-
[Narradora] Jeanine Bezencon está prestes a ter
-
o seu terceiro bebé.
-
Ela e seu marido já sabem o sexo do bebé.
-
É um menino.
-
Deram-lhe o nome de Dylan.
-
Eles também sabem que a criança tem o Síndrome de Down
-
e uma anomalia congénita no coração.
-
É uma cesariana de emergência.
-
Ela chora com medo;
-
pois não quer perder o bebé.
-
[Deus, ajuda-me agora. Eu só quero ir para casa.]
-
Eu realmente sinto que ele vai conseguir.
-
Eu tenho a certeza que ele irá, essa era a sensação.
-
[Bebé Dylan]
-
[Narradora] O casal da Costa Norte sempre
-
quis ter um terceiro filho.
-
A partir do momento que souberam que Jeanine estava grávida,
-
logo se viram como uma família unida de cinco pessoas.
-
Nós á temos o dia. Daqui a oito semanas.
-
Nosso pequeno Dylan estará aqui.
-
Mas o primeiro ultrassom de Jeanine,
-
com 13 semanas de gravidez, indicou que
-
algo estava errado com o pequeno Dylan.
-
Estas imagens foram usadas para medir
-
a translucência nucal atrás do pescoço do bebê.
-
Já se sabe que ela é excepcionalmente mais grossa
-
em uma criança com Síndrome de Down.
-
[Jeanine Bezencon] Tinha chegado a hora de sabermos
-
o que estava errado com nosso bebê
-
e nessa hora nos faltou até mesmo o chão,
-
porque a notícia era ruim.
-
Ele me disse, "Seu bebê parece ter
-
trissomia 13 ou 18,
-
o que é incompatível com a vida",
-
e 50% de chances de ter Síndrome de Down.
-
Ele continuou,
-
"Eu espero, para o seu bem, que o bebê
-
aborte espontaneamente nas próximas duas semanas,
-
assim você não precisará tomar nenhuma decisão."
-
Eu fiquei totalmente paralisada.
-
Eu não chorei por cinco minutos, provavelmente
-
mas logo depois as lágrimas desceram
-
era como se a realidade dissesse,
-
"Isto é real."
-
[Narradora] Uma semana depois, um segundo teste
-
confirmou que o bebê tinha Síndrome de Down.
-
Jeanine foi informada de que poderia interromper a gravidez.
-
Receber informações como essas,
-
essas opções, tudo isso
-
faz você perceber que não se trata de uma opção.
-
Existe uma vida dentro de você,
-
até onde eu sei.
-
Dylan, este vai ser o seu quarto.
-
E, como você pode ver,
-
é assim que ele era antes,
-
quando era o quarto do Brandon.
-
Coisas legais penduradas na parede,
-
Algumas coisas antigas e uns carrinhos.
-
Vou te ensinar tudo sobre
-
construção de carros, motores,
-
e coisas parecidas.
-
Vou te levar lá embaixo e te mostrar a "bat caverna".
-
Vou te mostrar como usar as ferramentas.
-
Chris diz, "Para mim, isto não é uma opção".
-
Ele disse "Eu te dou 110% do meu apoio,
-
não importa que decisão você tome... estou com você."
-
- Como está se saindo, Paige? Muito bem!
-
[Narradora] Jeanine estava na sua 20ª semana de gravidez
-
quando nos convidou para participar de sua jornada.
-
Desculpe. Estou tendo mais uma contração.
-
[Reporter] - Você está bem? [Jeanine] - Alarme falso.
-
Coloque a mão aqui.
-
[Narradora] A família sabe que
-
Dylan terá deficiências físicas e intelectuais.
-
Mesmo assim, eles não estão amedrontados pelos desafios
-
[Chris Bezencon] Acredito que essa seja uma das situações
-
que nos definirá como família ou
-
nos desunirá, cabe a nós decidir.
-
E cabe a nós ver pelo lado positivo.
-
E é uma coisa positiva.
-
Nós teremos um filho.
-
O que mais poderíamos querer?
-
Estamos ansiosos com tudo isso.
-
Estou empolgada, porque meu garotinho vai nascer.
-
É tudo muito empolgante.
-
Mas, também estou nervosa...
-
no fundo existe aquela sensação de
-
"não saber",
-
É....
-
como se eu não soubesse o que esperar nessa situação.
-
Espero que ele fique bem
-
Ele é minha maior, nossa maior preocupação.
-
Você contou outro dia,
-
que você surtou em um momento.
-
Eu encontrei uma amiga
-
que tem uma criança com Síndrome de Down,
-
e eles passaram por momentos
-
muito difíceis com a criança.
-
E você tem que saber
-
que as coisas vão ser difíceis,
-
muito difíceis no início.
-
Mas eles disseram,
-
"Agora veja, veja como estamos,"
-
Mas aquilo meio que fez sentido para mim.
-
[Narradora] Chris é tatuador.
-
Trabalha por muitas horas, às vezes até as 21:00.
-
Ele sabe que a maior parte da responsabilidade
-
cairá sobre os ombros de Jeanine.
-
Eu sei que Jeanine,
-
é um tipo de pessoa que, emocionalmente,
-
parece que não vai aguentar,
-
quando um problema aparece.
-
Mas ela se recupera rapidamente,
-
Ela costuma atravessar os problemas
-
mais emocionalmente do que eu.
-
Mas volta duas vezes mais forte
-
do que eu.
-
É como ela trilha a própria jornada.
-
No início eu meio que surto
-
por vê-la triste
-
Então sempre digo a mim mesmo,
-
"No fim do dia,
-
ela estará duas vezes mais forte que você".
-
E ela volta mais inteligente,
-
Ela aprende com as situações.
-
Isso é bom.
-
Ok.
-
Vou fazer o ultrassom.
-
[Narradora] Outro exame traz uma nova preocupação.
-
Dylan tem um buraco no coração.
-
Isto é comum.
-
40% dos bebês com Síndrome de Down
-
tem problema de coração.
-
Mas eles não sabem a gravidade do problema.
-
[Doctor] - Você sabe o sexo do bebê?
-
[Jeanine] - Menino.
-
[Doctor] - Então posso dizer "ele"?
-
[Jeanine] - Pode. Dylan.
-
[Narradora] Eles estão nas mãos de especialistas.
-
A Doutora Emma Parry é diretora da Unidade de Medicina Fetal
-
no Hospital de Auckland.
-
[Dr. Parry] O que vou fazer agora,
-
é apenas focar
-
naquelas medidas, ok?
-
Aqui está a cabeça do bebê,
-
agora vou um pouco mais para o outro lado...
-
Ah, está mexendo
-
Se comporte, rapazinho.
-
[Narradora] Dylan obedece, ficando em uma posição
-
onde a Dr. Parry consegue ver seu coração
-
e o tamanho do buraco.
-
[Dr. Parry] Consigo ver que
-
há uma válvula.
-
Deixe me ver...
-
Tudo nem.
-
Esta indo da aurícula esquerda
-
até o ventrículo esquerdo.
-
E a válvula vai da aurícula direita
-
até o ventrículo direito,
-
e no local onde essas válvulas se encontram,
-
elas parecem estar todas em uma linha.
-
Isto é uma pista de que
-
se trata de uma falha no canal AV.
-
Está vendo este buraco negro na tela?
-
Consegue ver?
-
[Dr. Parry] - Aquela é a lacuna. [Jeanine] - Aquele é o buraco no coração.
-
Podemos ver bem na imagem.
-
Sim.
-
O buraco na imagem é muito grande?
-
Sim. É geralmente assim nesses casos.
-
Não posso tirar suas dúvidas sobre isto,
-
porque, para ser sincera, não sou uma especialista
-
no que acontece nesses casos.
-
Posso conversar com o especialista?
-
[Narrador] Dylan passará por uma
-
cirurgia no coração,
-
mas os cardiologistas têm boas notícias.
-
Basicamente, as câmaras do coração
-
estão no tamanho normal,
-
às vezes, bebês com este problema
-
podem ter uma câmara menor
-
e poderia ser problemático. Seu bebê não apresenta isto.
-
O caminho para fora do coração,
-
que vai para o corpo e os pulmões, está no tamanho normal.
-
Tudo está no padrão normal,
-
desta perspectiva.
-
Há um vazamento minúsculo em
-
uma das válvulas, mas é muito pequeno
-
e nada fora do que vemos normalmente.
-
Não precisa se preocupar.
-
Vou tentar dar uma olhada
-
nos movimentos do bebê,
-
checar se ele está engolindo,
-
e fazendo tudo corretamente.
-
[Narradora] Depois da informação desencorajadora,
-
é um alívio ver um ultrassom de Dylan se desenvolvendo.
-
Quando você está nesta situação,
-
preocupada com o seu bebê e tudo mais,
-
esse ultrassom ajuda bastante a fortalecer os laços.
-
Veja.
-
[conversas indistintas]
-
Agora você não pode rir.
-
Preciso que você fique parada, ok?
-
[Jeanine] Meu Deus!
-
[Chris] Isto é fantástico.
-
É provavelmente a melhor imagem até agora.
-
[Jeanine] - Ah, se parece com... [Chris] - Que bacana.
-
[Chris] É uma imagem maravilhosa.
-
[Dr. Parry] Ele é uma gracinha. Com quem se parece?
-
[Jeanine] Chris
-
[Dr. Parry] - Ele vai ter mais cabelo do que você?
-
[Risos]
-
[Dr. Parry] - Olha a mãozinha dele.
-
Uau! Isto é incrível.
-
Ele parece bem feliz lá dentro.
-
Parece que está viajando.
-
Se aconchegando.
-
Apenas descansando lá dentro.
-
Formamos um time fantástico.
-
[Chris] - De quem é aquela foto, Paige? [Paige] - Dylan?
-
[Chris] - É o rosto dele? [Paige] - Sim.
-
[Chris] - Aquele é o nariz? [Paige] - Sim.
-
[Jeanine] - Sabe onde estão os olhos?
-
Muito bem, perfeito.
-
[Chris] Dylan tem um problema no coração,
-
e vai precisar operar.
-
- E o que há de errado nele? [Brandon] - Tem um buraco.
-
Muito bem. É isso mesmo.
-
Esse é um dos problemas cardíacos
-
mais comuns
-
em crianças com Down.
-
Mas os cardiologistas me disseram hoje
-
que eles vão parar o coração,
-
e eu levei um susto.
-
Aquilo me assustou. Eu confio muito nos cirurgiões,
-
sem dúvidas,
-
mas para uma mãe, isto é realmente assustador.
-
[Sinal tocando]
-
- Olá, Chris. Eu sou a Heidi. [Chris] - Olá.
-
- Prazer em conhecê-lo.
-
[Conversas indistintas]
-
[Narradora] Jeanine está tentando aprender
-
o máximo que pode.
-
Há duas crianças na escola de Brandon
-
que tem Síndrome de Down.
-
Jeanine procurou o apoio
-
e o conselho das mães.
-
[Jeanine] - Como você está, mocinha? Tudo bem?
-
[Menina] - Você é a mãe da Paige.
-
[Jeanine] - Isso mesmo. Tão esperta.
-
Lá está ela.
-
[Mãe] Quando nós vamos ver a Paige?
-
[Risadas]
-
Ela não está escondendo nada. É um bebê.
-
[Risadas]
-
[Narradora] Essas duas mães não sabiam
-
que seus bebês tinham Síndrome de Down.
-
[Jeanine] Dar a luz a um bebê e então descobrir isto,
-
deve ter sido...
-
[Mãe] Chocante.
-
[Jeanine] Como você reagiu?
-
[Mãe] Fiquei muito chocada.
-
Eu não queria saber.
-
Não consegui lidar.
-
Basicamente, não conseguia olhar para ele..
-
Não queria vê-lo,
-
Eu não tinha nada a ver com ele.
-
Aquilo me pegou de surpresa...
-
Foi meu marido que
-
que me introduziu a ele,
-
Mas, como te disse, eu precisei de alguns dias
-
até mesmo para dizer "olá" ao Jaden,
-
e conhecer meu novo bebê.
-
Eu diria que levou um bom tempo.
-
Levou um bom tempo até mesmo para dizer
-
que eu poderia amar meu filho.
-
Agora não troco o Jaden
-
por nada neste mundo.
-
Ele é parte da minha família.
-
A mamãe pode sentar na cadeira?
-
Agora você vai sentar na cadeira dele.
-
[Jeanine] Como a Síndrome afetou ele?
-
[Mãe] Compare-o a uma criança de sete anos,
-
por exemplo, as coisas que seu filho faz agora,
-
em comparação ao Jaden,
-
seu filho provavelmente está em algum time,
-
participando de esportes e atividades,
-
e se comunicando com outras crianças.
-
O Jaden apenas não tem essa comunicação.
-
Ele está tentando, mas é um processo lento.
-
Tudo é mais demorado.
-
Boo!
-
Todos são afetados, não só ele.
-
Afeta toda a família,
-
o fato de ele ter Síndrome de Down.
-
Ele não sabe que
-
tem Síndrome de Down.
-
Então, isto não tem afetado ele.
-
Ele simplesmente acha que é uma criança como as outras,
-
que pode fazer tudo com as crianças,
-
e por que ele não poderia?
-
E é assim que criamos ele.
-
Você consegue. Venha aqui.
-
Você quer subir?
-
Coloque uma mão aqui.
-
Agora atravesse.
-
Você consegue!
-
Você conseguiu.
-
Nós não sabíamos até o seu nascimento.
-
Quando ela nasceu,
-
a tiraram de nós rapidamente,
-
para o mesmo quarto,
-
Era como se houvesse alarmes, sinos e apitos.
-
De fato, a parteira parecia um escudo.
-
Ela se pôs entre
-
Lily May e eu,
-
então, eu não conseguia ver...
-
não podia ver meu bebê.
-
Depois de uns 15 minutos,
-
pude pegá-la,
-
e naquele momento...
-
me perguntaram,
-
"Ela se parece com seus outros filhos?"
-
Assim que me fizeram a pergunta,
-
Segurei meu bebê nos braços, olhei e disse,
-
"Ela tem Síndrome de Down",
-
foi um grande choque.
-
[Narrador] Lily também precisou de um operação cardíaca,
-
parecida com a de Dylan.
-
Lliy May estava muito mal, acredito que...
-
devido ao problema cardíaco,
-
e, embora fosse muito pequena,
-
eles decidiram operar
-
o coração dela na sexta semana,
-
porque ela estava com insuficiência cardíaca.
-
Quer que eu gire?
-
Rápido ou devagar?
-
Rápido? Tem certeza?
-
Você é corajosa.
-
Os cirurgiões e todos envolvidos
-
até hoje ficam abismados,
-
primeiramente, por ela ter sobrevivido,
-
e por ela ter se recuperado tão bem.
-
Isso é algo que realmente me apavora.
-
Meu bebê vai ser operado também.
-
Isso é assustador.
-
Conhecer alguém que já passou por isso,
-
vê-la correndo,
-
como uma criança normal,
-
é tão "uau!" , me faz sentir muito melhor...
-
muito melhor mesmo,
-
e me dá mais confiança.
-
[Risadas]
-
Estou ficando emocionada.
-
Não fico assim há um tempo.
-
Tudo bem, não tem problema,
-
eu sei bem como é isso.
-
É meio desconhecido ainda.
-
[som da ferramenta de tatuagem]
-
[Narradora] Por coincidência,
-
Chris conheceu outro pai no seu estúdio
-
que tem duas filhas com Síndrome de Down.
-
O pai é tranquilo, uma pessoa com quem Chris pode se identificar.
-
Eu era um pai, que descobriu que o filho é Down,
-
e havia muitas informações,
-
muitos conhecimentos para as famílias e as mães,
-
mas não para a perspectiva de um pai.
-
Sim, é como eu me senti.
-
Eu descobri que
-
muitas pessoas meio que pensam
-
"Ah, aquela criança tem Síndrome de Down",
-
e dizem "Ela não é bonita",
-
e coisas parecidas. Elas rotulam todas
-
exatamente da mesma forma.
-
Mas, por ter duas na família,
-
descobri que elas são totalmente diferentes uma da outra,
-
Sim, não há diferença.
-
Não. É exatamente a mesma coisa,
-
é apenas mais uma criança.
-
Então, não há diferença.
-
Elas são individuais.
-
e as escolhas se apresentam em situações individuais.
-
Com certeza.
-
Isto é maravilhoso.
-
[música]
-
Olá!
-
Faça alguma coisa útil, Tanya,
-
me ajude a dobrar essas roupas de bebê.
-
Elas são tão fofas.
-
Tão pequenas.
-
É difícil saber o quão pequeno ele será
-
Essas roupas são até grandes
-
para um recém-nascido.
-
[Narrador] A cada semana, Jeanine fica
-
mais preparada em todos os aspectos.
-
Mas é importante para ela que
-
seus amigos estejam no mesmo barco.
-
Como foi sua conversa com suas amigas?
-
Elas ficaram surpresas
-
por você ter decidido ficar com o bebê?
-
Não ficaram surpresas com a minha decisão,
-
porque elas conhecem minha personalidade,
-
e eu simplesmente não agiria de outra forma.
-
Mas, muitas delas estão nervosas,
-
elas dizem
-
"Meu Deus, eu não conseguiria".
-
Como você acha que ele vai se desenvolver?
-
Minha maior preocupação é com a fala.
-
Aparentemente, é o problema mais comum.
-
Ele pode demorar muito mais a falar,
-
pode não andar até os dois anos.
-
Sei que isto é muito comum também.
-
Assim como a leitura,
-
e tudo será mais devagar.
-
Mas eu ouvi dizer que,
-
quando eles se apaixonam por algo
-
conseguem ser ótimos naquilo,
-
por exemplo, a dele talvez seja construir carros,
-
há provavelmente uma grande chance,
-
considerando nosso contexto familiar.
-
Talvez ele foque nisto
-
e coloque seus esforços nessa atividade.
-
Ou talvez se apaixone por artes.
-
Mas, definitivamente, o ritmo deles
-
é mais devagar.
-
Pelo que sei...
-
Aqueles são os cabos?
-
Isso aí. O que acontece é que
-
eles não estavam lá antes.
-
Mas isto vai empurrá-los para cá.
-
Uma das primeiras coisas que aprendi
-
é que ser pai é nunca subestimar
-
a habilidade individual dos filhos.
-
Acredito que esse seja o primeiro erro
-
que todo pai comete.
-
Isso. No sentido anti-horário.
-
Bom garoto.
-
Ele pode crescer e não desenvolver
-
nenhum interesse por carros,
-
Mas, esses são os primeiros passos
-
para que ele aprenda a ter confiança
-
para começar qualquer coisa que queira.
-
Olá a todos.
-
Bem vindos. Meu nome é Melissa.
-
[Narradora] Este é o chá de bebê, mas não só isso.
-
Para Jeanine, esta é a declaração
-
e a celebração da vida de Dylan, prestes a começar.
-
Uau!
-
[Risadas]
-
[Narradora] Jeanine sabe que nem todas
-
as mulheres aqui pensam como ela.
-
[Alison Cole] Eu estava grávida há menos tempo que ela.
-
Meu primeiro pensamento foi,
-
"Meu Deus! Espero não ter este problema também".
-
[Lauren Acarapi] Eu chorei, mas não no sentido negativo.
-
Acredito que... seja um tristeza,
-
e um sentimento de pesar por
-
não ser o que nós esperávamos,
-
enfim, esse tipo de coisa.
-
[Melissa Karu] Do meu ponto de vista,
-
provavelmente não sei se eu conseguiria.
-
É uma decisão difícil, eu não saberia...
-
Eu não tenho filhos,
-
Então, não posso comparar. Acredito que, na posição dela,
-
eu provavelmente pensaria diferente.
-
É difícil saber qual decisão
-
eu teria tomado, porque acredito
-
que minha decisão imediata
-
seria abortar,
-
porque eu trabalho com crianças
-
deficientes,
-
e eu vejo o lado dessas crianças
-
deficientes.
-
Mas também, no fundo, acredito que
-
se eu tivesse chegado ao ponto
-
de me conectar com o bebê,
-
eu não teria coragem de abortar.
-
[Melissa Karu] As pessoas não necessariamente
-
aceitarão ele, como você disse.
-
Claro que os amigos de verdade darão apoio
-
e o amarão 100%.
-
Sim, há muitas coisas que
-
eles terão que...
-
Bem... tenho certeza que eles sabem disto.
-
Quando contei para as pessoas da academia, eu disse
-
"É isto que está acontecendo, não sei se vocês sabem.
-
Mas quando ela contar para vocês, por favor, não digam
-
"Oh não". Digam "Parabéns".
-
É uma questão de perspectiva.
-
Não é um momento triste. É apenas uma perspectiva.
-
As pessoas dizem que sou forte.
-
Eu tenho uma opinião sobre isso,
-
acredito que estou sendo eu mesma e
-
fazendo o que é preciso pela minha família,
-
e meu bebê.
-
Na ultrassonografia da 13ª semana, como vocês sabem
-
provavelmente liguei para todos vocês,
-
e descobrimos que em 14 semanas
-
teríamos um bebezinho com Síndrome de Down.
-
Isto mesmo, mamãe!
-
Parece legal.
-
[risada]
-
Tem sido uma jornada interessante, difícil
-
e emocionante passar por tudo isso.
-
Ah...
-
Ele já é tão amado,
-
mesmo nem estando aqui ainda.
-
- Com certeza.
-
Estou ansiosa para conhecer meu garotinho.
-
Só quero dizer que
-
sou muito grata a todos vocês.
-
Cada um de vocês tocou
-
o coração da minha família, do meu marido,
-
de cada um de nós.
-
Obrigada por estarem aqui.
-
[aplausos]
-
A maioria das pessoas, quando eu disse que
-
teria um filho com Síndrome de Down,
-
disse "Oh, meu Deus.
-
Sua vida está arruinada agora".
-
Sim, a maioria das pessoas pensa que é o fim do mundo
-
porque..
-
"Oh, meu Deus. Ele dependerá de mim
-
o resto da minha vida."
-
Mas, não. Eles podem viver muito bem.
-
Eu já vi alguns casos.
-
[conversas indistintas]
-
[Narradora] Daqui a duas semanas,
-
o pequeno Dylan nascerá,
-
e a família recebeu algumas notícias preocupantes.
-
Dylan parou de crescer.
-
Descobrimos hoje que ,esta semana, Dylan
-
provavelmente parou de crescer.
-
Pois é...
-
Isto é um pouco preocupante.
-
[Narrador] Mas ninguém previu isto.
-
Jeanine está grávida de 38 semanas e está
-
sendo levada às pressas para a sala de operações.
-
Um exame de rotina revelou que
-
o coração de Dylan está sob pressão.
-
Prepararam o bebê para um monitoramento cardíaco hoje
-
e eu tive uma contração bastante desagradável,
-
e o ritmo do coração dele caiu muito.
-
Eles estão muito preocupados com isso.
-
Melhor não esperar até segunda-feira,
-
Melhor fazer o parto hoje.
-
Você ficará bem.
-
[barulho da maca]
-
Estou indo para a sala de operações com o bebê.
-
Estou muito empolgada com esse anjinho,
-
é como eu o chamo agora,
-
meu anjinho.
-
Mas também estou muito preocupada
-
com o estado dele
-
e com o problema médico
-
com seu coração.
-
Vou passar por uma
-
montanha russa, eu e meu marido,
-
as crianças, a minha família,
-
porque eles também fazem parte disto.
-
[monitor cardíaco]
-
O bebê está vindo.
-
Ele está saindo.
-
Ok.
-
[conversas indistintas]
-
[bebê chorando]
-
Está tudo bem.
-
Emocionante. Tira nosso fôlego
-
e nossas palavras.
-
Oi, Dylan. Sou o seu papai.
-
Estou encantada. Ele é absolutamente lindo.
-
Eu te amo, querido.
-
[Narradora] Este é o momento culminante
-
em qualquer sala de parto,
-
mas Jeanine e Chris já tinham se unido a este bebê
-
meses atrás.
-
♪[música]♪
-
[AttitudeLive]