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Um novo método para remover CO2 da atmosfera

  • 0:01 - 0:03
    Quatrocentas partes por milhão:
  • 0:03 - 0:07
    esta é aproximadamente
    a atual concentração de CO2 no ar.
  • 0:08 - 0:10
    O que significa realmente?
  • 0:10 - 0:14
    Por cada 400 moléculas
    de dióxido de carbono,
  • 0:14 - 0:18
    temos outro milhão de moléculas
    de oxigénio e azoto.
  • 0:18 - 0:22
    Hoje nesta sala,
    há cerca de 1800 pessoas.
  • 0:22 - 0:26
    Imaginem que apenas um de nós
    estava a vestir uma camisola verde,
  • 0:26 - 0:29
    e que vos pedem
    para encontrar essa pessoa.
  • 0:29 - 0:33
    É esse o desafio que enfrentamos
    quando captamos CO2
  • 0:33 - 0:35
    diretamente do ar.
  • 0:35 - 0:39
    Parece bastante fácil
    extrair o CO2 do ar.
  • 0:39 - 0:41
    Na realidade, é bastante difícil.
  • 0:41 - 0:43
    Mas vou dizer-vos o que é fácil:
  • 0:43 - 0:46
    evitar as emissões de CO2, para começar.
  • 0:47 - 0:49
    Mas não é isso que estamos a fazer.
  • 0:49 - 0:53
    Assim, aquilo em que devemos
    pensar é voltar atrás,
  • 0:53 - 0:56
    extrair o CO2 do ar.
  • 0:57 - 1:01
    Apesar de ser difícil,
    é possível fazê-lo.
  • 1:01 - 1:05
    Hoje vou partilhar convosco
    onde está esta tecnologia
  • 1:05 - 1:07
    e onde ela nos pode levar
    num futuro próximo.
  • 1:08 - 1:13
    A Terra extrai o CO2 do ar,
    naturalmente,
  • 1:13 - 1:18
    através da água do mar, dos solos,
    das plantas e até mesmo das rochas.
  • 1:18 - 1:22
    Apesar de engenheiros e cientistas
    estarem a fazer um trabalho inestimável
  • 1:22 - 1:25
    para acelerar estes processos naturais,
  • 1:26 - 1:27
    isso é insuficiente.
  • 1:28 - 1:30
    A boa notícia é que há mais coisas.
  • 1:30 - 1:34
    Graças ao engenho humano,
    temos hoje uma tecnologia
  • 1:34 - 1:37
    para extrair o CO2 do ar
  • 1:37 - 1:40
    utilizando uma abordagem
    quimicamente fabricada.
  • 1:40 - 1:43
    Eu gosto de pensar nisso
    como uma floresta sintética.
  • 1:43 - 1:48
    Há duas abordagens básicas para
    construir ou fazer crescer essa floresta.
  • 1:49 - 1:54
    Uma é utilizar químicos
    que retêm o CO2 dissolvido na água.
  • 1:54 - 1:57
    A outra é utilizar materiais sólidos
    com químicos que retêm o CO2.
  • 1:58 - 2:01
    Qualquer que seja a abordagem escolhida,
    elas são praticamente a mesma coisa.
  • 2:02 - 2:06
    Estou a mostrar aqui
    o aspeto de um sistema
  • 2:06 - 2:07
    para fazer isso.
  • 2:07 - 2:09
    Isto chama-se um contactor de ar.
  • 2:09 - 2:11
    Podem ver que tem que ser
    muito grande
  • 2:12 - 2:14
    para ter uma área superficial
    suficientemente grande
  • 2:14 - 2:17
    para processar todo o ar necessário,
  • 2:17 - 2:18
    porque, lembrem-se,
  • 2:18 - 2:22
    estamos a tentar captar
    apenas 400 moléculas num milhão.
  • 2:22 - 2:25
    Usando a abordagem à base
    de líquido para fazer isso,
  • 2:25 - 2:28
    pegamos neste equipamento
    com uma grande área superficial,
  • 2:28 - 2:31
    enchemos o contactor
    com o material de acondicionamento,
  • 2:31 - 2:35
    usamos bombas para distribuir o líquido
    pelo material de acondicionamento,
  • 2:35 - 2:38
    e usamos ventoinhas,
    como podem ver na frente,
  • 2:38 - 2:41
    para fazer borbulhar o ar
    através do líquido.
  • 2:41 - 2:45
    O CO2 do ar é separado do líquido
  • 2:45 - 2:48
    reagindo com as moléculas
    de CO2, na solução,
  • 2:48 - 2:51
    que têm uma forte tendência
    para se ligarem.
  • 2:52 - 2:54
    Para captar muito CO2,
  • 2:54 - 2:57
    este contactor tem que ser mais profundo.
  • 2:57 - 2:59
    Mas há uma otimização
  • 2:59 - 3:01
    porque, quanto mais profundo
    for o contactor,
  • 3:01 - 3:05
    mais energia se gasta
    para fazer borbulhar todo aquele ar.
  • 3:05 - 3:09
    Assim, os contactores de ar para captação
    direta do ar têm este "design" especial,
  • 3:09 - 3:14
    em que há esta enorme superfície,
    mas uma espessura relativamente fina.
  • 3:14 - 3:17
    Depois de captar o CO2,
  • 3:18 - 3:21
    temos que reciclar o material
    que usámos para o captar,
  • 3:21 - 3:23
    uma e outra vez.
  • 3:23 - 3:26
    A escala de carbono captado
    é tão grande
  • 3:26 - 3:28
    que o processo de captação
    tem de ser sustentável,
  • 3:28 - 3:31
    e não podemos usar o material
    apenas uma vez.
  • 3:31 - 3:35
    Mas reciclar o material exige
    uma grande quantidade de calor,
  • 3:35 - 3:38
    porque, pensem nisto,
    o CO2 está tão dissolvido no ar,
  • 3:38 - 3:41
    o material está a prendê-lo
    com tanta força,
  • 3:41 - 3:45
    que é preciso muito calor
    para reciclar o material.
  • 3:45 - 3:48
    Ao reciclar o material com esse calor,
  • 3:48 - 3:54
    o CO2 concentrado
    que estava dissolvido no ar
  • 3:54 - 3:56
    liberta-se
  • 3:56 - 3:58
    produzindo CO2 altamente puro.
  • 3:58 - 4:00
    Isso é muito importante
  • 4:00 - 4:04
    porque o CO2 altamente puro
    é mais fácil de liquidificar,
  • 4:04 - 4:08
    mais fácil de transportar, quer seja
    por uma conduta ou um camião,
  • 4:08 - 4:10
    ou ainda mais fácil para usar diretamente,
  • 4:10 - 4:13
    digamos, como combustível
    ou produto químico.
  • 4:13 - 4:17
    Por isso, vou falar mais
    um bocado acerca dessa energia.
  • 4:17 - 4:21
    O calor necessário para regenerar
    ou reciclar estes materiais
  • 4:21 - 4:28
    determina absolutamente a energia
    e o consequente custo para o fazer.
  • 4:29 - 4:31
    Por isso, eu faço uma pergunta:
  • 4:31 - 4:34
    Quanta energia acham que é necessária
  • 4:34 - 4:37
    para extrair milhões
    de toneladas de CO2 do ar
  • 4:37 - 4:39
    num determinado ano?
  • 4:39 - 4:41
    A resposta é: uma central de energia.
  • 4:41 - 4:45
    É necessária uma central de energia
    para captar o CO2 diretamente do ar.
  • 4:45 - 4:47
    Dependendo da abordagem
    que escolhermos,
  • 4:47 - 4:51
    a central de energia pode estar
    na ordem dos 300 aos 500 megawatts.
  • 4:52 - 4:55
    E é preciso ter cuidado com o tipo
    de central de energia que escolhermos.
  • 4:56 - 4:57
    Se escolhermos o carvão,
  • 4:57 - 5:01
    acabamos por emitir mais CO2
    do que aquele que captamos.
  • 5:02 - 5:03
    Vamos agora falar dos custos.
  • 5:03 - 5:07
    Uma versão de uso intensivo
    de energia desta tecnologia
  • 5:07 - 5:10
    pode custar tanto
    quanto mil dólares por tonelada
  • 5:10 - 5:12
    apenas para a captação.
  • 5:12 - 5:14
    Vamos traduzir isto.
  • 5:14 - 5:18
    Se pegarmos nesse CO2 muito caro
    e o transformarmos em combustível líquido,
  • 5:18 - 5:21
    isso sairá a 11 dólares o litro.
  • 5:21 - 5:24
    Isso é demasiado caro, não é viável.
  • 5:24 - 5:26
    Então, como poderíamos
    baixar esses custos?
  • 5:26 - 5:29
    Isso é, em parte, o que eu faço.
  • 5:30 - 5:32
    Há hoje uma companhia,
    uma empresa de escala comercial,
  • 5:33 - 5:35
    que faz isto tão barato
    quanto 600 dólares a tonelada.
  • 5:35 - 5:39
    Há várias outras companhias
    que estão a desenvolver tecnologias
  • 5:39 - 5:41
    que podem fazer isto ainda mais barato.
  • 5:42 - 5:43
    Vou falar-vos um bocado
  • 5:43 - 5:45
    sobre algumas destas companhias.
  • 5:45 - 5:47
    Uma delas chama-se Carbon Engineering.
  • 5:47 - 5:49
    Está situada fora do Canadá.
  • 5:49 - 5:51
    Usam uma abordagem baseada
    em líquido para a separação
  • 5:51 - 5:56
    combinada com a queima de gás natural,
    superabundante e barato
  • 5:56 - 5:58
    para fornecer o calor necessário.
  • 5:58 - 6:00
    Têm uma abordagem inteligente
  • 6:00 - 6:04
    que lhes permite captar o CO2 do ar
  • 6:04 - 6:08
    juntamente com o CO2 que geram
    por queimar o gás natural.
  • 6:08 - 6:10
    Ao fazerem isso,
  • 6:10 - 6:13
    compensam o excesso de poluição
    e reduzem os custos.
  • 6:14 - 6:18
    A Climeworks localizada na Suíça
    e a Global Thermostat localizada nos EUA
  • 6:18 - 6:20
    usam uma abordagem diferente.
  • 6:20 - 6:22
    Usam materiais sólidos para a captação.
  • 6:22 - 6:26
    A Climeworks utiliza o calor da Terra,
    ou seja, a energia geotermal,
  • 6:27 - 6:30
    ou até mesmo o vapor em excesso
    de outros processos industriais
  • 6:30 - 6:32
    para reduzir a poluição e os custos.
  • 6:33 - 6:35
    A Global Thermostat
    tem uma abordagem diferente.
  • 6:35 - 6:38
    Focam-se no calor necessário
  • 6:38 - 6:42
    e na velocidade com que este
    se move através do material
  • 6:42 - 6:46
    libertando e produzindo CO2
  • 6:46 - 6:48
    a um ritmo muito rápido,
  • 6:48 - 6:51
    o que lhes permite ter
    um "design" mais compacto
  • 6:51 - 6:53
    e preços mais baixos no geral.
  • 6:55 - 6:57
    E ainda há mais.
  • 6:57 - 7:02
    Uma floresta sintética tem mais vantagens
    do que uma floresta real: o tamanho.
  • 7:03 - 7:07
    A imagem que vos estou a mostrar
    é um mapa da floresta tropical amazónica.
  • 7:07 - 7:13
    A Amazónia capta 1600 milhões
    de toneladas de CO2 por ano.
  • 7:13 - 7:16
    Isto é equivalente a cerca de 25%
  • 7:16 - 7:19
    das nossas emissões anuais nos EUA.
  • 7:19 - 7:22
    A área de terra necessária
    para uma floresta sintética
  • 7:22 - 7:24
    ou uma central artificial
    de captação direta de ar
  • 7:24 - 7:26
    para captar o mesmo
  • 7:26 - 7:28
    é 500 vezes mais pequena.
  • 7:29 - 7:32
    Além disso, uma floresta sintética
  • 7:32 - 7:35
    não precisa de ser construída
    em terra arável,
  • 7:35 - 7:39
    por isso não há competição
    com terras agrícolas ou comida,
  • 7:39 - 7:44
    e também não há razão para
    ter que cortar árvores reais
  • 7:44 - 7:46
    para fazer isso.
  • 7:47 - 7:48
    Vamos voltar atrás.
  • 7:48 - 7:52
    Quero voltar a pegar no conceito
    de emissões negativas.
  • 7:52 - 7:56
    As emissões negativas exigem
    que o CO2 separado
  • 7:56 - 8:00
    seja permanentemente extraído
    da atmosfera para sempre,
  • 8:00 - 8:03
    o que significa voltar a pô-lo
    debaixo do solo,
  • 8:03 - 8:06
    de onde veio em primeira instância.
  • 8:06 - 8:09
    Mas sejamos realistas, ninguém
    é pago para fazer isso hoje,
  • 8:09 - 8:11
    pelo menos não o suficiente.
  • 8:11 - 8:14
    Por isso as companhias que estão
    a desenvolver estas tecnologias
  • 8:15 - 8:17
    estão interessadas em pegar no CO2
  • 8:17 - 8:20
    e fazer algo útil com ele,
    um produto comercializável.
  • 8:20 - 8:24
    Podem ser combustíveis líquidos, plásticos
  • 8:24 - 8:26
    ou até cascalho sintético.
  • 8:26 - 8:29
    E não me interpretem mal,
    esses mercados de carbono são fantásticos.
  • 8:31 - 8:33
    Mas também não quero
    que sejam iludidos.
  • 8:33 - 8:35
    Estes mercados não são
    suficientemente grandes
  • 8:35 - 8:37
    para resolver a crise climática,
  • 8:37 - 8:39
    por isso, o que precisamos de fazer
  • 8:39 - 8:42
    é pensar no que seria preciso.
  • 8:42 - 8:46
    Uma coisa que acho que é absolutamente
    positiva sobre os mercados de carbono
  • 8:46 - 8:51
    é que proporcionam a criação
    de novas centrais de captação,
  • 8:51 - 8:53
    e com cada central
    de captação que construímos,
  • 8:53 - 8:54
    aprendemos mais.
  • 8:54 - 8:56
    E quando aprendemos mais,
  • 8:56 - 8:59
    temos a oportunidade de reduzir os custos.
  • 9:00 - 9:03
    Mas também precisamos
    de estar dispostos a investir
  • 9:03 - 9:05
    enquanto sociedade global.
  • 9:07 - 9:10
    Podemos ter todo o pensamento
    inteligente e tecnologia do mundo,
  • 9:10 - 9:12
    mas isso não é suficiente
  • 9:12 - 9:16
    para esta tecnologia ter
    um impacto significativo no clima.
  • 9:16 - 9:19
    Precisamos de regulamentação
  • 9:19 - 9:20
    precisamos de subsídios,
  • 9:20 - 9:22
    de impostos sobre o carbono.
  • 9:23 - 9:27
    Há quem esteja disposto a pagar mais,
  • 9:27 - 9:30
    mas o que é necessário
  • 9:30 - 9:32
    são caminhos neutros ou
    negativos em carbono
  • 9:32 - 9:35
    para ser acessível
    à maioria da sociedade
  • 9:35 - 9:37
    de modo a criar um impacto climático.
  • 9:37 - 9:40
    Para além desse tipo de investimentos,
  • 9:40 - 9:44
    também precisamos de investimentos
    na investigação e desenvolvimento.
  • 9:44 - 9:45
    Então como seria isso?
  • 9:46 - 9:52
    Em 1966, os EUA investiram
    cerca de 0,5% do produto interno bruto
  • 9:52 - 9:54
    no programa Apollo.
  • 9:55 - 9:57
    O programa levou pessoas
    em segurança até à Lua
  • 9:57 - 9:59
    e de volta à Terra.
  • 9:59 - 10:03
    Hoje, 0,5% do PIB é cerca
    de 100 mil milhões de dólares.
  • 10:04 - 10:06
    Por isso, sabendo
    que a captação direta de ar
  • 10:06 - 10:10
    é uma prioridade na nossa batalha
    contra a alteração climática,
  • 10:10 - 10:13
    imaginemos que podíamos investir
    20%, 20 mil milhões de dólares.
  • 10:14 - 10:17
    Mais, imaginemos
    que podemos baixar os custos
  • 10:17 - 10:19
    para 100 dólares a tonelada.
  • 10:19 - 10:23
    Isso vai ser difícil, mas é o que torna
    o meu trabalho divertido.
  • 10:24 - 10:25
    Então, que tal?
  • 10:25 - 10:28
    20 mil milhões de dólares,
    100 dólares a tonelada?
  • 10:28 - 10:31
    Para isso é necessário contruirmos
    200 florestas sintéticas,
  • 10:31 - 10:36
    cada uma capaz de captar
    um milhão de toneladas de CO2 por ano.
  • 10:37 - 10:41
    Isso compara com cerca de 5%
    das emissões anuais dos EUA.
  • 10:41 - 10:43
    Não parece muito.
  • 10:43 - 10:45
    Mas acaba por ser significativo.
  • 10:45 - 10:49
    Se olharmos para as emissões associadas
    a camiões de longa distância
  • 10:49 - 10:51
    e à aviação comercial,
  • 10:51 - 10:53
    elas somam cerca de 5%.
  • 10:53 - 10:57
    A nossa dependência dos combustíveis
    líquidos faz com que estas emissões
  • 10:57 - 11:00
    sejam muito difíceis de evitar.
  • 11:00 - 11:04
    Por isso, este investimento poderá
    ser absolutamente significativo.
  • 11:05 - 11:08
    Agora, em termos de terreno,
  • 11:08 - 11:10
    quanto custaria fazer 200 florestas?
  • 11:10 - 11:15
    Acontece que isso ocuparia cerca
    de metade da área de Vancouver.
  • 11:15 - 11:17
    Isto, se fossem abastecidas
    por gás natural.
  • 11:17 - 11:21
    Mas lembrem-se do aspeto negativo
    do gás natural - também emite CO2.
  • 11:22 - 11:25
    Por isso, se usarmos gás natural
    para fazer a captação direta do ar,
  • 11:25 - 11:28
    apanhamos apenas um terço
    daquilo que era suposto,
  • 11:28 - 11:31
    a menos que usemos a abordagem inteligente
  • 11:31 - 11:33
    que a Carbon Engineering usa.
  • 11:33 - 11:36
    Por isso, se tivéssemos
    uma abordagem alternativa
  • 11:36 - 11:38
    e usássemos o vento
    ou o sol para isso,
  • 11:38 - 11:42
    a área de terreno seria cerca
    de 15 vezes maior,
  • 11:42 - 11:44
    desta vez, do tamanho
    do estado de Nova Jersey.
  • 11:44 - 11:48
    Uma das coisas que penso
    no trabalho e na investigação
  • 11:48 - 11:52
    é otimizar e imaginar onde devíamos
    pôr estas florestas
  • 11:52 - 11:55
    e pensar nos recursos
    locais disponíveis
  • 11:55 - 11:58
    - se há terra, água,
    eletricidade limpa e barata -
  • 11:58 - 12:01
    porque, por exemplo,
    podemos usar eletricidade limpa
  • 12:01 - 12:03
    para separar a água para
    produzir hidrogénio,
  • 12:03 - 12:07
    que é um excelente substituto
    livre de carbono para o gás natural,
  • 12:07 - 12:09
    para fornecer o calor necessário.
  • 12:10 - 12:14
    Mas quero voltar a refletir um bocado
    sobre as emissões negativas.
  • 12:15 - 12:18
    As emissões negativas não devem
    ser consideradas uma solução milagrosa,
  • 12:18 - 12:20
    mas talvez possam ajudar,
  • 12:20 - 12:24
    se continuarmos a deixar de reduzir
    a poluição de CO2 no mundo todo.
  • 12:24 - 12:27
    Mas também é por isso
    que devemos ter cuidado.
  • 12:27 - 12:30
    Esta abordagem é tão aliciante
    que pode ser arriscada,
  • 12:30 - 12:33
    porque muita gente pode agarrar-se a isso
  • 12:33 - 12:36
    como a única solução
    para a crise climática.
  • 12:36 - 12:41
    Pode tentar as pessoas a continuar
    a queimar combustível fóssil 24h por dia,
  • 12:41 - 12:44
    365 dias por ano.
  • 12:44 - 12:47
    Eu defendo que não devemos
    encarar as emissões negativas
  • 12:47 - 12:49
    como um substituto
    para parar com a poluição,
  • 12:49 - 12:55
    mas sim, como um contributo
    para o portfólio existente que inclui tudo
  • 12:55 - 12:57
    desde a eficiência energética melhorada
  • 12:57 - 12:58
    ao carbono de baixa energia
  • 12:58 - 13:00
    até à agricultura melhorada
  • 13:00 - 13:05
    - tudo em conjunto conduzir-nos-á
    às emissões zero, um dia.
  • 13:06 - 13:08
    Um pouco de autorreflexão:
  • 13:08 - 13:11
    o meu marido é um médico de urgências.
  • 13:12 - 13:16
    E eu dou por mim maravilhada
    com o trabalho de salvamento de vidas
  • 13:16 - 13:19
    que ele e os seus colegas
    fazem todos os dias.
  • 13:19 - 13:23
    No entanto, quando eu lhes falo
    do meu trabalho para captação de carbono,
  • 13:23 - 13:26
    eles ficam igualmente maravilhados,
  • 13:26 - 13:31
    porque combater a alteração
    climática, captando o carbono
  • 13:31 - 13:34
    não é apenas salvar o urso polar
    ou um glaciar.
  • 13:34 - 13:36
    É salvar vidas humanas.
  • 13:38 - 13:43
    Uma floresta sintética pode nunca
    vir a ser tão bonita como uma real,
  • 13:43 - 13:47
    mas pode permitir-nos preservar
    não apenas a Amazónia,
  • 13:47 - 13:48
    mas todas as pessoas
  • 13:48 - 13:51
    que nós amamos e valorizamos,
  • 13:51 - 13:55
    assim como as nossas futuras gerações
  • 13:55 - 13:57
    e a civilização moderna.
  • 13:57 - 13:58
    Obrigada.
  • 13:58 - 14:02
    (Aplausos)
Title:
Um novo método para remover CO2 da atmosfera
Speaker:
Jennifer Wilcox
Description:

O nosso planeta tem um problema de carbono - se não começarmos a remover o dióxido de carbono da atmosfera, o planeta irá aquecer rapidamente. Jennifer Wilcox, engenheira química, mostra algumas tecnologias incríveis para remover o carbono do ar, usando reações químicas que captam e reutilizam CO2 da mesma forma que fazem as árvores, mas a larga escala. Esta palestra detalhada analisa tanto a promessa como as suas armadilhas.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
14:15

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