Como nos sentimos quando vemos a Terra a partir do espaço
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0:01 - 0:04Estamos na véspera de Natal de 1968.
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0:05 - 0:12A nave Apollo 8 concluiu com êxito
as primeiras três órbitas à volta da Lua. -
0:13 - 0:16Lançada do Cabo Canaveral três dias antes,
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0:16 - 0:19esta foi a primeira viagem
de seres humanos -
0:19 - 0:21para além da órbita terrestre.
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0:23 - 0:25Na quarta passagem da nave,
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0:25 - 0:30a Terra apareceu lentamente,
revelando-se acima do horizonte lunar. -
0:32 - 0:35O astronauta Bill Anders
pergunta freneticamente à tripulação -
0:35 - 0:36onde está a máquina fotográfica,
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0:36 - 0:39pega na Hasselblad, aponta-a
para a janela, carrega no botão -
0:39 - 0:44e tira uma das fotos
mais importantes de todos os tempos: -
0:44 - 0:46o "nascer da Terra".
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0:47 - 0:50Quando a tripulação, dias depois,
chegou a casa, sãos e salvos, -
0:50 - 0:52interrogaram-nos sobre a missão.
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0:52 - 0:54Diz-se que Anders respondeu:
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0:54 - 0:56"Fomos à Lua,
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0:56 - 1:00"mas, na verdade, descobrimos a Terra".
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1:02 - 1:06Como é que ele e os seus
companheiros de tripulação se sentem -
1:06 - 1:08neste momento incrível?
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1:08 - 1:10Num estudo divulgado no ano passado,
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1:10 - 1:14uma equipa de investigadores
da Universidade da Pensilvânia -
1:14 - 1:17examinou os depoimentos
de centenas de astronautas -
1:17 - 1:21que tiveram a oportunidade
de ver a Terra do espaço. -
1:21 - 1:24A análise deles revelou
três sentimentos em comum: -
1:24 - 1:28primeiro, uma maior apreciação
da beleza da Terra; -
1:28 - 1:33segundo, um maior sentimento de ligação
com todos os outros seres vivos; -
1:33 - 1:39e terceiro, uma emoção inesperada
e geralmente surpreendente. -
1:39 - 1:43Os investigadores pensam que ver
a Terra a uma grande distância -
1:43 - 1:47estimula o desenvolvimento
de novas estruturas cognitivas -
1:47 - 1:49para entender o que estão a ver.
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1:49 - 1:52Pensam que aqueles astronautas
mudaram para sempre -
1:52 - 1:54por causa desta nova visão,
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1:54 - 1:56desta nova perspetiva,
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1:56 - 1:59desta nova verdade visual.
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2:00 - 2:04Habitualmente, chamamos a este sentimento
um "efeito de visão geral". -
2:05 - 2:09Só estiveram no espaço 558 pessoas
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2:10 - 2:13só 558 pessoas tiveram a oportunidade
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2:13 - 2:16de contemplarem embevecidos,
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2:17 - 2:22de se surpreenderem com o nosso planeta
a flutuar num mar infinito de escuridão. -
2:22 - 2:24E se esse número fosse maior?
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2:25 - 2:28Há três anos, parti na minha missão:
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2:28 - 2:33ver se podia levar esse sentimento
de incrível magnitude e beleza -
2:33 - 2:35a muito mais pessoas
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2:35 - 2:37usando apenas um pequeno computador
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2:37 - 2:39no meu pequeno apartamento
da cidade de Nova Iorque. -
2:40 - 2:43Foi então que, em 2013,
lancei "Daily Overview". -
2:44 - 2:47Todos os dias, uso imagens de satélite
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2:47 - 2:51para criar uma ampla visão geral
do nosso planeta. -
2:52 - 2:56Até agora, já foram criadas
mais de mil destas imagens -
2:56 - 3:02e mais de 600 mil pessoas sintonizam
esta dose diária de perspetivas. -
3:02 - 3:07Crio a imagem selecionando
fotos do enorme arquivo -
3:07 - 3:10de uma empresa de satélite
chamada Digital Globe -
3:10 - 3:13que manobra uma constelação
de cinco satélites, -
3:13 - 3:16cada um com o tamanho aproximado
de uma ambulância, -
3:16 - 3:18que estão permanentemente
a tirar fotos da Terra -
3:18 - 3:22enquanto orbitam a 28 000 km por hora.
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3:23 - 3:26O que é que isso significa?
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3:26 - 3:28Cada um dos satélites está equipado
com uma câmara -
3:28 - 3:30com uma distância focal de 16 m,
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3:31 - 3:35ou seja, cerca de 290 vezes maior
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3:35 - 3:39do que uma câmara DSLR equipada
com uma lente vulgar de 55mm. -
3:40 - 3:45Se pudéssemos fixar um desses satélites
no telhado dum teatro em Oxford, -
3:45 - 3:48podíamos tirar uma nítida foto
de uma bola de futebol, -
3:48 - 3:52no campo do estádio de Amsterdão.
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3:53 - 3:56São 450 quilómetros de distância.
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3:57 - 3:59É uma tecnologia incrivelmente poderosa.
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4:00 - 4:04Decidi, no início deste projeto,
que usaria essa tecnologia incrível -
4:05 - 4:09para me concentrar nos lugares
em que o homem causou impacto no planeta. -
4:10 - 4:15Enquanto espécie, cavamos e danificamos
a superfície da Terra para obter recursos, -
4:15 - 4:17produzimos energia,
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4:17 - 4:21criamos animais e cultivamos
frutas e vegetais para alimentação, -
4:21 - 4:24construímos cidades, movimentamo-nos
de um lado para o outro, -
4:24 - 4:25produzimos lixo.
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4:25 - 4:28Em consequência de fazer tudo isso,
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4:28 - 4:31alteramos paisagens terrestres, marinhas
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4:31 - 4:36e paisagens urbanas, com crescente
controlo e impunidade. -
4:37 - 4:38Tendo isso em consideração,
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4:38 - 4:42gostava de partilhar convosco
algumas das minhas imagens. -
4:42 - 4:45Aqui vemos navios cargueiros e petroleiros
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4:45 - 4:49à espera junto à entrada
para o porto de Singapura. -
4:49 - 4:52Este porto é o segundo
mais movimentado do mundo -
4:52 - 4:54em termos de tonelagem total,
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4:54 - 4:57representando um quinto
dos navios de contentores do mundo -
4:57 - 5:01e metade do abastecimento anual
de petróleo bruto. -
5:02 - 5:05Se olharem atentamente para esta imagem,
verão muitas pequenas manchas. -
5:06 - 5:11São vacas numa estação de engorda,
em Summerfield, no Texas, nos EUA. -
5:12 - 5:15Quando as vacas
atingem um peso determinado, -
5:15 - 5:17de cerca de 300 kg,
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5:17 - 5:20vêm para aqui e são sujeitas
a uma dieta especializada. -
5:20 - 5:25Nos três a quatro meses seguintes,
as vacas aumentam mais 180 kg -
5:25 - 5:27antes de serem enviadas para abate.
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5:27 - 5:31Vocês devem estar a perguntar
o que é esta piscina brilhante no topo. -
5:31 - 5:35Tem esta cor por causa duma combinação
única de estrume, produtos químicos -
5:35 - 5:38e um tipo especial de algas
que crescem em águas estagnadas. -
5:39 - 5:42Esta é a mina de minério
de ferro em Mount Whaleback, -
5:42 - 5:45na região de Pilbara
da Austrália Ocidental, -
5:45 - 5:49uma cicatriz bonita e assustadora
na superfície da Terra. -
5:49 - 5:52De todo o minério de ferro
extraído no mundo, -
5:52 - 5:5598% são usados para fabricar aço.
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5:55 - 5:58É, portanto, um componente
importante na construção de edifícios, -
5:58 - 6:00de automóveis ou de eletrodomésticos,
-
6:00 - 6:03como máquinas de lavar louça
ou frigoríficos. -
6:03 - 6:07Este é um concentrador solar
em Sevilha, em Espanha. -
6:08 - 6:12Esta fábrica contém 2650 espelhos,
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6:12 - 6:15dispostos em círculos concêntricos
em volta duma torre -
6:15 - 6:18com 140 m de altura no centro.
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6:19 - 6:22No topo da torre,
há uma cápsula de sal fundido, -
6:22 - 6:27aquecida pelos feixes de luz
refletidos pelos espelhos lá em baixo. -
6:28 - 6:31A partir daí, o sal circula para um tanque
de armazenamento subterrâneo, -
6:31 - 6:34onde produz vapor, que faz girar turbinas
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6:34 - 6:38e gera eletricidade suficiente
para fornecer energia a 70 mil casas -
6:38 - 6:42e compensa 30 mil toneladas de emissões
de dióxido de carbono, por ano. -
6:43 - 6:47Esta imagem mostra a desflorestação
em Santa Cruz, na Bolívia, -
6:47 - 6:52imediatamente adjacente às regiões
virgens da floresta tropical. -
6:52 - 6:55A desflorestação no país
foi motivada principalmente -
6:55 - 6:58pela expansão da agricultura
mecanizada e da pecuária. -
6:59 - 7:03Assim, à medida que o país tenta
satisfazer as necessidades da população -
7:03 - 7:04e a alimenta,
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7:04 - 7:06o sacrifício da destruição
da floresta tropical -
7:06 - 7:08tem sido necessário para isso.
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7:08 - 7:10Calcula-se que o país tenha perdido
-
7:10 - 7:131,8 milhões de hectares
de floresta tropical -
7:14 - 7:17apenas em 10 anos, de 2000 a 2010.
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7:18 - 7:22Este é o bairro de Eixample
em Barcelona, em Espanha. -
7:22 - 7:25A perspetiva geral
pode ser extremamente útil -
7:25 - 7:27para perceber como funcionam as cidades
-
7:27 - 7:30e para elaborar melhores soluções
de planeamento urbano. -
7:30 - 7:32Isso tornar-se-á ainda mais relevante
-
7:32 - 7:37quando se esperam 4900 milhões de pessoas
a viver em cidades no mundo inteiro -
7:37 - 7:39no ano de 2030.
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7:39 - 7:43Esta área de Barcelona caracteriza-se
por um rigoroso padrão de grelha, -
7:43 - 7:46apartamentos com pátios comunitários
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7:46 - 7:48e interseções octogonais
-
7:48 - 7:51que permitem mais luz solar,
uma ventilação melhor -
7:51 - 7:53e estacionamento extra ao nível da rua.
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7:54 - 7:58Vemos aqui esse padrão de grelha,
mas em circunstâncias muito diferentes. -
7:59 - 8:02Este é o acampamento de refugiados
de Dadaab, no norte do Quénia, -
8:02 - 8:05o maior acampamento deste tipo do mundo.
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8:05 - 8:08Para fazer face à entrada de refugiados
que fogem da Somália, -
8:08 - 8:10onde há fome e conflitos,
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8:10 - 8:15a ONU construiu esta área, à esquerda,
a que se chama a extensão LFO, -
8:15 - 8:16para abrigar mais refugiados
-
8:16 - 8:19que estão a chegar e a ocupar
estes pontos brancos, -
8:19 - 8:21que são tendas,
-
8:21 - 8:24que vão sendo ocupados lentamente,
ao longo do tempo. -
8:25 - 8:29Se tivermos uma destas imagens,
teremos um momento no tempo. -
8:29 - 8:31Mas se tivermos duas imagens,
-
8:31 - 8:35conseguiremos contar histórias
sobre as mudanças no tempo. -
8:35 - 8:37Chamo a esta característica
do projeto "justaposição", -
8:37 - 8:40e vou mostrar alguns exemplos.
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8:40 - 8:45Os campos de tulipas da Holanda
florescem todos os anos em abril. -
8:45 - 8:48Selecionamos uma imagem captada
em março, umas semanas antes, -
8:48 - 8:51e comparamo-la com outra,
tirada umas semanas depois. -
8:52 - 8:56Observamos as flores a florescerem
nesta magnífica cascata de cores. -
8:57 - 9:03Calcula-se que os holandeses produzem
4300 milhões de bolbos de tulipas por ano. -
9:04 - 9:07Em 2015, duas barragens ruíram
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9:07 - 9:10numa mina de minério de ferro,
no sudeste do Brasil, -
9:10 - 9:14causando um dos piores desastres
ambientais da história do país. -
9:15 - 9:18Calcula-se que foram libertados
62 milhões de metros cúbicos de resíduos -
9:18 - 9:20quando as barragens ruíram,
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9:20 - 9:23destruindo muitas aldeias,
-
9:23 - 9:26incluindo a de Bento Rodrigues,
vista aqui antes... -
9:28 - 9:31e depois da inundação.
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9:31 - 9:35No final, morreram 19 pessoas
nesse desastre. -
9:35 - 9:38Meio milhão de pessoas
deixaram de ter acesso a água potável -
9:38 - 9:40durante um longo período de tempo.
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9:40 - 9:43Os resíduos entraram no rio Doce,
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9:43 - 9:47que se prolonga por 650 km,
a caminho do mar, -
9:47 - 9:51matando quantidades incontáveis
de vida vegetal e animal pelo caminho. -
9:52 - 9:55Por fim — e esta é uma história
relacionada com a crise da Síria, -
9:55 - 9:59um conflito que custou a vida
de centenas de milhares de pessoas -
9:59 - 10:01e deslocou milhões.
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10:01 - 10:05Vemos esta área do deserto
em Mafraq, na Jordânia, em 2011, -
10:06 - 10:07o ano em que o conflito começou.
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10:07 - 10:12Quando a comparamos com uma imagem
captada este ano em 2017, -
10:13 - 10:16vemos a construção do acampamento
de refugiados de Zaatari. -
10:16 - 10:20Tal como os astronautas da Apollo 8
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10:20 - 10:24observaram a Terra a nascer
na paisagem lunar, pela primeira vez, -
10:24 - 10:27vocês não poderiam imaginar
o aspeto visto do espaço -
10:27 - 10:30destes locais que acabei de mostrar.
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10:31 - 10:33Embora talvez desfrutem
a estética de uma imagem, -
10:33 - 10:36uma vez que sabem
exatamente o que estão a ver, -
10:36 - 10:39podem lutar com o facto
de que gostam dela. -
10:40 - 10:42Essa é a tensão que quero criar
com o meu trabalho, -
10:42 - 10:45porque acredito que é esta contemplação,
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10:45 - 10:47este diálogo interno,
-
10:47 - 10:50que levará a um maior interesse
pelo nosso planeta -
10:50 - 10:53e maior consciência
do que lhe estamos a causar. -
10:53 - 10:56Acredito que ver a Terra
desta perspetiva geral -
10:56 - 10:59é mais importante agora do que nunca.
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10:59 - 11:03Através desta tecnologia incrível
destas câmaras de alta velocidade, -
11:03 - 11:06podemos ver, monitorar e denunciar
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11:06 - 11:09o impacto sem precedentes
que estamos a ter. -
11:09 - 11:11Quer sejamos cientistas,
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11:11 - 11:14engenheiros, políticos,
-
11:14 - 11:17investidores ou artistas,
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11:17 - 11:21se pudermos adotar
uma perspetiva mais ampla, -
11:21 - 11:24abraçar a verdade do que está a acontecer,
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11:24 - 11:28e contemplar a saúde
a longo prazo do nosso planeta, -
11:28 - 11:35criaremos um futuro melhor, mais seguro
e mais inteligente para o nosso único lar. -
11:35 - 11:37Obrigado.
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11:37 - 11:40(Aplausos)
- Title:
- Como nos sentimos quando vemos a Terra a partir do espaço
- Speaker:
- Benjamin Grant
- Description:
-
O que os astronautas sentiram quando viram a Terra a partit do espaço mudou-os para sempre. Benjamin Grant, autor e artista, pretende provocar a mesma sensação esmagadora e a beleza em cada um de nós, através duma série de fantásticas fotos por satéçite que mostram os efeitos que os seres humanos sentem no planeta. "Se adotarmos uma perspetiva mais abrangente, se aceitarmos a verdade do que se passa e se contemplarmos a saúde do nosso planeta a longo prazo, criaremos um futuro melhor, mais seguro e mais inteligente para este nosso lar especial", diz Grant.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 12:05
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