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[Carrie Mae Weems: "Roaming"]
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Eu acredito que a arquitetura
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em sua essência--
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muito do ela é feita--
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é sobre poder.
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Se você pensar em lugares como Roma--
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onde eu fiz uma residência uns anos atrás
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eles levam as pessoas a pensar
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no poder do estado
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em relação ao sujeito inferior.
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Ao sujeito inferior--
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À população em geral
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Você está sempre ciente que
você é, como se fosse,
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um lacaio, em relação
a esse edifício gigantesco--
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o edifício do poder.
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Qual é a relação do poder com você?
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E qual a sua relação com o poder?
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E como você contesta?
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E como você tenta tornar
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alguém ciente disso?
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Bom, você rasteja até a igreja.
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[RISADAS]
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Então eu pensei,
lá atrás,
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talvez eu pudesse utilizar
minha própria pele
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em uma série de performances
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Que eu pudesse utilizar
meu próprio corpo como um jeito
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de guiar o espectador
em direção àqueles espaços--
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altamente ciente--
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e desafiar aqueles espaços.
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Desafiá-los,
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e marcá-los pelo que realmente são.
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Que eles são, claro, monumentais,
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e eles são lindos,
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e suas construções, extraordinárias.
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Mas, eu não me confundo sobre
o que eles significam,
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e o que eles têm que fazer.
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Talvez as pessoas também saibam disso.
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Elas meio que aceitam--
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elas se submetem a eles.
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E eu, obviamente, estou mais interessada
em desafiá-los
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mesmo quando eu os acho, de certa maneira,
sublimes.