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Cadeiras auto para crianças ou cintos de segurança?

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    Era uma vez uma doença medonha, que afectava crianças.
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    E que de facto, de entre todas as doenças que existiam nesta terra,
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    era a pior. Era a que mais crianças matava.
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    Foi então que apareceu um inventor brilhante, um cientista,
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    que criou uma cura parcial para aquela doença.
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    Mas não era perfeita. Muitas crianças continuavam a morrer.
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    Mas era claramente melhor que aquilo que existia.
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    E uma das coisas boas acerca desta cura, era que era grátis,
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    virtualmente grátis, e muito fácil de usar.
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    Mas a pior coisa acerca dela, era que não se podia utilizar
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    nas crianças mais novas, em recém-nascidos e bebés de um ano.
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    Assim, como consequência, uns anos mais tarde,
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    outro cientista - talvez este cientista
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    não fosse tão brilhante quanto aquele que o havia precedido,
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    mas a partir da invenção do anterior -
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    criou uma segunda cura.
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    E a beleza desta segunda cura, para esta doença,
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    era que poderia ser utilizada em recém-nascidos e bebés de um ano.
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    E o problema desta cura era que era muito cara,
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    e muito complicada de usar.
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    E embora os pais tentassem o mais que pudessem usá-la correctamente,
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    no final, quase todos acabavam por usá-la mal.
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    Mas o que eles fizeram, claro, uma vez que era tão complicada e cara,
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    foi usá-la apenas em recém-nascidos e bebés de um ano.
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    E continuaram a usar a cura existente
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    nas crianças com dois anos ou mais.
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    E isto passou-se durante algum tempo. As pessoas estavam felizes.
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    Elas tinhas as suas duas curas. Até que uma mãe,
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    cujo filho que tinha acabado de fazer dois anos morreu desta doença.
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    E ela pensou para ela própria, "O meu filho acabou de fazer dois anos,
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    e até a criança fazer dois anos, eu tinha sempre usado
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    esta cura complicada e cara, este tratamento.
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    E quando a criança fez dois anos e comecei a usar
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    o tratamento barato e fácil, e eu pergunto-me" --
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    e ela questionou-se, como todos os pais que perdem uma criança se questionam --
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    "será que não havia nada que eu pudesse ter feito,
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    como continuar a usar aquela cura complicada e cara?"
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    E ela contou a todas as outras pessoas, e ela disse:
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    "Como é que será possível que algo
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    que é barato e fácil funcione tão bem como algo
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    que é complicado e caro?
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    E as pessoas pensaram: "Sabes, tens razão.
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    Provavelmente será errado mudar,
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    e começar a usar a solução barata e fácil."
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    E o governo ouviu a sua história, assim como as outras pessoas,
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    e disse: "Sim, têm razão, deviamos fazer uma lei.
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    Deviamos ilegalizar este tratamento barato e fácil
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    e impedir qualquer pessoal de usar isto nas suas crianças."
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    E as pessoas ficaram contentes. elas ficaram satisfeitas.
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    Isto passou-se durante muitos anos, e tudo estava bem.
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    Foi então que apareceu um economista solitário, que também tinha filhos,
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    e que tinha utilizado o tratamento caro e complicado.
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    Mas ele sabia acerca do outro, que era barato e simples.
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    E ele pensou nisso, e este mais caro
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    não lhe pareceu assim tão bom. Então ele pensou:
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    "Eu não sei nada acerca de ciência, mas percebo alguma coisa acerca de dados,
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    então, se calhar, eu deveria olhar para os dados,
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    e ver se este tratamento caro e complicado
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    funciona realmente melhor que o outro, que é barato e fácil."
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    e eis que, quando ele vasculhou nos dados,
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    concluíu que não parecia que a solução cara e complicada
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    fosse melhor que a solução barata,
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    pelo menos para crianças que tivessem dois anos ou mais --
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    a solução barata não funcionava em crianças mais novas.
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    Então, ele dirigiu-se às pessoas e disse:
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    "Eu fiz esta descoberta maravilhosa:
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    parece que poderemos apenas utilizar a solução barata e simples,
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    e ao fazê-lo estaremos a poupar 300 milhões de dólares por ano,
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    e poderemos gastá-los nas nossas crianças de outras formas."
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    E os pais ficaram muito infelizes, e disseram:
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    "Isto é terrível, como é que uma coisa barata e fácil
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    pode ser tão boa como uma coisa complexa?" E o governo ficou muito chateado.
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    E particularmente, as pessoas que faziam esta solução cara
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    ficaram muito chateadas, porque pensaram:
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    "Como é que poderemos ter esperança de competir com algo que é essencialmente grátis?
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    Perderíamos todo o nosso mercado."
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    E as pessoas ficaram muito chateadas, e chamaram-lhe nomes horríveis.
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    e ele decidiu que talvez devesse sair do país
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    durante alguns dias e procurar pessoas mais inteligentes
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    e tolerantes, num lugar chamado Oxford,
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    e tentar contar a sua história nesse lugar.
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    E assim, aqui estou eu. Isto não é um conto de fadas.
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    É uma história verídica acerca dos Estados Unidos, nos dias de hoje,
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    e a doença à qual me refiro é na realidade
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    os acidentes rodoviários para crianças.
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    E a cura grátis são os cintos de segurança para adultos, e a cura cara --
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    a cura dos 300-milhões-de-dólares-por-ano -- são as cadeiras auto para crianças.
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    E aquilo que eu gostaria de vos transmitir hoje
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    são algumas das provas que me levam a acreditar que isto é verdade:
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    Que para crianças de dois anos ou mais,
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    não existe realmente nenhum benefício -- benefício provado -- nas cadeiras auto,
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    não obstante o incrível esforço
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    que tem sido dedicado à expansão das leis
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    e ao tornar socialmente inaceitável
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    a utilização de cintos de segurança em crianças. E depois falar acerca do porquê --
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    o que é que faz com que isto seja verdade?
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    E depois, finalmente falar um pouco acerca de uma terceira hipótese,
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    acerca de uma outra tecnologia, que é provavelmente melhor do que qualquer uma das que temos,
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    mas que -- não tem havido nenhum entusiasmo na sua adopção
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    precisamente porque as pessoas estão tão apaixonadas
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    pela actual solução de cadeiras auto. OK.
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    Então, muitas vezes quando tentamos fazer pesquisa de dados,
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    encontramos histórias complicadas -- é difícil encontrar nos dados.
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    Mas esse não é o caso quando olhamos para cintos de segurança versus cadeiras auto.
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    Os Estados Unidos mantêm uma base de dados
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    com todos os acidentes fatais, que aconteceram desde 1975.
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    Em todos os acidentes automóveis em que pelo menos uma pessoa morre,
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    existe informação acerca de todas as pessoas.
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    Então se olharmos para os dados -- estão disponíveis no site da "National Highway
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    Transportation Safety Administration --
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    podemos olhar para os dados inadulterados,
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    e começar a apercebermo-nos da quantidade limitada de provas
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    em favor das cadeiras auto para crianças de dois anos ou mais.
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    Aqui estão os dados. Aqui eu tenho, no grupo de dois até seis anos --
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    acima de seis, quase ninguém usa cadeiras auto,
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    pelo que não podemos comparar -- 29,3% das crianças que estão soltas
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    durante um acidente no qual pelo menos uma pessoa morre, morrem elas próprias.
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    Se pusermos a criança numa cadeira auto, 18,2% das crianças morrem.
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    Se estiverem a usar cinto de segurança de três pontos, de acordo com este dados,
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    19,4% morrem. E interessantemente, usando um cinto de segurança de dois pontos,
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    16,7% morrem. De facto, a teoria diz-nos
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    que o cinto de segurança de dois pontos terá de ser pior
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    que o de três pontos. E isso apenas nos faz lembrar
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    que quando lidamos com dados inadulterados, existem centenas
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    de variáveis que se confundem e podem ficar no caminho.
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    Então o que fazemos no estudo é -- e isto é apenas apresentar
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    a mesma informação, mas representada num gráfico para ser mais fácil.
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    Então a barra amarela representa cadeiras auto,
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    a laranja cintos de segurança de três pontos, e a vermelha de dois pontos.
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    E tudo isso em comparação com solto --
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    quanto maior a barra, melhor. OK.
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    Então, isto são os dados que acabei de mostrar, OK?
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    A maior barra é aquilo que estamos a tentar bater.
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    Entao podemos controlar para as coisas mais básicas, como a intensidade do acidente,
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    a cadeira que a criança estava a usar, etc., a idade da criança.
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    e isso são as barras do meio.
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    assim, podemos ver que os cintos de segurança de dois pontos
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    começam a parecer pior assim que o fazemos.
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    Finalmente, o último grupo de barras,
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    que estão a realmente a controlar para tudo
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    aquilo que possamos imaginar num acidente,
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    50, 75, 100 características diferentes do acidente.
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    E aquilo que vemos é que tanto as cadeiras auto como os cintos de segurança de três pontos,
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    no que toca a salvar vidas, o número de mortes é igual.
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    E as bandas de erro padrão são relativamente pequenas, à volta destas estimativas.
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    E isso não é só para o global. É bastante robusto
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    seja para onde for que olhemos.
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    Uma coisa que é interessante: se olharmos para os impactos frontais --
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    quando o carro colide, a frente bate nalguma coisa --
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    de facto, o que vemos é que as cadeiras auto parecem um pouco melhores.
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    E não acho que isto seja coincidência.
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    De modo a termos as cadeiras auto homologadas,
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    precisamos de passar alguns testes standard,
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    sendo que todos ele envolvem bater o carro frontalmente.
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    Mas quando olhamos para os outros tipos de acidentes, como acidentes de impacto traseiro,
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    de facto, as cadeiras auto não são tão boas.
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    E acho que poderá ser por terem sido optimizadas para passarem,
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    como é esperado das pessoas,
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    a optimização relativa a standards legais
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    acerca de como o carro será afectado.
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    E o outro ponto de argumentação será:
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    "Bem, as cadeiras auto têm vindo a melhorar com o tempo.
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    E se olharmos para os acidentes mais recentes --
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    A quantidade de informação corresponde a 30 anos de dados --
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    não o vemos nos acidentes mais recentes. As novas cadeiras auto são muito melhores."
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    Mas de facto, em acidentes recentes os cintos de segurança de três pontos,
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    estão a ter ainda melhores resultados que as cadeiras auto.
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    Eles dizem: "Bem, isso é impossível, não pode ser."
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    E a linha de argumentação, se perguntarmos aos pais, é:
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    "Mas as cadeiras auto são tão caras e complicadas,
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    e têm esta grande confusão de fivelas,
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    como é possível que não funcionem melhor que cintos de segurança
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    já que são tão caras e complicadas?"
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    É um tipo de lógica interessante,
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    eu acho, esta que as pessoas usam. E numa outra lógica, eles dizem:
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    "Bem, o governo não nos iria dizer para usá-las
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    se elas não fossem muito melhores."
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    Mas o que é interessante é que o governo, ao dizer-nos para usá-las,
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    não se está a basear em muito.
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    Isto é realmente baseado nalguns apelos apaixonados de pais
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    cujas crianças faleceram depois de fazerem dois anos,
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    o que levou à aprovação de todas estas leis -- não tanto em dados.
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    Não é possível ir muito longe, eu acho, ao contarmos esta história
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    usando apenas estatísticas abstractas.
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    Assim, tava a jantar com alguns amigos, e comecei a perguntar --
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    estavamos a fazer um barbecue -- comecei a perguntar-lhes que conselhos eles poderiam ter para mim
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    para que eu provasse a minha teoria. Eles disseram: "Porque é que não fazes alguns testes de impacto?"
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    E eu disse: "Isso é uma grande ideia."
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    Então nós realmente tentámos encomendar uns testes de impacto.
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    E o que aconteceu foi que telefonámos a umas empresas independentes
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    de testes de impacto, de todo o país,
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    e nenhuma delas queria fazer o nosso teste de impacto,
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    porque segundo eles disseram, alguns explicitamente, outros nem tanto:
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    "Todas as nossas receitas vêm dos fabricantes de cadeiras auto.
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    Não podemos arriscar aliená-los, ao testar cintos de segurança contra cadeiras auto."
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    Eventualmente, um concordou. Sob condições de anonimidade,
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    disseram que ficariam muito felizes em fazer este teste para nós --
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    anonimidade, e 1500 dólares por cada cadeira testada.
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    E então, fomos para Buffalo, New York,
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    e aqui está a situação inicial.
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    Estes são os manequins de testes de impacto,
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    à espera da sua vez no palco.
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    O teste de impacto funciona funciona assim.
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    Aqui eles não utilizam o carro inteiro --
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    Não vale a pena destruir um carro inteiro, para o fazer.
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    Então eles só têm estes assentos de banco,
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    e eles prendem a cadeira auto e o cinto de segurança neles.
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    Eu gostava que vocês vissem isto.
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    E eu penso que isto dá uma boa ideia do porquê dos pais pensarem
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    que as cadeiras auto são tão boas. Olhem para a criança na cadeira auto.
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    Não parece que ele está contente, pronto para arrancar,
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    como se pudesse sobreviver a tudo? E depois, se olharem para a criança na traseira,
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    parece que já está a sufocar antes do impacto ter acontecido.
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    Quando olhamos para isto, é difícil de acreditar que
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    a criança na traseira vai ficar bem a quando do impacto.
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    Então isto vai ser um impacto
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    no qual eles vão bater com esta coisa para a frente, contra uma parede
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    a 48 Km/h, e vejam o que acontece. OK?
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    Então, deixem-me mostrar-vos o que acontece.
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    Já agora, estes são bonecos de três anos.
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    Esta é a cadeira auto. Agora reparem em duas coisas:
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    vejam como a cabeça vai para a frente,
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    e basicamente atinge os joelhos -- e isto é a cadeira auto --
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    e olhem como a cadeira auto salta, devido ao ressalto.
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    A cadeira auto mexe-se por todo o lado.
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    Tenham em conta que há duas questões no que respeita a isto.
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    isto é uma cadeira auto que foi instalada por alguém
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    que já instalou 1.000 cadeiras auto, e que sabia exactamente como o fazer.
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    E também, acontece que estes assentos de banco
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    são ideiais para instalar cadeiras auto.
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    O encosto plano faz com que seja muito mais fácil instalá-las.
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    Então isto é um teste que está tendencialmente favorável à cadeira auto,
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    OK? Então esta criança neste impacto safou-se bastante bem.
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    Os standards federais são
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    que têm de ter uma pontuação inferior a 1.000,
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    de modo à cadeira auto ser aprovada neste impacto,
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    Numa grandeza de unidades que não será relevante.
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    E este impacto teria aproximadamente 450.
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    Na realidade, esta cadeira auto era uma cadeira auto acima da média
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    de acordo com os Consumer Reports, e pontuou bastante bem.
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    Ao próximo. Esta é a criança, no mesmo impacto,
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    que está com o cinto de segurança. Ela quase não se mexe, de facto,
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    relativamente à outra criança. E o engraçado é que,
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    a imagem da câmara é terrível porque está montada
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    para filmar as cadeiras auto, e assim, eles não têm como
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    mover a câmara de modo a que possam ver esta criança no ressalto.
  • 11:55 - 11:59
    De qualquer forma, aparentemente destes dois impactos,
  • 11:59 - 12:03
    a de três anos pontuou ligeiramente pior. Então ela têm aproximadamente 500
  • 12:03 - 12:07
    em -- nesta escala -- relativamente a 400 e qualquer coisa.
  • 12:07 - 12:10
    Mas mesmo assim, se levarem os dados daquele impacto
  • 12:10 - 12:13
    para o governo, e disserem: "eu inventei uma nova cadeira auto.
  • 12:13 - 12:16
    E queria que a aprovassem para ser vendida."
  • 12:16 - 12:19
    Então eles diriam: "Esta nova cadeira auto é fantástica, funciona lindamente.
  • 12:19 - 12:21
    Só pontuou 500, e poderia ter chegado aos 1.000."
  • 12:21 - 12:24
    E este cinto de segurança teria passado
  • 12:24 - 12:26
    e seria aprovado como uma cadeira auto.
  • 12:26 - 12:28
    De alguma forma, o que isto sugere
  • 12:28 - 12:31
    é que não é só o facto das pessoas estarem a montar as cadeiras auto erradamente,
  • 12:31 - 12:33
    que está a colocar as crianças em risco. Mas que, fundamentalmente,
  • 12:33 - 12:35
    as cadeiras auto não estão a fazer grande coisa.
  • 12:35 - 12:37
    Aqui está o impacto. Estes estão temporizados em simultâneo,
  • 12:37 - 12:39
    de modo a que possam ver que com a cadeira auto leva muito mais tempo --
  • 12:39 - 12:41
    no ressalto, leva muito mais tempo --
  • 12:41 - 12:45
    mas a criança que tem o cinto de segurança mexe-se muito menos.
  • 12:45 - 12:47
    Eu vou mostrar-vos os impactos das crianças de seis anos também.
  • 12:47 - 12:52
    a criança de seis anos está numa cadeira auto, e acontece que
  • 12:52 - 12:57
    isto parece terrível, mas é óptimo. É um 400, OK?
  • 12:57 - 12:58
    Então esta criança safava-se bem num acidente.
  • 12:58 - 13:02
    Nada disto seria de alguma forma problemático para a criança.
  • 13:02 - 13:05
    E agora aqui está a criança de seis anos com o cinto de segurança,
  • 13:05 - 13:07
    e de facto, elas pontuam com uma diferença exacta
  • 13:07 - 13:11
    de um ou dois pontos. Então na realidade, para a criança de seis anos,
  • 13:11 - 13:15
    a cadeira auto não faz diferença nenhuma.
  • 13:15 - 13:18
    Isto são mais provas, então de alguma forma --
  • 13:18 - 13:22
    Eu fui criticado por um cientista, que disse: "Tu nunca poderias publicar
  • 13:22 - 13:24
    um estudo com um n de 4", referindo-se àqueles quatro acidentes.
  • 13:24 - 13:28
    Então eu repondi-lhe dizendo: "Então e com um n de 45.004?"
  • 13:28 - 13:30
    Porque eu tinha os outros 45.000 acidentes reais.
  • 13:30 - 13:34
    E eu acho que é interessante, a ideia
  • 13:34 - 13:36
    de usar acidentes reais, que é algo que
  • 13:36 - 13:38
    os economistas pensariam ser o procedimento correcto,
  • 13:38 - 13:40
    enquanto que os cientistas não --
  • 13:40 - 13:43
    eles preferem usar o laboratório,
  • 13:43 - 13:45
    uma muito imperfeita ciência de olhar para os bonecos,
  • 13:45 - 13:49
    em vez que utilizar dados de 30 anos do que temos visto
  • 13:49 - 13:52
    acerca de crianças e cadeiras auto.
  • 13:52 - 13:56
    Então eu penso que a resposta a este puzzle
  • 13:56 - 13:59
    é que existe uma solução muito melhor,
  • 13:59 - 14:02
    mas que ninguém está excitado com ela, porque toda a gente
  • 14:02 - 14:06
    está encantada com o modo como as cadeiras auto estão presumivelmente a funcionar.
  • 14:06 - 14:09
    A se pensarem, duma perspectiva do design,
  • 14:09 - 14:11
    acerca de voltar ao início, e dizer:
  • 14:11 - 14:13
    "Eu só quero proteger as crianças que estão no banco de trás."
  • 14:13 - 14:15
    Eu não acredito que exista alguém nesta sala capaz de dizer:
  • 14:15 - 14:16
    "Bem, a melhor maneira de começar deverá ser:
  • 14:16 - 14:19
    vamos criar grandes cintos de segurança para adultos.
  • 14:19 - 14:21
    E depois, vamos criar esta grande engenhoca
  • 14:21 - 14:24
    que terá de ser montada nesta corrente."
  • 14:24 - 14:27
    Quero dizer, porque não começar -- de qualquer forma, quem é que está sentado no banco de trás senão crianças?
  • 14:27 - 14:30
    Mas essencialmente, fazer algo deste género,
  • 14:30 - 14:32
    Que eu não sei exactamente quanto custará a fazer,
  • 14:32 - 14:33
    mas não existe razão que eu veja
  • 14:33 - 14:35
    para que isto seja muito mais caro que uma cadeira auto normal.
  • 14:35 - 14:39
    Isto é apenas -- vocês vêm, isto dobra para cima -- é atrás do banco.
  • 14:39 - 14:41
    Têm assentos normais para adultos, e depois puxa-se para baixo,
  • 14:41 - 14:43
    e a criança senta-se em cima, e está integrado.
  • 14:43 - 14:47
    E parece-me que isto não pode ser uma solução muito cara,
  • 14:47 - 14:50
    e tem de funcionar melhor do que aquilo que já temos.
  • 14:50 - 14:55
    Então fica aqui a questão: haverá alguma esperança para a adopção de algo deste género,
  • 14:55 - 14:57
    que presumivelmente salvaria muitas vidas?
  • 14:57 - 15:01
    E eu penso que a resposta talvez esteja numa história.
  • 15:01 - 15:05
    A resposta ao porquê do sucesso da cadeira auto,
  • 15:05 - 15:08
    assim como da eventualidade de isto vir a ser adoptado ou não,
  • 15:08 - 15:12
    está na histório que o meu pai me contou, relacionada com o tempo em que ele era médico
  • 15:12 - 15:15
    na Força Aérea do EUA, em Inglaterra. E isto foi há muito tempo:
  • 15:15 - 15:17
    era possível fazer coisas que hoje não é.
  • 15:17 - 15:21
    Então o meu pai tinha pacientes
  • 15:21 - 15:24
    os quais ele pensava que não estavam realmente doentes,
  • 15:24 - 15:28
    e ele tinha um grande boião de comprimidos placebo que lhes dava,
  • 15:28 - 15:31
    e dizia: "volte numa semana, se ainda se sentir mal."
  • 15:31 - 15:32
    E muitos deles não voltavam,
  • 15:32 - 15:34
    mas alguns sim.
  • 15:34 - 15:38
    Aí, ele, ainda convencido que eles não estavam doentes,
  • 15:38 - 15:43
    tinha outro boião de comprimidos. Neste boião estavam comprimidos enormes.
  • 15:43 - 15:45
    Quase impossíveis de engolir.
  • 15:45 - 15:49
    E estes, para mim, são a analogia para as cadeiras auto.
  • 15:49 - 15:53
    As pessoas olhavam para estes e diziam: "Meu, esta coisa é tão grande
  • 15:53 - 15:55
    e tão difícil de engolir. Se isto não me fizer sentir melhor,
  • 15:55 - 15:58
    o que é que possivelmente poderá?"
  • 15:58 - 16:00
    E como resultado a maioria das pessoas não voltava,
  • 16:00 - 16:03
    porque funcionava. Mas de vez em quando,
  • 16:03 - 16:08
    ainda havia um paciente convencido que estava doente,
  • 16:08 - 16:11
    e voltava. E o meu pai tinha um terceiro boião de comprimidos.
  • 16:11 - 16:13
    E o boião de comprimidos que ele tinha, segundo ele,
  • 16:13 - 16:16
    tinha os comprimidos mais pequenos que ele conseguiu encontrar,
  • 16:16 - 16:18
    tão pequenos que mal os conseguíamos ver.
  • 16:18 - 16:20
    E ele dizia: "Ouça, eu sei que lhe dei aquele comprimido enorme,
  • 16:20 - 16:24
    aquele comprimido complicado, e difícil de engolir,
  • 16:24 - 16:26
    mas agora tenho um que é tão potente,
  • 16:26 - 16:28
    que é extremamente pequeno e quase invisível.
  • 16:28 - 16:31
    É quase como esta coisa aqui, que você não consegue ver."
  • 16:31 - 16:33
    E como resultado nunca,
  • 16:33 - 16:36
    em todas as vezes que o meu pai deu este comprimido, o comprimido muito pequeno,
  • 16:36 - 16:39
    ninguém nunca voltou a queixar-se de doença.
  • 16:39 - 16:42
    Então, o meu pai sempre considerou isso como prova
  • 16:42 - 16:46
    que este comprimido pequeno, minúsculo, e poderoso,
  • 16:46 - 16:50
    tinha o efeito de placebo final. E de algum modo, se esta for a história correcta,
  • 16:50 - 16:52
    Eu penso que as cadeiras auto integradas, vocês vão ver, muito rapidamente
  • 16:52 - 16:56
    se vão tornar em algo que toda a gente terá. A outra conclusão possível
  • 16:56 - 16:59
    é, bem, talvez depois de consultar o meu pai três vezes,
  • 16:59 - 17:01
    e de ser enviado para casa com placebos,
  • 17:01 - 17:03
    ele decidiu consultar outro médico.
  • 17:03 - 17:05
    E isso é completamente possível. E se esse for o caso,
  • 17:05 - 17:08
    aí eu penso que estaremos encalhados com as cadeiras auto convencionais durante muito tempo.
  • 17:08 - 17:09
    Muito obrigado.
  • 17:09 - 17:13
    (aplauso)
  • 17:13 - 17:15
    (Plateia: Eu gostaria de lhe perguntar, quando nós usamos cintos de segurança
  • 17:15 - 17:18
    nós não os usamos necessariamente só para prevenir a perda de vida,
  • 17:18 - 17:20
    também é para prevenir muitas ferimentos graves.
  • 17:20 - 17:24
    As suas informações referem-se a óbitos. Não a ferimentos graves.
  • 17:24 - 17:26
    Existe informação que demonstra que as cadeiras auto
  • 17:26 - 17:29
    são menos eficazes, ou tão eficazes quanto os cintos de segurança
  • 17:29 - 17:31
    para ferimentos graves? Porque isso provaria o seu caso.)
  • 17:31 - 17:34
    Steven Levitt: Sim, isso é uma excelente pergunta. Nas minhas informações, e num outro conjunto de informações
  • 17:34 - 17:37
    que consultei acerca de acidentes em New Jersey,
  • 17:37 - 17:41
    encontrei muito poucas diferenças em ferimentos.
  • 17:41 - 17:43
    Então, nesta informação, são estatisticamente insignificantes as diferenças
  • 17:43 - 17:47
    em ferimentos, entre cadeiras auto e cintos de segurança de três pontos.
  • 17:47 - 17:48
    Na informação de New Jersey, que é diferente,
  • 17:48 - 17:51
    porque não é só de acidentes mortais,
  • 17:51 - 17:53
    mas de todos os acidentes em New Jersey que são reportados,
  • 17:53 - 17:56
    acontece que existe uma diferença de 10% em ferimentos,
  • 17:56 - 17:58
    mas geralmente são ferimentos ligeiros.
  • 17:58 - 18:00
    Agora, o que é interessante, devo dizer isto como aviso,
  • 18:00 - 18:05
    existe literatura médica que é muito difícil de explicar com estes outros dados,
  • 18:05 - 18:09
    que sugere que as cadeiras auto são extremamente melhores.
  • 18:09 - 18:11
    E eles utilizam uma metodologia completamente diferente, que envolve --
  • 18:11 - 18:14
    depois do acidente ter ocorrido, eles obtêm das companhias de seguros
  • 18:14 - 18:16
    os nomes das pessoas envolvidas no acidente,
  • 18:16 - 18:17
    e telefonam-lhes,
  • 18:17 - 18:18
    e perguntam-lhes o que aconteceu.
  • 18:18 - 18:21
    E eu ainda não consigo explicar,
  • 18:21 - 18:23
    e eu gostaria de trabalhar com estes médicos investigadores,
  • 18:23 - 18:26
    para tentar entender como é que podem existir estas diferenças,
  • 18:26 - 18:29
    que estão completamente em desacordo umas com as outras.
  • 18:29 - 18:32
    Mas é obviamente uma questão crítica.
  • 18:32 - 18:35
    A questão é mesmo que -- existem suficientes ferimentos graves
  • 18:35 - 18:38
    para que exista um custo-benefício? É um pouco complicado.
  • 18:38 - 18:40
    Mesmo que eles tenham razão, não é claro
  • 18:40 - 18:41
    que haja tanto custo-benefício.
Title:
Cadeiras auto para crianças ou cintos de segurança?
Speaker:
Steven Levitt
Description:

Steven Levit partilha informação que demonstra que as cadeiras auto para crianças não são mais eficazes que os cintos de segurança, na prevenção de óbitos nos automóveis. No entanto, durante a sessão de Perguntas & Respostas, ele faz uma ressalva crucial.

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English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
18:41

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