessoas
  • 8:03 - 8:07
    ou passar a nossa bagagem emocional
    para aqueles de quem mais gostamos.
  • 8:08 - 8:11
    Ou podemos optar por não mudar
  • 8:11 - 8:14
    mesmo quando nos sentimos infelizes
  • 8:14 - 8:18
    ou causamos profundo mal
    aos que estão à nossa volta.
  • 8:18 - 8:22
    Olhar para a vida com remorsos
    é um sofrimento intolerável,
  • 8:22 - 8:25
    porque não podemos alterar
    as nossas escolhas do passado.
  • 8:26 - 8:28
    Como já referi,
  • 8:28 - 8:31
    eu estrebuchei muito nas minhas
    relações amorosas.
  • 8:31 - 8:33
    Eu sabia que não me sentia segura
  • 8:33 - 8:36
    mas acreditava que a culpa
    era do meu namorado.
  • 8:36 - 8:40
    Se ele me ligasse mais vezes,
    se me dissesse mais vezes que me amava,
  • 8:40 - 8:42
    eu sentir-me-ia segura.
  • 8:42 - 8:45
    A verdade era que ele
    não podia fazer nada
  • 8:46 - 8:47
    para eu me sentir segura,
  • 8:47 - 8:51
    porque os meus sentimentos
    não tinham nada a ver com ele.
  • 8:51 - 8:54
    Não me sentia segura
    porque eu aprendera em criança
  • 8:54 - 8:56
    que as pessoas sempre me abandonariam
  • 8:56 - 9:00
    e eu vivia a fazer escolhas
    consistentes com essa crença.
  • 9:01 - 9:06
    Quando não assumimos
    plena responsabilidade de quem somos,
  • 9:06 - 9:10
    magoamo-nos a nós mesmos
    e a toda a gente à nossa volta.
  • 9:13 - 9:14
    E então?
  • 9:16 - 9:20
    Como começamos a reconhecer
    as mentiras que contamos a nós mesmos?
  • 9:20 - 9:24
    Como começamos a ser
    mentirosos mais honestos?
  • 9:25 - 9:28
    O primeiro passo é a autoconsciência
  • 9:28 - 9:31
    — sermos observadores de nós mesmos.
  • 9:31 - 9:34
    Quando tivermos uma forte reação
    emocional a qualquer coisa,
  • 9:35 - 9:36
    temos de parar.
  • 9:37 - 9:41
    Quando o que dizemos
    não condiz com a forma como agimos,
  • 9:41 - 9:42
    temos de parar.
  • 9:42 - 9:45
    Quando temos pensamentos irracionais,
  • 9:45 - 9:47
    temos de parar.
  • 9:47 - 9:48
    Perguntemos a nós mesmos:
  • 9:48 - 9:51
    O que é que isto diz de mim?
  • 9:51 - 9:55
    Do mesmo modo, muitos de nós
    gastam uma quantidade enorme de energia
  • 9:55 - 9:58
    tentando superar alguém
    ou alguma coisa que nos aconteceu.
  • 9:58 - 10:01
    Geralmente, evitamos
    examinar a nossa contribuição
  • 10:01 - 10:03
    para o conflito na nossa vida.
  • 10:04 - 10:07
    Quando temos qualquer coisa
    sem solução
  • 10:08 - 10:09
    temos de parar.
  • 10:09 - 10:11
    Perguntemos a nós mesmos:
  • 10:11 - 10:16
    O que é que a minha reação
    a esta situação diz sobre mim?
  • 10:17 - 10:19
    Quando nos tornamos
    mais honestos e mais conscientes,
  • 10:19 - 10:22
    também nos tornamos mais responsáveis
    nas nossas escolhas.
  • 10:22 - 10:25
    Se reconhecermos que somos inseguros
    quanto a qualquer coisa,
  • 10:25 - 10:28
    — coisa que todos somos —
  • 10:28 - 10:31
    somos confrontados com uma escolha:
  • 10:31 - 10:33
    ou trabalhamos a nossa insegurança ou não.
  • 10:34 - 10:35
    Seja o que for que decidirmos,
  • 10:35 - 10:39
    agora somos mais responsáveis
    pelas consequências da nossa insegurança,
  • 10:39 - 10:41
    porque sabemos mais.
  • 10:42 - 10:47
    Não mudar nada quando confrontados
    com a verdade é uma escolha.
  • 10:47 - 10:50
    Embora não possamos controlar
    muitas das circunstâncias
  • 10:50 - 10:52
    que encontramos na vida,
  • 10:52 - 10:56
    somos responsáveis
    pelas nossas reações a todas elas.
  • 10:57 - 11:01
    Nesse sentido, uma das melhores formas
    de confrontar a nossa autoilusão
  • 11:01 - 11:03
    é a psicoterapia.
  • 11:03 - 11:06
    É provável que a única relação
  • 11:06 - 11:09
    que tivermos em toda a nossa vida
  • 11:09 - 11:12
    só exista em nosso benefício.
  • 11:13 - 11:17
    Sim, existe um grande estigma
    em volta da terapia.
  • 11:17 - 11:19
    As pessoas dizem coisas como:
  • 11:19 - 11:20
    "Eu não preciso de terapia.
  • 11:20 - 11:25
    "Isso é só para malucos, ou pessoas fracas
    que não sabem ajudar-se a si mesmas".
  • 11:26 - 11:30
    A verdade é que é preciso muita coragem
  • 11:30 - 11:33
    para ser totalmente vulnerável
    a outro ser humano.
  • 11:34 - 11:39
    A terapia é um dom se tivermos
    coragem suficiente para a aceitar.
  • 11:41 - 11:46
    Confrontar a nossa autoilusão
    é uma jornada para toda a vida.
  • 11:47 - 11:50
    Mudamos e o mundo oferece-nos
    novas oportunidades
  • 11:50 - 11:52
    para nos compreendermos a nós mesmos.
  • 11:52 - 11:55
    Há sempre mais para aprender.
  • 11:56 - 11:59
    Eu estava no caminho perfeito
    para ser uma académica de êxito.
  • 11:59 - 12:02
    Eu assumi um cargo aqui
    na Universidade de Nevada, há dois anos.
  • 12:02 - 12:06
    E dentro de seis semanas,
    vou ficar desempregada
  • 12:07 - 12:09
    porque demiti-me.
  • 12:10 - 12:12
    Obter um cargo estável e depois demitir-se
  • 12:12 - 12:15
    é a última coisa que se espera
    que um membro duma faculdade faça.
  • 12:15 - 12:18
    Especialmente eu, que adoro psicologia,
  • 12:18 - 12:21
    adoro ensinar, adoro investigar,
    adoro o meu departamento.
  • 12:21 - 12:24
    Tive uma experiência fantástica
    na Universidade da Nevada.
  • 12:24 - 12:29
    Mas a verdade é que a minha paixão
    já não está na academia.
  • 12:31 - 12:34
    Reconhecer isto foi, para mim,
    brutalmente doloroso.
  • 12:35 - 12:36
    Porque tive de me confrontar
  • 12:36 - 12:39
    com todas as minhas tendências
    de ilusão e inseguranças.
  • 12:40 - 12:42
    "E se eu desiludo as pessoas?
  • 12:42 - 12:44
    "O que é que a minha família vai dizer?
  • 12:44 - 12:47
    "O que é que eu vou fazer?
    E se não puder sustentar-me?
  • 12:47 - 12:49
    "Quem sou eu, se não sou professora?
  • 12:49 - 12:53
    "E se toda a minha vida mudar?
  • 12:56 - 13:00
    "E se toda a minha vida não mudar?"
  • 13:02 - 13:05
    Se eu tivesse optado
    por ficar na academia,
  • 13:05 - 13:09
    teria pago um enorme preço psicológico.
  • 13:09 - 13:13
    Teria de reconhecer
    que não tinha força suficiente
  • 13:13 - 13:18
    para fazer escolhas diferentes
    quando confrontada com a verdade.
  • 13:22 - 13:26
    Temos de ser mentirosos honestos.
  • 13:26 - 13:31
    Escolher sermos mais honestos
    quanto às mentiras que nos contamos.
  • 13:31 - 13:36
    Usar a verdade para viver
    uma vida mais gratificante,
  • 13:37 - 13:40
    porque só temos uma vida.
  • 13:42 - 13:44
    (Aplausos)
Title:
Mentirosos honestos: a psicologia da autoilusão | Cortney Warren | TEDxUNLV
Description:

Fornecendo conteúdo, recursos e ligações, o objetivo da Dra. Cortney Warren é apoiar quem quer que tenha coragem suficiente para viver uma vida mais consciente. Porque, quando somos honestos quanto a quem realmente somos, temos a oportunidade de mudar.

Esta palestra foi feita num evento TEDx usando o formato de palestras TED, mas organizado independentemente por uma comunidade local. Saiba mais em http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:48

Portuguese subtitles

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