Billy Collins: Momentos cotidianos, capturados a tempo
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0:00 - 0:02Billy Collins: Estou aqui para lhes dar
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0:02 - 0:04a sua dose recomendada na dieta
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0:04 - 0:06de poesia.
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0:06 - 0:08E a forma como farei isso
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0:08 - 0:10será apresentando
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0:10 - 0:12cinco animações
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0:12 - 0:14de cinco dos meus poemas.
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0:14 - 0:16Deixem-me contar-lhes apenas um pouco sobre como isso veio a acontecer.
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0:16 - 0:18Porque a mistura desses dois meios de comunicação
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0:18 - 0:21é um ato meio incomum ou desnecessário.
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0:21 - 0:25Mas quando eu era o Poeta Laureado dos Estados Unidos --
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0:25 - 0:27e eu adoro dizer isto.
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0:27 - 0:29(Risos)
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0:29 - 0:32É uma ótima maneira de começar frases.
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0:32 - 0:35Quando eu era ele naquele tempo,
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0:35 - 0:38fui abordado por J. Walter Thompson, a empresa de publicidade,
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0:38 - 0:40e eles tinham uma espécie de contrato
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0:40 - 0:42com o Sundance Channel.
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0:42 - 0:44A ideia era gravar alguns dos meus poemas
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0:44 - 0:46e depois encontrar animadores
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0:46 - 0:48para fazer o filme.
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0:48 - 0:50E, a princípio, eu resisti
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0:50 - 0:52porque penso sempre
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0:52 - 0:54que a poesia pode existir por si só.
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0:54 - 0:57Tentativas de pôr meus poemas ao som de música
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0:57 - 0:59tiveram resultados desastrosos,
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0:59 - 1:02em todas elas.
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1:02 - 1:05E o poema, se escrito com o ouvido,
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1:05 - 1:08já é definido pela sua própria melodia verbal
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1:08 - 1:10ao ser escrito.
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1:10 - 1:12E certamente, se vocês estão lendo um poema
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1:12 - 1:14que menciona uma vaca,
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1:14 - 1:16não precisam de um desenho de uma vaca
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1:16 - 1:18na página ao lado.
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1:18 - 1:21Quero dizer, deixemos o leitor trabalhar um pouco.
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1:21 - 1:24Mas cedi porque me parecia uma possibilidade interessante,
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1:24 - 1:27e também eu sou totalmente viciado em desenhos animados
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1:27 - 1:30desde a infância.
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1:30 - 1:32Penso que mais influente
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1:32 - 1:35do que Emily Dickinson ou Coleridge ou Wordsworth
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1:35 - 1:37na minha imaginação
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1:37 - 1:39foram a Warner Brothers, Merrie Melodies
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1:39 - 1:42e os desenhos da Loony Tunes
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1:42 - 1:45O Pernalonga é minha musa.
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1:46 - 1:50E dessa forma, poesia poderia ser difundida, por incrível que pareça, na televisão.
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1:50 - 1:53E sou muito a favor de poesia em lugares públicos --
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1:53 - 1:56poesia nos ônibus, nos metrôs,
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1:56 - 2:00nos cartazes, nas caixas dos cereais.
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2:00 - 2:04Quando eu era Poeta Laureado, aqui vou eu de novo --
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2:04 - 2:07O que fazer, é verdade --
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2:07 - 2:10(Risos)
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2:10 - 2:13Eu criei um canal de poesias na Delta Airlines
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2:13 - 2:15que durou dois anos.
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2:15 - 2:18Vocês podiam ouvir poesia durante o voo.
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2:18 - 2:20E meu senso é que
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2:20 - 2:23é uma coisa boa tirar a poesia das estantes
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2:23 - 2:25e fazê-la mais pública.
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2:25 - 2:28Comecem uma reunião com um poema. Uma ideia que vocês poderiam levar com vocês.
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2:28 - 2:31Quando temos um poema num cartaz ou no rádio
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2:31 - 2:33ou na caixa de cereal ou onde quer que seja,
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2:33 - 2:35acontece tão repentinamente
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2:35 - 2:37que não temos tempo
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2:37 - 2:41de posicionar nossos escudos defletores anti-poéticos
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2:41 - 2:44que foram ‘instalados’ no segundo grau.
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2:46 - 2:49Vamos começar com o primeiro.
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2:49 - 2:52É um pequeno poema chamado “Budapest”,
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2:52 - 2:54e nele eu revelo,
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2:54 - 2:56ou finjo revelar,
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2:56 - 3:00os segredos do processo criativo.
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3:01 - 3:03(Vídeo) Narração: “Budapest”.
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3:03 - 3:06Minha caneta move ao longo da página
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3:06 - 3:09como o focinho de um animal estranho
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3:09 - 3:11em forma de um braço humano
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3:11 - 3:13e vestida com a manga
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3:13 - 3:15de um suéter verde, folgado.
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3:15 - 3:18Eu a vejo cheirando o papel sem cessar,
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3:18 - 3:21concentrado como qualquer predador
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3:21 - 3:23que não tem nada em sua mente
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3:23 - 3:26a não ser as larvas e insetos
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3:26 - 3:29que a deixa viver mais um dia.
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3:29 - 3:32Ela quer apenas estar aqui amanhã,
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3:32 - 3:34vestida talvez
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3:34 - 3:36de manga de uma camisa xadrez,
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3:36 - 3:38nariz pressionado contra a página,
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3:38 - 3:42escrevendo algumas linhas mais conscientes
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3:42 - 3:44enquanto eu contemplo a vista da janela
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3:44 - 3:46e imagino Budapeste
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3:46 - 3:48ou uma outra cidade
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3:48 - 3:51em que nunca estive.
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3:52 - 3:55BC: Então, isto faz parecer um pouco mais fácil.
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3:55 - 3:57(Aplausos)
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3:57 - 4:01Escrever, na verdade, não me é tão fácil assim.
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4:01 - 4:06Mas gosto de fingir que vem com facilidade.
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4:06 - 4:09Ao final de uma aula introdutória uma aluna me abordou,
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4:09 - 4:14e disse: “Sabe, poesia é mais difícil do que escrever prosa, ”
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4:14 - 4:17o que achei tanto errôneo quanto profundo.
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4:17 - 4:20(Risos)
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4:20 - 4:23Assim, gosto de pelo menos fingir que apenas a deixo fluir.
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4:23 - 4:26Um amigo meu tem um slogan, ele é um outro poeta.
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4:26 - 4:29Ele diz: “Se no início você não tiver sucesso,
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4:29 - 4:32esconda todas evidências de que já tentou.”
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4:32 - 4:34(Risos)
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4:34 - 4:37O próximo poema é bem curto.
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4:37 - 4:40Poesia simplesmente diz coisas de maneiras diferentes.
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4:40 - 4:43E acho que podemos resumir um poema dizendo:
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4:43 - 4:46“Tem dias que você come o urso, noutros o urso te come.”
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4:46 - 4:48E ele usa como imaginário
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4:48 - 4:50as mobílias de uma casa de boneca.
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4:50 - 4:53(Vídeo) Narração: “Tem dias”.
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4:54 - 4:56Tem dias
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4:56 - 4:59que ponho as pessoas em seus lugares à mesa,
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4:59 - 5:01dobro suas pernas na altura dos joelhos,
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5:01 - 5:03se elas vêm com esta parte essencial,
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5:03 - 5:07e as arrumo nas cadeirinhas de madeira.
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5:07 - 5:10A tarde inteira elas se encaram,
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5:10 - 5:12o homem de terno marrom,
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5:12 - 5:14a mulher com um vestido azul --
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5:14 - 5:18perfeitamente imóveis, perfeitamente comportados.
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5:18 - 5:20Mas noutros dia sou eu que
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5:20 - 5:22sou levantado pelas costelas
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5:22 - 5:26e então confinado na sala de jantar de uma casa de boneca
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5:26 - 5:29sentado com os outros em torno da mesa longa.
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5:29 - 5:31Muito engraçado.
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5:31 - 5:33Mas como você se sentiria
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5:33 - 5:36se nunca soubesse de um dia para o outro
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5:36 - 5:38se iria passar o dia
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5:38 - 5:41andando a passos largos como um deus vivo,
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5:41 - 5:44seus ombros nas nuvens,
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5:44 - 5:46ou sentado ali
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5:46 - 5:48no meio do papel de parede
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5:48 - 5:50olhando fixo à sua frente
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5:50 - 5:54com seu rostinho de plástico?
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5:56 - 6:01(Aplausos)
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6:01 - 6:04BC: Há um filme de terror em algum lugar.
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6:04 - 6:06O poema a seguir chama-se esquecimento,
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6:06 - 6:08e é, na verdade, apenas um ensaio poético
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6:08 - 6:12no tema falhas mentais.
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6:12 - 6:14O poema começa
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6:14 - 6:17com uma certa espécie do esquecimento
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6:17 - 6:19que alguém chamou de
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6:19 - 6:21amnésia literária,
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6:21 - 6:25ou seja, esquecer as coisas que você leu.
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6:28 - 6:30Vídeo) Narração: “Esquecimento”
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6:30 - 6:33O nome do autor é o primeiro que se esquece,
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6:33 - 6:35seguido obedientemente
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6:35 - 6:37pelo título, a trama,
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6:37 - 6:39a conclusão de partir o coração,
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6:39 - 6:41o romance inteiro,
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6:41 - 6:44de repente torna-se algo que você nunca leu,
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6:44 - 6:46de que nunca nem ouviu falar.
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6:46 - 6:48Como se, uma a uma,
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6:48 - 6:51as memórias que você costumava guardar
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6:51 - 6:55decidiram retirar-se para o hemisfério sul do cérebro
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6:55 - 6:57para uma pequena vila de pescadores
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6:57 - 6:59sem telefones.
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6:59 - 7:01Faz muito tempo,
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7:01 - 7:04que você deu adeus aos nomes das nove musas
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7:04 - 7:06e viu a equação quadrática
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7:06 - 7:08arrumar as malas.
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7:08 - 7:10E até agora,
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7:10 - 7:12enquanto você memoriza a ordem dos planetas,
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7:12 - 7:14um outro algo foge,
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7:14 - 7:16um emblema floral talvez,
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7:16 - 7:18o endereço de um tio,
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7:18 - 7:20a capital do Paraguai.
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7:20 - 7:22Seja lá o que for
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7:22 - 7:24que você se esforça para lembrar,
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7:24 - 7:27não está pronta na ponta da sua língua,
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7:27 - 7:29não está nem à espreita
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7:29 - 7:31em algum canto obscuro
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7:31 - 7:33em seu baço.
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7:33 - 7:35Flutuou para longe
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7:35 - 7:38afora num rio mitológico e escuro
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7:38 - 7:41cujo nome começa com um L
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7:41 - 7:43que na medida do possível consegue lembrar
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7:43 - 7:46já caindo no esquecimento
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7:46 - 7:48onde você irá se unir
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7:48 - 7:50aos que se esqueceram até como nadar
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7:50 - 7:53e andar de bicicleta.
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7:53 - 7:56Não é de se estranhar que você se levanta no meio da noite
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7:56 - 7:59para conferir a data de uma famosa batalha
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7:59 - 8:01num livro sobre guerras.
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8:01 - 8:03Não é de se estranhar que a Lua à janela
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8:03 - 8:06parece ter escapado de um poema de amor
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8:06 - 8:10que você costumava saber de cor.
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8:12 - 8:20(Aplausos)
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8:20 - 8:22BC: A seguir, o poema chamado “O Campo”
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8:22 - 8:24e é baseado,
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8:24 - 8:26nos meus tempos de faculdade
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8:26 - 8:29eu tinha um colega na minha classe, que até hoje é meu amigo.
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8:29 - 8:31Ele morava, ainda mora, na Vermont rural.
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8:31 - 8:33Eu morava em Nova Iorque.
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8:33 - 8:35E nós nos visitávamos.
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8:35 - 8:37Quando eu ia para o campo,
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8:37 - 8:40ele me ensinava coisas tipo caça de veado,
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8:40 - 8:43o que basicamente significava nos perdermos segurando uma arma --
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8:43 - 8:45(Risos)
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8:45 - 8:47e pescaria de truta e coisas deste tipo.
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8:47 - 8:49E depois ele vinha para Nova Iorque
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8:49 - 8:51e eu o ensinava o que sabia,
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8:51 - 8:53que era, em grande parte, fumar e beber.
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8:53 - 8:55(Risos)
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8:55 - 8:58E, desse modo, trocamos conhecimentos um com o outro.
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8:58 - 9:00O próximo poema
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9:00 - 9:03baseia-se em ele tentando me dizer alguma coisa
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9:03 - 9:05sobre uma regra da etiqueta doméstica
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9:05 - 9:07da vida no campo
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9:07 - 9:09que, a princípio, achei muito difícil de aceitar.
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9:09 - 9:11O poema chama-se “O Campo”.
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9:11 - 9:14(Vídeo) Narração: “O Campo”
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9:14 - 9:16Eu fiquei pensando em você
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9:16 - 9:18quando você me disse que nunca deixasse
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9:18 - 9:21uma caixa de fósforos que acendem em toda parte
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9:21 - 9:24jogados pela casa,
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9:24 - 9:26porque os camundongos poderiam pegá-los
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9:26 - 9:28e começar um incêndio.
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9:28 - 9:31Mas a expressão no seu rosto era séria
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9:31 - 9:33quando você torceu a tampa para fechar
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9:33 - 9:35a lata redonda
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9:35 - 9:38onde os fósforos, disse você, ficam sempre guardados.
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9:38 - 9:40Quem poderia dormir aquela noite?
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9:40 - 9:42Quem poderia parar de pensar
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9:42 - 9:45em um camundongo inacreditável
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9:45 - 9:48tranquilo se movendo ao longo de um cano de água fria
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9:48 - 9:50detrás do papel de parede floral,
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9:50 - 9:52agarrando um fósforo
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9:52 - 9:55entre seus dentes afiados?
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9:55 - 9:58Quem não poderia ver ele passando pelo canto,
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9:58 - 10:01a ponta azul riscando a viga rústica,
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10:01 - 10:03a chama súbita
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10:03 - 10:07e a criatura, por um momento brilhante, reluzente,
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10:07 - 10:09de repente empurra de forma radical --
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10:09 - 10:11agora um provocador de incêndio,
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10:11 - 10:13agora um portador da tocha
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10:13 - 10:15em um esquecido ritual,
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10:15 - 10:17um pequeno druida amarronzado
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10:17 - 10:19iluminando uma noite ancestral?
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10:19 - 10:22E quem poderia deixar de notar,
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10:22 - 10:24iluminado na insulação em chamas,
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10:24 - 10:26os olhinhos deslumbrados
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10:26 - 10:29nas faces dos seus amigos camundongos --
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10:29 - 10:31os antigos habitantes
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10:31 - 10:35do que foi uma vez a sua casa no campo?
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10:35 - 10:38(Aplausos)
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10:38 - 10:40BC: Obrigado.
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10:40 - 10:42(Aplausos)
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10:42 - 10:45Obrigado. O último poema chama-se “Os Mortos”.
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10:45 - 10:47Eu o escrevi depois do funeral de um amigo,
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10:47 - 10:49mas não é tanto sobre o amigo, mas sobre algo dito várias vezes na sua elegia,
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10:49 - 10:51como é a tendência nas elegias,
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10:51 - 10:54dizer como o falecido se sentiria feliz ao
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10:54 - 10:56olhar para baixo e nos ver todos reunidos.
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10:56 - 10:59E isso para mim é um mau começo para a vida após a morte,
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10:59 - 11:02ter que assistir ao seu próprio funeral e se sentir grato.
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11:02 - 11:06Então, o pequeno poema se chama “Os Mortos”.
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11:06 - 11:08(Vídeo) Narração: “Os Mortos”.
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11:08 - 11:11Os mortos estão sempre nos olhando,
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11:11 - 11:13assim dizem.
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11:13 - 11:16Enquanto colocamos os sapatos ou preparando um sanduíche,
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11:16 - 11:18eles ficam nos olhando aqui embaixo
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11:18 - 11:21através dos barcos com fundo de vidro no céu
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11:21 - 11:23enquanto remam lentamente
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11:23 - 11:25para a eternidade.
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11:25 - 11:27Eles observam os topos das nossas cabeças
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11:27 - 11:29se movendo em baixo, na Terra.
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11:29 - 11:31E quando nos deitamos
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11:31 - 11:33no mato ou num sofá,
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11:33 - 11:35drogados talvez
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11:35 - 11:38pelo zumbido de uma tarde calorosa,
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11:38 - 11:41eles pensam que estamos olhando para eles,
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11:41 - 11:43o que os fazem levantar seu remos
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11:43 - 11:45e ficar em silêncio
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11:45 - 11:48e esperar como fazem os pais
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11:48 - 11:51que fechemos nossos olhos.
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11:53 - 12:00(Aplausos)
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12:00 - 12:02BC: Não sei ao certo se vão fazer animação de outros poemas.
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12:02 - 12:04Levou muito tempo--
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12:04 - 12:07Quero dizer, é incomum ter esse casamento --
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12:07 - 12:09muito tempo para colocar esses dois juntos.
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12:09 - 12:11Mas então, de novo, levamos muito tempo
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12:11 - 12:13para colocar a roda e a mala juntas.
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12:13 - 12:16(Risos)
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12:16 - 12:19Quero dizer, tínhamos a roda já há algum tempo.
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12:19 - 12:22E ‘arrastar coisas’ é uma arte honrosa e milenar
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12:22 - 12:25(Risos)
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12:25 - 12:27Apenas tenho tempo
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12:27 - 12:30para ler um poema mais recente para vocês.
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12:30 - 12:33Se ele tem um tema,
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12:33 - 12:35o tema é adolescência.
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12:35 - 12:37E é dirigido a uma certa pessoa.
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12:37 - 12:43Chama-se “À minha estudante predileta de 17 anos”.
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12:43 - 12:46“Você já pensou se você tivesse começado a construir o Parthenon
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12:46 - 12:48no dia em que nasceu,
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12:48 - 12:51você o completaria em apenas um ano a mais?
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12:51 - 12:53Claro, não o poderia ter feito sozinha.
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12:53 - 12:55Então deixa prá lá;
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12:55 - 12:57você está bem sendo apenas você mesma.
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12:57 - 13:00É amada por ser apenas você.
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13:00 - 13:02Mas você sabia que na sua idade
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13:02 - 13:07Judy Garland ganhava 150.000 dólares por filme,
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13:07 - 13:11Joana D’Arc conduzia o exército francês à vitória
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13:11 - 13:14e Blaise Pascal limpava o quarto dele --
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13:14 - 13:18não, espera, quero dizer, ele inventava a calculadora?
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13:18 - 13:20Claro, haverá tempo para tudo isto
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13:20 - 13:22mais tarde na sua vida,
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13:22 - 13:24depois que você sair do seu quarto
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13:24 - 13:26e começar a crescer,
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13:26 - 13:30ou pelo menos pegar todas suas meias do chão.
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13:30 - 13:32Por alguma razão eu fico me lembrando
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13:32 - 13:34que Lady Jane Grey foi rainha da Inglaterra
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13:34 - 13:37quando tinha apenas 15 anos.
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13:37 - 13:40Mas ela foi decapitada, então não pense nela como um exemplo.
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13:40 - 13:43(Risos)
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13:43 - 13:45Alguns séculos mais tarde,
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13:45 - 13:47quando ele tinha sua idade,
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13:47 - 13:51Franz Schubert lavava a louça para a família dele,
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13:51 - 13:53mas isto não o impediu
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13:53 - 13:56de compor duas sinfonias, quatro óperas
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13:56 - 13:59e duas missas completas, quando era um jovem.
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13:59 - 14:01(Risos)
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14:01 - 14:03Mas claro, isso foi na Áustria
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14:03 - 14:06no apogeu do lirismo Romântico,
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14:06 - 14:08não aqui nos subúrbios de Cleveland.
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14:08 - 14:10(Risos)
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14:10 - 14:12Francamente, que importa
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14:12 - 14:15se Annie Oakley era uma atiradora de primeira aos 15 anos
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14:15 - 14:19ou se Maria Callas estreou como Tosca aos 17 anos?
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14:19 - 14:22Nós pensamos que você é especial simplesmente sendo você --
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14:22 - 14:25brincando com sua comida e olhando para o nada.
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14:25 - 14:28(Risos)
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14:28 - 14:30À propósito,
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14:30 - 14:33menti sobre Schubert lavando os pratos,
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14:33 - 14:36mas isso não quer dizer que ele nunca ajudava em casa.”
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14:36 - 14:38(Risos)
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14:38 - 14:40(Aplausos)
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14:40 - 14:43Obrigado. Obrigado.
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14:43 - 14:48(Aplausos)
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14:48 - 14:50Obrigado
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14:50 - 14:52(Aplausos)
- Title:
- Billy Collins: Momentos cotidianos, capturados a tempo
- Speaker:
- Billy Collins
- Description:
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Combinando humor seco com profundidade artística, Billy Collins compartilha um projeto em que vários de seus poemas foram transformados em filmes de animação encantadores em colaboração com o Sundance Channel. Cinco deles estão incluídos nesta palestra maravilhosamente divertida e comovente -- e não perca o poema hilariante no final!
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:52