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Adolescente explica porque contestou as ideias antivacina da mãe

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    Obrigado, Presidente Alexander,
    senador Murray,
  • 0:04 - 0:06
    e prezados membros do comitê
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    pela oportunidade de falar aqui hoje.
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    Bom dia a todos.
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    Como disse, chamo-me Ethan Linderberger,
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    e estou no último ano da Escola Norwalk,
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    A minha mãe é ativista da antivacina
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    e acredita que as vacinas
    causam autismo, dano cerebral,
  • 0:18 - 0:20
    e não contribuem para a saúde
    e segurança da sociedade
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    apesar de essas opiniões já
    terem sido refutadas inúmeras vezes
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    pela comunidade científica.
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    Eu vivi toda a vida sem vacinas
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    contra doenças como o sarampo,
    a varicela, ou mesmo a poliomielite.
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    No entanto, em dezembro de 2018,
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    comecei a pôr em dia as minhas vacinas
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    apesar da reprovação da minha mãe
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    o que deu origem a uma notícia
    que me trouxe até aqui
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    e estou muito feliz por isso.
    Obrigado!
  • 0:44 - 0:47
    Para entender porque estou aqui
    e sobre o que eu quero falar,
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    preciso de falar de alguns detalhes
  • 0:49 - 0:51
    sobre a minha vida familiar
    e a minha educação.
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    Eu cresci a ouvir a crença da minha mãe
    que as vacinas são perigosas.
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    Ela falava abertamente sobre isso.
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    Tanto na Internet como pessoalmente
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    ela falava das suas preocupações
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    e essas crenças eram recebidas
    com fortes críticas.
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    Ao longo da minha vida
    confrontei-me com dúvidas
  • 1:05 - 1:06
    e surgiram perguntas
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    devido às críticas
    que a minha mãe recebia.
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    Mas isso não me levou a lugar algum.
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    Agora, é importante perceber
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    que, à medida que me aproximava
    do secundário
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    e começava a pensar criticamente
    por mim mesmo,
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    eu via que as informações
    a favor das vacinas
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    eram muito superiores às preocupações.
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    Comecei a liderar
    clubes de debates na escola
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    e a procurar a verdade acima de tudo.
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    Apercebi-me de uma característica
    nos debates e em conversas em geral.
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    Quando entramos
    numa discussão controversa
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    ou seja, o facto de parecer
    haver sempre dois lados de uma discussão,
  • 1:36 - 1:39
    parece haver sempre
    uma confrontação ou refutação
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    e haver sempre algo
    para rebater num debate.
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    Apesar de isso parecer ser verdade,
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    isso não acontece no debate das vacinas.
  • 1:47 - 1:50
    E eu confrontei a minha mãe
    com essa preocupação
  • 1:50 - 1:52
    de que ela estava errada.
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    Confrontei a minha mãe inúmeras vezes
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    tentando explicar
    que as vacinas são seguras
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    e que eu devia ser vacinado.
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    Mostrei-lhe artigos dos CDC — Centros
    de Controlo e Prevenção de Doenças —
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    que dizem que a ideia
    de que as vacinas causam autismo
  • 2:05 - 2:07
    e têm consequências extremamente perigosas
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    estavam erradas.
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    Numa dessas ocasiões
    em que confrontei a minha mãe
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    com a informação do CDC que afirma
    que as vacinas não causam autismo,
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    ela respondeu: "Isso é o que
    eles querem que tu penses."
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    O ceticismo e a preocupação tinham
    mais poder do que as informações.
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    Conversas destas reafirmavam
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    que as provas em defesa das vacinas
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    estavam, pelo menos,
    num nível comum,
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    muito maiores do que
    as desinformações já enraizadas
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    com as quais a minha mãe interagia.
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    É nisso que eu quero focar-me hoje.
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    Para combater o aparecimento
    de doenças fáceis de evitar,
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    as informações são, na minha opinião,
    a questão mais importante.
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    A minha mãe recorria a grupos online
    e às redes sociais contra vacinas
  • 2:47 - 2:49
    procurando por provas e defesa
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    em vez de autoridades de saúde
    e de fontes credíveis.
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    Isto pode parecer malicioso
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    devido ao perigo
    que a falta de vacina traz
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    mas não é esse o caso.
  • 2:58 - 3:01
    A minha mãe fazia isso
    por amor aos seus filhos
  • 3:01 - 3:03
    e por estar preocupada.
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    Essas informações erradas espalham-se
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    e isso não é necessariamente
    uma justificação
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    Mas eu respeito a noção
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    de que era com respeito e amor
    que discordava da minha mãe.
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    E com as informações que ela me dava
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    eu continuava a tentar explicar-lhe
    que ela estava mal-informada.
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    A ideia de que as vacinas
    causam autismo, danos cerebrais,
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    e também que o aparecimento do sarampo
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    não é preocupante
    para a sociedade e para os EUA,
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    eram ideias que tinham sido inculcadas
    nela pelas fontes a que ela recorria.
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    E algumas pessoas e organizações
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    que espalham essas desinformações
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    metem medo ás pessoas
    para seu próprio benefício.
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    E fazem isso sabendo
    que essas informações estão erradas.
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    O amor da minha mãe,
    o seu carinho e cuidados maternais
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    eram explorados com o objetivo
    de criar um falso temor,
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    e essas fontes que espalham
    informações erradas
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    deviam ser a principal preocupação
    dos cidadãos americanos
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    Apesar de já haver mudanças a caminho
    e ainda poderem ser feitas outras
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    quase 80% das pessoas,
    de acordo com Centro Pew de Pesquisas,
  • 4:02 - 4:05
    recorrem à Internet
    para tirar dúvidas de saúde.
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    Eu explico mais as estatísticas e provas
    no meu depoimento por escrito.
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    Falando sobre o que eu
    gostaria de deixar aqui
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    e sobre como finalizar
    a minha intervenção,
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    apesar de a minha mãe
    recorrer a fontes ilegítimas
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    que não tinham informações
    e provas confirmadas,
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    eu podia atestar claramente
    que as provas não eram corretas.
  • 4:23 - 4:25
    Por causa disso
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    e dos profissionais de saúde
    com quem pude conversar,
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    e as informações que eles me deram,
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    eu pude tomar uma decisão clara,
    concisa e científica.
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    Abordar esse assunto
    com a preocupação da educação
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    e lidar corretamente
    com as informações erradas
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    pode causar mudanças,
    como foi no meu caso.
  • 4:42 - 4:43
    Apesar de o debate sobre as vacinas
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    não estar necessariamente
    centrado em informações
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    e preocupado com a saúde e a segurança,
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    é por isso que a educação é importante
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    e a desinformação é tão perigosa.
Title:
Adolescente explica porque contestou as ideias antivacina da mãe
Description:

Um estudante do Ohio que disse que tinha passado toda a vida sem inúmeras vacinas referiu perante o Congresso os perigos da desinformação e das ideias que alimentam o movimento antivacina e colocam em risco os jovens.

Ethan Lindenberger foi vacinado sem a aprovação dos pis logo que teve idade suficiente, agindo contra a crença incorreta da mãe de que as vacinas provocam o autismo, danos cerebrais e outros problemas.

"A minha mãe é uma defensora antivacina que acredita que as vacinas... não beneficiam a saúde e a segurança da sociedade, apesar do facto de essas opiniões terem sido desmentidas inúmeras vezes pela comunidade científica", disse Lindenberg a uma comissão do Senado, na terça-feira.

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Video Language:
English
Team:
Amplifying Voices
Project:
COVID-19 Pandemic
Duration:
04:51

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