Hans Rosling mostra as melhores estatísticas que você já viu
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0:00 - 0:05Há uns 10 anos, assumi a tarefa
de ensinar desenvolvimento global -
0:05 - 0:07a estudantes universitários suecos.
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0:07 - 0:10Isto foi após ter passado cerca de 20 anos
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0:10 - 0:14em instituições africanas
estudando a fome na África, -
0:14 - 0:17então esperava-se
que eu soubesse um pouco sobre o mundo. -
0:17 - 0:21Iniciei na nossa faculdade de medicina,
Karolinska Institute, -
0:21 - 0:24um curso para universitários,
chamado Saúde Global. -
0:24 - 0:28Quando surge uma oportunidade dessas,
fica-se um pouco nervoso. -
0:28 - 0:31Estes estudantes que aqui chegam, pensei eu,
têm as maiores notas que se pode obter -
0:31 - 0:34nos sistemas educacionais suecos,
então talvez já saibam tudo -
0:34 - 0:38que lhes estou prestes a ensinar.
Quando chegaram, fiz um pré-teste. -
0:38 - 0:41Um dos assuntos
sobre os quais aprendi muita coisa foi: -
0:41 - 0:45“Que país tem a maior taxa de mortalidade
dentre estes cinco pares?” -
0:45 - 0:49Juntei-os de forma
que em cada par de países, -
0:49 - 0:52um tivesse o dobro
da taxa de mortalidade do outro. -
0:56 - 0:57Isto significa que a diferença
é muito maior -
0:57 - 0:59do que a incerteza quanto aos dados.
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0:59 - 1:01Não pretendo testá-los aqui,
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1:01 - 1:06mas é a Turquia e depois Polônia,
Rússia, Paquistão e África do Sul. -
1:06 - 1:09E estes foram os resultados
dos estudantes suecos. -
1:09 - 1:11Dessa forma obtive
o intervalo de confiança, -
1:11 - 1:14que é bem estreito, e fiquei feliz, claro:
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1:14 - 1:161,8 respostas certas dentre cinco possíveis.
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1:16 - 1:19Significa que havia lugar
para um professor de saúde internacional – -
1:19 - 1:21(Risos) e para meu curso.
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1:21 - 1:25Uma noite, bem tarde,
quando eu compilava o relatório, -
1:25 - 1:29compreendi realmente minha descoberta.
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1:29 - 1:34Mostrei que os melhores estudantes
sabiam, estatisticamente, muito menos -
1:34 - 1:36sobre o mundo do que os chimpanzés.
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1:36 - 1:38(Risos)
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1:38 - 1:42Os chimpanzés
acertariam a metade se eu lhes desse -
1:42 - 1:45duas bananas com Sri Lanka e Turquia.
Na metade dos casos estariam certos. -
1:45 - 1:49Mas os estudantes não estão lá.
Para mim, o problema não era a ignorância: -
1:49 - 1:52eram idéias preconcebidas.
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1:52 - 1:56Também fiz uma pesquisa não ética
dos professores do Karolinska Institute -
1:56 - 1:57(Risos)
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1:57 - 1:59- que distribui o Prêmio Nobel de Medicina,
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1:59 - 2:01e eles estão empatados com os chimpanzés.
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2:01 - 2:04(Risos)
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2:04 - 2:08Então entendi que havia realmente
uma necessidade de comunicar, -
2:08 - 2:11devido aos dados
sobre o que acontecia no mundo -
2:11 - 2:14e a saúde das crianças
de que cada país tem consciência. -
2:14 - 2:18Fizemos este software
que exibe os fatos assim: -
2:21 - 2:25cada bolha é um país.
Este país aqui é a China. Este é a Índia. -
2:25 - 2:31O tamanho da bolha é a população
e neste eixo pus a taxa de fertilidade. -
2:31 - 2:34Por causa dos meus estudantes,
pelo que disseram -
2:34 - 2:36quando olharam para o mundo
lhes perguntei: -
2:36 - 2:38“O que é que vocês realmente pensam
sobre o mundo?” -
2:38 - 2:42Primeiro descobri que o livro texto era,
principalmente, ficção. -
2:42 - 2:43(Risos)
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2:43 - 2:46Disseram: “O mundo
ainda é sobre “nós” e “eles”. -
2:46 - 2:49Somos o mundo ocidental
e eles são o Terceiro Mundo.” -
2:49 - 2:52“E o que entendem
por Terceiro Mundo?”, perguntei. -
2:52 - 2:57“Bem, temos vida longa e família pequena.
O Terceiro Mundo tem vida curta e família grande.” -
2:57 - 3:03Foi o que pude exibir aqui.
Pus a taxa de fertilidade aqui: número de filhos por mulher, -
3:03 - 3:07um, dois, três, quatro, até oito filhos por mulher.
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3:07 - 3:13Temos bons dados desde 1962 ou 1960
sobre as famílias em todos os países. -
3:13 - 3:16A margem de erro é estreita.
Aqui está a expectativa de vida no nascimento, -
3:16 - 3:20desde 30 anos em alguns países até uns 70 anos.
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3:20 - 3:23Em 1962 havia um grupo grande de países aqui.
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3:23 - 3:28Países industrializados,
com famílias pequenas e vida longa. -
3:28 - 3:30E estes eram países em desenvolvimento:
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3:30 - 3:33tinham famílias grandes e vidas relativamente curtas.
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3:33 - 3:37O que aconteceu desde 1962? Queremos ver a mudança.
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3:37 - 3:40Os estudantes estão certos? Ainda existem dois tipos de países?
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3:41 - 3:44Ou estes países em desenvolvimento tiveram famílias menores e vivem aqui?
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3:44 - 3:46Ou tiveram vidas longas e vivem ali?
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3:46 - 3:49Vejamos. Paramos o mundo. Estas são estatísticas das Nações Unidas
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3:49 - 3:52que ficaram disponíveis. Vamos lá. Conseguem ver ali?
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3:52 - 3:55É a China ali, esforçando-se para melhorar a saúde, melhorando ali.
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3:55 - 3:58Os países verdes da América Latina tendem a ter famílias menores.
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3:58 - 4:01Os amarelos aqui são os países árabes,
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4:01 - 4:05eles têm famílias maiores mas -- não, vida mais longa, mas não famílias maiores.
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4:05 - 4:08Os africanos são os verdes aqui em baixo. Ainda continuam aqui.
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4:08 - 4:11Isto é a Índia e a Indonésia, prosseguindo bem rápido.
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4:11 - 4:12(Risos)
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4:12 - 4:15E aqui, na década de 80, está Bangladesh, ainda entre os países africanos ali.
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4:15 - 4:18Mas agora Bangladesh – é um milagre o que acontece na década de 80:
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4:18 - 4:21os imãs começam a promover o planejamento familiar.
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4:21 - 4:26Subiram para aquele canto. E nos anos 90 temos a terrível epidemia de HIV
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4:26 - 4:29que reduz a expectativa de vida dos países africanos
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4:29 - 4:33e o restante se desloca para cima, para o canto,
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4:33 - 4:37onde temos vidas longas, famílias pequenas, e vemos um mundo totalmente novo.
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4:37 - 4:50(Aplausos)
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4:50 - 4:55Vamos fazer uma comparação direta entre os Estados Unidos e o Vietnã.
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4:55 - 5:001964. Nos Estados Unidos as famílias são pequenas e a vida é longa,
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5:00 - 5:04no Vietnã as famílias são grandes e a vida é curta. E acontece o seguinte:
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5:04 - 5:10os dados durante a guerra indicam que, mesmo com todas as mortes,
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5:10 - 5:13houve melhoria na expectativa de vida. Ao final do ano
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5:13 - 5:16começou o planejamento familiar no Vietnã e o tamanho das famílias diminuiu.
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5:16 - 5:19Os Estados Unidos estão lá em cima, conseguindo vidas mais longas,
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5:19 - 5:22mantendo o tamanho das famílias. E agora nos anos 80,
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5:22 - 5:25desistiram do planejamento comunista e se viram para a economia de mercado,
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5:25 - 5:29um movimento mais rápido do que a vida social. Hoje em dia temos
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5:29 - 5:34aqui no Vietnã a mesma expectativa de vida e o mesmo tamanho de família,
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5:34 - 5:41em 2003, como nos Estados Unidos em 1974, ao final da guerra.
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5:41 - 5:45Acho que nós – se não prestarmos atenção aos dados –
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5:45 - 5:49subestimamos a tremenda mudança na Ásia, que passava por
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5:49 - 5:53mudanças sociais antes de virmos a mudança econômica.
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5:53 - 5:58Vejamos outro modo para conseguirmos exibir
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5:58 - 6:05a distribuição da renda no mundo. Esta é a distribuição da renda das pessoas no mundo.
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6:05 - 6:10Um dólar, dez dólares ou 100 dólares por dia.
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6:10 - 6:14Não existe mais intervalo entre rico e pobre. Isto é um mito.
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6:14 - 6:18Há uma leve subida aqui. Mas há pessoas na curva toda.
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6:19 - 6:23E se olharmos onde a renda termina – a renda --
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6:23 - 6:29isto é o total dos rendimentos anuais do mundo. E os 20 por cento mais ricos,
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6:29 - 6:36tiram daí uns 74 por cento e os 20 por cento mais pobres,
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6:36 - 6:41tiram uns dois por cento. Isto mostra que o conceito
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6:41 - 6:45de países em desenvolvimento é extremamente duvidoso. Pensamos em ajuda, como
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6:45 - 6:50se estas pessoas estivessem ajudando estas aqui. Mas no meio,
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6:50 - 6:54temos a maioria da população mundial, e eles agora têm 24 por cento da renda.
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6:54 - 6:58Ouvimos de outras maneiras. Quem são eles?
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6:58 - 7:02Onde estão os países diferentes? Posso mostrar-lhes a África.
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7:02 - 7:07Isto é a África. Dez por cento da população e a maioria na pobreza.
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7:07 - 7:12Isto é a OCDE. O país rico. O "country clube" das Nações Unidas.
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7:12 - 7:17Nós estamos deste lado. Quase uma superposição entre a África e a OCDE.
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7:17 - 7:20Aqui está a América Latina. Ela tem de tudo neste planeta,
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7:20 - 7:23do mais pobre ao mais rico, na América Latina.
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7:23 - 7:28Sobre tudo isto podemos colocar a Europa Oriental, podemos colocar a Ásia Oriental,
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7:28 - 7:33e colocamos o Sul da Ásia. Se voltarmos no tempo, como ela era,
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7:33 - 7:38lá por 1970? Naquela época a curva era maior.
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7:38 - 7:42E a maioria dos que viviam na pobreza era de asiáticos.
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7:42 - 7:49O problema no mundo era a pobreza na Ásia. Se eu agora deixar o mundo seguir em frente,
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7:49 - 7:52vocês verão que embora a população aumente, há
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7:52 - 7:55centenas de milhões na Ásia saindo da pobreza e alguns outros
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7:55 - 7:58entrando na pobreza, e este é o padrão atual.
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7:58 - 8:02A melhor projeção do Banco Mundial é que isto acontecerá,
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8:02 - 8:06e não teremos um mundo dividido. Teremos a maioria das pessoas no meio.
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8:06 - 8:08É claro que esta é uma escala logarítmica,
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8:08 - 8:13mas nosso conceito de economia é desenvolvimento com percentagem. Consideramos isso
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8:13 - 8:19uma possibilidade de aumento percentual. Se eu mudar isto e pegar
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8:19 - 8:23o PIB per capita em vez da renda familiar e transformar estes
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8:23 - 8:29dados individuais em dados regionais de produto interno bruto,
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8:29 - 8:33e consider as regiões ali em baixo, o tamanho da bolha ainda se refere à população.
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8:33 - 8:36A ali está a OCDE, e ali a África Subsaariana,
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8:36 - 8:39e tiramos os estados árabes ali,
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8:39 - 8:43vindo da África e da Ásia e os colocamos separados,
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8:43 - 8:48e podemos aumentar este eixo, e dar uma nova dimensão aqui,
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8:48 - 8:51somando os valores sociais ali e sobrevivência infantil.
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8:51 - 8:56Agora temos dinheiro naquele eixo e a possibilidade de sobrevivências das crianças ali.
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8:56 - 9:00Em alguns países, 99,7 por cento das crianças sobrevivem até os cinco anos de idade;
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9:00 - 9:04em outros, apenas 70. E aqui parece haver uma lacuna
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9:04 - 9:08entre a OCDE, a América Latina, a Europa Oriental e a Ásia Oriental,
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9:08 - 9:12os estados árabes, o sul da Ásia e a África Subsaariana.
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9:12 - 9:17A linearidade é bastante forte entre sobrevivência infantil e dinheiro.
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9:17 - 9:25Mas vamos dividir a África Subsaariana. Ali está a saúde e ali em cima está uma saúde melhor.
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9:25 - 9:30Posso vir aqui e dividir a África Subsaariana em seus países.
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9:30 - 9:35Quando explode, o tamanho da bolha do seu país é do tamanho da população.
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9:35 - 9:39Lá em baixo está Serra Leoa. Maurício lá em cima. Maurício foi o primeiro país
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9:39 - 9:42a acabar com as barreiras comerciais e poder vender seu açúcar.
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9:43 - 9:48Podiam vender artigos têxteis nas mesmas condições que as pessoas na Europa e na América do Norte.
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9:48 - 9:52Há uma enorme diferença entre a África. Gana está aqui no meio.
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9:52 - 9:55Em Serra Leoa, ajuda humanitária.
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9:55 - 10:00Aqui em Uganda, ajuda para desenvolvimento. Aqui, tempo para investir, ali,
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10:00 - 10:03pode-se ir nas férias. Há uma variação enorme
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10:03 - 10:08na África que raramente percebemos. Achamos que é tudo igual.
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10:08 - 10:12Posso dividir o sul da Ásia aqui. A Índia é a bolha grande no meio.
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10:12 - 10:16Mas há uma grande diferença entre o Afeganistão e o Sri Lanka.
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10:16 - 10:20Posso dividir os estados árabes. Como eles são? Mesmo clima, mesma cultura,
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10:20 - 10:24mesma religião. Diferenças enormes. Mesmo entre vizinhos.
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10:24 - 10:29No Iêmen, guerra civil. Nos Emirados Árabes Unidos, o dinheiro foi bem aplicado e com bastante igualdade.
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10:29 - 10:36Não como diz o mito. E isto inclui as crianças de trabalhadores estrangeiros que estão no país.
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10:36 - 10:40Muitas vezes os dados são melhores do que se imagina. Muitas pessoas dizem que os dados são ruins.
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10:41 - 10:43Existe uma margem de incerteza, mas podemos ver a diferença aqui:
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10:43 - 10:46Camboja, Singapura. As diferenças são muito maiores
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10:46 - 10:49do que a fraqueza dos dados. Europa Oriental:
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10:49 - 10:55Por muito tempo, economia soviética, mas dez anos mais tarde surgem
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10:55 - 10:58muito, muito diferentes. Aqui está a América Latina.
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10:58 - 11:02Hoje em dia não precisamos ir a Cuba para encontrar um país saudável na América Latina.
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11:02 - 11:07Em alguns anos a taxa de mortalidade infantil no Chile será menor do que a de Cuba.
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11:07 - 11:10E aqui temos os países de alta renda na OCDE.
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11:10 - 11:14E aqui temos o padrão mundial completo,
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11:14 - 11:19mais ou menos como isto. Se o observarmos,
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11:19 - 11:25como se parece – no mundo, em 1960, ele começa a se mover. 1960.
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11:25 - 11:28Este é Mao Tse-tung. Ele trouxe saúde à China. Depois morreu.
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11:28 - 11:33Então chegou Deng Xiaoping e trouxe dinheiro à China, e a levou novamente à corrente dominante.
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11:33 - 11:37Vimos como os países se movem em direções diferentes, assim,
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11:37 - 11:41então é um pouco difícil conseguir
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11:41 - 11:46um país de exemplo que mostre o padrão mundial.
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11:46 - 11:52Gostaria de trazê-los de volta para cá, mais ou menos a 1960.
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11:52 - 12:02Gostaria de comparar a Coréia do Sul, que está aqui, com o Brasil,
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12:02 - 12:07que está aqui. Neste ponto a etiqueta fugiu de mim. Eu gostaria de comparar Uganda,
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12:07 - 12:12que está ali. Posso seguir em frente, assim.
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12:12 - 12:21Observem que a Coréia do Sul está avançando com muita rapidez,
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12:21 - 12:24enquanto que o Brasil vai muito mais devagar.
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12:24 - 12:30Se retornarmos de novo, aqui, e colocarmos rastros neles, assim,
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12:30 - 12:34vocês podem ver que a velocidade de desenvolvimento
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12:34 - 12:40é muito, mas muito diferente e que os países estão se movendo mais ou menos
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12:40 - 12:44na mesma proporção do dinheiro e da saúde, mas parece que você pode se mover
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12:44 - 12:48com muito mais rapidez se primeiro estiver saudável do que se for rico.
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12:49 - 12:53Para mostrar isto, podemos colocar os Emirados Árabes Unidos no caminho.
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12:53 - 12:56Eles vieram daqui, um país mineral. Venderam todo o petróleo,
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12:56 - 13:00conseguiram todo o dinheiro, mas não se pode comprar saúde em supermercados.
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13:00 - 13:04É preciso investir em saúde. As crianças têm que ir à escola.
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13:04 - 13:07É necessário treinar equipes de saúde. Educar a população.
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13:07 - 13:10O Xeque Sayed o fez de um modo bastante bom.
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13:10 - 13:14Apesar da queda no preço do petróleo, ele trouxe este país aqui para cima.
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13:14 - 13:18Assim temos um aspecto muito maior de corrente dominante do mundo,
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13:18 - 13:20onde todos os países tendem a usar melhor seu dinheiro
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13:20 - 13:25do que usaram no passado. Isto se vê, mais ou menos,
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13:25 - 13:32se observarem os dados médios dos países. Eles são assim.
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13:32 - 13:37Usar média de dados é perigoso, porque há muitas
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13:37 - 13:43diferenças entre países. Se olharmos ali, podemos ver
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13:43 - 13:49que hoje Uganda está onde a Coréia do Sul estava em 1960. Se dividirmos Uganda,
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13:49 - 13:54vemos a grande diferença no país. Estes são os quintis de Uganda.
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13:54 - 13:57Os 20 por cento mais ricos de Uganda estão ali.
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13:57 - 14:01Os mais pobres estão ali em baixo. Se dividirmos a África do Sul, é assim.
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14:01 - 14:06Se descermos e observarmos a Nigéria, onde houve uma escassez terrível,
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14:06 - 14:11é assim. Os 20 por cento mais pobres da Nigéria estão aqui,
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14:11 - 14:14e os 20 por cento mais ricos da África do Sul estão ali,
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14:14 - 14:19e ainda tendemos a discutir como solucionar os problemas da África.
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14:19 - 14:22Tudo neste mundo existe na África. E você não pode
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14:22 - 14:26discutir acesso universal ao HIV [medicina] para aquele quintil ali em cima
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14:26 - 14:30com a mesma estratégia daqui de baixo. A melhoria do mundo
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14:30 - 14:35precisa ser altamente contextualizada e não é relevante tê-la
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14:35 - 14:38em nível regional. Temos que ser mais detalhados.
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14:38 - 14:42Achamos que os estudantes ficam muito animados quando podem usar isto.
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14:42 - 14:47E cada vez mais elaboradores de políticas e o setor corporativo gostariam de ver
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14:47 - 14:51como o mundo está mudando. Por que isto não ocorre?
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14:51 - 14:55Por que não estamos usando os dados que temos? Temos dados nas Nações Unidas,
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14:55 - 14:57nas agências nacionais de estatística
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14:57 - 15:01e em universidades e outras organizações não governamentais.
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15:01 - 15:03Porque os dados estão ocultos nos bancos de dados.
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15:03 - 15:08E o público está aí, e a Internet está aí, mas ainda não a usamos com eficiência.
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15:08 - 15:11Todas as informações que vimos mudando no mundo
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15:11 - 15:15não incluem estatísticas patrocinadas publicamente. Há algumas páginas na Internet
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15:15 - 15:21como esta, mas são alimentadas pelos bancos de dados,
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15:21 - 15:26e as pessoas estabelecem preços para elas, senhas estúpidas e estatísticas enfadonhas.
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15:26 - 15:29(Risos). (Aplausos).
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15:29 - 15:33Isto não vai funcionar. Então, o que é necessário? Temos os bancos de dados.
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15:33 - 15:37Vocês não precisam de novos bancos de dados. Temos ferramentas de projeto maravilhosas,
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15:37 - 15:40e a cada momento são acrescentadas outras. Então começamos
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15:40 - 15:45um empreendimento sem fins lucrativos que chamamos de – vinculação de dados a projeto -
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15:45 - 15:48chamamos de Gapminder (Alerta para o vão), do metrô de Londres, onde alertam:
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15:48 - 15:51“Cuidado com o vão.” Então pensamos que o nome era apropriado.
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15:51 - 15:55Começamos a desenvolver um software que poderia juntar os dados desta forma.
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15:55 - 16:01Não foi muito difícil. Demorou alguns anos, e produzimos animações.
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16:01 - 16:03Você pode pegar um conjunto de dados e inseri-lo lá.
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16:03 - 16:08Estamos liberando dados das Nações Unidas, de algumas poucas organizações.
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16:08 - 16:12Alguns países aceitam a divulgação de seus bancos de dados ao mundo,
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16:12 - 16:15mas o que realmente precisamos é, evidentemente, de uma função de busca.
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16:15 - 16:20Uma função de busca que nos permita copiar os dados em um formato adequado
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16:20 - 16:23e revelá-los ao mundo. E o que ouvimos durante nossa busca?
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16:23 - 16:27Fiz antropologia nas principais unidades estatísticas. Todos dizem:
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16:28 - 16:32“É impossível. Isto não pode ser feito. Nossas informações são muito peculiares
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16:32 - 16:35quanto aos detalhes, então não é possível pesquisá-las como as outras.
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16:35 - 16:40Não podemos dar os dados de graça aos estudantes, de graça aos empreendedores do mundo.”
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16:40 - 16:43Mas é o que gostaríamos de ver, não é mesmo?
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16:43 - 16:46Os dados patrocinados publicamente estão ali em baixo.
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16:46 - 16:49E gostaríamos de ver flores crescendo na Internet.
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16:49 - 16:54Um dos pontos cruciais é torná-los passíveis de pesquisa,
assim as pessoas podem usar -
16:54 - 16:56uma ferramenta de projeto
diferente para animá-los ali. -
16:56 - 17:01Tenho boas notícias para vocês.
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17:01 - 17:03E boas notícias de que o novo e atual
chefe das Estatísticas das Nações Unidas -
17:03 - 17:05não diz que é impossível.
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17:05 - 17:07Ele só diz: “Nós não podemos fazê-lo.”
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17:07 - 17:11(Risos)
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17:11 - 17:13É um sujeito bastante esperto, não é mesmo?
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17:13 - 17:15(Risos)
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17:15 - 17:19Então podemos ver muita coisa
acontecendo nos dados nos próximos anos. -
17:19 - 17:23Poderemos analisar distribuições de renda
de formas totalmente diferentes. -
17:23 - 17:28Esta é a distribuição
da renda na China, 1970. -
17:29 - 17:34Esta é a distribuição da renda
nos Estados Unidos, 1970. -
17:34 - 17:38Quase sem superposição.
Quase sem superposição. O que aconteceu? -
17:38 - 17:43Aconteceu que a China está em crescimento,
não será mais tão igual por muito tempo, -
17:43 - 17:47e está aparecendo aqui,
com vista para os Estados Unidos. -
17:47 - 17:49Quase como um fantasma, não é?
-
17:49 - 17:51(Risos)
-
17:51 - 18:01É bem assustador, mas considero
muito importante ter tais informações. -
18:01 - 18:07Nós realmente precisamos vê-las.
Em vez de olhar para isto, -
18:07 - 18:12eu gostaria de acabar
mostrando os usuários de Internet por 1000. -
18:12 - 18:17Neste software, acessamos cerca de 500 variáveis
de todos os países com muita facilidade. -
18:17 - 18:21Demora um pouco para mudar disto,
-
18:21 - 18:26mas nos eixos vocês
podem obter facilmente qualquer variável. -
18:26 - 18:31O problema seria obter
os bancos de dados de graça, -
18:31 - 18:34tornar possível a busca e,
com um segundo clique, transformá-los -
18:34 - 18:39em formatos gráficos,
onde é possível entendê-los com facilidade. -
18:39 - 18:42Os estatísticos não gostam disso,
porque dizem que não mostra a realidade; -
18:42 - 18:51que precisamos
de métodos estatísticos, analíticos. -
18:51 - 18:54Mas isto é geração de hipóteses.
-
18:54 - 18:58Eu termino com o mundo.
Ali, a Internet está chegando. -
18:58 - 19:01O número de usuários da Internet
está aumentando assim. -
19:01 - 19:04Isto é o PIB per capita.
-
19:04 - 19:07É a chegada de uma nova tecnologia,
mas é impressionante como -
19:07 - 19:12se ajusta à economia dos países.
É por isso que o computador -
19:12 - 19:15de 100 dólares será tão importante.
É uma bela tendência. -
19:15 - 19:18É como se o mundo estivesse
se achatando, não é? -
19:18 - 19:21Estes países estão subindo mais
do que a economia e será mais interessante -
19:21 - 19:25acompanhar isto durante o ano,
como eu gostaria de poder fazer -
19:25 - 19:27com todos os dados
patrocinados publicamente. -
19:27 - 19:29Muito obrigado.
-
19:29 - 19:31(Aplausos)
- Title:
- Hans Rosling mostra as melhores estatísticas que você já viu
- Speaker:
- Hans Rosling
- Description:
-
Você nunca viu dados apresentados desta forma. Com o drama e a urgência de um narrador esportivo, o guru de estatísticas Hans Rosling desvenda mitos sobre o chamado "mundo em desenvolvimento".
- Video Language:
- English
- Team:
closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 19:33
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Elena Crescia edited Portuguese, Brazilian subtitles for The best stats you've ever seen | |
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