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O poder da atenção plena: o que você pratica, se fortalece | Shauna Shapiro | TEDxWashingtonSquare

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    Se, no pior trânsito, você consegue
    ficar perfeitamente calmo;
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    se você consegue ver seus vizinhos
    viajarem para lugares fantásticos
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    sem sentir uma "pontada" de ciúmes;
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    se consegue amar todos ao seu redor
    incondicionalmente;
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    e se sempre consegue ficar satisfeito
    exatamente onde você está,
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    então você, provavelmente, é...
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    um cachorro.
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    (Risos)
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    Certo?
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    Nós nos prendemos
    a esses padrões irreais de perfeição
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    e nos culpamos quando
    não conseguimos atingi-los.
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    O que acontece é que,
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    não temos que ser perfeitos.
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    A perfeição não é possível.
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    Mas, a transformação é.
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    Todos nós temos a capacidade
    de mudar, de aprender e de crescer
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    independentemente
    das nossas circunstâncias.
  • 0:58 - 1:01
    Como professora e cientista,
    estudo como as pessoas mudam,
  • 1:01 - 1:03
    como se transformam,
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    e umas das formas
    mais efetivas que encontrei
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    foi a atenção plena.
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    Minha própria jornada
    nessa direção foi inesperada.
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    Quando tinha 17 anos, passei
    por uma cirurgia de fusão da coluna.
  • 1:15 - 1:17
    Uma haste de metal
    foi colocada na minha coluna.
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    Eu era uma adolescente ativa e saudável,
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    e fiquei presa a uma cama
    de hospital, incapaz de andar.
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    Durante os muitos meses de reabilitação
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    tentei descobrir como viver neste corpo
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    que não conseguia mais fazer
    o que costumava.
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    A dor física era difícil,
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    mas o pior era o medo e a solidão,
  • 1:37 - 1:40
    e eu não tinha as ferramentas
    para lidar com aquilo.
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    Então, comecei a procurar
    algo que pudesse me ajudar,
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    e, por fim, essa busca me levou
    a um mosteiro na Tailândia
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    para meu primeiro retiro de meditação.
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    No mosteiro, os monges
    não falavam muito inglês,
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    e eu não falava tailandês.
  • 1:54 - 1:56
    Mas entendi que a atenção plena
  • 1:56 - 2:00
    tinha algo a ver com prestar atenção
    no momento presente.
  • 2:00 - 2:06
    Minha única instrução era respirar,
    sentir o ar entrando e saindo do nariz.
  • 2:06 - 2:09
    Então comecei: uma respiração,
    duas respirações,
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    minha mente divagou, eu a trouxe de volta.
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    Uma respiração, duas respirações,
  • 2:14 - 2:18
    a mente divagou novamente,
    sugada pelo passado ou perdida no futuro,
  • 2:18 - 2:21
    e, não importa o quanto tentasse,
    não conseguia permanecer presente.
  • 2:22 - 2:26
    Isso foi frustrante, porque pensei
    que meditação era para se sentir assim,
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    e, ao invés disso,
    eu me sentia mais assim.
  • 2:30 - 2:32
    (Risos)
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    Estar presente não é tão fácil.
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    Vocês podem constatar por si próprios.
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    Estou falando por cerca de três minutos.
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    Você percebeu se a sua mente divagou?
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    Todas as nossas mentes divagam.
  • 2:44 - 2:45
    Uma pesquisa de Harvard mostra
  • 2:45 - 2:49
    que a mente divaga,
    em média, 47% do tempo.
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    Quarenta e sete por cento.
  • 2:51 - 2:55
    Isso é quase metade da nossa vida
    que estamos perdendo,
  • 2:55 - 2:56
    que não estamos aqui.
  • 2:57 - 2:58
    Então, parte da atenção plena
  • 2:58 - 3:02
    é simplesmente aprender
    a treinar a mente a estar aqui,
  • 3:02 - 3:04
    onde nós já estamos.
  • 3:05 - 3:06
    Como neste momento.
  • 3:06 - 3:08
    Vamos praticar juntos.
  • 3:08 - 3:13
    Fechem os olhos
    e apenas sintam os pés no chão.
  • 3:14 - 3:15
    Mexam os dedos,
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    e sintam todo seu corpo sentado aqui.
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    Relaxando o rosto,
  • 3:22 - 3:23
    relaxando o maxilar,
  • 3:25 - 3:27
    e percebam que estão respirando.
  • 3:28 - 3:33
    Sentindo como a respiração flui
    naturalmente para dentro e fora do corpo.
  • 3:34 - 3:36
    Apenas estando aqui.
  • 3:38 - 3:42
    E, quando estiverem prontos, respirem
    mais fundo, para dentro e para fora,
  • 3:42 - 3:44
    e abram os olhos.
  • 3:46 - 3:47
    Então...
  • 3:47 - 3:50
    de volta ao mosteiro, eu estava
    me dedicando a fazer só isso,
  • 3:50 - 3:52
    apenas estar presente.
  • 3:52 - 3:55
    Mas, por mais que tentasse,
    minha mente continuava a divagar.
  • 3:56 - 3:58
    Foi quando comecei a me culpar:
  • 3:59 - 4:02
    "O que há de errado com você?
    Você é terrível nisso".
  • 4:02 - 4:04
    "Por que está aqui? Você é uma farsa."
  • 4:04 - 4:07
    E, além de me culpar,
    comecei a culpar a todos os outros,
  • 4:07 - 4:08
    até os monges.
  • 4:08 - 4:11
    "Por que só ficam sentados?
    Por que não fazem nada?"
  • 4:11 - 4:12
    (Risos)
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    Felizmente, chegou um monge
    de Londres que falava inglês,
  • 4:16 - 4:20
    e, quando lhe contei minha dificuldade,
    ele me olhou e disse:
  • 4:20 - 4:23
    "Minha cara, você não está
    praticando atenção plena,
  • 4:23 - 4:26
    você está praticando julgamento,
    impaciência, frustração".
  • 4:27 - 4:29
    E então ele disse cinco palavras
    que nunca mais esqueci:
  • 4:30 - 4:33
    "O que você pratica, se fortalece".
  • 4:34 - 4:36
    O que você pratica, se fortalece.
  • 4:37 - 4:39
    Sabemos disso agora,
    com a neuroplasticidade.
  • 4:39 - 4:42
    Nossas práticas moldam nosso cérebro.
  • 4:42 - 4:46
    Podemos esculpir e fortalecer
    nossas conexões sinápticas,
  • 4:46 - 4:48
    com base em práticas repetidas.
  • 4:48 - 4:51
    Por exemplo, no famoso estudo
    com motoristas de táxi de Londres,
  • 4:52 - 4:56
    o mapeamento visuoespacial
    de parte do cérebro é maior, mais forte.
  • 4:56 - 5:00
    Eles têm praticado navegar pelas 25 mil
    ruas de Londres todos os dias.
  • 5:01 - 5:03
    No cérebro de pessoas que meditam,
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    as áreas relacionadas à atenção,
    aprendizado, compaixão,
  • 5:07 - 5:09
    crescem mais e mais fortes.
  • 5:10 - 5:12
    Isso se chama espessamento cortical
  • 5:12 - 5:16
    o crescimento de novos neurônios
    em resposta a práticas repetidas.
  • 5:16 - 5:19
    O que praticamos, se fortalece.
  • 5:20 - 5:23
    O monge me explicou
    que, se eu meditava com julgamento,
  • 5:23 - 5:25
    só estava fortalecendo o julgamento;
  • 5:25 - 5:28
    se meditava com frustração,
    fortalecia a frustração.
  • 5:28 - 5:33
    Ele me ajudou a entender que atenção plena
    não é apenas prestar atenção,
  • 5:33 - 5:35
    é sobre como prestamos atenção:
  • 5:35 - 5:37
    com gentileza.
  • 5:37 - 5:40
    Ele disse: "É como braços amáveis
    que a tudo acolhem,
  • 5:40 - 5:43
    até mesmo as nossas partes
    bagunçadas e imperfeitas".
  • 5:44 - 5:47
    Ele também ressaltou
    que estamos praticando o tempo todo,
  • 5:47 - 5:49
    a todo momento,
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    não só quando estamos meditando,
    mas a cada momento.
  • 5:52 - 5:55
    Estamos fortalecendo algo a cada momento.
  • 5:55 - 5:59
    Então, a pergunta realmente é:
    o que você quer fortalecer?
  • 6:00 - 6:02
    O que você quer praticar?
  • 6:04 - 6:07
    Quando deixei a Tailândia,
    queria continuar praticando atenção plena
  • 6:07 - 6:10
    e queria entendê-la
    do ponto de vista científico.
  • 6:10 - 6:13
    Então, comecei um doutorado,
    me tornei professora,
  • 6:13 - 6:15
    e passei os últimos 20 anos
  • 6:15 - 6:20
    investigando os efeitos
    da atenção plena em várias populações,
  • 6:20 - 6:24
    incluindo veteranos com TEPT,
    pacientes com insônia,
  • 6:24 - 6:27
    mulheres com câncer de mama,
    universitários estressados,
  • 6:27 - 6:29
    executivos de alto escalão,
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    e, repetidamente, os dados
    mostraram duas coisas principais.
  • 6:33 - 6:34
    Primeira,
  • 6:35 - 6:38
    a atenção plena funciona,
    faz bem para você.
  • 6:38 - 6:40
    Fortalece o sistema imunológico,
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    diminui o estresse e o cortisol,
    ajuda-nos a dormir melhor.
  • 6:44 - 6:47
    Quando publicamos
    nossa primeira pesquisa, em 1998,
  • 6:47 - 6:49
    não havia muitos estudos.
  • 6:49 - 6:50
    Agora existem milhares de estudos
  • 6:50 - 6:53
    mostrando os benefícios da atenção plena.
  • 6:54 - 6:55
    Ela nos faz bem.
  • 6:56 - 6:59
    A segunda coisa que aprendemos
    foi bastante inesperada.
  • 6:59 - 7:01
    Quase todos com quem trabalhamos,
  • 7:01 - 7:04
    independentemente de idade,
    gênero, ou histórico,
  • 7:04 - 7:07
    falavam sobre a mesma coisa.
  • 7:07 - 7:11
    Este senso subjacente
    de: "Não sou bom o suficiente",
  • 7:11 - 7:13
    "Não sou legal",
  • 7:13 - 7:15
    "Não estou vivendo a vida direito".
  • 7:15 - 7:18
    Essa enorme autocrítica e vergonha.
  • 7:19 - 7:22
    E todos nós sabemos
    do que eles estão falando,
  • 7:22 - 7:26
    porque a vergonha é universal,
    todos nós sentimos.
  • 7:27 - 7:29
    E pior, temos essa crença errada
  • 7:29 - 7:31
    de que, se nos envergonharmos,
    se nos punirmos,
  • 7:31 - 7:33
    vamos melhorar de alguma forma.
  • 7:33 - 7:36
    Mas a vergonha não funciona.
  • 7:36 - 7:38
    Vergonha nunca funciona,
    não pode funcionar.
  • 7:38 - 7:41
    Do ponto de vista fisiológico,
    não pode funcionar
  • 7:41 - 7:42
    pois, quando nos envergonhamos,
  • 7:42 - 7:46
    as áreas do cérebro associadas
    a crescimento e aprendizado, se desligam.
  • 7:48 - 7:51
    Essa fMRI mostra o cérebro envergonhado.
  • 7:52 - 7:53
    O que acontece é:
  • 7:53 - 7:57
    a amígdala inicia uma cascata
    de norepinefrina e cortisol
  • 7:57 - 8:00
    para inundar nosso sistema,
    desligando os centros de aprendizado
  • 8:00 - 8:04
    e desviando nossos recursos
    para o modo de sobrevivência.
  • 8:05 - 8:07
    A vergonha literalmente rouba do cérebro
  • 8:07 - 8:10
    a energia que ele precisa
    para fazer o trabalho de mudança.
  • 8:12 - 8:16
    E pior, quando sentimos vergonha,
    queremos evitá-la.
  • 8:16 - 8:19
    Então, nos escondemos das partes
    que nos envergonham,
  • 8:19 - 8:22
    as partes que mais precisam
    da nossa atenção.
  • 8:23 - 8:26
    É dolorido demais olhar para elas.
  • 8:27 - 8:28
    Então, qual é a alternativa?
  • 8:29 - 8:31
    Atenção gentil.
  • 8:31 - 8:33
    Primeiro, a gentileza nos dá a coragem
  • 8:33 - 8:36
    de olhar para essas partes
    que não queremos ver.
  • 8:37 - 8:41
    E segundo, gentileza
    nos enche de dopamina,
  • 8:41 - 8:43
    ligando os centros
    de aprendizado do cérebro
  • 8:43 - 8:46
    e nos dando os recursos
    que precisamos para mudar.
  • 8:47 - 8:52
    Uma transformação verdadeira
    e duradoura requer atenção gentil.
  • 8:53 - 8:55
    As palavras do monge
    ecoaram em meus ouvidos:
  • 8:56 - 9:01
    "Atenção plena não é só atenção,
    é atenção gentil".
  • 9:01 - 9:05
    Essa atitude de ser gentil não era só
    algo extra ou legal de se ter,
  • 9:05 - 9:08
    era uma parte essencial da prática;
  • 9:08 - 9:12
    uma parte da atenção plena
    que tantas vezes é ignorada.
  • 9:13 - 9:16
    Então, meus colegas e eu desenvolvemos
    um modelo de atenção plena
  • 9:16 - 9:21
    que inclui ,explicitamente,
    nossa atitude e nossa intenção,
  • 9:21 - 9:23
    assim como, nossa atenção.
  • 9:23 - 9:26
    Todas as três partes
    trabalhando juntas em sinergia.
  • 9:27 - 9:28
    Simplificando:
  • 9:28 - 9:34
    atenção plena é, intencionalmente,
    prestar atenção com gentileza.
  • 9:35 - 9:36
    Nós usamos esse modelo
  • 9:36 - 9:40
    quando trabalhamos no hospital
    com um grupo de veteranos com TEPT.
  • 9:41 - 9:42
    Fiquei chocada quando soube
  • 9:42 - 9:47
    que perdemos mais veteranos por suicídio
    a cada ano, do que em combate.
  • 9:48 - 9:51
    Nossos soldados carregam
    tanta dor e vergonha.
  • 9:53 - 9:58
    A intenção do grupo de atenção plena
    era cultivar essa atenção com gentileza
  • 9:58 - 10:01
    até mesmo para as nossas partes
    aparentemente imperdoáveis.
  • 10:03 - 10:07
    Havia um homem no grupo que nunca
    disse uma palavra, nunca levantou o olhar.
  • 10:07 - 10:10
    Dois meses se passaram
    e ele parecia inatingível.
  • 10:11 - 10:15
    E então, um dia ele levantou sua mão
    e disse: "Não quero melhorar.
  • 10:16 - 10:22
    O que eu vi na guerra, o que eu fiz,
    não mereço melhorar".
  • 10:23 - 10:27
    Ele então olhou para o chão
    e começou a nos contar em detalhes
  • 10:27 - 10:30
    o que tinha visto e o que tinha feito.
  • 10:31 - 10:34
    E ainda posso sentir o terror
    do que ele compartilhou
  • 10:34 - 10:37
    e como a vergonha dele preencheu a sala.
  • 10:37 - 10:41
    Levantei o olhar para ver
    como os outros homens reagiam
  • 10:42 - 10:46
    e não havia julgamento,
    só compaixão em seus rostos.
  • 10:47 - 10:51
    Eu o convidei a olhar e testemunhar
    esta compaixão e gentileza.
  • 10:52 - 10:56
    Conforme ele olhava ao redor da sala
    seu rosto começou a relaxar,
  • 10:57 - 10:59
    e em seus olhos havia esperança,
  • 11:00 - 11:03
    a possibilidade de que ele não era
    só o que havia feito no passado
  • 11:04 - 11:07
    que poderia fazer
    escolhas diferentes agora,
  • 11:07 - 11:08
    que poderia mudar.
  • 11:10 - 11:12
    Essa é uma das coisas
    mais importantes que aprendi.
  • 11:12 - 11:16
    Que a transformação é possível,
  • 11:17 - 11:18
    para todos nós,
  • 11:18 - 11:19
    independentemente de qualquer coisa.
  • 11:19 - 11:22
    E isso exige atenção com gentileza,
  • 11:23 - 11:24
    não vergonha.
  • 11:24 - 11:29
    E essa atenção gentil requer prática,
    requer muita prática.
  • 11:30 - 11:33
    Quero dividir com vocês
    uma prática simples que tem me ajudado.
  • 11:35 - 11:38
    Há alguns anos, estava passando
    por um divórcio difícil
  • 11:38 - 11:42
    e acordava todas as manhãs
    com essa vergonha dentro de mim.
  • 11:43 - 11:47
    Minha professora de meditação sugeriu
    uma prática explícita de atenção gentil.
  • 11:47 - 11:51
    Ela disse: "E que tal dizer:
    'Eu amo você, Shauna', todos os dias?"
  • 11:51 - 11:55
    Pensei comigo: "Sem chance".
    Pareceu tão forçado.
  • 11:56 - 11:58
    Ela percebeu minha resistência e sugeriu:
  • 11:58 - 12:00
    "Que tal dizer só: 'Bom dia, Shauna?'
  • 12:00 - 12:03
    E tente colocar sua mão
    no seu coração quando disser,
  • 12:03 - 12:06
    isso libera ocitocina,
    que faz muito bem para você".
  • 12:07 - 12:09
    Ela sabia que a ciência me convenceria.
  • 12:09 - 12:11
    No dia seguinte,
    coloquei a mão no coração,
  • 12:11 - 12:14
    respirei fundo e disse: "Bom dia, Shauna"
  • 12:14 - 12:15
    e foi legal.
  • 12:16 - 12:17
    Continuei a praticar,
  • 12:17 - 12:21
    e um mês depois quando a vi,
    admiti o quanto tinha sido útil.
  • 12:22 - 12:24
    "Maravilhoso. Você
    está formada", disse ela.
  • 12:24 - 12:27
    "Agora a prática avançada:
  • 12:28 - 12:30
    'Bom dia. Eu amo você, Shauna'".
  • 12:31 - 12:32
    Então, no dia seguinte,
  • 12:32 - 12:35
    coloquei a mão no coração,
    me firmei e disse:
  • 12:36 - 12:38
    "Bom dia. Eu amo você, Shauna".
  • 12:39 - 12:40
    Não senti nada.
  • 12:40 - 12:43
    Eu me senti apenas um pouco ridícula,
    mas, definitivamente, não senti amor.
  • 12:44 - 12:47
    Mas continuei a praticar,
    porque, como sabemos,
  • 12:47 - 12:50
    o que praticamos, fortalecemos.
  • 12:51 - 12:54
    Então um dia, coloquei a mão
    no coração, respirei fundo:
  • 12:55 - 12:57
    "Bom dia. Eu amo você, Shauna".
  • 12:58 - 12:59
    E eu senti.
  • 13:00 - 13:03
    Senti o amor da minha avó,
    o amor da minha mãe,
  • 13:03 - 13:05
    senti o meu amor-próprio.
  • 13:06 - 13:10
    Quem me dera poder dizer que, desde então,
    tem sido essa bolha de amor-próprio,
  • 13:10 - 13:13
    e que nunca mais senti vergonha ou culpa.
  • 13:13 - 13:14
    Isso não é verdade.
  • 13:14 - 13:19
    Mas o que é verdade é que essa trilha
    de atenção gentil foi criada
  • 13:19 - 13:22
    e está se fortalecendo a cada dia.
  • 13:23 - 13:25
    Então, convido você a, amanhã,
  • 13:25 - 13:28
    colocar sua mão no coração
    e dizer: "Bom dia".
  • 13:29 - 13:32
    E, se você for muito corajoso:
    "Bom dia. Eu amo você".
  • 13:33 - 13:34
    Obrigada.
  • 13:35 - 13:39
    (Aplausos)
Title:
O poder da atenção plena: o que você pratica, se fortalece | Shauna Shapiro | TEDxWashingtonSquare
Description:

Como mudamos? Nesta palestra pioneira, a Dra. Shauna Shapiro utiliza a neurociência moderna e a sabedoria antiga para demonstrar como a atenção plena pode nos ajudar a promover mudanças positivas em nossos cérebros e em nossas vidas.

Shauna Shapiro, PhD, é professora na Universidade Santa Clara, psicóloga clínica e uma especialista internacionalmente reconhecida em atenção plena. A Dra. Shapiro recebeu o prêmio de docente da American Council of Learned Societies por suas excepcionais contribuições para a educação; é membro do Mind and Life Institute cofundado pelo Dalai Lama. A Dra. Shapiro leciona e lidera programas de atenção plena internacionalmente, faz parte do Advisory Board of Axialent, líder em Conscious Business e tem levado a atenção plena a empresas pioneiras como Cisco Systems e Google. Ela possui mais de 150 artigos e capítulos de livros publicados e é coautora dos livros "The Art and Science of Mindfulness" e "Mindful Discipline: A Loving Approach to Setting Limits and Raising an Emotionally Intelligent Child"

Esta palestra foi dada em um evento TEDx que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma
comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
13:46

Portuguese, Brazilian subtitles

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