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Como fazer o mundo funcionar | Simon Anholt | TEDxHamburg

  • 0:12 - 0:14
    Me dê 30 segundos,
  • 0:16 - 0:20
    e posso te dar uma lista
    de 30 desafios assustadores
  • 0:20 - 0:24
    que a humanidade e o planeta estão
    enfrentando neste ponto da história.
  • 0:25 - 0:27
    E não iríamos dormir hoje à noite.
  • 0:29 - 0:32
    Há tantos desses desafios
    e eles parecem tão apavorantes,
  • 0:32 - 0:34
    que não é realmente surpreendente
  • 0:34 - 0:37
    que muitos de nós nos sintamos
    um pouco desanimados
  • 0:37 - 0:40
    e um pouco ansiosos no momento.
  • 0:40 - 0:42
    Mas do jeito que eu vejo,
  • 0:42 - 0:44
    há realmente apenas duas coisas
  • 0:44 - 0:46
    impedindo o mundo de funcionar no momento.
  • 0:47 - 0:52
    A primeira é o fato de que países
    não colaboram o suficiente.
  • 0:53 - 0:56
    Nós sabemos as soluções
    para a maioria desses desafios,
  • 0:56 - 0:59
    mas não as implementamos
    porque não trabalhamos juntos.
  • 1:00 - 1:03
    E a segunda coisa que impede
    o mundo de funcionar devidamente
  • 1:03 - 1:06
    é o fato de que cada um desses problemas
  • 1:06 - 1:10
    vem sendo causado pelo comportamento
    dos seres humanos.
  • 1:10 - 1:14
    E, se pudermos mudar isso,
    podemos mudar qualquer coisa.
  • 1:14 - 1:18
    Agora, essas tarefas
    parecem grandes, e elas são,
  • 1:19 - 1:20
    mas eu sou otimista.
  • 1:21 - 1:27
    Nos últimos dez anos, tenho trabalhado
    em projetos, planos e políticas
  • 1:27 - 1:32
    para tentar romper essas duas barreiras
    e fazer o mundo funcionar melhor.
  • 1:32 - 1:36
    Tento encorajar países
    a implementar algumas delas,
  • 1:37 - 1:42
    mas as mais legais, guardo
    e tento fazê-las eu mesmo.
  • 1:43 - 1:48
    Então, gostaria de contar duas delas
    a vocês, nos minutos que tenho hoje.
  • 1:50 - 1:51
    A primeira é mais uma atualização.
  • 1:51 - 1:54
    É um projeto chamado
    o "Índice de Países Bons",
  • 1:54 - 1:56
    que eu lancei em 2014.
  • 1:57 - 2:02
    Não tenho falado sobre isso há
    algum tempo, mas já teve quatro edições
  • 2:02 - 2:04
    e achei que seria bom atualizá-los.
  • 2:05 - 2:06
    Então, o Índice de Países Bons
  • 2:06 - 2:11
    é uma tentativa de medir
    o que cada país dá para o resto do mundo,
  • 2:11 - 2:13
    para além de suas próprias fronteiras.
  • 2:13 - 2:17
    Um tipo de balanço patrimonial
    do mundo, se você quiser definir assim.
  • 2:17 - 2:19
    Muita gente, logo que lancei isso, disse:
  • 2:19 - 2:22
    "Outro índice de países, não.
    Já tem demais disso por aí".
  • 2:22 - 2:27
    Mas a coisa interessante é que quase
    todos os outros olham para dentro.
  • 2:27 - 2:30
    Eles tratam os países
    como se fossem pequenas ilhas
  • 2:30 - 2:32
    habitando seus próprios oceanos privados.
  • 2:32 - 2:35
    Mas claro que isso não faz sentido algum.
  • 2:35 - 2:40
    Porque tudo que todo mundo faz
    tem impacto em todos nós, sempre.
  • 2:40 - 2:42
    Se um país polui o ar ou a água,
  • 2:42 - 2:45
    é o nosso ar e a nossa água.
  • 2:45 - 2:47
    Se eles vão para a guerra,
  • 2:47 - 2:51
    arrastam outros países junto
    e refugiados são despejados.
  • 2:52 - 2:54
    Não há realmente nada que se faça
  • 2:54 - 2:57
    que tenha impacto somente
    na população doméstica.
  • 2:57 - 2:59
    Então, o que o Índice
    de Países Bons tenta fazer
  • 2:59 - 3:03
    é dar um pontapé na direção
    de ajudar as pessoas a entenderem
  • 3:03 - 3:05
    que esse é um sistema interconectado,
  • 3:05 - 3:09
    medindo a contribuição
    de cada país para o resto do mundo.
  • 3:10 - 3:15
    Mas não é a minha opinião que classifica
    os países em posições altas ou baixas.
  • 3:15 - 3:19
    A classificação é feita a partir
    de 35 grandes bancos de dados,
  • 3:19 - 3:22
    em sua maioria do sistema da ONU,
  • 3:22 - 3:26
    e o que eles fazem é medir os impactos
    positivos e negativos dos países.
  • 3:27 - 3:30
    Isso sempre tem sido
    um pouquinho controverso.
  • 3:30 - 3:32
    Mas isso até que é bom
  • 3:32 - 3:35
    porque ajuda a começar uma nova discussão.
  • 3:36 - 3:38
    Na verdade, isso funciona
    muito, muito bem.
  • 3:38 - 3:42
    Algumas horas depois de lançar
    a primeira edição do Índice de Países Bons
  • 3:42 - 3:46
    comecei a receber milhares e milhares
    de emails de um ódio maravilhoso
  • 3:46 - 3:48
    enviados por "trolls" do mundo todo,
  • 3:48 - 3:53
    exigindo saber por que os países que eles
    odeiam têm classificação tão alta,
  • 3:53 - 3:55
    e os países que eles amam
    estão classificados tão baixo,
  • 3:55 - 3:58
    e como eu inventei a coisa toda
  • 3:58 - 4:01
    só para produzir aquele resultado
    específico e chateá-los pessoalmente.
  • 4:03 - 4:06
    Então, tivemos conversas sobre essas
    coisas e discutimos sobre isso
  • 4:06 - 4:11
    e, no final, eu sempre dizia
    a mesma coisa: "Veja, está funcionando".
  • 4:11 - 4:13
    Não sei se estou certo
    ou se você está certo,
  • 4:13 - 4:15
    mas, no final, estamos
    discutindo a coisa certa:
  • 4:15 - 4:19
    não estamos falando
    sobre quão bem o seu país está indo,
  • 4:19 - 4:21
    mas sobre o quanto o seu país tem feito.
  • 4:21 - 4:23
    E era isso que pretendíamos alcançar.
  • 4:24 - 4:29
    Então, instigando a discussão, a conversa
  • 4:29 - 4:31
    na direção de um novo jeito
    de olhar os países,
  • 4:31 - 4:34
    penso que isso está
    impelindo a coisa adiante.
  • 4:34 - 4:36
    Então o meu colega Robert Govers e eu
  • 4:36 - 4:39
    acabamos de lançar a mais nova versão
    do Índice de Países Bons.
  • 4:39 - 4:43
    E vou dar a vocês um rápido vislumbre
    do que está acontecendo.
  • 4:44 - 4:46
    A Finlândia está em primeiro.
  • 4:48 - 4:51
    Um dia desses, alguém vai inventar
    uma classificação de países
  • 4:51 - 4:54
    que não tenha um país Nórdico
    entre os dez primeiros.
  • 4:54 - 4:56
    (Risos)
  • 4:57 - 4:59
    Um índice de humildade, talvez?
  • 5:00 - 5:03
    Em todo caso, parabéns Finlândia, sério.
    É absolutamente incrível.
  • 5:03 - 5:06
    E algo ainda mais interessante aconteceu
  • 5:06 - 5:08
    na última edição do Índice de Países Bons,
  • 5:08 - 5:13
    e você pode ver isso
    se descer um pouquinho no índice,
  • 5:13 - 5:16
    os Estados Unidos da América
  • 5:16 - 5:20
    têm, por várias razões, decaído
    bastante desde a última edição,
  • 5:20 - 5:23
    e a Rússia, por várias razões, tem subido.
  • 5:23 - 5:28
    E agora temos essa situação peculiar
    onde Estados Unidos e Rússia,
  • 5:28 - 5:30
    relativo ao tamanho de suas economias,
  • 5:30 - 5:33
    estão lado a lado, lá embaixo no índice,
  • 5:34 - 5:37
    como duas crianças más
    dando as mãos na beira do parquinho
  • 5:37 - 5:39
    e se recusando a se juntar aos outros.
  • 5:39 - 5:41
    (Risos)
  • 5:41 - 5:44
    (Vivas) (Aplausos)
  • 5:48 - 5:51
    Ma veja, esse é um resultado interessante,
  • 5:51 - 5:53
    mas, no final, estou receoso de dizer
  • 5:53 - 5:57
    que o mundo não tem mudado tanto
    desde a primeira edição, em 2014.
  • 5:57 - 6:00
    Ainda é: EUA primeiro,
    Reino Unido primeiro,
  • 6:00 - 6:02
    Russia primeiro, Alemanha primeiro.
  • 6:03 - 6:06
    E por um lado, eu entendo isso.
    Não tenho problemas com isso.
  • 6:06 - 6:09
    Até porque, se você é eleito
    para conduzir um país,
  • 6:09 - 6:13
    é bem óbvio que você vai colocar
    os interesses daquele país primeiro.
  • 6:13 - 6:17
    Mas o que acho mais desmoralizante
    sobre esse tipo de sentimento
  • 6:17 - 6:20
    é a implicação de que todos os outros
    têm que vir por último.
  • 6:20 - 6:22
    E é isso que eu discuto.
  • 6:22 - 6:24
    Penso que todos podemos
    vir em primeiro lugar.
  • 6:25 - 6:29
    Algo legal sobre o trabalho que venho
    fazendo nos últimos 20 anos ou mais,
  • 6:29 - 6:33
    aconselhando governos ao redor do mundo,
    e tentando políticas reais no mundo real,
  • 6:33 - 6:35
    é que é perfeitamente possível
  • 6:35 - 6:39
    harmonizar responsabilidades domésticas
    com responsabilidades internacionais.
  • 6:39 - 6:41
    Você pode fazer a coisa
    certa pelo seu povo
  • 6:41 - 6:45
    e pode fazer a coisa certa
    pela humanidade ao mesmo tempo
  • 6:45 - 6:46
    sem se sacrificar.
  • 6:46 - 6:49
    E o engraçado é que isso faz
    políticas ainda melhores.
  • 6:49 - 6:53
    Isso é algo que a maioria dos governos
    simplesmente nunca nem tentou.
  • 6:53 - 6:57
    Então, a segunda coisa
    que está impedindo o mundo de funcionar
  • 6:57 - 7:01
    é um problema um pouco mais complicado,
    que é o comportamento de nós humanos.
  • 7:02 - 7:04
    Bem, para começar com isso,
  • 7:04 - 7:08
    achei que seria interessante tentar
    descobrir quantas pessoas no mundo
  • 7:08 - 7:11
    já concordaram com algum
    desses princípios básicos
  • 7:11 - 7:14
    que estão por trás
    do Índice de Países Bons.
  • 7:14 - 7:16
    Então eu e Robert pesquisamos
  • 7:16 - 7:20
    e descobrimos que não menos
    que 10% da população mundial
  • 7:20 - 7:24
    aparenta compartilhar completamente
    dos princípios do Índice,
  • 7:24 - 7:28
    a ideia de que os países deveriam
    colaborar e cooperar muito mais
  • 7:28 - 7:31
    e competir um pouco menos.
  • 7:31 - 7:36
    Essa é uma ótima notícia! Dez por cento...
    Isso são 760 milhões de pessoas.
  • 7:36 - 7:40
    Se isso fosse um país, seria
    a terceira maior nação do planeta
  • 7:40 - 7:42
    depois de China e Índia.
  • 7:42 - 7:45
    E tenho que admitir que,
    quando soube desses números,
  • 7:45 - 7:47
    fiquei superempolgado.
  • 7:47 - 7:52
    Mas, depois de uma reflexão madura,
    percebi que, na verdade, em contrapartida,
  • 7:52 - 7:56
    90% das pessoas no mundo
    não concordam com aquela proposição,
  • 7:56 - 7:59
    e acho que, se é para levar
    esse desafio a sério,
  • 7:59 - 8:02
    o foco tem que ser os 90%.
  • 8:02 - 8:06
    Não é suficiente apenas vender mensagens
    para as pessoas que já concordam com você
  • 8:06 - 8:10
    e tentar fazer com que elas façam
    pequenos ajustes de comportamento
  • 8:10 - 8:12
    porque, sinceramente,
    é muito tarde para isso.
  • 8:12 - 8:14
    Nós temos muita pressa.
  • 8:14 - 8:17
    Nós precisamos uma mudança grande,
    e precisamos para logo.
  • 8:17 - 8:19
    Na verdade, precisamos disso agora.
  • 8:19 - 8:24
    Então como podemos educar intensamente
    a maioria da população mundial
  • 8:24 - 8:28
    para se comportar de maneira mais amigável
    para o mundo no qual vivemos
  • 8:28 - 8:29
    e mais amigável com os outros?
  • 8:30 - 8:32
    Porque, a propósito,
    quando falei dos "trolls",
  • 8:32 - 8:37
    claro que isso me lembrou de uma ideia
    estranha que surgiu recentemente,
  • 8:37 - 8:38
    e não sei de onde veio,
  • 8:39 - 8:42
    de que as pessoas que se importam
    mais com coisas locais
  • 8:42 - 8:45
    e as que, como eu, se importam
    mais com coisas globais,
  • 8:45 - 8:46
    deveriam ser inimigas.
  • 8:46 - 8:48
    Quem teve esse pensamento?
  • 8:48 - 8:51
    Essa é a ideia mais perigosa
    do mundo neste momento,
  • 8:51 - 8:55
    todos deveríamos prestar atenção
    e debatê-la toda vez que ouvirmos isso.
  • 8:55 - 8:57
    As pessoas que se importam
    mais com coisas locais
  • 8:57 - 9:01
    e as que se importam mais com coisas
    mundiais não devem ser inimigas.
  • 9:01 - 9:02
    Elas devem trabalhar juntas.
  • 9:02 - 9:05
    Nós deveríamos ficar contentes
    que cada um existe.
  • 9:05 - 9:08
    Não há tempo para esse tipo
    de trivialidade infantil.
  • 9:08 - 9:11
    Nós precisamos fazer algo
    e consertar as coisas.
  • 9:11 - 9:14
    Bom, de qualquer modo,
    como eu estava dizendo,
  • 9:14 - 9:19
    os 90% precisam ser fundamentalmente
    educados de um jeito diferente.
  • 9:19 - 9:22
    E comecei a olhar em alguns sites de ONGs
  • 9:22 - 9:25
    e campanhas e instituições de caridade,
  • 9:25 - 9:28
    e comecei a perceber que tinha
    um tema em comum emergindo.
  • 9:28 - 9:30
    Tinha uma frase,
  • 9:30 - 9:32
    que em um formato ou em outro,
    continuava aparecendo.
  • 9:32 - 9:34
    A frase era mais ou menos assim:
  • 9:35 - 9:39
    "E nós devemos deixar o mundo
    em estado melhor para as nossas crianças".
  • 9:41 - 9:45
    E eu tentei ler essa frase em torno
    de 93 vezes em diferentes lugares.
  • 9:45 - 9:47
    E comecei a pensar comigo mesmo:
  • 9:48 - 9:50
    "Sabe, na real isso é bem arrogante".
  • 9:50 - 9:53
    A ideia de pegar algo enorme
    como a mudança climática,
  • 9:53 - 9:56
    um enorme problema sistêmico,
    ou conflito, ou migração,
  • 9:56 - 10:00
    que tem levado milhões de séculos
    para se perpetuar,
  • 10:00 - 10:02
    e consertá-lo antes de ir embora?
  • 10:02 - 10:03
    (Risos)
  • 10:03 - 10:06
    É o tipo de arrogância e impaciência
  • 10:06 - 10:08
    que causa mais problema do que soluciona.
  • 10:09 - 10:12
    Se apenas tivermos a ousadia,
    se apenas tivermos a coragem
  • 10:12 - 10:14
    de dar o prazo de uma geração,
  • 10:14 - 10:17
    podemos consertar tudo
    e podemos consertar de vez.
  • 10:18 - 10:20
    Porque, cada dia que passa,
  • 10:20 - 10:23
    a humanidade tem a oportunidade
    de começar de novo.
  • 10:24 - 10:28
    Porque cada dia que passa,
    mais crianças vêm ao mundo,
  • 10:28 - 10:30
    e elas podem aprender de novos jeitos.
  • 10:30 - 10:33
    Então tem uma solução para cada pequeno
    problema que a humanidade enfrenta,
  • 10:33 - 10:35
    e se chama educação.
  • 10:35 - 10:38
    Mas precisamos fazer isso
    de um jeito novo, um jeito diferente,
  • 10:38 - 10:41
    e um jeito muito mais ambicioso
    do que fizemos antes.
  • 10:41 - 10:44
    Imagine um suporte com tubos de ensaio,
  • 10:44 - 10:47
    como os que você provavelmente tinha
    quando estudava ciência na escola.
  • 10:47 - 10:50
    E nesse suporte, feito de madeira,
  • 10:50 - 10:53
    tem sete, oito, dez, não sei,
    pequenos tubos de ensaio de vidro,
  • 10:53 - 10:56
    e que cada um contém
    um líquido de cor diferente.
  • 10:56 - 11:01
    E cada um desses líquidos é
    uma vacina, uma vacina educacional,
  • 11:01 - 11:04
    contra os comportamentos que causam
    mudanças climáticas, conflitos,
  • 11:04 - 11:08
    abuso dos direitos humanos, terrorismo,
    migrações, pandemias e todo o resto.
  • 11:08 - 11:12
    E se administrarmos essas "vacinas
    educacionais" a todas as nossas crianças,
  • 11:12 - 11:17
    na próxima geração, elas serão incapazes
    de continuar com os comportamentos
  • 11:17 - 11:19
    que nós perpetuamos por tanto tempo.
  • 11:20 - 11:23
    Se ensinarmos antropologia cultural
    às crianças aos seis anos de idade,
  • 11:23 - 11:26
    uma matéria incrível
    para crianças de seis anos de idade,
  • 11:26 - 11:30
    elas crescerão tendo o orgulho científico
    de entender diferenças culturais.
  • 11:31 - 11:35
    Elas serão imunes ao tipo de ignorância
    que leva ao preconceito e à intolerância.
  • 11:35 - 11:36
    Eu sei que funciona
  • 11:36 - 11:40
    porque experimentei com meus filhos
    e funciona que é uma beleza.
  • 11:40 - 11:41
    (Risos)
  • 11:41 - 11:45
    Se queremos reduzir a velocidade
    das mudanças climáticas,
  • 11:45 - 11:48
    precisamos ensinar às crianças
    oceanografia e meteorologia,
  • 11:48 - 11:51
    e então, talvez um dia, elas desliguem
    a porcaria da luz quando saírem do quarto.
  • 11:51 - 11:52
    (Risos)
  • 11:52 - 11:56
    Precisamos ensinar higiene às crianças,
    para que haja menos doenças.
  • 11:56 - 12:00
    Precisamos ensiná-las a meditar,
    para que existam menos problemas mentais
  • 12:00 - 12:03
    e elas aprendam a ter mais empatia,
    compreensão e bondade
  • 12:03 - 12:05
    para com todo mundo.
  • 12:05 - 12:06
    Há tantos assuntos,
  • 12:06 - 12:08
    que não consigo decidir quais devem ser.
  • 12:08 - 12:10
    O que penso que precisamos fazer
  • 12:10 - 12:12
    é ter uma enorme discussão
    global na internet
  • 12:12 - 12:14
    em que todos coloquem sua própria ideia
  • 12:14 - 12:17
    sobre qual deveria ser
    o próximo conjunto de valores
  • 12:17 - 12:20
    que iremos ensinar
    à próxima geração de crianças
  • 12:20 - 12:22
    para que elas possam correr
    até os desafios globais
  • 12:22 - 12:25
    em vez de correr dos desafios,
    como nós temos feito.
  • 12:27 - 12:29
    E nós podemos fazer isso.
  • 12:29 - 12:32
    Ano que vem, minha meta, minha ambição
  • 12:32 - 12:35
    será ter 100 ministros da educação
  • 12:35 - 12:39
    assinando esse novo conjunto global
    de valores educacionais.
  • 12:39 - 12:41
    A UNESCO já assinou uma carta
  • 12:41 - 12:44
    dizendo que gostaria de nos apoiar nisso.
  • 12:45 - 12:48
    E se você tem alguma dúvida
    de que é mesmo possível
  • 12:48 - 12:52
    que a humanidade se engaje em um grande
    projeto em comum como esse,
  • 12:52 - 12:54
    apesar de todas as diferenças culturais,
  • 12:54 - 12:59
    bem, vamos pensar
    na Carta das Nações Unidas
  • 13:00 - 13:03
    ou na declaração dos direitos humanos
  • 13:03 - 13:06
    Leia, caso não a tenha lido recentemente.
  • 13:06 - 13:09
    São os documentos mais bonitos
    já produzidos pela humanidade,
  • 13:09 - 13:11
    e eles te dão fé,
  • 13:11 - 13:15
    porque, enquanto você os lê,
    eles te lembram de que somos capazes
  • 13:15 - 13:19
    de nos comportar como uma única espécie,
    habitando um único planeta.
  • 13:19 - 13:23
    Nós podemos fazer isso, se realmente
    quisermos e se fizermos isso em escala.
  • 13:23 - 13:27
    O bom é que isso é mais sobre ligar
    os pontos do que começar do zero.
  • 13:27 - 13:29
    Porque existem centenas e centenas,
  • 13:29 - 13:32
    se não milhares de projetos
    ao redor do mundo neste momento,
  • 13:32 - 13:35
    achando e experimentando
    diferentes formas de educar as crianças
  • 13:35 - 13:37
    para elas agirem melhor no futuro.
  • 13:37 - 13:41
    O problema é que a maioria são tópicos
    específicos em países específicos.
  • 13:42 - 13:44
    Mas não há tempo para fazer isso devagar.
  • 13:44 - 13:47
    Precisamos fazer isso ser grande,
    e precisamos fazer isso de uma vez.
  • 13:49 - 13:52
    Greta Thunberg, uma ativista do clima
    suíça de 16 anos de idade
  • 13:52 - 13:55
    está começando a descobrir
    e começando a nos mostrar
  • 13:55 - 13:59
    quão difícil é convencer adultos
    a mudarem o comportamento deles.
  • 14:00 - 14:02
    Mas o simples fato que importa é
  • 14:02 - 14:07
    que podemos ver que um monte
    de crianças têm a atitude correta,
  • 14:07 - 14:10
    mas elas não têm as soluções.
  • 14:10 - 14:12
    Alguns adultos têm as soluções,
  • 14:12 - 14:15
    mas eles definitivamente
    não têm a atitude correta.
  • 14:15 - 14:20
    Então, adivinhe, é uma outra
    necessidade da colaboração:
  • 14:20 - 14:22
    que crianças e adultos trabalhem juntos.
  • 14:24 - 14:28
    Todos nós temos que pensar bastante agora
    sobre sermos melhores seres humanos.
  • 14:29 - 14:34
    E isso é sobre sermos melhores cidadãos,
    localmente e globalmente,
  • 14:35 - 14:39
    mas também, talvez o mais importante,
    é sobre sermos melhores ancestrais.
  • 14:39 - 14:43
    Se pudermos fazer isso,
    podemos fazer o mundo funcionar.
  • 14:44 - 14:45
    Obrigado.
  • 14:45 - 14:48
    (Aplausos) (Vivas)
Title:
Como fazer o mundo funcionar | Simon Anholt | TEDxHamburg
Description:

Simon Anholt tem aconselhado presidentes, primeiro-ministros e governantes de 55 países durante os últimos 20 anos, ajudando-os a engajar mais imaginativamente e efetivamente com a comunidade internacional para "fazer o mundo funcionar melhor".

Ele também publica o Índice de Países Bons, uma pesquisa que classifica os países conforme suas contribuições para a humanidade e o planeta, e, em 2016, lançou o Voto Global, que permite que qualquer pessoa do mundo vote na eleições de outros países. A palestra TED de Simon lançando o Índice de Países Bons, teve 5,6 milhões de visualizações, e a mais recente, em que lançou o Voto Global, teve mais de 1 milhão.

O Professor Anholt é autor de cinco livros sobre países, culturas e globalização. Ele é o fundador e editor emérito de uma publicação acadêmica líder voltada à diplomacia pública e percepções de locais, e publica um grande estudo global que mede a situação internacional de 50 países e 50 cidades, o Índice de Marcas de Nações Anholt-IPSOS e o Índice de Marcas de Cidades.

Website: www.goodcountry.org

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais, visite http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:55

Portuguese, Brazilian subtitles

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