Cadeiras auto para crianças ou cintos de segurança?
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0:00 - 0:05Era uma vez uma doença medonha, que afectava crianças.
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0:05 - 0:09E que de facto, de entre todas as doenças que existiam nesta terra,
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0:09 - 0:12era a pior. Era a que mais crianças matava.
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0:12 - 0:15Foi então que apareceu um inventor brilhante, um cientista,
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0:15 - 0:18que criou uma cura parcial para aquela doença.
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0:18 - 0:22Mas não era perfeita. Muitas crianças continuavam a morrer.
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0:22 - 0:25Mas era claramente melhor que aquilo que existia.
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0:25 - 0:31E uma das coisas boas acerca desta cura, era que era grátis,
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0:31 - 0:33virtualmente grátis, e muito fácil de usar.
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0:33 - 0:36Mas a pior coisa acerca dela, era que não se podia utilizar
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0:36 - 0:40nas crianças mais novas, em recém-nascidos e bebés de um ano.
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0:40 - 0:42Assim, como consequência, uns anos mais tarde,
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0:42 - 0:44outro cientista - talvez este cientista
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0:44 - 0:48não fosse tão brilhante quanto aquele que o havia precedido,
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0:48 - 0:50mas a partir da invenção do anterior -
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0:50 - 0:53criou uma segunda cura.
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0:53 - 0:56E a beleza desta segunda cura, para esta doença,
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0:56 - 1:00era que poderia ser utilizada em recém-nascidos e bebés de um ano.
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1:00 - 1:05E o problema desta cura era que era muito cara,
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1:05 - 1:06e muito complicada de usar.
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1:06 - 1:10E embora os pais tentassem o mais que pudessem usá-la correctamente,
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1:10 - 1:14no final, quase todos acabavam por usá-la mal.
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1:14 - 1:17Mas o que eles fizeram, claro, uma vez que era tão complicada e cara,
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1:17 - 1:20foi usá-la apenas em recém-nascidos e bebés de um ano.
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1:20 - 1:23E continuaram a usar a cura existente
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1:23 - 1:24nas crianças com dois anos ou mais.
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1:24 - 1:26E isto passou-se durante algum tempo. As pessoas estavam felizes.
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1:26 - 1:29Elas tinhas as suas duas curas. Até que uma mãe,
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1:29 - 1:34cujo filho que tinha acabado de fazer dois anos morreu desta doença.
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1:34 - 1:38E ela pensou para ela própria, "O meu filho acabou de fazer dois anos,
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1:38 - 1:42e até a criança fazer dois anos, eu tinha sempre usado
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1:42 - 1:47esta cura complicada e cara, este tratamento.
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1:47 - 1:48E quando a criança fez dois anos e comecei a usar
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1:48 - 1:51o tratamento barato e fácil, e eu pergunto-me" --
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1:51 - 1:53e ela questionou-se, como todos os pais que perdem uma criança se questionam --
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1:53 - 1:55"será que não havia nada que eu pudesse ter feito,
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1:55 - 1:59como continuar a usar aquela cura complicada e cara?"
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1:59 - 2:02E ela contou a todas as outras pessoas, e ela disse:
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2:02 - 2:04"Como é que será possível que algo
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2:04 - 2:07que é barato e fácil funcione tão bem como algo
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2:07 - 2:09que é complicado e caro?
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2:09 - 2:11E as pessoas pensaram: "Sabes, tens razão.
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2:11 - 2:13Provavelmente será errado mudar,
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2:13 - 2:16e começar a usar a solução barata e fácil."
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2:16 - 2:19E o governo ouviu a sua história, assim como as outras pessoas,
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2:19 - 2:22e disse: "Sim, têm razão, deviamos fazer uma lei.
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2:22 - 2:24Deviamos ilegalizar este tratamento barato e fácil
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2:24 - 2:27e impedir qualquer pessoal de usar isto nas suas crianças."
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2:27 - 2:29E as pessoas ficaram contentes. elas ficaram satisfeitas.
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2:29 - 2:32Isto passou-se durante muitos anos, e tudo estava bem.
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2:32 - 2:37Foi então que apareceu um economista solitário, que também tinha filhos,
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2:37 - 2:44e que tinha utilizado o tratamento caro e complicado.
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2:44 - 2:46Mas ele sabia acerca do outro, que era barato e simples.
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2:46 - 2:48E ele pensou nisso, e este mais caro
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2:48 - 2:51não lhe pareceu assim tão bom. Então ele pensou:
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2:51 - 2:54"Eu não sei nada acerca de ciência, mas percebo alguma coisa acerca de dados,
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2:54 - 2:56então, se calhar, eu deveria olhar para os dados,
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2:56 - 3:00e ver se este tratamento caro e complicado
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3:00 - 3:03funciona realmente melhor que o outro, que é barato e fácil."
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3:03 - 3:05e eis que, quando ele vasculhou nos dados,
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3:05 - 3:08concluíu que não parecia que a solução cara e complicada
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3:08 - 3:11fosse melhor que a solução barata,
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3:11 - 3:13pelo menos para crianças que tivessem dois anos ou mais --
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3:13 - 3:16a solução barata não funcionava em crianças mais novas.
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3:16 - 3:20Então, ele dirigiu-se às pessoas e disse:
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3:20 - 3:22"Eu fiz esta descoberta maravilhosa:
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3:22 - 3:25parece que poderemos apenas utilizar a solução barata e simples,
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3:25 - 3:28e ao fazê-lo estaremos a poupar 300 milhões de dólares por ano,
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3:28 - 3:30e poderemos gastá-los nas nossas crianças de outras formas."
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3:30 - 3:34E os pais ficaram muito infelizes, e disseram:
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3:34 - 3:36"Isto é terrível, como é que uma coisa barata e fácil
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3:36 - 3:40pode ser tão boa como uma coisa complexa?" E o governo ficou muito chateado.
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3:40 - 3:43E particularmente, as pessoas que faziam esta solução cara
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3:43 - 3:45ficaram muito chateadas, porque pensaram:
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3:45 - 3:48"Como é que poderemos ter esperança de competir com algo que é essencialmente grátis?
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3:48 - 3:50Perderíamos todo o nosso mercado."
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3:50 - 3:53E as pessoas ficaram muito chateadas, e chamaram-lhe nomes horríveis.
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3:53 - 3:56e ele decidiu que talvez devesse sair do país
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3:56 - 4:00durante alguns dias e procurar pessoas mais inteligentes
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4:00 - 4:03e tolerantes, num lugar chamado Oxford,
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4:03 - 4:06e tentar contar a sua história nesse lugar.
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4:06 - 4:10E assim, aqui estou eu. Isto não é um conto de fadas.
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4:10 - 4:12É uma história verídica acerca dos Estados Unidos, nos dias de hoje,
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4:12 - 4:15e a doença à qual me refiro é na realidade
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4:15 - 4:18os acidentes rodoviários para crianças.
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4:18 - 4:24E a cura grátis são os cintos de segurança para adultos, e a cura cara --
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4:24 - 4:28a cura dos 300-milhões-de-dólares-por-ano -- são as cadeiras auto para crianças.
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4:28 - 4:30E aquilo que eu gostaria de vos transmitir hoje
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4:30 - 4:33são algumas das provas que me levam a acreditar que isto é verdade:
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4:33 - 4:35Que para crianças de dois anos ou mais,
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4:35 - 4:40não existe realmente nenhum benefício -- benefício provado -- nas cadeiras auto,
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4:40 - 4:45não obstante o incrível esforço
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4:45 - 4:48que tem sido dedicado à expansão das leis
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4:48 - 4:50e ao tornar socialmente inaceitável
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4:50 - 4:55a utilização de cintos de segurança em crianças. E depois falar acerca do porquê --
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4:55 - 4:56o que é que faz com que isto seja verdade?
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4:56 - 4:59E depois, finalmente falar um pouco acerca de uma terceira hipótese,
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4:59 - 5:02acerca de uma outra tecnologia, que é provavelmente melhor do que qualquer uma das que temos,
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5:02 - 5:05mas que -- não tem havido nenhum entusiasmo na sua adopção
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5:05 - 5:07precisamente porque as pessoas estão tão apaixonadas
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5:07 - 5:10pela actual solução de cadeiras auto. OK.
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5:10 - 5:13Então, muitas vezes quando tentamos fazer pesquisa de dados,
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5:13 - 5:17encontramos histórias complicadas -- é difícil encontrar nos dados.
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5:17 - 5:20Mas esse não é o caso quando olhamos para cintos de segurança versus cadeiras auto.
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5:20 - 5:22Os Estados Unidos mantêm uma base de dados
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5:22 - 5:25com todos os acidentes fatais, que aconteceram desde 1975.
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5:25 - 5:28Em todos os acidentes automóveis em que pelo menos uma pessoa morre,
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5:28 - 5:30existe informação acerca de todas as pessoas.
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5:30 - 5:33Então se olharmos para os dados -- estão disponíveis no site da "National Highway
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5:33 - 5:35Transportation Safety Administration --
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5:35 - 5:37podemos olhar para os dados inadulterados,
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5:37 - 5:41e começar a apercebermo-nos da quantidade limitada de provas
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5:41 - 5:44em favor das cadeiras auto para crianças de dois anos ou mais.
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5:44 - 5:48Aqui estão os dados. Aqui eu tenho, no grupo de dois até seis anos --
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5:48 - 5:50acima de seis, quase ninguém usa cadeiras auto,
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5:50 - 5:56pelo que não podemos comparar -- 29,3% das crianças que estão soltas
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5:56 - 6:00durante um acidente no qual pelo menos uma pessoa morre, morrem elas próprias.
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6:00 - 6:05Se pusermos a criança numa cadeira auto, 18,2% das crianças morrem.
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6:05 - 6:07Se estiverem a usar cinto de segurança de três pontos, de acordo com este dados,
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6:07 - 6:1219,4% morrem. E interessantemente, usando um cinto de segurança de dois pontos,
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6:12 - 6:1416,7% morrem. De facto, a teoria diz-nos
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6:14 - 6:17que o cinto de segurança de dois pontos terá de ser pior
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6:17 - 6:18que o de três pontos. E isso apenas nos faz lembrar
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6:18 - 6:20que quando lidamos com dados inadulterados, existem centenas
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6:20 - 6:23de variáveis que se confundem e podem ficar no caminho.
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6:23 - 6:28Então o que fazemos no estudo é -- e isto é apenas apresentar
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6:28 - 6:31a mesma informação, mas representada num gráfico para ser mais fácil.
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6:31 - 6:34Então a barra amarela representa cadeiras auto,
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6:34 - 6:38a laranja cintos de segurança de três pontos, e a vermelha de dois pontos.
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6:38 - 6:40E tudo isso em comparação com solto --
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6:40 - 6:41quanto maior a barra, melhor. OK.
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6:41 - 6:43Então, isto são os dados que acabei de mostrar, OK?
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6:43 - 6:46A maior barra é aquilo que estamos a tentar bater.
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6:46 - 6:50Entao podemos controlar para as coisas mais básicas, como a intensidade do acidente,
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6:50 - 6:54a cadeira que a criança estava a usar, etc., a idade da criança.
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6:54 - 6:56e isso são as barras do meio.
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6:56 - 6:59assim, podemos ver que os cintos de segurança de dois pontos
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6:59 - 7:01começam a parecer pior assim que o fazemos.
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7:01 - 7:03Finalmente, o último grupo de barras,
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7:03 - 7:06que estão a realmente a controlar para tudo
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7:06 - 7:08aquilo que possamos imaginar num acidente,
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7:08 - 7:1150, 75, 100 características diferentes do acidente.
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7:11 - 7:14E aquilo que vemos é que tanto as cadeiras auto como os cintos de segurança de três pontos,
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7:14 - 7:18no que toca a salvar vidas, o número de mortes é igual.
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7:18 - 7:22E as bandas de erro padrão são relativamente pequenas, à volta destas estimativas.
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7:22 - 7:25E isso não é só para o global. É bastante robusto
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7:25 - 7:27seja para onde for que olhemos.
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7:27 - 7:30Uma coisa que é interessante: se olharmos para os impactos frontais --
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7:30 - 7:33quando o carro colide, a frente bate nalguma coisa --
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7:33 - 7:37de facto, o que vemos é que as cadeiras auto parecem um pouco melhores.
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7:37 - 7:39E não acho que isto seja coincidência.
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7:39 - 7:40De modo a termos as cadeiras auto homologadas,
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7:40 - 7:43precisamos de passar alguns testes standard,
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7:43 - 7:48sendo que todos ele envolvem bater o carro frontalmente.
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7:48 - 7:50Mas quando olhamos para os outros tipos de acidentes, como acidentes de impacto traseiro,
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7:50 - 7:53de facto, as cadeiras auto não são tão boas.
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7:53 - 7:55E acho que poderá ser por terem sido optimizadas para passarem,
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7:55 - 7:57como é esperado das pessoas,
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7:57 - 7:59a optimização relativa a standards legais
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7:59 - 8:03acerca de como o carro será afectado.
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8:03 - 8:04E o outro ponto de argumentação será:
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8:04 - 8:06"Bem, as cadeiras auto têm vindo a melhorar com o tempo.
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8:06 - 8:09E se olharmos para os acidentes mais recentes --
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8:09 - 8:11A quantidade de informação corresponde a 30 anos de dados --
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8:11 - 8:13não o vemos nos acidentes mais recentes. As novas cadeiras auto são muito melhores."
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8:13 - 8:17Mas de facto, em acidentes recentes os cintos de segurança de três pontos,
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8:17 - 8:20estão a ter ainda melhores resultados que as cadeiras auto.
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8:20 - 8:23Eles dizem: "Bem, isso é impossível, não pode ser."
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8:23 - 8:25E a linha de argumentação, se perguntarmos aos pais, é:
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8:25 - 8:28"Mas as cadeiras auto são tão caras e complicadas,
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8:28 - 8:31e têm esta grande confusão de fivelas,
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8:31 - 8:34como é possível que não funcionem melhor que cintos de segurança
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8:34 - 8:36já que são tão caras e complicadas?"
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8:36 - 8:39É um tipo de lógica interessante,
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8:39 - 8:42eu acho, esta que as pessoas usam. E numa outra lógica, eles dizem:
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8:42 - 8:44"Bem, o governo não nos iria dizer para usá-las
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8:44 - 8:46se elas não fossem muito melhores."
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8:46 - 8:48Mas o que é interessante é que o governo, ao dizer-nos para usá-las,
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8:48 - 8:50não se está a basear em muito.
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8:50 - 8:53Isto é realmente baseado nalguns apelos apaixonados de pais
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8:53 - 8:56cujas crianças faleceram depois de fazerem dois anos,
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8:56 - 9:00o que levou à aprovação de todas estas leis -- não tanto em dados.
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9:00 - 9:04Não é possível ir muito longe, eu acho, ao contarmos esta história
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9:04 - 9:06usando apenas estatísticas abstractas.
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9:06 - 9:11Assim, tava a jantar com alguns amigos, e comecei a perguntar --
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9:11 - 9:14estavamos a fazer um barbecue -- comecei a perguntar-lhes que conselhos eles poderiam ter para mim
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9:14 - 9:18para que eu provasse a minha teoria. Eles disseram: "Porque é que não fazes alguns testes de impacto?"
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9:18 - 9:20E eu disse: "Isso é uma grande ideia."
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9:20 - 9:22Então nós realmente tentámos encomendar uns testes de impacto.
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9:22 - 9:27E o que aconteceu foi que telefonámos a umas empresas independentes
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9:27 - 9:30de testes de impacto, de todo o país,
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9:30 - 9:32e nenhuma delas queria fazer o nosso teste de impacto,
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9:32 - 9:36porque segundo eles disseram, alguns explicitamente, outros nem tanto:
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9:36 - 9:38"Todas as nossas receitas vêm dos fabricantes de cadeiras auto.
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9:38 - 9:42Não podemos arriscar aliená-los, ao testar cintos de segurança contra cadeiras auto."
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9:42 - 9:46Eventualmente, um concordou. Sob condições de anonimidade,
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9:46 - 9:49disseram que ficariam muito felizes em fazer este teste para nós --
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9:49 - 9:54anonimidade, e 1500 dólares por cada cadeira testada.
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9:54 - 9:56E então, fomos para Buffalo, New York,
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9:56 - 9:58e aqui está a situação inicial.
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9:58 - 10:00Estes são os manequins de testes de impacto,
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10:00 - 10:03à espera da sua vez no palco.
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10:03 - 10:05O teste de impacto funciona funciona assim.
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10:05 - 10:08Aqui eles não utilizam o carro inteiro --
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10:08 - 10:11Não vale a pena destruir um carro inteiro, para o fazer.
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10:11 - 10:12Então eles só têm estes assentos de banco,
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10:12 - 10:14e eles prendem a cadeira auto e o cinto de segurança neles.
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10:14 - 10:16Eu gostava que vocês vissem isto.
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10:16 - 10:18E eu penso que isto dá uma boa ideia do porquê dos pais pensarem
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10:18 - 10:20que as cadeiras auto são tão boas. Olhem para a criança na cadeira auto.
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10:20 - 10:23Não parece que ele está contente, pronto para arrancar,
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10:23 - 10:25como se pudesse sobreviver a tudo? E depois, se olharem para a criança na traseira,
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10:25 - 10:28parece que já está a sufocar antes do impacto ter acontecido.
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10:28 - 10:31Quando olhamos para isto, é difícil de acreditar que
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10:31 - 10:33a criança na traseira vai ficar bem a quando do impacto.
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10:33 - 10:35Então isto vai ser um impacto
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10:35 - 10:38no qual eles vão bater com esta coisa para a frente, contra uma parede
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10:38 - 10:41a 48 Km/h, e vejam o que acontece. OK?
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10:41 - 10:43Então, deixem-me mostrar-vos o que acontece.
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10:43 - 10:46Já agora, estes são bonecos de três anos.
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10:46 - 10:48Esta é a cadeira auto. Agora reparem em duas coisas:
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10:48 - 10:50vejam como a cabeça vai para a frente,
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10:50 - 10:52e basicamente atinge os joelhos -- e isto é a cadeira auto --
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10:52 - 10:57e olhem como a cadeira auto salta, devido ao ressalto.
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10:57 - 10:59A cadeira auto mexe-se por todo o lado.
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10:59 - 11:01Tenham em conta que há duas questões no que respeita a isto.
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11:01 - 11:04isto é uma cadeira auto que foi instalada por alguém
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11:04 - 11:07que já instalou 1.000 cadeiras auto, e que sabia exactamente como o fazer.
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11:07 - 11:08E também, acontece que estes assentos de banco
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11:08 - 11:11são ideiais para instalar cadeiras auto.
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11:11 - 11:14O encosto plano faz com que seja muito mais fácil instalá-las.
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11:14 - 11:17Então isto é um teste que está tendencialmente favorável à cadeira auto,
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11:17 - 11:20OK? Então esta criança neste impacto safou-se bastante bem.
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11:20 - 11:22Os standards federais são
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11:22 - 11:24que têm de ter uma pontuação inferior a 1.000,
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11:24 - 11:26de modo à cadeira auto ser aprovada neste impacto,
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11:26 - 11:30Numa grandeza de unidades que não será relevante.
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11:30 - 11:33E este impacto teria aproximadamente 450.
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11:33 - 11:35Na realidade, esta cadeira auto era uma cadeira auto acima da média
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11:35 - 11:37de acordo com os Consumer Reports, e pontuou bastante bem.
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11:37 - 11:40Ao próximo. Esta é a criança, no mesmo impacto,
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11:40 - 11:45que está com o cinto de segurança. Ela quase não se mexe, de facto,
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11:45 - 11:48relativamente à outra criança. E o engraçado é que,
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11:48 - 11:51a imagem da câmara é terrível porque está montada
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11:51 - 11:53para filmar as cadeiras auto, e assim, eles não têm como
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11:53 - 11:55mover a câmara de modo a que possam ver esta criança no ressalto.
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11:55 - 11:59De qualquer forma, aparentemente destes dois impactos,
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11:59 - 12:03a de três anos pontuou ligeiramente pior. Então ela têm aproximadamente 500
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12:03 - 12:07em -- nesta escala -- relativamente a 400 e qualquer coisa.
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12:07 - 12:10Mas mesmo assim, se levarem os dados daquele impacto
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12:10 - 12:13para o governo, e disserem: "eu inventei uma nova cadeira auto.
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12:13 - 12:16E queria que a aprovassem para ser vendida."
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12:16 - 12:19Então eles diriam: "Esta nova cadeira auto é fantástica, funciona lindamente.
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12:19 - 12:21Só pontuou 500, e poderia ter chegado aos 1.000."
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12:21 - 12:24E este cinto de segurança teria passado
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12:24 - 12:26e seria aprovado como uma cadeira auto.
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12:26 - 12:28De alguma forma, o que isto sugere
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12:28 - 12:31é que não é só o facto das pessoas estarem a montar as cadeiras auto erradamente,
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12:31 - 12:33que está a colocar as crianças em risco. Mas que, fundamentalmente,
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12:33 - 12:35as cadeiras auto não estão a fazer grande coisa.
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12:35 - 12:37Aqui está o impacto. Estes estão temporizados em simultâneo,
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12:37 - 12:39de modo a que possam ver que com a cadeira auto leva muito mais tempo --
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12:39 - 12:41no ressalto, leva muito mais tempo --
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12:41 - 12:45mas a criança que tem o cinto de segurança mexe-se muito menos.
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12:45 - 12:47Eu vou mostrar-vos os impactos das crianças de seis anos também.
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12:47 - 12:52a criança de seis anos está numa cadeira auto, e acontece que
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12:52 - 12:57isto parece terrível, mas é óptimo. É um 400, OK?
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12:57 - 12:58Então esta criança safava-se bem num acidente.
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12:58 - 13:02Nada disto seria de alguma forma problemático para a criança.
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13:02 - 13:05E agora aqui está a criança de seis anos com o cinto de segurança,
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13:05 - 13:07e de facto, elas pontuam com uma diferença exacta
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13:07 - 13:11de um ou dois pontos. Então na realidade, para a criança de seis anos,
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13:11 - 13:15a cadeira auto não faz diferença nenhuma.
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13:15 - 13:18Isto são mais provas, então de alguma forma --
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13:18 - 13:22Eu fui criticado por um cientista, que disse: "Tu nunca poderias publicar
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13:22 - 13:24um estudo com um n de 4", referindo-se àqueles quatro acidentes.
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13:24 - 13:28Então eu repondi-lhe dizendo: "Então e com um n de 45.004?"
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13:28 - 13:30Porque eu tinha os outros 45.000 acidentes reais.
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13:30 - 13:34E eu acho que é interessante, a ideia
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13:34 - 13:36de usar acidentes reais, que é algo que
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13:36 - 13:38os economistas pensariam ser o procedimento correcto,
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13:38 - 13:40enquanto que os cientistas não --
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13:40 - 13:43eles preferem usar o laboratório,
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13:43 - 13:45uma muito imperfeita ciência de olhar para os bonecos,
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13:45 - 13:49em vez que utilizar dados de 30 anos do que temos visto
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13:49 - 13:52acerca de crianças e cadeiras auto.
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13:52 - 13:56Então eu penso que a resposta a este puzzle
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13:56 - 13:59é que existe uma solução muito melhor,
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13:59 - 14:02mas que ninguém está excitado com ela, porque toda a gente
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14:02 - 14:06está encantada com o modo como as cadeiras auto estão presumivelmente a funcionar.
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14:06 - 14:09A se pensarem, duma perspectiva do design,
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14:09 - 14:11acerca de voltar ao início, e dizer:
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14:11 - 14:13"Eu só quero proteger as crianças que estão no banco de trás."
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14:13 - 14:15Eu não acredito que exista alguém nesta sala capaz de dizer:
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14:15 - 14:16"Bem, a melhor maneira de começar deverá ser:
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14:16 - 14:19vamos criar grandes cintos de segurança para adultos.
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14:19 - 14:21E depois, vamos criar esta grande engenhoca
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14:21 - 14:24que terá de ser montada nesta corrente."
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14:24 - 14:27Quero dizer, porque não começar -- de qualquer forma, quem é que está sentado no banco de trás senão crianças?
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14:27 - 14:30Mas essencialmente, fazer algo deste género,
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14:30 - 14:32Que eu não sei exactamente quanto custará a fazer,
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14:32 - 14:33mas não existe razão que eu veja
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14:33 - 14:35para que isto seja muito mais caro que uma cadeira auto normal.
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14:35 - 14:39Isto é apenas -- vocês vêm, isto dobra para cima -- é atrás do banco.
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14:39 - 14:41Têm assentos normais para adultos, e depois puxa-se para baixo,
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14:41 - 14:43e a criança senta-se em cima, e está integrado.
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14:43 - 14:47E parece-me que isto não pode ser uma solução muito cara,
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14:47 - 14:50e tem de funcionar melhor do que aquilo que já temos.
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14:50 - 14:55Então fica aqui a questão: haverá alguma esperança para a adopção de algo deste género,
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14:55 - 14:57que presumivelmente salvaria muitas vidas?
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14:57 - 15:01E eu penso que a resposta talvez esteja numa história.
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15:01 - 15:05A resposta ao porquê do sucesso da cadeira auto,
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15:05 - 15:08assim como da eventualidade de isto vir a ser adoptado ou não,
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15:08 - 15:12está na histório que o meu pai me contou, relacionada com o tempo em que ele era médico
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15:12 - 15:15na Força Aérea do EUA, em Inglaterra. E isto foi há muito tempo:
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15:15 - 15:17era possível fazer coisas que hoje não é.
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15:17 - 15:21Então o meu pai tinha pacientes
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15:21 - 15:24os quais ele pensava que não estavam realmente doentes,
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15:24 - 15:28e ele tinha um grande boião de comprimidos placebo que lhes dava,
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15:28 - 15:31e dizia: "volte numa semana, se ainda se sentir mal."
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15:31 - 15:32E muitos deles não voltavam,
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15:32 - 15:34mas alguns sim.
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15:34 - 15:38Aí, ele, ainda convencido que eles não estavam doentes,
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15:38 - 15:43tinha outro boião de comprimidos. Neste boião estavam comprimidos enormes.
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15:43 - 15:45Quase impossíveis de engolir.
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15:45 - 15:49E estes, para mim, são a analogia para as cadeiras auto.
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15:49 - 15:53As pessoas olhavam para estes e diziam: "Meu, esta coisa é tão grande
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15:53 - 15:55e tão difícil de engolir. Se isto não me fizer sentir melhor,
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15:55 - 15:58o que é que possivelmente poderá?"
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15:58 - 16:00E como resultado a maioria das pessoas não voltava,
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16:00 - 16:03porque funcionava. Mas de vez em quando,
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16:03 - 16:08ainda havia um paciente convencido que estava doente,
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16:08 - 16:11e voltava. E o meu pai tinha um terceiro boião de comprimidos.
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16:11 - 16:13E o boião de comprimidos que ele tinha, segundo ele,
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16:13 - 16:16tinha os comprimidos mais pequenos que ele conseguiu encontrar,
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16:16 - 16:18tão pequenos que mal os conseguíamos ver.
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16:18 - 16:20E ele dizia: "Ouça, eu sei que lhe dei aquele comprimido enorme,
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16:20 - 16:24aquele comprimido complicado, e difícil de engolir,
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16:24 - 16:26mas agora tenho um que é tão potente,
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16:26 - 16:28que é extremamente pequeno e quase invisível.
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16:28 - 16:31É quase como esta coisa aqui, que você não consegue ver."
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16:31 - 16:33E como resultado nunca,
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16:33 - 16:36em todas as vezes que o meu pai deu este comprimido, o comprimido muito pequeno,
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16:36 - 16:39ninguém nunca voltou a queixar-se de doença.
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16:39 - 16:42Então, o meu pai sempre considerou isso como prova
-
16:42 - 16:46que este comprimido pequeno, minúsculo, e poderoso,
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16:46 - 16:50tinha o efeito de placebo final. E de algum modo, se esta for a história correcta,
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16:50 - 16:52Eu penso que as cadeiras auto integradas, vocês vão ver, muito rapidamente
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16:52 - 16:56se vão tornar em algo que toda a gente terá. A outra conclusão possível
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16:56 - 16:59é, bem, talvez depois de consultar o meu pai três vezes,
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16:59 - 17:01e de ser enviado para casa com placebos,
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17:01 - 17:03ele decidiu consultar outro médico.
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17:03 - 17:05E isso é completamente possível. E se esse for o caso,
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17:05 - 17:08aí eu penso que estaremos encalhados com as cadeiras auto convencionais durante muito tempo.
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17:08 - 17:09Muito obrigado.
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17:09 - 17:13(aplauso)
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17:13 - 17:15(Plateia: Eu gostaria de lhe perguntar, quando nós usamos cintos de segurança
-
17:15 - 17:18nós não os usamos necessariamente só para prevenir a perda de vida,
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17:18 - 17:20também é para prevenir muitas ferimentos graves.
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17:20 - 17:24As suas informações referem-se a óbitos. Não a ferimentos graves.
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17:24 - 17:26Existe informação que demonstra que as cadeiras auto
-
17:26 - 17:29são menos eficazes, ou tão eficazes quanto os cintos de segurança
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17:29 - 17:31para ferimentos graves? Porque isso provaria o seu caso.)
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17:31 - 17:34Steven Levitt: Sim, isso é uma excelente pergunta. Nas minhas informações, e num outro conjunto de informações
-
17:34 - 17:37que consultei acerca de acidentes em New Jersey,
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17:37 - 17:41encontrei muito poucas diferenças em ferimentos.
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17:41 - 17:43Então, nesta informação, são estatisticamente insignificantes as diferenças
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17:43 - 17:47em ferimentos, entre cadeiras auto e cintos de segurança de três pontos.
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17:47 - 17:48Na informação de New Jersey, que é diferente,
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17:48 - 17:51porque não é só de acidentes mortais,
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17:51 - 17:53mas de todos os acidentes em New Jersey que são reportados,
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17:53 - 17:56acontece que existe uma diferença de 10% em ferimentos,
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17:56 - 17:58mas geralmente são ferimentos ligeiros.
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17:58 - 18:00Agora, o que é interessante, devo dizer isto como aviso,
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18:00 - 18:05existe literatura médica que é muito difícil de explicar com estes outros dados,
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18:05 - 18:09que sugere que as cadeiras auto são extremamente melhores.
-
18:09 - 18:11E eles utilizam uma metodologia completamente diferente, que envolve --
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18:11 - 18:14depois do acidente ter ocorrido, eles obtêm das companhias de seguros
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18:14 - 18:16os nomes das pessoas envolvidas no acidente,
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18:16 - 18:17e telefonam-lhes,
-
18:17 - 18:18e perguntam-lhes o que aconteceu.
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18:18 - 18:21E eu ainda não consigo explicar,
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18:21 - 18:23e eu gostaria de trabalhar com estes médicos investigadores,
-
18:23 - 18:26para tentar entender como é que podem existir estas diferenças,
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18:26 - 18:29que estão completamente em desacordo umas com as outras.
-
18:29 - 18:32Mas é obviamente uma questão crítica.
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18:32 - 18:35A questão é mesmo que -- existem suficientes ferimentos graves
-
18:35 - 18:38para que exista um custo-benefício? É um pouco complicado.
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18:38 - 18:40Mesmo que eles tenham razão, não é claro
-
18:40 - 18:41que haja tanto custo-benefício.
- Title:
- Cadeiras auto para crianças ou cintos de segurança?
- Speaker:
- Steven Levitt
- Description:
-
Steven Levit partilha informação que demonstra que as cadeiras auto para crianças não são mais eficazes que os cintos de segurança, na prevenção de óbitos nos automóveis. No entanto, durante a sessão de Perguntas & Respostas, ele faz uma ressalva crucial.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 18:41
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Surprising stats about child carseats | ||
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