Bissexualidade: a invisibilidade da letra "B" | Misty Gedlinske | TEDxOshkosh
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0:15 - 0:17Imagine se você tivesse um superpoder.
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0:17 - 0:19Falamos sobre isso hoje.
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0:20 - 0:21Se pudesse escolher o seu,
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0:21 - 0:23qual você iria querer?
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0:23 - 0:24Força?
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0:24 - 0:25Velocidade?
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0:25 - 0:26Visão de raio-x?
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0:27 - 0:29O poder de voar?
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0:29 - 0:30De viajar no tempo?
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0:30 - 0:32Mover objetos com a mente?
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0:33 - 0:35Talvez só saber onde estão
as chaves do carro? -
0:35 - 0:38Suponha que seu poder
seja o da invisibilidade. -
0:38 - 0:42Talvez você o tenha escolhido,
ou tenha nascido com ele. -
0:42 - 0:45Seja como for, ele poder ser útil.
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0:46 - 0:48Assediadores e valentões não veem você.
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0:48 - 0:49Você pode ir aonde quiser,
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0:49 - 0:52fazer praticamente tudo que quiser.
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0:52 - 0:55Desde que tome algumas precauções,
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0:55 - 0:57ninguém nem sequer vai te notar.
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0:57 - 0:59Se alguém vir você,
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0:59 - 1:01não perceberá quem você realmente é.
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1:01 - 1:05Vai enxergar apenas o seu alter ego comum.
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1:05 - 1:08Sua verdadeira identidade
continuará em segredo. -
1:09 - 1:11Parece bem legal, né?
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1:11 - 1:13E se eu dissesse
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1:13 - 1:18que existe um certo tipo de invisibilidade
que é menos rara do que se imagina? -
1:19 - 1:20Na verdade,
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1:20 - 1:22eu tenho essa invisibilidade,
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1:22 - 1:24e estou usando-a neste momento.
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1:26 - 1:30Alguns de vocês estão cutucando
a pessoa ao lado e pensando: -
1:30 - 1:31"Mas como assim?
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1:31 - 1:33Estou olhando pra ela".
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1:34 - 1:35Verdade, sim.
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1:35 - 1:37Mas o que você está vendo?
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1:38 - 1:40Neste momento,
a imagem que estou projetando -
1:40 - 1:43é a de uma mulher baixa e branca,
próxima da meia-idade. -
1:43 - 1:45(Risos)
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1:45 - 1:46É verdade.
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1:46 - 1:49Ela tem cabelo ondulado e usa óculos.
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1:49 - 1:52Esse cabelo ondulado está ficando
cada vez mais grisalho. -
1:53 - 1:55Ela mora numa casa antiga
com uma cerca de madeira, -
1:55 - 1:57numa cidade pequena
do meio oeste dos EUA. -
1:57 - 2:02Ela tem três filhos e um cachorro,
e dirige uma perua. -
2:02 - 2:05Atualmente as pessoas
a chamam de "senhora" -
2:05 - 2:08e, pra ela, tudo bem a chamarem assim.
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2:08 - 2:12Ela não bebe vinho,
mas veste calças de ioga, -
2:12 - 2:15e algumas das suas
paixões de fã - acreditem - -
2:15 - 2:17por algumas celebridades britânicas
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2:17 - 2:20podem ser vistas do espaço.
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2:21 - 2:23"Netflix and chill" -
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2:23 - 2:25procurem o significado -
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2:25 - 2:27às vezes significa exatamente isso,
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2:27 - 2:31porque ela acaba caindo no sono
vendo TV por volta das 9 da noite. -
2:32 - 2:33Vocês conhecem o tipo,
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2:33 - 2:35ou ao menos acham que conhecem.
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2:36 - 2:39Existem muitas pessoas
com o meu tipo de invisibilidade. -
2:40 - 2:42Talvez haja algumas nesta sala.
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2:42 - 2:46Algumas de nós temos
uns anéis bacanas de poder -
2:46 - 2:49que amplificam ainda mais
a nossa invisibilidade. -
2:50 - 2:51Quando os tiramos,
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2:51 - 2:56as pessoas ao nosso redor ainda só verão
a versão de nós que quiserem, -
2:56 - 2:58a que combina com as suas
expectativas e perspectiva. -
2:59 - 3:03Tudo que falei sobre meu alter ego
é verdadeiro a meu respeito, -
3:04 - 3:06só que não sou só isso.
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3:08 - 3:12Meu poder de invisibilidade
vem do fato de eu ser bissexual -
3:12 - 3:16e é reforçado pelo fato de eu ser
comprometida com um homem. -
3:16 - 3:20Meu anel de poder -
e Deus me livre de deixá-lo cair - -
3:20 - 3:21é a minha aliança de casamento.
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3:25 - 3:27A suposição que as pessoas fazem
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3:27 - 3:30sobre gente que tem
companheiros do sexo oposto -
3:30 - 3:33ou que simplesmente não falam
abertamente sobre sua orientação -
3:33 - 3:36é a de que somos "certinhos",
ou heterossexuais. -
3:37 - 3:39Alguns talvez digam
que isso é uma vantagem, -
3:39 - 3:41ou até um tipo de privilégio.
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3:42 - 3:44Ao passarmos como hétero,
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3:44 - 3:46conseguimos evitar
muitas das coisas negativas -
3:46 - 3:51que casais homoafetivos ou pessoas
abertamente gays ou lésbicas vivenciam. -
3:51 - 3:53Por exemplo,
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3:54 - 3:57podemos segurar a mão do nosso parceiro
do sexo oposto em público -
3:57 - 4:00sem que ninguém ao redor
aja de forma crítica ou hostil. -
4:00 - 4:03Podemos pôr fotos de família
em nosso local de trabalho -
4:03 - 4:07sem nos preocuparmos com a possível reação
de colegas ou de clientes. -
4:07 - 4:10Nossos aniversários de casamento
ou outras datas marcantes -
4:10 - 4:13são parabenizadas e comemoradas.
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4:14 - 4:17Quando temos filhos, ninguém pergunta:
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4:18 - 4:20"Qual de vocês duas é a mãe?"
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4:21 - 4:24Somos poupados de comentários
curiosos e ofensivos -
4:24 - 4:27sobre como expressamos
nossa intimidade física. -
4:28 - 4:29Numa emergência médica,
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4:29 - 4:34temos acesso imediato e sem ressalvas
ao paradeiro do nosso filho ou companheiro -
4:34 - 4:36ou ao seu estado de saúde.
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4:36 - 4:40Nossas certidões de casamento
são emitidas sem objeção, -
4:40 - 4:44e ninguém fica nervoso
com qual banheiro vamos usar. -
4:45 - 4:47Porém,
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4:47 - 4:48existe um detalhe.
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4:49 - 4:51Todo poder tem um preço,
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4:51 - 4:54e a invisibilidade traz um peso.
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4:54 - 4:58Manter esse segredo pode parecer
como se vivêssemos uma mentira. -
4:58 - 5:01Esse tipo de invisibilidade
é um pouco instável -
5:01 - 5:04e não gosta de nos obedecer.
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5:04 - 5:09Pode ser muito, muito difícil
desligar os seus poderes, -
5:09 - 5:11mesmo quando você quer muito,
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5:11 - 5:14porque muito do que sustenta
a sua invisibilidade -
5:14 - 5:17são as suposições que as outras pessoas
fazem a seu respeito. -
5:17 - 5:22Quando o poder dessas suposições
se combina com o poder do medo, -
5:22 - 5:25os resultados são tão fortes
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5:25 - 5:29que a pessoa afetada pode se tornar
invisível até para si mesma. -
5:30 - 5:33Nós ocultamos uma parte
da nossa identidade -
5:33 - 5:37para nos encaixarmos melhor
naquilo que alguns consideram normal, -
5:37 - 5:38ou aceitável.
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5:39 - 5:43Mentimos por omissão
e nos escondemos em plena vista. -
5:43 - 5:47Permitimos que nosso silêncio
nos torne cúmplices -
5:47 - 5:49da nossa própria invisibilidade.
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5:50 - 5:51Nem todos nós.
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5:52 - 5:56Alguns bissexuais escolhem
rejeitar ativamente a invisibilidade. -
5:56 - 5:59São insistentemente abertos e francos
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5:59 - 6:04sobre como sua orientação contribui
com a totalidade de suas identidades. -
6:05 - 6:06Bem,
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6:06 - 6:07já expliquei tudo.
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6:08 - 6:09Quem me dera.
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6:09 - 6:10Não é tão simples.
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6:11 - 6:15A invisibilidade tem
um amiguinho desagradável -
6:16 - 6:18chamado "apagamento".
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6:19 - 6:24O apagamento diz que os bissexuais
só estão confusos, -
6:24 - 6:25indecisos,
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6:25 - 6:27passando por uma fase,
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6:27 - 6:29ou que só queremos atenção.
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6:30 - 6:32Ele nos descreve como gananciosos,
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6:32 - 6:33não confiáveis
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6:33 - 6:37e incapazes de viver em relacionamentos
monogâmicos e de longo prazo. -
6:37 - 6:39O apagamento rouba nosso poder de agir
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6:39 - 6:43e permite que os outros
definam a nossa orientação por nós -
6:43 - 6:46com base no sexo ou gênero
do nosso companheiro. -
6:46 - 6:48O apagamento só vê um dos dois lados,
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6:48 - 6:50e diz aos bissexuais:
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6:50 - 6:54"Você é hétero demais
para espaços alternativos, -
6:54 - 6:57e não é alternativo o suficiente
para espaços gays". -
6:57 - 7:00O apagamento diz aos homens bissexuais:
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7:00 - 7:04"Ah, você na verdade é gay
e só não quer admitir". -
7:05 - 7:09O apagamento espera que as mulheres
bissexuais provem que o são, -
7:09 - 7:11geralmente de formas performáticas.
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7:12 - 7:17Enfrentar o apagamento significa
sair do armário constantemente, -
7:17 - 7:21respondendo a perguntas
que outras pessoas não recebem, -
7:21 - 7:24tentando não parecer tão na defensiva
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7:24 - 7:26e fazendo o máximo para não desaparecer.
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7:27 - 7:31O apagamento é frustrante e exaustivo.
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7:33 - 7:34Então, por que enfrentá-lo?
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7:35 - 7:37Sabemos quem somos, não?
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7:37 - 7:39"Hétero" e "gay" não são insultos,
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7:39 - 7:41só que não são
os rótulos corretos pra nós. -
7:42 - 7:45Por que não deixar que as pessoas
suponham o que quiserem -
7:45 - 7:47e evitarmos aborrecimento?
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7:47 - 7:52Porque forçar-se a se encaixar
num falso binário -
7:52 - 7:55significa fingir ser algo que você não é
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7:55 - 7:57e esconder tudo o que você de fato é.
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7:58 - 8:00É outra forma de armário.
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8:00 - 8:02Isso faz mal
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8:02 - 8:05e está lentamente matando muitos de nós.
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8:06 - 8:07Os bissexuais são pessoas
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8:07 - 8:11que vivenciam algum grau
de atração romântica ou sexual -
8:11 - 8:13por pessoas do mesmo sexo ou gênero
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8:13 - 8:16e por pessoas de sexo ou gênero diferente.
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8:17 - 8:20Representamos 52% dos LGBT,
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8:21 - 8:24mas somos uma maioria
geralmente silenciosa. -
8:24 - 8:28Somos cinco vezes mais propensos
do que gays e lésbicas -
8:28 - 8:34a esconder nossa orientação
até de amigos e familiares mais próximos. -
8:34 - 8:37Somente 44% dos jovens bissexuais
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8:37 - 8:40relatam conseguirem se abrir
com um adulto de confiança. -
8:41 - 8:45Jovens e adultos bissexuais relatam
índices maiores de abuso de álcool, -
8:45 - 8:47fumo
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8:47 - 8:48e sustâncias químicas.
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8:49 - 8:52Mais de um terço dos bissexuais adultos
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8:52 - 8:56não revelam sua orientação
a profissionais de saúde. -
8:56 - 9:00Isso acarreta diversas
disparidades físicas e mentais -
9:00 - 9:02entre nós e adultos hétero.
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9:02 - 9:05Entre elas, estão maiores índices
de doenças cardíacas, -
9:05 - 9:07alguns tipos de câncer,
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9:07 - 9:11obesidade, ansiedade e depressão.
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9:11 - 9:14Muitos programas de educação
em saúde sexual -
9:14 - 9:18são apresentados sob
uma perspectiva heterossexual -
9:18 - 9:20ou focam a abstinência.
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9:20 - 9:22Consequentemente,
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9:22 - 9:25as mulheres bissexuais talvez não conheçam
certas práticas de segurança -
9:25 - 9:29necessárias na prevenção à transmissão
de DSTs entre parceiras mulheres. -
9:29 - 9:32Homens bissexuais têm menos chance
de saberem que são soropositivos -
9:33 - 9:34do que homens gays,
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9:34 - 9:39e alguns relatam usarem camisinha menos
consistentemente com parceiros homens -
9:39 - 9:40do que com mulheres.
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9:41 - 9:45Mulheres bissexuais vivenciam
violência íntima e sexual -
9:45 - 9:5030% mais frequentemente
do que lésbicas e mulheres hétero. -
9:52 - 9:55Quarenta por cento dos adultos bissexuais
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9:56 - 10:00já pensaram em suicídio ou tentaram.
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10:02 - 10:03Agora,
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10:04 - 10:05uma notícia chata:
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10:06 - 10:08ninguém quer ser reduzido
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10:08 - 10:12a uma estatística negativa
ou a um clichê trágico. -
10:13 - 10:16Às vezes, surge uma vozinha
em nossa mente, que diz: -
10:17 - 10:19"Vou ficar na minha,
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10:20 - 10:24porque não é melhor ser invisível
do que ser demonizado? -
10:25 - 10:26Não me importo com rótulos errados,
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10:26 - 10:33desde que eu não seja visto
como defeituoso ou inferior. -
10:34 - 10:39Essa voz pode ficar muito, muito alta.
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10:40 - 10:42Por favor, não dê ouvidos a ela.
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10:43 - 10:45Assim começa a autoaversão,
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10:45 - 10:47e ela vai engolir você vivo.
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10:47 - 10:49Não é verdade,
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10:49 - 10:51não é justo
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10:51 - 10:53e ninguém merece isso.
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10:53 - 10:56O problema não é ser bissexual.
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10:56 - 10:59O problema é o fato
de as pessoas entenderem mal -
10:59 - 11:01e reagirem mal a isso.
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11:03 - 11:06Saí do armário publicamente
há menos de dois anos. -
11:06 - 11:07Pois é.
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11:08 - 11:12Não fiz isso porque estava entendiada
ou infeliz com meu casamento, -
11:12 - 11:17nem porque quisesse atenção
ou estivesse numa crise de meia-idade. -
11:17 - 11:18Não.
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11:18 - 11:22Saí do armário porque comecei
a pensar sobre a diferença -
11:22 - 11:25entre privado e sigiloso
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11:25 - 11:28e sobre como essa diferença
afetava a mim e aos outros. -
11:28 - 11:31Privacidade traz a ideia de valor.
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11:31 - 11:34Coisas privadas são voltadas
a um público limitado -
11:34 - 11:36por serem especiais.
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11:36 - 11:40Sigilo traz a ideia de medo ou vergonha.
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11:41 - 11:43Avaliei relacionamentos anteriores
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11:43 - 11:46em que eu havia escolhido manter
minha orientação em sigilo -
11:46 - 11:49ou tinha escondido
o fato de estar numa relação, -
11:49 - 11:53e me lembrei de como o medo e a vergonha
influenciaram essas decisões: -
11:54 - 11:58medo de a pessoa com quem eu estava
questionar minha lealdade para com ela, -
11:58 - 12:02medo de que me tratasse como meio
para realizar certas fantasias, -
12:03 - 12:04medo de que me abandonasse;
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12:05 - 12:09vergonha por saber que não estava sendo
totalmente verdeira sobre mim mesma, -
12:10 - 12:13vergonha de que minha preocupação
sobre a possível reação das pessoas -
12:13 - 12:16às minhas relações
com alguém do mesmo sexo -
12:16 - 12:20fizesse com que eu só falasse sobre
as relações com pessoas do sexo oposto, -
12:21 - 12:24vergonha da dor que essas decisões
causavam aos outros. -
12:25 - 12:28Eu me calava, se é que dá pra acreditar,
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12:31 - 12:34e mostrava o que eu achava
que era menos complicado. -
12:34 - 12:37Dizia a mim mesma que era melhor assim,
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12:37 - 12:39mesmo quando obviamente não era.
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12:40 - 12:44Me lembrei de como eu tinha
finalmente me livrado desse ciclo, -
12:44 - 12:47não continuando a esconder
coisas a meu respeito, -
12:47 - 12:49mas finalmente assumindo o risco
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12:49 - 12:53de ser franca e verdadeira
com alguém em quem eu confiava. -
12:54 - 13:00Meu cônjuge sabe da minha orientação
desde o início do nosso relacionamento. -
13:00 - 13:03Já faz 18 anos.
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13:03 - 13:07Na época, ele era a única pessoa
próxima a mim que sabia. -
13:07 - 13:11Tivemos muitos desafios,
como outros casais de longa data. -
13:11 - 13:13Nenhum deles foi causado
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13:13 - 13:18por um de nós esperar
que outro esconda, minta ou finja. -
13:20 - 13:23Nosso casamento é um casamento
entre pessoas de sexo oposto. -
13:23 - 13:25Não é um casamento hétero.
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13:26 - 13:30Usei o termo "cônjuge" porque significa
"parceiro escolhido para a vida". -
13:30 - 13:34Daria no mesmo pra mim
se eu tivesse me casado com um Stephen -
13:34 - 13:35ou com uma Stephanie.
-
13:36 - 13:37Escolhi um companheiro,
-
13:37 - 13:39não um lado.
-
13:39 - 13:44Sou casada monogamicamente
com um homem cisgênero heterossexual. -
13:44 - 13:46Sou mãe de três filhos.
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13:47 - 13:49Ainda assim, sou bissexual.
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13:50 - 13:53Já me perguntaram se meus filhos
sabem da minha orientação, -
13:53 - 13:55ou se pretendo contar a eles.
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13:55 - 14:00Eles sabem, da forma que achamos ser mais
adequada para suas respectivas idades, -
14:00 - 14:04e o motivo é que eu queria
que eles entendessem -
14:04 - 14:06que não há nada de vergonhoso
em orientação sexual -
14:06 - 14:09e que identidade não é um tabu.
-
14:09 - 14:14Pessoas fora do padrão heteronormativo
são mais que caricaturas ou esteriótipos. -
14:15 - 14:18Nossos relacionamentos são baseados
em ligação emocional, -
14:18 - 14:19afeto,
-
14:19 - 14:20paciência
-
14:20 - 14:22e compromisso.
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14:22 - 14:25Somos todos, cada um de nós,
-
14:25 - 14:29mais do que a soma das nossas partes
e do que possamos fazer com elas. -
14:30 - 14:33Se um de nossos filhos um dia disser
num jantar em família: -
14:33 - 14:35"Mãe, pai, eu sou..."
-
14:36 - 14:37isso ou aquilo...
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14:37 - 14:39"Por favor, me passe as ervilhas",
-
14:39 - 14:43quero que ele saiba
que a parte chocante dessa frase -
14:43 - 14:45é fato de estar disposto
a comer uma leguminosa. -
14:45 - 14:47(Risos)
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14:50 - 14:52Quando a invisibilidade se torna tóxica,
-
14:53 - 14:56quando ela não é mais
uma questão de privacidade, -
14:56 - 14:58mas uma questão de sigilo e meia-verdade,
-
14:59 - 15:01é hora de abandoná-la.
-
15:02 - 15:05Fazer isso nunca é fácil.
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15:06 - 15:09Mas vou contar uma coisa: é empoderador.
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15:10 - 15:12Ao escolhermos nos revelar,
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15:12 - 15:15podemos estabelecer as condições.
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15:15 - 15:18Podemos insistir
em nossa própria legitimidade. -
15:20 - 15:23Quando deixamos de lado
esse poder não tão super assim, -
15:23 - 15:28compreendemos o quanto era pesado
o fardo da invisibilidade -
15:28 - 15:31e o quanto somos mais livres sem ele.
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15:31 - 15:35Paramos de nos preocupar
se somos gays ou hétero o suficiente, -
15:35 - 15:39e conseguimos simplesmente
ser suficientes. -
15:40 - 15:41Esse pode ser o primeiro passo
-
15:41 - 15:45em direção a sermos vistos
e conhecidos por inteiro, -
15:45 - 15:48em direção a relacionamentos
baseados em absoluta verdade -
15:48 - 15:52e compartilhados com o mundo
da forma que escolhermos. -
15:53 - 15:54Ao vivermos abertamente,
-
15:54 - 15:59podemos ajudar aqueles que precisam
de exemplos acessíveis e reais, -
15:59 - 16:01porque agora podemos
ser vistos sob essa ótica. -
16:02 - 16:07Chegar a esse nível pode levar tempo,
coragem, pequenos passos. -
16:08 - 16:12Nem todos esses passos serão lineares
ou parecerão estar indo adiante. -
16:13 - 16:14As coisas podem ficar estranhas,
-
16:14 - 16:16desconfortáveis,
-
16:16 - 16:17ou até assustadoras.
-
16:18 - 16:19Talvez você descubra, da pior forma,
-
16:19 - 16:22quem são seus
verdadeiros amigos e aliados. -
16:23 - 16:26Leve o tempo que for preciso pra você.
-
16:27 - 16:31Não há prazo nem data de validade
para a sua verdade. -
16:31 - 16:33Se, neste momento,
-
16:33 - 16:40você só se sente confortável ou seguro
sussurrando sua verdade para si mesmo, -
16:41 - 16:43faça assim mesmo.
-
16:44 - 16:47Antes de mais nada,
seja visível a si mesmo. -
16:47 - 16:51Não troque sua invisibilidade
por um complexo de herói. -
16:51 - 16:53Você não deve isso a ninguém.
-
16:54 - 16:58A única pessoa que você tem
a obrigação de salvar -
16:59 - 17:00é você mesmo.
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17:01 - 17:03(Aplausos)
- Title:
- Bissexualidade: a invisibilidade da letra "B" | Misty Gedlinske | TEDxOshkosh
- Description:
-
Percepção é tudo. Ela impacta a imagem que as pessoas têm de nós, bem como nossos relacionamentos íntimos. Ser aberto sobre sua orientação sexual é arriscado, mas talvez valha a pena viver de forma plenamente autêntica. A visibilidade pode derrubar os esteriótipos, eliminar a vergonha e o sigilo e criar representatividade e exemplos nos quais outras pessoas podem se espelhar, acessíveis e reais.
Misty Gedlinske vive em Fond du Lac, Wisconsin, mas é originalmente de Asheville, Carolina do Norte. Sua carreira inclui mais de dez anos na administração municipal, como escrivã.
Ela é fundadora da Fond du Lac Pride Alliance, uma iniciativa comunitária de divulgação visando a fazer uma ponte entre pessoas LGBT+ locais e aliadas e serviços, recursos e organizações acolhedoras.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 17:16