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ITE_MAR_1_2016

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    Este episódio de "É o fim do mundo como
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    o conhecemos e estou de boa"
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    existe graças às contribuições
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    de escravos como você.
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    Muito obrigado!
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    Bill Clinton virou presidente
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    com a idédia de usar o poder político
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    para transformar a américa.
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    Mas foi convencido
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    a entregar esse poder
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    aos mercados financeiros
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    com a promessa de que, dessa vez,
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    criariam um novo tipo de estabilidade.
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    Uma nova democracia
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    livre da corrupção das elites políticas.
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    Mas foi ficando claro que,
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    na verdade, o poder político da américa
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    apenas foi transferida para outra elite:
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    os financistas de wall street.
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    E diante de uma crise,
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    simplesmente usaram esse poder
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    para salvar eles mesmos.
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    Nisso,
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    longe de criarem estabilidade,
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    suas ações levaram a um mundo
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    caótico e bem menos estável.
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    Boooooooooooooooooooooom dia escravos
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    e bem-vindos a uma nova sedição de
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    É O Fim Do Mundo Como O Conhecemos
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    E Estou De Boa... O programa onde
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    não precisa ser um monge tibetano
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    para ouvir o som de um aplauso de uma mão.
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    Fela da puta!
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    Detonou minha orelha!
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    Sou seu apresentador o Stimulator,
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    e se você for geração X como eu
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    deve se lembrar o início dos anos 90
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    como uma puta magia sem fim.
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    NAS tinha acabado de soltar Ill-matic...
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    No mundo todo o povo era
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    doidão nas raves...
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    e todos tivemos nossa primeira impressão
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    de como era surfar na internet.
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    A primeira coisa a saber
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    é que a internet é fantástica
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    e muda todo dia.
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    Uma vez sabendo como
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    se conectar, vai ver
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    páginas web por toda parte.
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    Programas de TV têm, escolas,
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    a disneilândia... Até mesmo a casa branca.
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    O que é uma página web...
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    Uma pista de pouso para patos?
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    E aí, para coroar tudo,
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    em 1993, o presidente saxofonista
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    maneiro americano Bill Clint
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    nos explicou como um novo acordo comercial
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    chamado NAFTA
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    ia fazer do mundo um lugar melhor,
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    próspero pa caralho.
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    Tomamos uma decisão
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    que vai nos deixar criar
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    uma ordem econômica no mundo que vai
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    promover mais crescimento
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    mais igualdade,
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    preservar melhor o meio ambiente,
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    e melhorar as chances de paz mundial.
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    Maaaaaaaaas como todo político,
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    Super Bill só falava merda.
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    Colarinhos azuis dos EisRatos Unidos
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    e Klanadá se fuderam com NAFTA,
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    milhões perdendo o emprego por conta
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    de terceirização,
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    enquanto milhões de pequenos produtores
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    mexicanos perdiam seus meios de subsistência,
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    levando a uma crise de migração em massa
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    que continua inabalada
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    até hoje.
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    Pulando mais de 20 aos para a frente
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    e os políticos ainda estão
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    com a porra dos mesmos truques.
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    Confundiram os acordos comerciais RUINS
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    do passado com este,
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    que é o primeiro que
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    conseguimos acertar
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    na mosca.
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    Dá para entender porque a galera
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    trabalhista, e alguns progressistas,
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    estão com um pé atrás no geral,
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    por conta da experiência passada
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    Mas, meu ponto é: não lute a
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    última guerra. Vamos esperar para ver
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    o que realmente tem NESTE acordo.
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    A última incarnação do NAFTA, o TPP,
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    ou Total Porrada no Proletariado
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    foi expandido para incluir
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    mais 9 países,
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    e foi apelidado pelos
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    seus críticos de NAFTA turbinado.
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    Após anos de negociações ultra secretas
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    esses Tremendos Putos Podres
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    finalmente soltaram o conteúdo
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    do acordo em novembro. Desde então,
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    advogados corporativos bem caros
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    lá dos EisRatos Unidos acrescentaram
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    suas camadas de verniz cor-de-bosta
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    garantindo ainda mais proteção dos
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    direitos intelectuais das grandes empresas
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    Venho por meio desta informá-los,
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    pelos poderes a mim concedidos
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    no capítulo 47 inciso 7 da súmula 438476
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    que o Sr Archibald Buttle, morando
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    em Torres Shangrila, Torre Norte, número 412
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    foi convidado para apoiar o
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    Ministério da Informação com certos
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    inquéritos e que está responsável por
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    certas obrigações financeiras como
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    especificado na súmula RB/CZ/907/X.
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    Assine aqui por favor.
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    Essa reescrita sutil terá graves
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    implicações sobre o custo de remédios
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    nos países mais pobres da américa latina
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    e no sudeste asiático, e vai
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    forçar governos em todos os 12 países
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    a criminalizar até as menores
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    infrações de direitos autorais
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    Ow, Stim...
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    Eu sei, Agitator.
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    Vamos pra porra da cadeia!
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    Baixar filmes é roubo!
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    Se você fizer isso...
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    VAI sofrer as consequências.
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    O Todopoderoso Perseguidor do Povo
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    foi assinado em 4 de fevereiro
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    em Auckland, na Nova Zelândia,
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    enquanto milhares de pessoas iam às ruas
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    para denunciar seus
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    governos como os fantoches das elites
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    corporativas internacionais que são.
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    Enormes protestos também sacudiram
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    as ruas do Chile e em Lima, Perú
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    onde 5,000 militantes se reuniram
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    na quinta, dia 25 de fevereiro
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    jogando cocktails molotovs na cara da
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    puliça que reagiu atirando munições reais.
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    Rejeitamos o TPP porque é
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    mais um passo, mais uma tentativa
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    pelos governos que se ajoelham diante
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    dos capitalistas e das grandes empresas
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    Maaaaaaaas os maiores protestos de longe
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    foram registrados no Japão.
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    Olhe essa porra!
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    Tenso!
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    O Projeto de Poder Transnacional
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    agora precisa apenas ser ratificado
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    pelos governos de cada país participante
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    para se tornar oficialmente lei.
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    Aqui no Klanadá...
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    enquanto Justin Trudeau oficialmente
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    ainda vai tomar sua
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    decisão, é óbvio pra caralho
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    que vai usar sua maioria no parlamento
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    para empurrar isso.
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    Porque vamos ser claros...
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    como explica Chrystia Freeland,
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    Ministra do comércio exterior de Trudeau,
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    quando o assunto é foder com o povo...
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    É meu trabalho... e o trabalho
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    das grandes empresas canadenses.
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    Em outras notícias, no sábado dia 27
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    de fevereiro em anaheim, na califórnia,
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    militantes anti-racistas
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    entraram em confronto com membros do KKK
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    que iam à merda de um encontro racista,
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    e desceram a porrada neles.
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    Durante a rixa, alguns camaradas foram
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    esfaqueados, um deles com
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    a ponta afiada de um mastro de bandeira,
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    e sete deles foram presos.
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    Os grupos Copwatch Santa Ana
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    e a Cruz Negra Anarquista de Los Angeles
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    estão arrecadando doações para ajudar
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    com as contas de hospital
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    e advogado desses camaradas.
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    Para mais informações sobre como
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    ajudar, procure no meu site:
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    Em outubro do ano passado o que é chamado de áfrica do sul
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    foi sacudido por um forte movimento
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    estudantil que paralisou o país
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    com 3 semanas de protestos intensos
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    desencadeados por uma proposta de aumento das mensalidades.
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    Sob a bandeira #FeesMustFall ("Mensalidades Precisam Cair"),
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    milhares de estudantes putos
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    invadiram a esquadra do parlamento
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    da cidade do cabo,
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    e dominaram o quartel geral
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    do African National Congress ou ANC
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    em durban e johannesburg.
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    A onda de luta cumlinou no dia 23 de
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    outubro, quando dezenas de milhares
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    de manifestantes se reuniram em frente ao escritório
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    do braço direito do governo,
  • 8:16 - 8:18
    o corrupto neoliberal Jacob Zuma,
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    se metendo com os puliça
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    e incendiando alguns banheiros
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    químicos. Diante da determinação
  • 8:23 - 8:25
    inabalável dos manifestantes,
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    e o caralho do tamanho da multidão,
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    Zuma cedeu.
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    Haverá zero aumento
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    das mensalidades das faculdades.
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    Maaaaaaaaas em véz de se satisfazerem
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    com essa concessão mínima,
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    os organizadores estudantis ficaram
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    de olho no prêmio...
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    Nomeadamente, educação universal gratuita
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    e o fim do racismo estrutural profundo
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    que continua dividindo a nação
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    entre ricos e pobres.
  • 8:50 - 8:52
    Apesar da queda do apartheid em 1994,
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    a áfrica do sul continua sendo o país
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    mais economicamente polarizado do mundo.
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    Na verdade, sob o ANC, a desigualdade
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    só piorou.
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    Quase 80% da população
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    é indígena africana, mas
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    graças à História colonial do país,
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    os brancos ainda possuem mais de 70%
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    do caralho das terras.
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    E apesar de ser a segunda maior
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    economia da africa,
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    milhões vivem
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    em favelas rurais que se alastram, lutando
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    para sobreviver com menos de $1 por dia.
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    A vida é muito dura.
  • 9:23 - 9:25
    Somos mais de 40
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    dividindo um banheiro e uma torneira.
  • 9:27 - 9:29
    Zuma esteve nas últimas desde 2013,
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    depois das revelações de que gastou
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    toneladas de dinheiro público
  • 9:33 - 9:36
    em reformas luxuosas na sua casa.
  • 9:36 - 9:38
    Nos últimos meses, um movimento crescente
  • 9:38 - 9:40
    tem pedido seu impeachment
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    e o fim dos 22 anos
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    de dominação do ANC.
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    Então... nesse contexto de
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    crise política, o movimento estudantil
  • 9:47 - 9:48
    voltou a explodir
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    no meio de fevereiro, para lembrar
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    ao povo que a merda continua.
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    No dia 15 de fevereiro,
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    estudantes da universidade da cidade
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    do cabo levantaram uma favela improvisada
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    no campus para salientar a falta
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    de moradia acessível para os estudantes.
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    Uzomi responderam com bombas de efeito
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    moral, o que desencadeou os eventos.
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    Os militantes logo incendiaram 2 veículos,
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    inclusive uma van da universidade,
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    e partiram para cima dos homi
  • 10:12 - 10:13
    em lutas de rua
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    até tarde da noite.
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    No dia 22 de fevereiro,
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    estudantes e funcionários do
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    campus da universidade de
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    Free State interromperam um jogo de rugby
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    para mostrarem sua oposição à
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    terceirização dos funcionários, e em
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    solidariedade com os trabalhadores que estavam
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    de greve. Logo depois da intervenção, uma turba
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    de espectadores brancos dominou o campo
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    e começou a atacar os manifestantes
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    numa demonstração de violência racista nojenta.
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    2 dias depois
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    na universidade North West em mafiking
  • 10:38 - 10:41
    o administrador nomeou um novo conselho
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    de representantes estudantis
  • 10:43 - 10:44
    depois de ter dissolvido o anterior
  • 10:44 - 10:46
    por ser radical demais.
  • 10:47 - 10:48
    Durante os protestos que
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    seguiram, um segurança privado atirou
  • 10:50 - 10:52
    com munições reais
  • 10:52 - 10:53
    com alguns relatos sugerindo
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    que um estudando foi morto.
  • 10:55 - 10:57
    Em resposta, militantes incendiaram alguns
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    prédios do campus, levando
  • 10:58 - 11:00
    a uma suspensão total das aulas.
  • 11:00 - 11:02
    No momento da redação deste texto,
  • 11:02 - 11:03
    os protestos continuam
  • 11:03 - 11:05
    em várias universidades país afora,
  • 11:05 - 11:07
    e não mostram nenhum sinal
  • 11:07 - 11:08
    de enfraquecimento.
  • 11:13 - 11:15
    Para saber mais sobre essa
  • 11:15 - 11:17
    situação, falei há pouco com Alex Hotz,
  • 11:17 - 11:19
    um membro de #RhodesMustFall (Rhodes tem que cair),
  • 11:19 - 11:20
    um grupo popular de estudantes
  • 11:20 - 11:22
    que se formou em março de 2015
  • 11:22 - 11:24
    e que tem uma grande força no movimento
  • 11:24 - 11:26
    estudantil desde então.
  • 11:26 - 11:28
    E aí Alex... como anda?
  • 11:28 - 11:31
    Hmmm... esta é uma pergunta difícil
  • 11:31 - 11:32
    Estou sobrevivendo.
  • 11:32 - 11:34
    Para os espectadores que podem não estar
  • 11:34 - 11:35
    sabendo, quem era Cecil Rhodes?
  • 11:35 - 11:37
    E porque o povo quer que sua estátua seja removida
  • 11:37 - 11:39
    do campus da universidade da cidade do cabo?
  • 11:39 - 11:41
    Cecil John Rhodes é um símbolo da supremacia
  • 11:41 - 11:44
    branca. Foi um colonialista...
  • 11:44 - 11:48
    Foi um dos primeiros governadores
  • 11:48 - 11:52
    britânicos na áfrica do sul colonizada,
  • 11:52 - 11:55
    e ele dizimou os recursos do país,
  • 11:55 - 11:57
    comandou o genocídio de milhões de negros
  • 11:57 - 12:00
    e escravizou eles quando não os matou.
  • 12:00 - 12:03
    Foi também o fundador do capitalismo
  • 12:03 - 12:06
    racializado neste país, porque ele criou
  • 12:06 - 12:09
    as primeiras enormes mineradoras
  • 12:09 - 12:12
    que exploraram a força de trabalho barata
  • 12:12 - 12:13
    dos negros.
  • 12:13 - 12:15
    Nos últimos anos, estudantes de
  • 12:15 - 12:16
    2o grau e univerdidade
  • 12:16 - 12:17
    do chamado quebec até o chile
  • 12:17 - 12:20
    mostraram que quando os estudantes
  • 12:20 - 12:21
    se organizam, podem ser uma puta
  • 12:21 - 12:23
    força a ser levada em conta.
  • 12:23 - 12:25
    Podemos falar um pouco mais sobre como
  • 12:25 - 12:26
    este movimento estudantil
  • 12:26 - 12:27
    se espalhou na áfrica do sul
  • 12:27 - 12:29
    e como é organizado?
  • 12:29 - 12:31
    Vimos o governos da áfrica do sul
  • 12:31 - 12:36
    se tornar muito repressivo e
  • 12:36 - 12:40
    praticamente imitar o estado do apartheid.
  • 12:40 - 12:43
    A repressão é forte então...
  • 12:43 - 12:47
    Truculência da polícia, repressão dos ativistas.
  • 12:47 - 12:48
    Assim foi um pouco difícil
  • 12:48 - 12:52
    nos coordenarmos da mesma maneira que
  • 12:52 - 12:53
    os estudantes chilenos,
  • 12:53 - 12:56
    indianos, de montreal, etc.
  • 12:56 - 12:59
    O que temos agora é um país
  • 12:59 - 13:01
    profundamente polarizado e estudantes
  • 13:01 - 13:04
    que estão ingressando em instituições que
  • 13:04 - 13:07
    não tiveram nenhuma mudança... são quase idênticas.
  • 13:07 - 13:09
    Existem da mesma maneira
  • 13:09 - 13:10
    que sob o apartheid.
  • 13:10 - 13:13
    Agora os estudantes negros precisam
  • 13:13 - 13:15
    ingressar nessas instituições e sofrem
  • 13:15 - 13:18
    violência psicológica e epistêmica
  • 13:18 - 13:21
    incrível, mas também violência física...
  • 13:21 - 13:24
    como vimos recentemente das gerências
  • 13:24 - 13:27
    brancas das universidades e da polícia.
  • 13:27 - 13:30
    E assim foi incrível ver como
  • 13:30 - 13:32
    os protestos se espalharam.
  • 13:32 - 13:35
    Começaram, chegaram aqui,
  • 13:35 - 13:36
    tivemos um bloqueio nacional que
  • 13:36 - 13:41
    coordenamos pelo whatsapp e, sabe,
  • 13:41 - 13:45
    facebook, etc, etc. E está
  • 13:45 - 13:47
    claramente ficando mais difícil fazer isso
  • 13:47 - 13:49
    porque sabemos que o Estado, por via
  • 13:49 - 13:51
    da agência nacional de inteligência,
  • 13:51 - 13:55
    tenta infiltrar os movimentos,
  • 13:55 - 13:57
    e espiar muitos de nós.
  • 13:57 - 13:59
    Vimos no ano passado um nível
  • 13:59 - 14:00
    incrível de mobilização
  • 14:00 - 14:02
    pelo movimento #FeesMustFall, o que
  • 14:02 - 14:05
    no final das contas conseguiu reverter
  • 14:05 - 14:06
    o aumento das mensalidades planejado.
  • 14:06 - 14:08
    Como quem era desse movimento
  • 14:08 - 14:10
    foi capaz de manter o ritmo depois
  • 14:10 - 14:11
    dessa conquista inicial?
  • 14:11 - 14:15
    Acho que para nós, para muitos de nós,
  • 14:15 - 14:18
    nunca foi pelo aumento zero.
  • 14:18 - 14:21
    Queríamos educação gratuita
  • 14:21 - 14:23
    e ainda queremos, bem como
  • 14:23 - 14:25
    o fim da terceirização em todas
  • 14:25 - 14:26
    essas instituições.
  • 14:26 - 14:29
    Sendo assim, mesmo sendo uma vitória,
  • 14:29 - 14:32
    e foi usada para nos demobilizar,
  • 14:32 - 14:35
    sabe, muitos estudantes que apoiaram
  • 14:35 - 14:39
    e foram ativos no #FeesMustFall, foi
  • 14:39 - 14:44
    interessante ver as massas de estudantes
  • 14:44 - 14:47
    que se juntaram ao #FeesMustFall, e acho
  • 14:47 - 14:48
    que foi porque nunca empurramos uma
  • 14:48 - 14:52
    política radical da mesma forma
  • 14:52 - 14:55
    que empurramos no #RhodesMustFall,
  • 14:55 - 14:58
    onde temos pilares ideológicos como
  • 14:58 - 15:01
    a consciência negra, o panafricanismo,
  • 15:01 - 15:02
    o feminismo radical negro...
  • 15:02 - 15:05
    por isso foi capaz de agregar massas
  • 15:05 - 15:08
    de estudantes que não necessariamente,
  • 15:08 - 15:12
    que nunca foram politizados antes,
  • 15:12 - 15:14
    e para quem foi suas primeiras
  • 15:14 - 15:19
    passeatas ou protestos ativos.
  • 15:19 - 15:23
    Acho que foi útil lançar
  • 15:23 - 15:25
    esse tipo de mobilização para o mundo, e
  • 15:25 - 15:27
    para que o povo enxergue
  • 15:27 - 15:29
    a violência da polícia e das gerências
  • 15:29 - 15:32
    que os estudantes enfrentam por demandas
  • 15:32 - 15:38
    tão simples e pacíficas, e como isso
  • 15:38 - 15:40
    foi tratado com a violência do Estado
  • 15:40 - 15:42
    e das instituições.
  • 15:42 - 15:45
    Foi muito difícil, mas acho que está claro
  • 15:45 - 15:48
    num país com tanta desigualdade
  • 15:48 - 15:50
    e pobreza e racismo, onde os estudantes
  • 15:50 - 15:52
    negros são completamente
  • 15:52 - 15:54
    marginalizados pelas instituições
  • 15:54 - 15:56
    que a educação gratuita deve se tornar
  • 15:56 - 15:59
    realidade em 2016 para que a
  • 15:59 - 16:02
    maioria negra desse país seja capaz
  • 16:02 - 16:04
    de entrar nessas instituições sem ser
  • 16:04 - 16:05
    excluída.
  • 16:05 - 16:07
    Pelo seu papel histórico na luta
  • 16:07 - 16:09
    contra o apartheid,
  • 16:09 - 16:11
    o Congresso Nacional Africano ou ANC
  • 16:11 - 16:14
    é visto por muitos no mundo como o
  • 16:14 - 16:16
    porta-bandeira da luta anticolonial
  • 16:16 - 16:17
    em geral.
  • 16:17 - 16:19
    Mas muitos, inclusive membros do
  • 16:19 - 16:21
    %RhodesMustFall, têm a impressão que o ANC
  • 16:21 - 16:24
    traiu sua missão inicial.
  • 16:24 - 16:25
    Como assim?
  • 16:25 - 16:27
    Passamos por um acordo negociado com o
  • 16:27 - 16:29
    regime do apartheid, o que
  • 16:29 - 16:31
    significa que muitas das ferramentas
  • 16:31 - 16:34
    de opressão que existiam neste país
  • 16:34 - 16:36
    para repressão, marginalização,
  • 16:36 - 16:38
    opressão e exploração dos negros
  • 16:38 - 16:41
    ainda estão intocadas, especialmente
  • 16:41 - 16:43
    a economia do país.
  • 16:43 - 16:48
    Assim, a mineração ficou intocada...
  • 16:48 - 16:49
    A agricultura... Alguns poucos
  • 16:49 - 16:51
    mantiveram a riqueza. Os brancos
  • 16:51 - 16:53
    ficaram com as terras...
  • 16:53 - 16:56
    E nunca foi visto... Os negros até hoje
  • 16:56 - 16:57
    não tiveram nenhuma redistribuição,
  • 16:57 - 17:02
    nem mesmo compensação ou reparação
  • 17:02 - 17:05
    para o que aconteceu com a gente
  • 17:05 - 17:06
    neste país.
  • 17:06 - 17:09
    É isso que acho, para mim o ANC continua
  • 17:09 - 17:12
    sendo como uma proteção e um guardião
  • 17:12 - 17:15
    para a supremacia branca, o patriarcado
  • 17:15 - 17:17
    branco capitalista.
  • 17:17 - 17:20
    E sua postura agora, como Fanon
  • 17:20 - 17:22
    diria, é que é a classe
  • 17:22 - 17:24
    marcantil, o intermédio entre quem ainda
  • 17:24 - 17:26
    tem o poder,
  • 17:26 - 17:28
    e a maioria negra.
  • 17:28 - 17:31
    O ANC está enfrentando um desafio
  • 17:31 - 17:33
    da esquerda, vindo de um novo partido chamado
  • 17:33 - 17:34
    Combatentes pela Liberdade Econômica
  • 17:34 - 17:36
    ou EFF.
  • 17:36 - 17:38
    Qual é a relação entre o movimento
  • 17:38 - 17:40
    estudantil e a EFF?
  • 17:40 - 17:42
    E acha que a traição do ANC
  • 17:42 - 17:44
    gerou muitas das opiniões dos sul africanos
  • 17:44 - 17:47
    sobre a política eleitoral tradicional?
  • 17:47 - 17:49
    A ascensão da EFF, eu acho, é muito
  • 17:49 - 17:53
    importante neste país como desafio à noção
  • 17:53 - 17:55
    de que esta geração é
  • 17:55 - 17:58
    apática ou apolítica.
  • 17:58 - 18:02
    E pode ver que a EFF, em pouco tempo,
  • 18:02 - 18:05
    ganhou um imenso apoio.
  • 18:05 - 18:07
    E a EFF, igual ao ANC, tem uma enorme
  • 18:07 - 18:11
    quantidade de contradições...
  • 18:11 - 18:14
    Muitos vêm do ANC e cresceram
  • 18:14 - 18:17
    com ele, e em outros movimentos
  • 18:17 - 18:20
    muito próximos a ele,
  • 18:20 - 18:24
    como [inaudível] e a Jovem Liga Comunista
  • 18:24 - 18:26
    e a Liga ANC, que são todas
  • 18:26 - 18:29
    ligadas ao ANC.
  • 18:29 - 18:32
    E dá para saber que falam de liberdade
  • 18:32 - 18:34
    econômica, etc, e de nacionalizar a
  • 18:34 - 18:37
    economia, mas há o desafio de como,
  • 18:37 - 18:40
    dentro da organização, o materialismo
  • 18:40 - 18:44
    é aceito pela liderança, sem ser
  • 18:44 - 18:48
    contestado.
  • 18:48 - 18:51
    A áfrica do sul tem diversos outros
  • 18:51 - 18:53
    movimentos sociais fortes, como seus
  • 18:53 - 18:55
    sindicatos, e o movimento dos favelados,
  • 18:55 - 18:58
    Abahlali baseMjondolo ou AbM, que entendo
  • 18:58 - 19:00
    ter uma ampla representação na
  • 19:00 - 19:02
    cidade do cabo.
  • 19:02 - 19:05
    Tem tido muita duplicidade e solidariedade
  • 19:05 - 19:06
    entre os estudantes e alguns
  • 19:06 - 19:07
    desses movimentos sociais?
  • 19:07 - 19:10
    Acho que para nós, ver a ascensão de
  • 19:10 - 19:11
    movimentos sociais como
  • 19:11 - 19:13
    Abahali baseMjondolo, e como colocaram
  • 19:13 - 19:18
    a questão da moradia e das terras
  • 19:18 - 19:22
    à frente dos debates
  • 19:22 - 19:24
    e discussões foi incrivelmente
  • 19:24 - 19:26
    importante. Mas acho que
  • 19:26 - 19:27
    outra coisa muito
  • 19:27 - 19:30
    interessante é nosso compromisso como
  • 19:30 - 19:32
    jovens com essas organizações políticas e
  • 19:32 - 19:35
    movimentos sociais, ver que como jovens...
  • 19:35 - 19:38
    de uma geração à outra, sabe,
  • 19:38 - 19:42
    estamos forjando nossa própria luta e
  • 19:42 - 19:45
    estamos lutando nossas próprias lutas...
  • 19:45 - 19:47
    e queremos seu apoio. Mas de uma maneira
  • 19:47 - 19:50
    que não seja condescendente, sem nos
  • 19:50 - 19:53
    dizer o que fazer, mas de verdade sermos
  • 19:53 - 19:55
    capazes de aprender juntos e desaprender
  • 19:55 - 19:57
    juntos e construir um movimento mais
  • 19:57 - 20:00
    amplo. Porque sabemos que
  • 20:00 - 20:03
    não daremos conta de fazer isso sozinhos.
  • 20:03 - 20:04
    Tem algo a acrescentar?
  • 20:04 - 20:06
    Talvez apenas dizer que acho crítico
  • 20:06 - 20:12
    construirmos uma solidariedade realmente
  • 20:12 - 20:16
    transnacional como jovens e estudantes
  • 20:16 - 20:18
    ao redor do mundo.
  • 20:18 - 20:22
    Para apoiar estudantes na índia,
  • 20:22 - 20:24
    no chile, no brasil,
  • 20:24 - 20:27
    américa do sul, canadá, kênia...
  • 20:27 - 20:31
    que estão enfrentando as mesmas coisas
  • 20:31 - 20:34
    que nós... em países onde somos
  • 20:34 - 20:38
    reprimidos, brutalizados, etc.
  • 20:38 - 20:40
    Acho que podemos aprender muito um com
  • 20:40 - 20:42
    os outros, e nos apoiarmos.
  • 20:42 - 20:43
    Valeu Alex!
  • 20:43 - 20:45
    E é mais ou menos isso para esta sedição de
  • 20:45 - 20:47
    É O Fim Do Mundo Como O Conhecemos
  • 20:47 - 20:48
    E Estou De Boa
  • 20:48 - 20:50
    Se quiser conhecer o nome das músicas
  • 20:50 - 20:51
    que tocadamos, os trechos de filmes
  • 20:51 - 20:54
    ou se inscrever ao nosso podcast,
  • 20:54 - 20:56
    ou lista de difusão, visite
  • 20:56 - 20:57
    meu site:
  • 20:58 - 21:00
    Caso não saiba, este show é financiado
  • 21:00 - 21:03
    por micro-doações de escravos assalariados
  • 21:03 - 21:05
    que preferem receber notícias deste
  • 21:05 - 21:06
    amalgamo flutuante.
  • 21:06 - 21:10
    Então... meu amor imortal vai esta semana
  • 21:10 - 21:12
    para os escravos seguintes: Marisol, Joseph
  • 21:12 - 21:14
    Kirk, Willie, Gerrard, Justina, Jeremy,
  • 21:14 - 21:17
    Reto, Renzo, Yvanne, Sebastien,
  • 21:17 - 21:19
    Christopher, Alexandra, Ricky, Andrew,
  • 21:19 - 21:21
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  • 21:21 - 21:24
    Gregory, Jennifer, Martin, Jonathan, Max,
  • 21:24 - 21:27
    Gomo, Jonathan, Kyle, Stephen, Miguel
  • 21:27 - 21:28
    e... Shannon
  • 21:28 - 21:29
    Teguino!
  • 21:29 - 21:31
    Quero também dar as bem-vindas para os
  • 21:31 - 21:32
    mais novos membros da taconspiração...
  • 21:32 - 21:35
    Christopher, Stinsky e Daniel.
  • 21:35 - 21:36
    Chermole!
  • 21:36 - 21:39
    Fique ligado na próxima, para mais
  • 21:39 - 21:41
    notícias da puta resistência global
  • 21:41 - 21:43
    Que la passen chingon camaradas!
Title:
ITE_MAR_1_2016
Video Language:
English
Duration:
22:03

Portuguese, Brazilian subtitles

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