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Mariah Robertson’s Chemical Reactions | ART21 "New York Close Up"

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    [Bushwick, Brooklyn]
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    As coisas fotográficas têm a ver com
    controlcar quantidades de luz pequeninas.
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    [New York Close Up]
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    Há uns anos atrás,
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    uma amiga estava a ajudar-me
    a procurar uma coisa na câmara escura,
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    e pedi-çhe que abrisse umas caixas.
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    Uma das caixas
    tinha um rolo de papel não revelado.
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    E ela disse:
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    "Não há aqui nada, a não ser esta impressão
    de um mural cor de pêssego."
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    [Mariah Robertson, Artista]
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    E eu, tipo: "Não é uma impressão! Não!"
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    De repente, todas as teclas
    do piano fazem, tipo: "Não!"
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    ["Reações Químicas de Mariah Roberts"]
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    [4 Anos Antes]
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    Comecei a brincar com papel
    que era deitado fora.
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    Ou esse papel ia parar ao lixo
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    ou eu ia brincar com ele.
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    No final de cada dia de trabalho
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    eu borrifava-o com restos de químicos.
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    Há sempre um pouco de produtos
    químicos desarrumados perto das fotos
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    quando estamos a trabalhar na câmara escura.
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    Normalmente algo considerado um erro
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    ou algo que cortamos e deitamos fora.
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    Sempre gostei de tentar criar
    a partir de coisas deitadas fora
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    e mergulhar ainda mais no desastre.
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    [MATTHEW DIPPLE] Tu... estás a falar...
    estás a falar comigo por uma máscara?
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    [ROBERTSON] Sim!
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    [DIPPLE] Ok.
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    Acabei de lhe ligar.
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    Disse que não podia atender o telefone.
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    [48 Horas Antes da Abertura]
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    mas vai estar pronta às 3:30.
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    As coisas estão um pouco atrasadas hoje.
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    Talvez mais lentas do que seriam.
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    [Matthew Dipple, Galerista]
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    [ROBERTSON] Quando somos novos,
    nada nos impede
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    de estarmos a trabalhar até ao último minuto.
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    A locomotiva mental está a todo o vapor.
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    Ideias ques estavam todas dispersas,
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    de repente, tipo, cristalizam-se
    e formam coisas novas.
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    A linguagem para descrevê-las
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    vem da fotografia ou da pintura.
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    Mas não há óticas envolvidas
    na sua criação.
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    Não há pinceladas por cima de coisas.
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    São só uma série de reações químicas
    num pedaço de papel liso.
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    O papel estava molhado e depois borrifei-o
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    por isso todas estas gotinhas, tipo,
    sairam desse borrifo
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    e depois limitaram-se a deslizar.
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    O revelador é como o preto
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    e o fixante é como o branco,
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    e quando é só um deles, podemos...
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    sabemos o que vai acontecer.
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    Mas quando se misturam com água
    com forças diferentes entre si,
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    é quando as coisas acontecem.
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    Posso fazer com que aconteçam,
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    mas não acontecem ao meu comando.
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    Lentamente, começaram a surgir uns, tipo,
    roxos, magenta.
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    Começou a haver verde
    quando o revelador estava frio.
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    Quando fixante e revelador se misturavam
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    dava amarelo e laranja.
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    Às vezes há zonas em que não sei
    o que vai acontecer,
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    e dá uma cor
    lavanda-unicórnio-hippie-arco-íris.
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    É um mistério fugaz.
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    Entro ali com um plano,
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    mas as boas são as que como que
    vão para lá do planeado.
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    Nem sei, tipo, o que está a acontecer
    em 75% delas,
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    e depois está feito. Lavo-o e exclamo:
    "Isto é espantoso!"
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    "Quem é que fez isto?" [RISOS]
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    [DIPPLE] É sobre criar uma espécie de
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    caos culto ou controlado
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    e ver o que pode sair daí
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    e se é bonito ou se tem sucesso
    ou insucesso.
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    E acho que ela está muito ciente que...
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    nem sempre vai ter sucesso.
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    [ROBERTSON] Não!
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    Está ótimo.
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    Não, é tão..
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    Por favor, não lhe toques!
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    Está tão... não...
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    Não, não, está bom.
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    Não sei como explicar o que fazer!
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    [Contemporânea Americana]
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    [The Bowery, Manhattan]
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    [LISA] Mais alguma coisa?
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    [ROBERTSON] Tenho algumas tábuas
    todas amarradas com fita adesiva.
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    É tão diferente...
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    [MULHER] Matthew Dipple.
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    [DIPPLE] Olá, muito prazer em conhecê-lo.
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    Ela enquadra-os usando a moldura
    como um elemento algo escultural.
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    [ROBERTSON] Na verdade queria trabalhar
    com papel metalizado.
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    Mas, quando finalmente pude
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    fazer algo a sério com ele,
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    deixaram de o vender à folha,
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    e só havia em rolos.
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    Não tinha como cortar o papel
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    a, tipo, 16 por 20,
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    no escuro.
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    E saiam todos...
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    todos esquisitos.
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    E demorei muito tempo até perceber:
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    "Posso fazer isto
    com o tamanho que eu quiser."
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    As margens passaram a ser mesmo especiais.
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  • Not Synced
Title:
Mariah Robertson’s Chemical Reactions | ART21 "New York Close Up"
Description:

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Video Language:
English
Team:
Art21
Project:
"New York Close Up" series
Duration:
09:22

Portuguese subtitles

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