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Janine Benyus mostra os designs da natureza

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    É emocionante estar aqui numa conferência
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    que é dedicada a "Inspirados pela Natureza" -- vocês podem imaginar.
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    E eu também estou emocionada em estar na seção de preliminares.
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    Vocês notaram que esta seção é de preliminares?
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    Porque eu posso falar sobre uma de minhas criaturas favoritas,
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    que é o mergulhão do oeste [Western Grebe]. Você não pode considerar que viveu
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    até que os tenha visto fazer sua dança de acasalamento.
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    Eu estava no Lago Bowman no Parque Nacional Glacier
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    que é um lago longo e fino, com umas espécies de montanhas de ponta cabeça,
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    e meu companheiro e eu temos um barco a remo.
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    E então nós estávamos remando, e um destes mergulhões se aproximou.
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    E o que eles fazem na sua dança do acasalamento é, eles vão juntos,
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    os dois, o casal, e eles começam a correr embaixo d'água.
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    Eles pedalam mais rápido, e mais rápido, até que estejam indo tão rápido
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    que eles literalmente se erguem para fora da água,
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    e eles ficam em pé, como que pedalando a superfície da água.
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    E um dos mergulhões se aproximou enquanto estávamos remando.
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    Como nós estavamos em uma escuna, e nos movíamos muito, muito rápido.
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    E este mergulhão, penso, nos confundiu com um possível parceiro,
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    e começou a correr pela água próximo a nós,
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    numa dança de acasalamento -- por milhas.
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    Ele parava, e então começava, e então parava, e então recomeçava.
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    Isso sim é que são preliminares.
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    (Risos)
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    Ok. Eu quase -- Eu estive bem perto de mudar de espécie naquele momento.
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    Obviamente, a vida pode nos ensinar alguma coisa
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    no campo do entretenimento. A vida tem muito a nos ensinar.
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    Mas o assunto sobre o qual eu gostaria de falar hoje
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    é o que a vida pode nos ensinar sobre tecnologia e sobre design.
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    O que aconteceu desde que o livro foi lançado --
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    o livro era principalmente sobre pesquisa em biomimética.
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    E o que aconteceu desde então é que arquitetos, projetistas, engenheiros --
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    pessoas que fazem nosso mundo -- começaram a ligar e dizer,
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    nós queremos um biólogo para participar das discussões sobre design
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    para nos ajudar, em tempo real, a nos inspirar.
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    Ou -- e esta é a parte divertida para mim -- nós queremos que você nos leve
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    para o mundo natural. Nós iremos propor um campeonato de design
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    para encontrarmos os campeões da adaptação no mundo natural, que podem nos inspirar.
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    Então esta é uma foto de uma viagem que fizemos a Galápagos
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    com alguns engenheiros de tratamento de águas; eles purificam água residual.
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    E alguns deles estavam lá a contragosto.
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    O que eles nos disseram no início foi, vocês sabem, nós já fazemos biomimética.
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    Nós usamos bacteria para limpar nossa água. E nós dissemos,
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    bem, isso não é exatamente -- isso não é exatamente se inspirar na natureza.
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    Isso é bio-processamento, isso é tecnologia bio-assistida:
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    usar um organismo para fazer seu tratamento da água
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    é uma velha, velha tecnologia chamada "domesticação."
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    Isto é aprender alguma coisa, pegar uma idéia, de um organismo e então aplicá-la.
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    E então eles ainda não estavam entendendo.
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    Então nós fomos caminhar pela praia e eu disse,
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    bem, digam-me qual é um dos seus maiores problemas. Deem-me um desafio de design,
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    um empecilho que esteja atrapalhando vocês a se tornarem sustentáveis.
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    E eles responderam o acúmulo de cálcio, que é a acumulação de minerais dentro da tubulação.
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    E eles disseram, você sabe o que acontece é que, minerais --
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    exatamente como na sua casa -- minerais se acumulam.
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    E então a abertura se fecha, e nós temos que despejar toxinas nos tubos,
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    ou temos que desentupí-los.
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    Se tivéssemos alguma maneira de impedir o acúmulo de cálcio --
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    então eu peguei algumas conchas na praia. E perguntei a eles,
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    O que é esse acúmulo? O que está dentro dos tubos?
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    E eles responderam, carbonato de cálcio.
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    E eu disse, isto também é; isto é carbonato de cálcio.
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    E eles não sabiam disso.
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    Eles não sabiam o que é uma concha,
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    seu formato é definido por proteínas, e então íons da água do mar
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    se cristalizam para criar uma concha.
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    Então o mesmo tipo de processo, sem as proteínas,
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    está acontecendo dentro dos tubos deles. Eles não sabiam.
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    Isso não é por falta de informação; é por falta de integração.
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    Vocês sabem, silos, pessoas em silos. Eles não sabiam
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    que a mesma coisa estava acontecendo. Então um deles pensou
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    e disse, ok, se isso é simplesmente cristalização,
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    que acontece automaticamente com a água do mar -- auto-montagem --
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    então porque as conchas não crescem infinitamente? O que limita o acúmulo?
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    Por que elas não continuam acumulando?
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    E eu disse, bem, da mesma maneira que elas liberam uma proteína --
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    que elas secretam uma proteína que inicia a cristalização --
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    e então todos eles se inclinaram pra frente --
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    elas liberam um proteína que interrompe a cristalização.
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    Ela literalmente se cola à face do cristal que está crescendo.
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    E, de fato, há um produto chamado TPA
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    que mimetizou aquela proteína -- a proteína de interrupção --
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    e é uma maneira ecológica de interromper acúmulo de cálcio na tubulação.
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    Isso mudou tudo. A partir de então,
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    ficou impossível colocar aqueles engenheiros de volta no barco.
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    No primeiro dia eles fizeram uma caminhada,
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    e foi, click, click, click. Cinco minutos depois, eles estavam de volta no barco.
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    Terminamos. Você sabe, já vimos essa ilha.
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    Depois disto,
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    eles se espalharam por todos os lados. Eles não voltavam --
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    eles ficavam fazendo snorkel por tanto tempo quanto os deixávamos.
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    O que aconteceu é que eles perceberam que existem organismos
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    por aí que já haviam resolvido os problemas
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    que eles tentaram resolver por todas suas carreiras.
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    Aprender sobre o mundo da natureza é uma coisa,
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    aprender a partir do mundo da natureza -- essa é a diferença.
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    Essa é uma diferença profunda.
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    O que eles perceberam é que as respostas para suas perguntas estão em toda parte;
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    eles só precisavam mudar a lente com a qual eles viam o mundo.
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    3,8 bilhões de anos de teste de campo.
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    10 a 30 -- Craig Venter provavelmente irá lhe dizer;
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    Eu acredito que existam mais que 30 milhões -- soluções bem adaptadas.
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    O importante para mim é que estas são soluções criadas dentro de um contexto.
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    E o contexto é o planeta Terra --
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    o mesmo contexto em que estamos tentando solucionar os nossos problemas.
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    Portanto é a imitação consciente da genialidade da vida.
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    Não é um mimetismo cego --
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    apesar de que o "Al" está tentando aqui com o seu penteado --
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    não é um mimetismo cego. É pegar os fundamentos do design,
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    a genialidade do mundo natural, e aprender alguma coisa com isso.
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    Agora, num grupo com tantas pessoas de TI, eu tenho que mencionar que --
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    sobre o qual eu não vou falar, é que o seu campo
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    é um que tem aprendido uma quantidade enorme a partir das coisas vivas,
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    na área de software. Portanto há computadores que se auto-protegem,
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    como um sistema imunológico, e estamos apredendo a partir da regulação dos genes
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    e do desenvolvimento biológico. E estamos aprendendo de redes neurais,
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    algoritmos genéticos, computação evolucionária.
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    Tudo isso no lado do software. Mas o que é interessante para mim
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    é que não olhamos tanto para isto. Quero dizer, estas máquinas
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    não são tecnologia avançada, de verdade, com base nas minhas estimativas,
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    pois há dezenas e dezenas de carcinogênios
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    na água do Vale do Silício.
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    Então o hardware
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    não está no nível do que a vida chamaria de sucesso.
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    Então o que podemos aprender sobre criar -- não somente computadores, mas tudo?
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    Os aviões em que vocês vieram, carros, as poltronas onde vocês estão sentados.
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    Como podemos redesenhar o mundo que criamos, o mundo feito pelos humanos?
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    Mais importante, o que deveríamos perguntar nos próximos 10 anos?
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    E há muitas tecnologias bacanas por aí afora que a vida possui.
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    E qual é o programa?
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    Três perguntas são chave para mim.
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    Como a vida cria as coisas?
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    Isso é o oposto; isso é como nós fazemos as coisas.
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    É chamado aquecer, golpear e manipular --
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    é assim que os cientistas de materias o chamam.
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    E consiste de esculpir as coisas de cima pra baixo, com 96% de desperdício
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    e somente 4% de produto final. Você esquenta, golpeia com altas pressões,
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    e usa produtos químicos. Ok. Aquecer, golpear, e manipular.
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    A vida não se pode dar ao luxo de fazer isso. Como a vida cria coisas?
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    Como a vida faz a maioria das coisas?
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    Isso é um pólen de gerânio.
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    E o seu formato é o que lhe dá a funcionalidade de ser capaz
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    de flutuar pelo ar tão facilmente. Veja esse formato.
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    A vida acrescenta informação à matéria.
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    Em outras palavras: estrutura.
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    Ela fornece informação. Ao acrescentar informação à matéria,
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    ela dá uma função que é diferente que sem essa estrutura.
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    E, em terceiro lugar, como a vida faz as coisas desaparecerem nos sistemas?
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    Porque a vida não divide realmente as coisas;
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    Não há nada no mundo natural separado
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    de seus sistemas.
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    Um resumo bem rápido.
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    Conforme mais eu tenho lido, e seguido a estória,
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    mais eu vejo coisas fantásticas aparecendo nas ciências biológicas.
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    E ao mesmo tempo, eu tenho ouvido a vários tipos de negócios
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    e procurado entender quais são os seus grandes desafios.
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    Os dois grupos não se falam.
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    Não mesmo.
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    O que do mundo da biologia pode nos ser útil neste momento,
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    que nos atravessar esse nó evolucionário em que estamos?
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    Eu vou tentar passar por 12 idéias, bem rapidamente.
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    Ok, uma que é excitante para mim é auto-montagem.
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    Agora, vocês já ouviram sobre isso em termos de nanotecnologia.
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    De volta àquela concha: a concha é um material auto-montante.
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    No canto inferior esquerdo há uma imagem de madre-pérola
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    sendo formada a partir de água do mar. É uma estrutura de camadas de minerais
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    e depois polímeros, e isso a faz muito, muito resistente.
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    É duas vezes mais resistente que nossas cerâmicas de tecnologia avançada.
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    Mas o que é realmente interessante: diferente das nossas cerâmicas que estão em fornalhas,
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    isso acontece na água do mar. Acontece próximo, dentro e próximo, dos corpos dos organismos.
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    Ok, pessoas estão começando a --
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    esse é o Laboratório Nacional da Sandia; um cara chamado Jeff Brinker
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    encontrou uma maneira de obter um processo de codificação auto-montante.
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    Imagine ser capaz de criar cerâmicas à temperatura ambiente
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    através da simples adição de algo dentro de um líquido,
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    tirando tal coisa do líquido, e então deixando que a evaporação
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    force as moléculas no líquido a se juntarem,
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    para que elas se encaixem
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    da mesma maneira que essa cristalização funciona.
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    Imagine criar todos os nossos materiais duros desta maneira.
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    Imagine pulverizar os precursores em uma célula fotovoltaica, em uma célula solar,
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    em um telhado, e deixar qe ela se auto-monte em uma estrutura de camadas que colhem luz.
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    Aqui está uma interessante para o mundo de TI:
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    bio-silício. Essa é uma diatomácea, que é feita de silicatos.
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    E então silício, que nós fabricamos hoje em dia --
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    é parte do nosso problema carcinogênico na fabricação de nossos chips --
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    esse é um processo de bio-mineralização que agora está sendo mimetizado.
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    Isso é na Universidade da California - Santa Bárbara. Olhe essas diatomáceas;
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    isso é do trabalho de Ernst Haeckel.
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    Imagine ser capaz de -- e, novamente, isso é um processo padronizado,
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    que se solidifica a partir de um processo líquido -- imagine ser capaz de
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    obter este tipo de estrutura à temperatura ambiente.
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    Imagine ser capaz de criar lentes perfeitas.
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    Na esquerda temos um ofiuro; ele é coberto por lentes
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    que o pessoal da Lucent Technologies descobriram
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    que não têm distorção alguma.
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    É uma das lentes mais livres de distorção de que temos conhecimento.
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    E há muitas delas, por todo o seu corpo.
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    O que é interessante, novamente, é que ele se auto-monta.
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    Uma mulher chamada Joanna Aizenberg, na Lucent,
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    está aprendendo a fazer isso através de um processo de baixa temperatura para criar
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    estes tipos de lentes. Ela também está olhando para fibras óticas.
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    Essa é uma esponja do mar que possui fibras óticas.
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    Bem na base dela, há fibras óticas
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    que funcionam melhor que as nossas, na verdade, para transportar luz.
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    Mas você pode dar um nó nelas; elas são incrivelmente flexíveis.
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    Aqui está uma outra grande idéia: CO2 como matéria prima.
  • 13:06 - 13:09
    Um cara chamado Geoff Coates, em Cornell, disse para si mesmo,
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    as plantas não enxergam o CO2 como o maior veneno da nossa época.
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    Nós o vemos assim. As plantas estão ocupadas criando longas cadeias
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    de amido e glicose a partir do CO2. Ele encontrou uma maneira --
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    ele encontrou um catalizador, e encontrou uma maneira de pegar CO2
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    e transformá-lo em policarbonatos. Plástico biodegradável
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    a partir de CO2 -- parecido com a planta.
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    Transformações solares: a mais excitante.
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    Há pessoas que estão mimetizando os dispositivos de colheita de energia
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    de dentro da bactéria roxa, as pessoas em ASU. Ainda mais interessante,
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    recentemente, nas últimas semanas, as pessoas descobriram que
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    há uma enzima chamada hidrogenase que é capaz de formar
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    hidrogênio a partir de prótons e eléctrons. E é capaz de levantar o hidrogênio --
  • 13:54 - 13:59
    basicamente é isso que acontece numa célula combustível, no ânodo de uma célula combustível
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    e em uma célula combustível reversível.
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    Nas nossas células combustível, nós o fazemos com platina.
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    A vida o faz com um ferro bem comum.
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    E uma equipe acabou de conseguir mimetizar
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    essa hidrogenase malabarista de hidrogênios.
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    Isso é bastante excitante para células combustível --
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    ser capaz de fazê-lo sem platina.
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    O poder da forma: aqui está uma baleia. Nós sabemos que as nadadeiras desta baleia
  • 14:27 - 14:30
    tem tubérculos em si. E estas pequenas protuberâncias
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    na verdade aumentam a eficiência, por exemplo,
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    nas bordas de um avião -- aumenta a eficiência em 32% aproximadamente.
  • 14:40 - 14:42
    O que é uma economia fantástica de combustíveis fósseis,
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    se colocarmos isso nas bordas da asa.
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    Coloração sem pigmentos: este pavão está criando cor através da forma.
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    A luz entra, rebate nas camadas;
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    é chamado interferência da película. Imagine ser capaz
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    de auto-montar produtos cujas últimas camadas
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    brincam com a luz para criar o efeito de cor.
  • 15:04 - 15:09
    Imagine ser capaz de criar uma forma no exterior de uma superfície,
  • 15:09 - 15:14
    tal que seja auto-limpante somente com água. Isso é o que uma folha faz.
  • 15:14 - 15:16
    Está vendo essa foto ampliada?
  • 15:16 - 15:19
    É uma esfera de água, e estas são partículas de sujeira.
  • 15:19 - 15:22
    E essa é uma foto ampliada de uma folha de lótus.
  • 15:22 - 15:27
    Há uma empresa fabricando um produto chamado Lotusan, que mimetiza --
  • 15:27 - 15:31
    quando a tinta da fachada de um prédio seca, ela mimetiza as protuberâncias
  • 15:31 - 15:36
    de uma folha auto-limpante, e a água da chuva limpa o prédio.
  • 15:36 - 15:42
    Água será nosso maior desafio:
  • 15:42 - 15:44
    saciar a sede.
  • 15:44 - 15:47
    Aqui estão dois organismos que absorvem água.
  • 15:47 - 15:51
    O da esquerda é um besouro da Namíbia absorvendo água do nevoeiro.
  • 15:51 - 15:54
    O da direita é um tatu-bolinha -- que absorve água do ar.
  • 15:54 - 15:57
    Não toma água.
  • 15:57 - 16:04
    Absorver água a partir do nevoeiro de Monterey e a partir do ar úmido de Atlanta,
  • 16:04 - 16:08
    antes que cheguem a um prédio, são tecnologias chave.
  • 16:08 - 16:12
    Tecnologias de separação serão extremamente importantes.
  • 16:12 - 16:16
    E se diséssemos: sem mais mineração em rochas duras?
  • 16:16 - 16:22
    E se tivéssemos que separar metais a partir de resíduos em correntes --
  • 16:22 - 16:26
    pequenas quantidades de metais presentes na água? Isso é o que micróbios fazem,
  • 16:26 - 16:28
    eles criam quelatos de metais a partir da água.
  • 16:28 - 16:31
    Há uma empresa aqui em São Francisco chamada MR3
  • 16:31 - 16:37
    que está embutindo mimetismos das moléculas dos micróbios em filtros
  • 16:37 - 16:40
    para garimpar correntes de resíduos.
  • 16:40 - 16:44
    Química verde é química na água.
  • 16:44 - 16:46
    Nós fazemos química em solventes orgânicos.
  • 16:46 - 16:50
    Essa é uma foto das glândulas fiandeiras de uma aranha, ok,
  • 16:50 - 16:53
    e a teia sendo criada por uma aranha. Não é lindo?
  • 16:53 - 17:01
    A química verde está substituindo nossa química industrial pelo livro de receitas da natureza.
  • 17:01 - 17:06
    Não é fácil, porque a vida utiliza
  • 17:06 - 17:10
    somente um sub-conjunto dos elementos da tabela periódica.
  • 17:10 - 17:14
    E nós usamos todos eles, inclusive os tóxicos.
  • 17:14 - 17:19
    Desvendar as elegantes receitas que pegam um pequeno sub-conjunto
  • 17:19 - 17:25
    da tabela periódica, e criam materiais milagrosos como esta célula,
  • 17:25 - 17:27
    é a tarefa da química verde.
  • 17:27 - 17:31
    Decomposição pré-agendada: embalagens que só duram
  • 17:31 - 17:35
    até o momento em que você não quer que elas sirvam mais, e se dissolvam com a sua sugestão.
  • 17:35 - 17:38
    Esse é um mexilhão encontrado nas águas daqui.
  • 17:38 - 17:42
    E os fios que o fixam às rochas tem tempo marcado -- em exatamente dois anos,
  • 17:42 - 17:44
    eles começam a se dissolver.
  • 17:44 - 17:47
    Recuperação: essa é uma boa.
  • 17:47 - 17:50
    Esse carinha aí é um tardígrado.
  • 17:50 - 17:56
    Há um problema com vacinas ao redor do mundo:
  • 17:56 - 17:59
    não chegar até os pacientes. E o motivo é
  • 17:59 - 18:03
    que a refrigeração, de alguma maneira, é interrompida;
  • 18:03 - 18:05
    a chamada "cadeia fria" é quebrada.
  • 18:05 - 18:08
    Um cara chamado Bruce Rosner analisou os tardígrados --
  • 18:08 - 18:14
    que se desidratam totalmente, e ainda continuam vivos por meses
  • 18:14 - 18:17
    e meses e meses, e é capaz de se regenerar.
  • 18:17 - 18:20
    E ele encontrou uma maneira de desidratar vacinas completamente --
  • 18:20 - 18:24
    envolvê-las em cápsula de açúcar do mesmo tipo
  • 18:24 - 18:27
    que os tardígrados possuem em suas céluas --
  • 18:27 - 18:32
    que significa que vacinas não precisam mais ser refrigeradas.
  • 18:32 - 18:36
    Elas podem ser colocadas no porta-luvas, ok.
  • 18:36 - 18:41
    Aprender a partir de organismos. Essa é uma sessão sobre água --
  • 18:41 - 18:44
    aprender sobre organismos que se viram sem água,
  • 18:44 - 18:51
    para criar uma vacina que dura e dura e dura sem refrigeração.
  • 18:51 - 18:54
    Não vou conseguir passar por todas 12.
  • 18:54 - 18:58
    Mas o que eu vou fazer é lhes contar que a coisa mais importante,
  • 18:58 - 19:03
    além de todas essas adaptações, é o fato que estes organismos
  • 19:03 - 19:08
    descrobriram uma maneira de fazer as coisas fantásticas que fazem
  • 19:08 - 19:11
    ao mesmo tempo em que cuidam do lugar
  • 19:11 - 19:16
    que cuidará de seus descendentes.
  • 19:16 - 19:19
    Quando eles estão envolvidos em preliminares,
  • 19:19 - 19:22
    eles estão pensando sobre alguma coisa muito, muito importante,
  • 19:22 - 19:26
    é isso é fazer seu material genético
  • 19:26 - 19:31
    perdurar, 10.000 gerações à partir de agora.
  • 19:31 - 19:33
    E isso significa encontrar uma maneira de fazer o que eles fazem
  • 19:33 - 19:37
    sem destruir o lugar que cuidará de seus descendentes.
  • 19:37 - 19:40
    Esse é o maior desafio do design.
  • 19:40 - 19:46
    Felizmente, há milhões e milhões de gênios
  • 19:46 - 19:49
    dispostos a nos presentear com suas melhores idéias.
  • 19:49 - 19:52
    Boa sorte ao estabelecer um diálogo com eles.
  • 19:52 - 19:53
    Obrigado.
  • 19:53 - 20:07
    (Aplausos)
  • 20:07 - 20:11
    Chris Anderson: Falando de preliminares, eu -- nós temos que terminar as 12, mas bem rapidinho.
  • 20:11 - 20:12
    Janine Benyus: Sério?
  • 20:12 - 20:15
    CA: Sim. Você sabe, a versão resumida de 10 segundos
  • 20:15 - 20:18
    das idéias 10, 11, e 12. Porque nós -- seus slides são tão maravilhosos,
  • 20:18 - 20:20
    e suas idéias tão grandiosas, que eu não posso permitir que você vá embora
  • 20:20 - 20:22
    sem ver as idéias 10, 11, e 12.
  • 20:22 - 20:26
    JB: Ok, colocar isso -- Ok, eu vou apenas segurar esse negócio. Ok, ótimo.
  • 20:26 - 20:29
    Ok, então essa foi sobre cura.
  • 20:29 - 20:32
    Sentir e reagir: feedback é uma coisa muito importante.
  • 20:32 - 20:36
    Este é um gafanhoto. É possível termos 80 milhões deles em um quilômetro quadrado,
  • 20:36 - 20:39
    e mesmo assim eles não se chocam uns nos outros.
  • 20:39 - 20:44
    E mesmo assim, nós temos 3.6 milhões de colisões de carros por ano.
  • 20:44 - 20:46
    (Risos)
  • 20:46 - 20:50
    Isso. Tem uma pessoa em Newcastle
  • 20:50 - 20:53
    que descobriu que isto se deve a um neurônio bem grande.
  • 20:53 - 20:56
    E ela está investigando como criar
  • 20:56 - 20:58
    um circuito que evite colisões
  • 20:58 - 21:02
    baseado neste grande neurônio do gafanhoto.
  • 21:02 - 21:04
    Esta é grande e bastante importante, a número 11.
  • 21:04 - 21:06
    Cultivar a fertilidade.
  • 21:06 - 21:10
    Isso significa agricultura com aumento de fertilidade.
  • 21:10 - 21:14
    Nós deveríamos estar cultivando fertilidade. E, claro, obter comida também.
  • 21:14 - 21:19
    Porque nós temos que aumentar a capacidade deste planeta
  • 21:19 - 21:22
    de criar mais e mais oportunidades para a vida.
  • 21:22 - 21:24
    E, na verdade, isso é o que outros organismos fazem bem.
  • 21:24 - 21:27
    Em conjunto, é isso que ecossistemas inteiros fazem:
  • 21:27 - 21:30
    eles criam mais e mais oportunidades para a vida.
  • 21:30 - 21:33
    Nossa agricultura tem feito o oposto.
  • 21:33 - 21:37
    Então, agricultura baseada em como um prado gera o solo,
  • 21:37 - 21:41
    fazendas baseadas em como um bando de ungulados nativos
  • 21:41 - 21:43
    na verdade aumenta a vitalidade do pasto.
  • 21:43 - 21:48
    Ou mesmo tratamento de água baseado em como um pântano
  • 21:48 - 21:50
    não apenas purifica a água,
  • 21:50 - 21:54
    mas também cria uma produtividade borbulhante incrível.
  • 21:54 - 21:58
    Este é um design simples. Isto é, parece simples
  • 21:58 - 22:03
    porque o sistema, ao longo de 3.8 bilhões de anos, se aprimorou.
  • 22:03 - 22:08
    Isto é, os organismos que não foram capazes de descobrir
  • 22:08 - 22:12
    como melhorar ou amenizar seus locais,
  • 22:12 - 22:15
    não estão mais por aí para nos contar a história.
  • 22:15 - 22:18
    Essa é a décima segunda.
  • 22:18 - 22:22
    A vida -- e este é o segredo; este é o truque mágico --
  • 22:22 - 22:26
    a vida cria condições favoráveis à vida.
  • 22:26 - 22:30
    Ela gera solo, ela purifica o ar, purifica a água,
  • 22:30 - 22:33
    ela mistura o coquetel de gases que eu e você precisamos para viver.
  • 22:33 - 22:39
    E faz isso ao mesmo tempo em que tem ótimas preliminares
  • 22:39 - 22:45
    e atende às suas necessidades. Portanto, não são mutuamente excludentes.
  • 22:45 - 22:48
    Nós temos que encontrar uma maneira de atender nossas necessidades,
  • 22:48 - 22:54
    e ao mesmo tempo tornar este lugar um éden.
  • 22:54 - 22:55
    CA: Janine, muito obrigado.
  • 22:55 - 22:56
    (Aplausos)
Title:
Janine Benyus mostra os designs da natureza
Speaker:
Janine Benyus
Description:

Nesta apresentação inspiradora sobre recentes avanços em biomimética, Janine Benyus mostra exemplos empolgantes de como a natureza já está influenciando os produtos e sistemas que construimos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
22:55
Giuliano Giordano added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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