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The Costs and Benefits of Monopoly

  • 0:00 - 0:05
    ♪ [música] ♪
  • 0:09 - 0:11
    -[Alex] Na última conversa
    sobre monopólios,
  • 0:11 - 0:14
    vamos discutir
    os custos do monopólio,
  • 0:14 - 0:16
    mas também os benefícios potenciais.
  • 0:21 - 0:25
    Os maiores custos de monopólios
    são que, comparado à competição,
  • 0:25 - 0:26
    o monopólio é ineficiente.
  • 0:26 - 0:30
    Ele leva a uma perda em ganhos
    de troca ou perdas de peso morto.
  • 0:30 - 0:33
    Vamos nos lembrar
    dos ganhos de uma troca
  • 0:33 - 0:35
    em competição
    e, então, poderemos comparar
  • 0:35 - 0:37
    com o monopólio.
  • 0:37 - 0:39
    Vamos simplificar
    com uma curva de oferta reta,
  • 0:39 - 0:41
    uma indústria com custos constantes.
  • 0:41 - 0:45
    Nesse caso, o ganho total
    do comércio com consumidores
  • 0:45 - 0:47
    está nesta área azul aqui.
  • 0:47 - 0:50
    Agora, vamos ver os ganhos totais
    da troca ou welfare total
  • 0:50 - 0:51
    em um monopólio.
  • 0:51 - 0:54
    Escolhemos exatamente
    a mesma curva de demanda
  • 0:54 - 0:57
    e a mesma curva de custo constante.
  • 0:57 - 1:01
    Encontramos o preço que maximiza o lucro
    e a quantidade normalmente.
  • 1:02 - 1:06
    Consumidores, como previsível,
    obtêm menos em um monopólio
  • 1:06 - 1:08
    já que o preço é mais alto.
  • 1:08 - 1:13
    Uma parte do que o consumidor perde
    é transferido para o monopolista
  • 1:13 - 1:17
    em termos de lucro, e
    até onde sabe um economista,
  • 1:17 - 1:20
    ao menos um
    lucrará com uma troca.
  • 1:20 - 1:22
    Então, a transferência é neutra.
  • 1:23 - 1:27
    O que é ruim, porém,
    é que o welfare total está
  • 1:27 - 1:30
    em um monopólio,
    porque ninguém obtém o que há nessa área,
  • 1:30 - 1:32
    isto é, o peso morto.
  • 1:32 - 1:37
    Essas são trocas que, desde uma
    perspectiva social, são benéficas.
  • 1:37 - 1:42
    Demandantes estão dispostos a pagar
    mais do que seria o custo
  • 1:42 - 1:44
    de produzir os artigos.
  • 1:44 - 1:47
    Essas trocas, porém,
    não acontecem.
  • 1:48 - 1:51
    Embora sejam socialmente
    benéficas, elas não acontecem
  • 1:51 - 1:55
    porque não são lucrativas,
    não são exclusivamente benéficas.
  • 1:56 - 1:59
    Pense em um cinema
    que está meio lotado.
  • 1:59 - 2:01
    Decerto há pessoas, por aí,
    que gostariam
  • 2:01 - 2:05
    ver o filme a um preço a mais
    que o custo marginal, cerca de zero.
  • 2:05 - 2:08
    Por que o cinema não diminui o preço
    para essas pessoas?
  • 2:09 - 2:13
    Por que isso o obrigaria a diminuir
    o preço para todos
  • 2:13 - 2:16
    e isso reduziria
    os lucros totais.
  • 2:17 - 2:19
    Então, a lição básica nisso:
  • 2:20 - 2:23
    Consumidores compram um artigo
    a menos que o valor deles
  • 2:23 - 2:25
    ultrapasse o preço.
  • 2:25 - 2:29
    Em uma competição, o preço
    é igual ao custo marginal,
  • 2:29 - 2:33
    os consumidores comprarão
    cada unidade cujo valor
  • 2:33 - 2:36
    seja maior
    que o custo marginal.
  • 2:36 - 2:38
    Isso é eficiente.
  • 2:38 - 2:41
    Em um monopólio, consumidores
    também compram a menos que o valor
  • 2:41 - 2:44
    seja maior que o preço,
  • 2:44 - 2:47
    mas já que o preço é maior
    que o custo marginal,
  • 2:47 - 2:50
    obtemos pouquíssimas unidades produzidas.
  • 2:50 - 2:53
    Obtemos uma perda
    em ganhos na troca.
  • 2:54 - 2:56
    Lembremos como
    um peso morto
  • 2:56 - 2:57
    é na prática.
  • 2:57 - 3:01
    GSK vende Combivir
    a $12,50 por pílula.
  • 3:01 - 3:04
    O custo marginal é 50 centavos.
  • 3:04 - 3:08
    O peso morto é o valor
    das trocas que não ocorrem
  • 3:08 - 3:11
    porque o preço é maior
    que o custo marginal.
  • 3:11 - 3:15
    Algumas pessoas estariam dispostas
    e poderiam comprar $10 por pílula
  • 3:15 - 3:18
    ou $4, ou até $1 por pílula
  • 3:18 - 3:23
    e esses preços mais que cobririam
    o preço de produção dessas pílulas.
  • 3:24 - 3:26
    Mas essas trocas não ocorrem,
  • 3:26 - 3:29
    porque não são
    lucrativas para a GSK.
  • 3:29 - 3:34
    Muitos monopólios pelo mundo
    são nascidos de corrupção governamental.
  • 3:34 - 3:37
    Na Indonésia, Tommy Suharto,
    o filho do presidente
  • 3:37 - 3:41
    recebeu o monopólio de cravo-da-índia
    altamente lucrativo.
  • 3:41 - 3:42
    Ele usou os lucros desse
    monopólio
  • 3:42 - 3:44
    para comprar Lamborghini.
  • 3:44 - 3:47
    Não uma Lamborghini.
    Ele comprou a empresa inteira.
  • 3:48 - 3:51
    Esses tipos de monopólios
    não são amortizados.
  • 3:51 - 3:54
    Eles têm custos,
    mas não têm benefícios sociais.
  • 3:55 - 3:59
    Alguns monopólios, porém,
    têm benefícios em compensação.
  • 3:59 - 4:02
    Considere o que aconteceria
    se os EUA eliminassem patentes
  • 4:02 - 4:04
    para a indústria farmacêutica.
  • 4:04 - 4:06
    A competição
    diminuiria o preço
  • 4:06 - 4:11
    de drogas existentes até o custo marginal,
    como acontece hoje,
  • 4:11 - 4:15
    assim que as patentes expirassem,
    em uns 10 ou 15 anos
  • 4:15 - 4:17
    depois de a droga ter entrado
    no mercado.
  • 4:18 - 4:21
    Mas custa cerca de
    um bilhão de dólares
  • 4:21 - 4:25
    para trazer uma droga nova comum
    para o mercado nos Estados Unidos,
  • 4:25 - 4:29
    e custos de pesquisa não estão inclusos
    no custo marginal.
  • 4:30 - 4:33
    Como diz o ditado,
    são necessários um bilhão de dólares
  • 4:33 - 4:38
    para criar a primeira pílula;
    mas, 50 centavos para a segunda.
  • 4:39 - 4:43
    50 centavos é o custo marginal,
    o custo de uma pílula adicional,
  • 4:43 - 4:45
    mas trazer a primeira pílula
    para o mercado custa
  • 4:45 - 4:47
    em torno de um bilhão.
  • 4:48 - 4:52
    Se o preço fosse rapidamente
    abaixado para o custo marginal,
  • 4:52 - 4:56
    as empresas não poderiam
    recuperar os custos de pesquisa,
  • 4:56 - 4:59
    e o resultado seria
    menos drogas no mercado.
  • 5:00 - 5:04
    Uma vez criada a droga,
    a patente, o monopólio,
  • 5:04 - 5:07
    cria uma ineficiência,
    obtemos pouquíssimas unidades.
  • 5:07 - 5:13
    Mas a patente aumenta
    o incentivo para produzir novas drogas.
  • 5:13 - 5:15
    Então, há um trade-off.
  • 5:15 - 5:18
    Mais monopólios
    reduz eficiência estática,
  • 5:18 - 5:20
    a quantidade produzida,
    mas pode aumentar
  • 5:20 - 5:25
    a eficiência dinâmica, o incentivo
    para pesquisa e desenvolvimento.
  • 5:27 - 5:29
    Esse trade-off se aplica
    a outros artigos
  • 5:29 - 5:32
    com custo de de desenvolvimento alto,
    não só farmacêuticos.
  • 5:32 - 5:35
    Artigos de informação,
    artigos como música, filmes,
  • 5:35 - 5:39
    programas de computador,
    produtos químicos, materiais, tecnologias.
  • 5:39 - 5:42
    Eles tipicamente têm
    grande custo de produção
  • 5:42 - 5:45
    e baixo custo marginal
    de produção.
  • 5:45 - 5:48
    Isso sugere possíveis
    benefícios em patentes
  • 5:48 - 5:50
    ou proteção de copyright.
  • 5:51 - 5:54
    Mais geralmente, para tais artigos,
    há um trade-off de política
  • 5:54 - 5:57
    o qual vamos querer
    sempre considerar.
  • 5:57 - 6:03
    Isto é: diminuir os preços hoje
    pode gerar menos ideias no futuro.
  • 6:05 - 6:08
    O ganhador do Nobel
    o historiador econômico, Douglas North,
  • 6:08 - 6:12
    por exemplo, defende que
    " A falha em desenvolver
  • 6:12 - 6:14
    direitos de propriedade sistemáticos
    em inovação
  • 6:14 - 6:18
    até tempos modernos
    foi uma grande fonte
  • 6:18 - 6:21
    do ritmo lento
    de mudança tecnológica."
  • 6:22 - 6:25
    Há alguma maneira melhor
    de navegar por esse trade-off?
  • 6:25 - 6:26
    Talvez.
  • 6:26 - 6:30
    Suponha que o governo
    compre uma patente farmacêutica
  • 6:30 - 6:34
    pelos lucros totais de monopólio
    e então abrisse mão da patente.
  • 6:35 - 6:39
    Competidores entrariam e
    abaixariam o preço da droga
  • 6:39 - 6:41
    até o custo marginal,
    portanto teríamos
  • 6:41 - 6:43
    eficiência estática.
  • 6:43 - 6:45
    Ao mesmo tempo,
    já que o governo
  • 6:45 - 6:48
    pagasse para as firmas
    os lucros de monopólios delas,
  • 6:48 - 6:51
    teríamos ainda muitos
    incentivos para pesquisa
  • 6:51 - 6:53
    e desenvolvimento:
    eficiência dinâmica.
  • 6:53 - 6:56
    Portanto poderíamos ter
    o melhor de ambos os mundos.
  • 6:56 - 6:59
    Claro, pode haver
    desvantagens também.
  • 6:59 - 7:01
    Impostos mais altos para pagar
    pelas patentes também
  • 7:01 - 7:04
    têm seu próprio peso morto,
    e pode ser difícil
  • 7:04 - 7:07
    dizer exatamente
    quanto vale uma patente.
  • 7:07 - 7:09
    E pode haver possivelmente
    corrupção.
  • 7:09 - 7:12
    Ainda assim, essa é uma ideia
    que estamos pensando,
  • 7:12 - 7:14
    e talvez vale a pena
    experimentar.
  • 7:15 - 7:18
    Os prêmios são outras maneiras
    navegar pelo trade-off.
  • 7:18 - 7:21
    Tal com compras de patentes,
    a ideia é que, a uma firma,
  • 7:21 - 7:24
    é oferecido o custo de
    pesquisa e desenvolvimento.
  • 7:24 - 7:27
    Mas o governo somente
    paga à firma
  • 7:27 - 7:29
    se ela conseguir alcançar certo objetivo.
  • 7:29 - 7:32
    E se alcançado tal objetivo,
    a tecnologia vai
  • 7:32 - 7:35
    para domínio público
    e poderia ser usada por qualquer um.
  • 7:36 - 7:38
    SpaceShipOne, por exemplo,
    ganhou $10 milhões
  • 7:38 - 7:42
    por ser a única a desenvolver
    um foguete
  • 7:42 - 7:44
    capaz de de alcançar o espaço
    e retornar
  • 7:44 - 7:46
    em um pequeno período.
  • 7:46 - 7:48
    E prêmios estão sendo usados
    mais habitualmente.
  • 7:48 - 7:50
    O governo dá um preço
    por melhores lâmpadas,
  • 7:50 - 7:53
    por exemplo,
    isso segue funcionando muito bem.
  • 7:54 - 7:57
    Há também uma terceira via
    de navegar pelo trade-off.
  • 7:57 - 8:01
    Você pode ter percebido, por exemplo,
    que até então assumimos
  • 8:01 - 8:04
    que o monopólio
    deve sempre cobrar o mesmo preço
  • 8:04 - 8:05
    para todos.
  • 8:05 - 8:07
    Isso é necessariamente verdade?
  • 8:07 - 8:09
    Por vezes , o monopolista
    pode cobrar
  • 8:09 - 8:11
    preços diferentes
    para pessoas diferentes:
  • 8:11 - 8:13
    preço de discriminação.
  • 8:13 - 8:16
    Como veremos no próximo capítulo
    e palestras,
  • 8:16 - 8:20
    o preço de discriminação explica muito
    como produtos são precificados
  • 8:20 - 8:23
    e como também tem custos
    e benefícios
  • 8:23 - 8:25
    sobre os quais discutiremos.
  • 8:25 - 8:26
    Nós nos vemos lá, obrigado.
  • 8:28 - 8:31
    - [Narrador] Se você quiser se testar,
    clique em "Praticar Questões".
  • 8:31 - 8:35
    Ou se você já está pronto para seguir,
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  • 8:35 - 8:39
    ♪ [música] ♪
Title:
The Costs and Benefits of Monopoly
Description:

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Video Language:
English
Team:
Marginal Revolution University
Project:
Micro
Duration:
08:40

Portuguese, Brazilian subtitles

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