Jeff Koons: Dinheiro & Valor| Art21 "Exclusive"

Episódio #098: O artista Jeff Koons discute temas como dinheiro, desejo, perfeição e responsabilidade moral. Filmado em seu movimentado estúdio em Nova York e cercado por vários assistentes trabalhando em pinturas e esculturas, Knoos descreve como os aspectos práticos de administrar um negócio estão muitas vezes a serviço de fins criativos.

Jeff Koons colheta imagens e objetos da cultura popular formulando questões sobre gosto e prazer. Sua magia contextual que transforma itens banais em ícones suntuosos, assume uma dimensão psicológica por meio de mudanças dramáticas de escala, superfícies espetacularmente concebidas e alegorias subliminares de animais, humanos e objetos antropomorfizados. O assunto da história da arte é uma tendência constante, quer Koons eleve o kitsch ao nível da arte clássica, produza fotos no estilo das pinturas barrocas ou desenvolva obras públicas que usam técnicas e elementos do design de jardins franceses do século XVII. Organizando sua própria produção de estúdio de uma maneira que rivaliza com uma oficina renascentista, Koons faz trabalhos artesanais, assistidos por computador, que se comunicam através de sua meticulosa atenção aos detalhes.

Saiba mais sobre Jeff Koons: http://www.art21.org/artists/jeff-koons

VIDEO | Produtor: Wesley Miller & Nick Ravich. Entrevista: Susan Sollins. Câmera: Brian Hwang, Clair Popkin e Joel Shapiro. Som: Mark Mandler. Editor: Paulo Padilha. Cortesia de arte: Jeff Koons.

Tradução e Legendagem: Simone Evangelista

Tradução e legendagem:
Simone Evangelista

Jeff Koons
Dinheiro & Valor

Fico feliz que haja um diálogo
sobre o meu trabalho

mas existe alguma distorção,

algumas pessoas pensam que meu
trabalho é apenas sobre dinheiro

Certos aspectos são sobre dinheiro porque

também fala sobre desejo.

Mas o trabalho não é sobre dinheiro,

não é apenas sobre fazer algo para vender

Aprendi cedo, quando trabalhava
com ready-made objetos;

que faria tudo para cuidar e
proteger este ready-made

e para preservar sua integridade,
toda perfeição e imperfeição.

E um dia quando fiz uma escultura...

tudo foi um fiasco, e...

não poderia salvá-la, a menos que
fizesse algo radical com ela.

E a partir dali, percebi que de fato
não me importava com objetos,

eu me importava com pessoas,

e lá estavam as imperfeições e
perfeições que me interessavam

E então, toda vez que faço algo,
sinto uma responsabilidade moral

de me dedicar por completo,

porque é isso que me interessa;
me importo com a percepção.

Especialmente hoje em dia não é tão raro

para artistas ter um grande estúdio.

Se você quiser fazer mais de uma
pintura por ano,

ou mais de uma escultura,

deverá contar com algum apoio.

Gosto de trabalhar com pessoas porque
não quero estar numa sala só,

gosto dessa atmosfera familiar
que tenho no meu estúdio.

Faz parte do lado comercial da obra
e de fabricar coisas.

Não é preciso analisar os resultados
de cada questão.

Se quiser criar algo, mesmo que seja
impraticável, e geralmente são.

As melhores coisas não são práticas

e a grande arte geralmente
é muito impraticável,

você apenas sabe que pode ir e fazer.

Realmente não há opções,

porque se estiver fazendo seu trabalho:
você deve fazê-lo.