We trash: recicle sua relação com seu lixo! | Mateus Mendonça | TEDxLaçador
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0:09 - 0:11Eu vim aqui pra falar
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0:11 - 0:13que eu amo o lixo.
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0:13 - 0:16Eu amo vocês, eu amo o lixo,
e eu amo quem ama o lixo. -
0:16 - 0:17(Risos)
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0:17 - 0:21E pedir pra que todo mundo
recicle a sua relação com o lixo. -
0:22 - 0:25Porque "os sóis dão voltas,
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0:25 - 0:27os planetas dão voltas,
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0:27 - 0:29os rodamoinhos dão voltas,
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0:29 - 0:31os ciclones dão voltas,
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0:31 - 0:35a vida, em seus ciclos múltiplos
e emaranhados, dá voltas: -
0:35 - 0:39ciclos homeostáticos,
ciclos de reprodução, -
0:39 - 0:42ciclos ecológicos do dia, da noite [...]
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0:42 - 0:45O homem acredita ter inventado a roda,
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0:45 - 0:49e, na verdade, nasceu
de todas essas rodas". -
0:49 - 0:51Edgar Morin,
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0:51 - 0:52pra abrir o nosso dia
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0:52 - 0:58e trazer o que tanto se fala hoje,
de economia circular, de reciclagem, -
0:58 - 1:00daqui a pouco a gente
vai entrar nesses conceitos, -
1:00 - 1:03mas eu acho que isso
era muito significativo -
1:03 - 1:06pra gente começar a falar
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1:06 - 1:10sobre esse terreno fértil e de abundância
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1:10 - 1:12que é o lixo;
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1:12 - 1:15de recursos, e não de lixo.
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1:15 - 1:19Desconstruir o que a gente
acredita que é lixo. -
1:19 - 1:21E eu amo também empreender
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1:21 - 1:24e eu empreendo algumas iniciativas.
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1:25 - 1:26Eu encontrei um lugar
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1:26 - 1:28e empreendo algumas iniciativas
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1:28 - 1:31pra apoiar os catadores
de materiais recicláveis -
1:31 - 1:34nesse processo árduo, nessa luta dura,
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1:34 - 1:36que é encontrar o seu espaço ao sol
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1:36 - 1:39e o seu espaço dentro do empreendedorismo
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1:39 - 1:42pra cuidar do lixo.
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1:42 - 1:45Aqui a gente já gerou, nesses dois dias,
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1:45 - 1:48mais de meia tonelada de lixo.
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1:48 - 1:50A gente gera, aproximadamente, no Brasil,
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1:50 - 1:551 kg de resíduos, por habitante.
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1:55 - 1:58Lixo orgânico, lixo reciclável,
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1:58 - 2:02lixo com o qual a gente ainda não consegue
fazer nada e chama de rejeito. -
2:02 - 2:03Em média 1 kg.
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2:03 - 2:06Americanos geram, em média, 2 kg.
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2:06 - 2:09Europeus geram, em média, 3 kg.
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2:09 - 2:12E se a gente seguir olhando
e se exemplificando, -
2:12 - 2:16se espelhando, nessas comunidades,
a gente vai chegar lá também. -
2:16 - 2:18Será que a gente quer?
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2:18 - 2:19Eu não.
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2:21 - 2:26Pouca gente se pergunta
de onde o lixo vem e pra onde vai. -
2:26 - 2:29Todo mundo sabe e adora
ir ao supermercado, ir à feira, e tal, -
2:29 - 2:31fazer suas escolhas.
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2:31 - 2:34Escolher suas marcas, seus produtos,
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2:34 - 2:36seus sabores, suas cores.
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2:36 - 2:39Mas pouca gente vê pra onde isso vai
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2:39 - 2:41depois que a gente consome.
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2:41 - 2:42O fora não existe.
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2:42 - 2:46A gente não faz troca
com o espaço sideral, ainda. -
2:46 - 2:49A Terra ainda é nosso único lugar
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2:49 - 2:52nessas galáxias, nesses planetas,
que a gente encontrou. -
2:52 - 2:55Então, fora, esqueçam essa palavra.
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2:55 - 2:57Vocês não jogam nada fora.
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2:59 - 3:00A gente gera, aproximadamente,
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3:00 - 3:0578,6 milhões de toneladas de resíduos,
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3:05 - 3:07por ano, no Brasil.
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3:08 - 3:12Desse total, 9% sequer é coletado.
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3:12 - 3:15Eu tinha um vídeo, mas resolvi não passar,
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3:15 - 3:17que mostra um caminhãozinho
jogando isso dentro dos rios. -
3:17 - 3:19Uma prefeitura que tem até uma área
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3:19 - 3:22para o caminhão despejar
isso dentro dos rios. -
3:22 - 3:25Então, 9% é sequer coletado,
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3:25 - 3:31logo, o que a gente coleta,
são 71,3 milhões de toneladas. -
3:31 - 3:35Isso está distribuído assim,
nas nossas regiões, pelo Brasil. -
3:35 - 3:40É claro que no Sudeste, mais populoso,
mais denso, economia mais ativa, -
3:40 - 3:44a gente gera mais lixo.
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3:44 - 3:46Depois vem o Nordeste, depois o Sul,
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3:46 - 3:49depois o Centro-Oeste, depois o Norte.
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3:50 - 3:55Quarenta e dois porcento desse resíduo
é muito mal destinado. -
3:55 - 3:58Vai pra lixões, pra cursos d'água,
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3:58 - 4:02contamina o solo,
é queimado, contamina o ar. -
4:02 - 4:08Ou seja, 29,7 milhões de toneladas
de resíduos são mal destinadas. -
4:10 - 4:12Mas tem muita riqueza nesse lixo.
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4:12 - 4:14E eu vim falar dessa riqueza.
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4:14 - 4:16Tem comida de minhoca...
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4:16 - 4:17(Risos)
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4:17 - 4:19A gente tem comida de minhoca,
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4:19 - 4:23que depois vira alface,
tomate, beterraba, cenoura, -
4:23 - 4:25volta a ser comida.
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4:25 - 4:30Uma vez eu ouvi uma história
de que o solo é um banco, -
4:30 - 4:33e o composto é o depósito.
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4:33 - 4:35E a gente tem que compostar
pra fazer depósito no banco, -
4:35 - 4:38pra render, pra gente ter alimento.
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4:38 - 4:40A gente também tem papel,
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4:40 - 4:42tem plástico,
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4:42 - 4:44alumínio,
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4:45 - 4:47até ouro a gente tem no lixo.
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4:47 - 4:49E muito, não é pouco.
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4:49 - 4:53Estima-se que 30% dos recursos
de ouro, hoje, no mundo, -
4:53 - 4:58venham dos resíduos eletroeletrônicos.
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4:59 - 5:03O Brasil é líder
em reciclagem de resíduos. -
5:04 - 5:07Vocês acham que é
porque a gente é muito consciente? -
5:07 - 5:09Não é porque a gente é consciente.
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5:09 - 5:12São recicladas 98% das latas de alumínio,
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5:12 - 5:1470% do papelão,
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5:14 - 5:1854% do plástico PET.
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5:19 - 5:24Mas isso é fruto do trabalho árduo
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5:24 - 5:26e não reconhecido [dos catadores].
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5:26 - 5:29Incluídos eles já foram,
eles se incluíram, -
5:29 - 5:34os catadores e catadoras
de materiais recicláveis. -
5:34 - 5:38Negros, pardos, brancos,
em todos os lugares do Brasil, -
5:38 - 5:39a gente tem catador.
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5:39 - 5:41São pessoas que escolheram, por dignidade,
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5:41 - 5:44coletar o material reciclável
das nossas ruas, -
5:44 - 5:47esse material que a gente
acreditava jogar fora. -
5:48 - 5:51"O lixo de um homem
é o tesouro de outro homem." -
5:51 - 5:54Esse é um provérbio francês,
que eu gosto muito de utilizar. -
5:54 - 5:57No entanto, esse trabalho
se dá de maneira muito árdua, -
5:57 - 6:00em lixão, em rua, puxando carroça,
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6:00 - 6:02sem reconhecimento.
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6:02 - 6:06Como eu disse, incluídos,
eles já se incluíram. -
6:07 - 6:10E no meio de urubus, sem EPIs,
sem equipamentos, sem nada. -
6:10 - 6:13Então os catadores vêm há anos,
há mais de 50 anos, -
6:13 - 6:16a nossa lei ficou 21 anos em discussão,
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6:16 - 6:18os catadores estão, há mais de 50 anos,
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6:18 - 6:22alimentando as indústrias
de reciclagem no país. -
6:22 - 6:27Só que em 2010, a gente criou
a Política Nacional de Resíduos Sólidos, -
6:27 - 6:30lei 12.305/2010,
para os advogados da plateia. -
6:30 - 6:32(Risos)
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6:33 - 6:36A lei reconhece os materiais recicláveis
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6:36 - 6:38como um bem econômico
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6:38 - 6:41de valor social, ou seja,
não é só um bem ambiental. -
6:41 - 6:44A gente mata dois coelhos
com uma cajadada só: -
6:44 - 6:46a gente protege o meio ambiente
e pode incluir as pessoas, -
6:46 - 6:48a partir dos materiais recicláveis.
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6:48 - 6:51Eles são geradores de trabalho
e renda, segundo a lei. -
6:51 - 6:53E eu acredito nisso.
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6:53 - 6:56Eles são promotores da cidadania.
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6:56 - 6:58Mas não é facil
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6:58 - 7:01conseguir brigar com as grandes empresas,
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7:01 - 7:04vou ser bem politicamente correto,
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7:04 - 7:06com as grandes empresas
que gerenciam os consórcios, -
7:06 - 7:13que têm relações "estranhas"
com as prefeituras, -
7:13 - 7:15com as campanhas políticas, e tudo mais.
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7:15 - 7:18Não é fácil, e conceito não falta,
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7:18 - 7:21conceito tem muito: economia circular,
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7:22 - 7:26"downcycling", "upcycling",
"Cradle to Cradle". -
7:26 - 7:27A gente pode usar milhões de jargões,
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7:27 - 7:30milhões de corzinhas,
e a lei colocou o lixo na moda. -
7:30 - 7:33O lixo está na moda hoje em dia.
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7:33 - 7:36Só que quero falar pra vocês
da beleza de um novo olhar. -
7:36 - 7:37E o meu lugar nessa história.
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7:37 - 7:40Eu comecei a empreender
aos nove anos de idade. -
7:40 - 7:42Meu pai queria que eu jogasse futebol.
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7:42 - 7:45Mas, como a gente não está
em minoria, eu também sou gay, -
7:45 - 7:50e eu comecei a empreender
aos nove anos de idade, -
7:50 - 7:52vendendo picolé e salgadinho.
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7:52 - 7:54Eu não queria jogar futebol, pai.
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7:54 - 7:55(Risos)
-
7:55 - 7:56Perdi meu pai aos 15 anos.
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7:56 - 8:00Eu não queria jogar futebol, e minha mãe
fazia salgadinho e picolé -
8:00 - 8:02e eu ia vender no campo,
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8:02 - 8:04enquanto as pessoas estavam
assistindo às partidas de futebol. -
8:05 - 8:07E não foi trabalho infantil,
não era forçado, -
8:07 - 8:09eu que pedia pra ela fazer.
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8:09 - 8:11Eu gostava muito disso.
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8:11 - 8:15E, por acaso do destino, eu fui fazer
faculdade de ciências farmacêuticas, -
8:15 - 8:16farmácia bioquímica.
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8:17 - 8:19Aos 13 anos de idade, um pouquinho antes,
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8:19 - 8:22depois que eu vendi picolé,
eu fui pra venda direta, -
8:22 - 8:27fazer venda porta a porta de produtos
cheirosos e coloridos e tudo mais. -
8:27 - 8:30Por acaso do destino, dez anos depois,
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8:30 - 8:32eu fui parar no laboratório
dessa grande empresa, -
8:32 - 8:35fazendo as fórmulas que eu vendia.
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8:36 - 8:39Eu trabalhei, depois,
na área de sustentabilidade. -
8:39 - 8:41Fui me relacionar
com as comunidades amazônicas. -
8:41 - 8:43Eu fazia vegetalização das fórmulas.
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8:43 - 8:47Tirava o que vinha do petróleo
e colocava o que vinha da floresta, -
8:47 - 8:48nessas fórmulas.
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8:49 - 8:52E, por sorte de ter encontrado a Luciana
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8:52 - 8:55que acreditou nos meus sonhos
e devaneios e falou: -
8:55 - 8:57"Você quer trabalhar com comunidade,
mesmo? Não pede demissão. -
8:57 - 9:00Vem cá, vamos te dar um projeto
na área de embalagem". -
9:00 - 9:02E eu tive a sorte de, por seis meses,
-
9:02 - 9:04construindo uma estratégia
pra essa empresa, -
9:04 - 9:08viajar de norte a sul, de leste a oeste
do país, conhecendo lixões, cooperativas, -
9:08 - 9:13catadores de rua e uma infinidade
de histórias e de vidas. -
9:14 - 9:16E foi onde eu encontrei o meu lugar.
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9:16 - 9:19Eu resolvi apoiar as mais de 1,1 mil
cooperativas de catadores -
9:19 - 9:21que existem no Brasil.
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9:21 - 9:25A gente começou a criar soluções,
métodos inovadores de educação, -
9:25 - 9:27métodos inovadores de investimento,
-
9:27 - 9:29uma série de processos
-
9:29 - 9:33pra apoiar a consolidação
das cooperativas de catadores, -
9:33 - 9:36nesse mercado emergente
a partir da Lei dos Resíduos. -
9:37 - 9:40Só que, com os recursos que são investidos
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9:40 - 9:44pelas prefeituras, pelos cidadãos,
na área de resíduos, -
9:44 - 9:47a gente não consegue fechar a conta.
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9:47 - 9:50A logística reversa é um mito
que eu quero desconstruir, -
9:50 - 9:52que vou desconstruir
aqui com vocês hoje. -
9:52 - 9:55O valor intrínseco do "mix" de materiais,
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9:55 - 9:57não estou falando de cada
material isoladamente, -
9:57 - 10:00porque se a gente olhar o alumínio,
ótimo, ele paga a conta. -
10:00 - 10:02Todo mundo pega alumínio,
o porteiro, a empregada, -
10:02 - 10:05todo mundo quer alumínio pra vender
e gerar uma rendinha extra, -
10:05 - 10:08porque nosso degrau de desigualdade
social é muito grande. -
10:09 - 10:11Mas o mix de produtos e todos os custos,
-
10:11 - 10:15quando uma cooperativa tem que sair
dos seus portões e buscar esses materiais, -
10:15 - 10:18fazer a coleta seletiva,
não fecha a conta. -
10:18 - 10:21A conta não fecha, e a gente
precisa de recursos adicionais, -
10:21 - 10:24pagar pelos serviços ambientais urbanos
que esses catadores -
10:24 - 10:28e essas cooperativas prestam pra gente.
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10:28 - 10:33Com muito pragmatismo,
depois de toda a emoção, -
10:33 - 10:34eu vivi por muito tempo isso,
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10:34 - 10:36faz mais de dez anos
que trabalho com esse tema; -
10:36 - 10:41eu vivi com ONGs, eu vivi com pessoas
que eram mais assistencialistas, -
10:41 - 10:43fiz muito julgamento, questionei,
-
10:43 - 10:46eu sou briguento, não sou calminho
assim como vocês estão vendo, -
10:46 - 10:48mas fui aprendendo.
-
10:48 - 10:51Entrei no meu quinto setênio
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10:51 - 10:54e eu estou mais tranquilo,
e, com muito pragmatismo, -
10:54 - 10:58a gente resolveu criar
um sistema tecnológico -
10:58 - 11:03que orienta esse processo
de remuneração do serviço. -
11:04 - 11:07Então a gente rastreia
todos os dados, de ponta a ponta. -
11:07 - 11:10A gente criou um sistema
que, através das notas fiscais, -
11:10 - 11:13todo mundo que participa, no futuro,
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11:13 - 11:17do consumidor à indústria
de reciclagem de fato, -
11:17 - 11:19enviam esses dados
pra uma plataforma central, -
11:19 - 11:23essa plataforma central,
através de rastreabilidade, -
11:23 - 11:25cria lastros e a gente gera certificados.
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11:25 - 11:28Assim como os certificados
de crédito de carbono, -
11:28 - 11:30a gente vai criar os certificados
de logística reversa. -
11:30 - 11:34E, na proporção do que uma cooperativa
ou qualquer outro empreendimento -
11:34 - 11:37apoiou para o material entrar de volta
-
11:37 - 11:39no ciclo produtivo,
no ciclo de reciclagem, -
11:39 - 11:45a gente redistribui de 85 a 90%
do valor da venda desse certificado, -
11:45 - 11:49pra cadeia de reciclagem,
-
11:49 - 11:53de forma transparente,
inclusiva e econômica. -
11:53 - 11:55Com isso a gente busca implementar
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11:55 - 11:57o pagamento pelo serviço ambiental urbano.
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11:57 - 11:59Esse é nosso grande objetivo;
-
11:59 - 12:03a gente já está dialogando
com grandes clientes e grandes empresas, -
12:03 - 12:05pra implementar esse modelo.
-
12:05 - 12:07Isso não foi o que a lei escolheu.
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12:07 - 12:09No Brasil a gente tem
uma série de processos -
12:09 - 12:12que fazem com que a lei
seja o mais branda possível. -
12:12 - 12:16Esse é o modelo europeu, mas a gente está
buscando tropicalizar o modelo europeu, -
12:16 - 12:20reconhecendo as cooperativas
de catadores no Brasil. -
12:21 - 12:24A gente está em construção, tem uma série
de áreas em que a gente atua, -
12:24 - 12:28eu apoio cooperativas criando conteúdos,
-
12:28 - 12:30criando comunicação
pra reciclagem, e tudo mais, -
12:30 - 12:34mas a gente acredita que, no futuro,
vai conseguir mudar as regras do jogo -
12:34 - 12:37e esse vai ser o modelo de investimento
em cooperativas de catadores. -
12:37 - 12:41E, assim, os fabricantes vão poder
pagar de forma transparente, -
12:41 - 12:44na proporção do material que ele coloca,
-
12:44 - 12:45não precisa ser a mesma embalagem,
-
12:45 - 12:51mas a massa daquele material
que ele coloca no lugar que nós ocupamos, -
12:53 - 12:56que é o meio ambiente,
que é a casa de todos nós, a Terra, -
12:56 - 13:00ele pode pagar, na proporção
do que os elos da cadeia de reciclagem -
13:00 - 13:05ajudaram a retirar,
pra reconhecer esse trabalho. -
13:05 - 13:09Assim, a gente vai conseguir
sair do papel e ir pra prática, -
13:09 - 13:11com a lógica da economia circular,
-
13:11 - 13:13minimizar a disposição em aterros,
-
13:13 - 13:16minimizar "o que vai pra fora",
-
13:16 - 13:19promover de fato economia circular,
-
13:19 - 13:23reciclagem, buscar tecnologias;
-
13:23 - 13:28assim a gente vai viver a dinâmica
da inovação também na área de resíduos. -
13:28 - 13:30Porque as embalagens vão mudar,
-
13:30 - 13:33vão ficar mais leves,
mais difíceis de reciclar, -
13:33 - 13:36e a gente continua estudando
tecnologias pra reciclar isso, -
13:36 - 13:39mas a gente também vai precisar
de uma cadeia que se reinvente, -
13:39 - 13:42que tenha novos processos,
que tenha novos serviços, -
13:42 - 13:47pra promover a reinserção desses materiais
nas cadeias produtivas. -
13:47 - 13:50E assim acredito que, juntos,
-
13:50 - 13:55podemos transformar o futuro
da reciclagem no Brasil. -
13:56 - 13:57Muito obrigado.
-
13:57 - 13:59(Aplausos)
- Title:
- We trash: recicle sua relação com seu lixo! | Mateus Mendonça | TEDxLaçador
- Description:
-
“Eu amo lixo, amo vocês e amo quem ama o lixo.”
De onde vem e para onde vai o que a gente consome? Cada brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo por dia. Em 2014, foram gerados 78,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos. E não existe o lado de fora quando o assunto é o lixo que produzimos. Tem muita riqueza no lixo, e é disso que Mateus veio falar.Mateus Mendonça é especialista em tecnologias de reciclagem e estratégias de negócios sociais, cofundador da Giral, NewHope Ecotech e Vivei.ro Inovação Social, finalista do Prêmio INDEX Design to Improve Life, ganhador do Prêmio Stephan Schmidheiny na categoria Produção Responsável e reconhecido como um dos 10 jovens inovadores de 2015 pelo MIT Technology Review.
Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx
- Video Language:
- Portuguese, Brazilian
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 14:06