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O problema com a poluição luminosa - e cinco maneiras ridiculamente fáceis de solucionar isso

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    A menos que vocês tenham
    passado um bom tempo
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    na Estação Espacial Internacional,
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    esta, provavelmente, não é uma vista
    com a qual estejam familiarizados.
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    Esta é a Costa Leste dos EUA.
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    Nova Iorque está em baixo
    no canto inferior direito,
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    é uma faixa de luz até Washington DC.
  • 0:18 - 0:21
    Estas cidades estão a brilhar como joias,
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    as autoestradas são traçadas
    por teias de luz.
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    E toda esta luz é super fotogénica.
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    Mas há um problema.
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    Esta luz serve para iluminar
    os nossos passeios,
  • 0:34 - 0:36
    as nossas ruas e as nossas casas.
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    Mas, em vez disso,
    está a subir para o céu,
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    a ir para o espaço,
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    onde não nos traz
    nenhum benefício.
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    Quando eu vejo fotos da Terra,
    como estas,
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    vejo uma catástrofe ambiental.
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    Aquilo não são joias,
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    são tumores.
  • 0:56 - 0:57
    Eu sou astrónoma.
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    Provavelmente, não é surpreendente
    para ninguém
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    que eu sempre adorei o céu noturno.
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    Sou uma espécie de clichê ambulante.
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    Mas quando eu era criança em Minnesota,
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    uma das minhas coisas favoritas,
    numa noite de verão,
  • 1:12 - 1:15
    era pegar no meu velho saco de dormir
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    e levá-lo para um campo
    atrás da minha casa
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    onde eu passava horas
    a olhar para o céu noturno.
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    Para fazer isso, eu tinha de enfrentar
    não apenas a escuridão,
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    mas também enxames de mosquitos,
  • 1:27 - 1:30
    e o meu saco de dormir
    não cheirava muito bem.
  • 1:30 - 1:32
    (Risos)
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    Mas havia uma estrela em particular
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    que eu procurava noite após noite.
  • 1:38 - 1:39
    Então, eu jogava um jogo
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    em que eu me tentava focar
    nessa estrela, tão intensamente
  • 1:44 - 1:46
    que tudo o resto desapareceria
    da minha visão
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    e aquela única estrela
    seria tudo o que eu veria.
  • 1:49 - 1:51
    Eu só conseguia manter o foco
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    por pouco tempo.
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    Mas quando conseguia,
  • 1:55 - 1:59
    tinha uma profunda sensação
    de ligação com o universo.
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    E quase uma sensação de vertigem,
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    como se eu fosse cair no espaço.
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    E quando isso acontecia
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    — eu sei que isso soa meio ridículo,
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    eu sentia-me simultaneamente
    de uma insondável insignificância
  • 2:16 - 2:19
    e também, estranhamente importante.
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    Aquela estrela que eu observava
    noite após noite chama-se Vega.
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    Vega é a estrela mais brilhante
    na constelação Lyra,
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    e não é por coincidência
    que é o nome de um dos meus cães.
  • 2:30 - 2:32
    (Risos)
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    Mas essa experiência está a perder-se.
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    A minha constelação favorita, Lyra,
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    é assim que ela é vista de Manhattan.
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    As pessoas que vivem
    em áreas urbanas e suburbanas,
  • 2:43 - 2:45
    se saírem à noite e olharem para cima,
  • 2:45 - 2:50
    em vez de ficarem impressionadas
    pela majestade do universo,
  • 2:50 - 2:52
    não veem praticamente nada.
  • 2:54 - 2:58
    Esses céus noturnos banais,
    completamente vazios,
  • 2:58 - 3:02
    devem-se a toda a luz
    que nós produzimos à noite.
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    Essas mesmas luzes
    que nós vemos do espaço
  • 3:05 - 3:07
    e que estão a brilhar na atmosfera,
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    onde se espalham e criam
    esse nevoeiro de luz sem característica.
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    Esse nevoeiro de luz sem
    característica tem um nome.
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    Chama-se poluição luminosa.
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    Como astrónoma,
  • 3:18 - 3:20
    eu posso dizer quão ruim
    é a poluição luminosa
  • 3:20 - 3:23
    através do brilho das estrelas
    que eu vejo no céu.
  • 3:23 - 3:24
    E acontece que,
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    quando estamos a tentar revelar
    os segredos do cosmos,
  • 3:28 - 3:31
    é muito útil poder ver o cosmos.
  • 3:31 - 3:33
    (Risos)
  • 3:34 - 3:35
    É verdade.
  • 3:37 - 3:39
    Essa luz que estamos a tentar detetar
  • 3:39 - 3:43
    chega de milhões ou milhares de milhões
    de anos-luz de distância,
  • 3:43 - 3:46
    e geralmente é muito fraca.
  • 3:46 - 3:48
    E como astrónoma,
  • 3:48 - 3:50
    eu luto com isso todos os dias
    para fazer o meu trabalho,
  • 3:50 - 3:54
    e tenho de dizer
    que é um grande problema.
  • 3:57 - 4:00
    Mas o problema é pior
  • 4:00 - 4:05
    do que perder a bela capacidade
    de olhar para as estrelas.
  • 4:05 - 4:07
    Por exemplo,
  • 4:07 - 4:10
    inúmeras espécies de plantas
    e animais são afetadas.
  • 4:10 - 4:13
    Podíamos falar das tartarugas marinhas
  • 4:13 - 4:15
    ou dos polinizadores
  • 4:15 - 4:18
    ou de qualquer uma dessas espécies
    super importantes
  • 4:18 - 4:20
    que também são simpáticas.
  • 4:20 - 4:22
    Em vez delas, quero falar
  • 4:22 - 4:25
    destes moluscos despretensiosos.
  • 4:25 - 4:27
    Vocês já os viram por aí
  • 4:27 - 4:29
    mas não pensaram muito neles.
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    Mas eles são muito fixes.
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    Durante um ano inteiro
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    um Nucella lapillus raramente
    se move mais de 10 metros.
  • 4:37 - 4:41
    Isso significa que, quando
    atacam uma presa,
  • 4:41 - 4:44
    podem atingir a espantosa velocidade
    de um milímetro por hora.
  • 4:44 - 4:46
    (Risos)
  • 4:49 - 4:51
    Isso funciona bem
  • 4:51 - 4:54
    porque eles atacam coisas como cracas.
  • 4:54 - 4:56
    (Risos)
  • 4:59 - 5:03
    Então, estes moluscos vivem
    em costas entremarés,
  • 5:03 - 5:06
    onde fazem parte essencial do ecossistema.
  • 5:06 - 5:11
    Não são apenas um dos predadores
    invertebrados mais dominantes
  • 5:11 - 5:16
    há outros animais, como caranguejos
    e pássaros, que os acham bem gostosos.
  • 5:16 - 5:20
    Então isso deixa estes pobres moluscos
    numa situação precária,
  • 5:20 - 5:22
    porque, se ficarem dentro de água,
  • 5:22 - 5:24
    os caranguejos serão uma ameaça,
  • 5:24 - 5:26
    mas se se afastarem muito da água,
  • 5:26 - 5:28
    os pássaros terão um banquete.
  • 5:29 - 5:32
    Porque é que uma astrónoma
    está a falar de moluscos?
  • 5:33 - 5:35
    Eu pergunto isso a mim mesma.
  • 5:36 - 5:39
    Porque o comportamento deles
    sofre o impacto da poluição luminosa.
  • 5:39 - 5:40
    Por exemplo,
  • 5:40 - 5:44
    se esses moluscos forem submetidos
    à luz artificial à noite
  • 5:44 - 5:48
    ficam duas vezes mais propensos a ficarem
    debaixo de água com os predadores.
  • 5:48 - 5:50
    Isso coloca-os em maior risco.
  • 5:50 - 5:52
    E não podem fugir rapidamente.
  • 5:53 - 5:54
    (Risos)
  • 5:55 - 5:58
    O outro problema é que
    eles se movem, literalmente,
  • 5:58 - 6:00
    a passo de caracol.
  • 6:00 - 6:02
    Se uma população for exterminada,
  • 6:02 - 6:05
    pode demorar décadas
    até se restabelecerem.
  • 6:05 - 6:08
    Isso, por sua vez, afeta
    o resto do seu ecossistema
  • 6:08 - 6:12
    e as outras espécies, como os pássaros,
    as cracas e os caranguejos.
  • 6:12 - 6:15
    Este é apenas um exemplo
    pequeno e viscoso
  • 6:15 - 6:19
    de como a poluição luminosa pode
    desencadear um efeito dominó
  • 6:19 - 6:21
    num ecossistema inteiro.
  • 6:21 - 6:25
    Praticamente todas as espécies
    que foram estudadas até hoje
  • 6:25 - 6:27
    sofrem o impacto da poluição luminosa.
  • 6:27 - 6:29
    Isso inclui os seres humanos.
  • 6:29 - 6:31
    Então, vamos falar de nós.
  • 6:31 - 6:33
    Vocês talvez não se surpreendam ao ouvir
  • 6:33 - 6:37
    que a poluição luminosa pode afetar
    a vossa capacidade de dormir bem à noite.
  • 6:37 - 6:39
    Mas podem surpreender-se ao ouvir
  • 6:39 - 6:42
    que a poluição luminosa
    está ligada à obesidade.
  • 6:42 - 6:44
    De facto, um estudo recente
  • 6:44 - 6:47
    descobriu que a poluição luminosa
    contribuiu em mais de 70%
  • 6:47 - 6:50
    para a taxa de obesidade em 80 países.
  • 6:50 - 6:53
    Mais do que isso,
    a poluição luminosa contribuiu
  • 6:53 - 6:56
    para a mesma quantidade
    de excesso de peso
  • 6:56 - 6:58
    que comer comida de plástico.
  • 6:58 - 7:00
    E a situação piora.
  • 7:00 - 7:02
    As pessoas que estão sujeitas
  • 7:02 - 7:05
    a quantidades altas
    de luz artificial à noite
  • 7:05 - 7:09
    são 50% mais propensas
    a terem cancro da mama.
  • 7:09 - 7:13
    De facto, a poluição luminosa está
    correlacionada com alguns tipos de cancro
  • 7:13 - 7:14
    de maneira geral.
  • 7:14 - 7:16
    Em experiências de
    laboratório controladas
  • 7:16 - 7:20
    há uma ligação direta entre
    o aumento da luz artificial à noite
  • 7:20 - 7:22
    e a taxa de crescimento de tumores.
  • 7:23 - 7:26
    Vocês podem estar a perguntar
    como é que a luz normal
  • 7:26 - 7:29
    pode afetar as taxas de cancro.
  • 7:29 - 7:32
    Provavelmente, tudo se resume
    a uma hormona super importante
  • 7:32 - 7:34
    chamada melatonina,
  • 7:34 - 7:36
    que desenvolvemos
    ao longo de milhões de anos
  • 7:36 - 7:40
    para produzir um ciclo dia-noite
    — um ritmo circadiano.
  • 7:40 - 7:43
    O que acontece é que,
    quando a luz afeta a retina,
  • 7:43 - 7:45
    na parte de trás do olho, à noite,
  • 7:45 - 7:47
    isso pode atrapalhar
    a produção de melatonina,
  • 7:47 - 7:50
    e quando a produção
    de melatonina é interrompida,
  • 7:50 - 7:52
    é afetada toda uma cadeia
    de outros processos químicos
  • 7:52 - 7:55
    e isso inclui a produção de estrogénio.
  • 7:55 - 7:57
    Quando perdemos o controlo
    desse equilíbrio químico,
  • 7:57 - 7:59
    podem acontecer coisas muito más.
  • 7:59 - 8:01
    Na verdade, as coisas são tão más
  • 8:01 - 8:04
    que a Agência Internacional
    para Investigação do Cancro
  • 8:04 - 8:07
    disse que a perturbação
    do ritmo circadiano humano
  • 8:07 - 8:09
    é um provável agente cancerígeno.
  • 8:10 - 8:12
    Além disso, por graça,
    quero que saibam
  • 8:12 - 8:14
    que a poluição luminosa foi associada
  • 8:14 - 8:17
    a dores de cabeça, ansiedade,
    depressão, diabetes,
  • 8:17 - 8:19
    doenças cardiovasculares
    e a lista continua.
  • 8:19 - 8:22
    Mas talvez não se importem
    com a vossa saúde.
  • 8:22 - 8:24
    Se todos nós vamos morrer
    seja como for,
  • 8:24 - 8:26
    também podemos morrer
    numa sala bem iluminada.
  • 8:26 - 8:28
    (Risos)
  • 8:28 - 8:31
    O facto de vocês estarem a rir
    sobre a morte é incrível.
  • 8:31 - 8:32
    (Risos)
  • 8:33 - 8:36
    Mas talvez se importem com dinheiro.
  • 8:36 - 8:38
    O dinheiro gasto
    nesta luz desperdiçada,
  • 8:38 - 8:41
    e eu falo apenas da luz
    que está a fugir para o espaço
  • 8:41 - 8:43
    e não nos faz nenhum bem,
  • 8:43 - 8:45
    é de três mil milhões
    de dólares por ano.
  • 8:45 - 8:46
    É dinheiro suficiente para construir
  • 8:46 - 8:49
    mil moinhos de vento de utilidade pública,
  • 8:49 - 8:53
    ou financiar o sistema escolar público
    de Washington por dois anos.
  • 8:53 - 8:56
    Ou — este é o meu favorito,
    porque quero um,
  • 8:56 - 8:58
    mas não tenho dinheiro suficiente —
  • 8:58 - 9:01
    para comprar 30 000 SUVs
    Tesla Model X...
  • 9:01 - 9:02
    (Risos)
  • 9:02 - 9:05
    ... incluindo os impostos
    sobre carros elétricos.
  • 9:07 - 9:09
    E depois há os custos existenciais.
  • 9:10 - 9:12
    Não tenho dados
  • 9:12 - 9:14
    sobre como nos afeta
  • 9:14 - 9:17
    perder o contacto
    com o nosso lugar no cosmos.
  • 9:18 - 9:20
    Mas acredito
  • 9:20 - 9:22
    que isso provavelmente afeta mais
    a nossa humanidade
  • 9:22 - 9:26
    do que qualquer outra estatística
    assustadora que possa partilhar com vocês.
  • 9:26 - 9:28
    E está a piorar com o tempo.
  • 9:28 - 9:33
    A quantidade de poluição luminosa
    duplica aproximadamente, a cada 35 anos.
  • 9:33 - 9:36
    Isso significa que, na próxima década,
  • 9:37 - 9:40
    praticamente toda
    a metade oriental dos EUA
  • 9:40 - 9:43
    será perpetuamente mais brilhante
    do que o crepúsculo.
  • 9:44 - 9:47
    E há outro problema
    com a poluição luminosa
  • 9:47 - 9:50
    O problema é muito pior do que
    podemos ver com os nossos olhos.
  • 9:50 - 9:53
    Os nossos olhos evoluíram apenas
    para detetar um pequeno intervalo
  • 9:53 - 9:55
    do espetro completo da luz.
  • 9:55 - 9:57
    Todo o resto da luz que não podemos ver,
  • 9:58 - 9:59
    essa luz invisível,
  • 9:59 - 10:01
    também tem um problema de poluição.
  • 10:01 - 10:03
    Precisamos da tecnologia moderna,
  • 10:03 - 10:05
    de telemóveis ou de radares
    de carro para carro,
  • 10:05 - 10:09
    ou agora, de aparelhos
    que podem conversar uns com os outros.
  • 10:10 - 10:13
    Toda essa tecnologia moderna
    está a emitir sinais fortes
  • 10:13 - 10:15
    que podem abafar completamente
  • 10:15 - 10:19
    essa luz extremamente fraca
    que estamos a tentar detetar
  • 10:19 - 10:21
    do resto do universo, para além da Terra,
  • 10:21 - 10:24
    o que, convém lembrar,
    é a maior parte do universo.
  • 10:25 - 10:27
    (Risos)
  • 10:30 - 10:32
    E depois, há os satélites.
  • 10:32 - 10:36
    Os satélites são um problema tanto
    para os comprimentos de onda visíveis
  • 10:36 - 10:37
    como para os invisíveis.
  • 10:37 - 10:39
    Há empresas privadas
    com planos para colocar
  • 10:39 - 10:41
    dezenas de milhares de satélites
  • 10:41 - 10:43
    na órbita da Terra,
  • 10:43 - 10:45
    onde eles não apenas
    irão superar em número,
  • 10:45 - 10:48
    literalmente superar o número
    das estrelas visíveis no céu,
  • 10:48 - 10:52
    enquanto também irradiam
    luz invisível para a Terra.
  • 10:52 - 10:54
    Então, para astrónomos como eu,
  • 10:54 - 10:57
    que usam a luz invisível
    para estudar o universo,
  • 10:57 - 11:00
    vai ser como olhar para o Sol
  • 11:00 - 11:03
    e tentar ver uma vela
    de aniversário por detrás dele.
  • 11:04 - 11:06
    Tudo bem, eu quero que fique claro
  • 11:06 - 11:08
    que não há nada de errado
  • 11:08 - 11:10
    com qualquer uma
    destas tecnologias modernas,
  • 11:10 - 11:13
    com telemóveis, satélites
    ou radares de carros.
  • 11:13 - 11:17
    Já não tenho tanta certeza
    quanto a utensílios de cozinha.
  • 11:17 - 11:18
    Ainda não pesquisei a fundo
  • 11:18 - 11:21
    mas não encontrei um forno
    que fale com o meu telemóvel.
  • 11:21 - 11:24
    E uso luzes à noite como toda a gente.
  • 11:26 - 11:27
    Mas aqui há um ponto.
  • 11:27 - 11:29
    Alguns problemas no mundo,
  • 11:29 - 11:32
    como os que ouvimos hoje
    e ouviremos mais vezes,
  • 11:32 - 11:35
    são esmagadores e parecem
    impossíveis de resolver.
  • 11:36 - 11:39
    A poluição luminosa visível
    não é um desses problemas.
  • 11:40 - 11:42
    É realmente uma coisa muito simples.
  • 11:43 - 11:46
    Há cinco coisas super simples
    que podem fazer.
  • 11:47 - 11:50
    Não usem luzes mais brilhantes
    do que precisam.
  • 11:50 - 11:52
    Não usem luzes
    quando não precisarem delas.
  • 11:52 - 11:55
    Verifiquem se as luzes
    que estão a usar estão protegidas,
  • 11:55 - 11:57
    para não brilharem
    na direção do céu.
  • 11:57 - 11:59
    E vamos falar sobre luzes LED.
  • 11:59 - 12:03
    Se puderem escolher,
    não comprem as azuis.
  • 12:04 - 12:06
    Procurem as que têm as palavras
    "branco quente".
  • 12:06 - 12:10
    Se comprarem LEDs com as palavras
    "luz natural" ou "luz do dia"
  • 12:10 - 12:13
    é como dizer que odeiam o espaço.
  • 12:13 - 12:15
    (Risos)
  • 12:19 - 12:21
    E finalmente,
  • 12:21 - 12:23
    podem defender estas ideias.
  • 12:23 - 12:27
    Procurem se, na vossa comunidade local,
    existe um código de iluminação
  • 12:27 - 12:30
    e se esse código poderá ser
    mais amigável do céu noturno.
  • 12:30 - 12:33
    Ou, atrevo-me a dizer,
    até podem agir a nível federal,
  • 12:33 - 12:35
    pedindo educadamente
    aos funcionários federais,
  • 12:35 - 12:37
    alguns dos quais podem estar aqui
  • 12:37 - 12:41
    para, por favor, não leiloarem
    a nossa vista do universo invisível
  • 12:41 - 12:43
    à maior oferta para poluir à vontade,
  • 12:43 - 12:45
    o que é realmente o que acontece.
  • 12:46 - 12:48
    Agora, como uma boa professora,
  • 12:48 - 12:50
    eu tenho trabalho de casa para vocês.
  • 12:51 - 12:55
    Se nunca viram o céu noturno
    verdadeiramente escuro,
  • 12:55 - 12:59
    quero que vocês saiam à rua
    e experimentem isso por vocês mesmos.
  • 12:59 - 13:01
    Porque, se não fizerem isso,
  • 13:01 - 13:04
    não sabem o que estão a perder,
  • 13:04 - 13:07
    e não sabem o que
    a humanidade está a perder.
  • 13:08 - 13:09
    Obrigada.
  • 13:09 - 13:12
    (Aplausos)
Title:
O problema com a poluição luminosa - e cinco maneiras ridiculamente fáceis de solucionar isso
Speaker:
Kelsey Johnson
Description:

Já olharam para o céu estrelado? Essa visão deslumbrante corre o risco de desaparecer — a menos que façamos algo agora, diz a astrofísica Kelsey Johnson. Nesta palestra fascinante e inesperadamente engraçada, ela explica como a poluição luminosa afeta quase todas as espécies da Terra (inclusive a nossa) e partilha cinco coisas "estupidamente simples" que podemos fazer para ajudar a resolver o problema.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:28

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