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Como criar um mundo em que ninguém tenha que esperar por um transplante

  • 0:01 - 0:02
    Olá a todos.
  • 0:02 - 0:05
    Vou apresentar-vos a Laika.
  • 0:06 - 0:10
    Para muita gente, a Laika
    é apenas um porquinho amoroso.
  • 0:11 - 0:14
    Mas, para centenas de milhares de doentes
  • 0:14 - 0:17
    que precisam de um órgão salvador,
  • 0:17 - 0:20
    a Laika e um símbolo de esperança.
  • 0:22 - 0:24
    Desde os anos 70,
  • 0:24 - 0:28
    quando os transplantes de órgãos
    passaram a ser uma opção real,
  • 0:28 - 0:32
    para doentes com falência renal
    e outras doenças de órgãos,
  • 0:32 - 0:35
    o fornecimento de órgãos
    tem sido um problema.
  • 0:35 - 0:37
    Nas últimas décadas,
  • 0:37 - 0:42
    o problema só piorou, porque a procura
    de órgãos aumentou exponencialmente.
  • 0:43 - 0:46
    Atualmente, nos EUA,
  • 0:46 - 0:50
    há cerca de 115 000 doentes
  • 0:50 - 0:53
    com necessidade de um transplante
    de órgãos que lhes salve a vida.
  • 0:54 - 0:55
    No final desta minha palestra,
  • 0:55 - 0:59
    mais um doente será adicionado
    a essa lista.
  • 1:00 - 1:04
    Hoje, cerca de 100 pessoas
    receberão um novo órgão,
  • 1:05 - 1:07
    uma hipótese de recomeçarem a viver,
  • 1:07 - 1:10
    mas, no final do dia de hoje,
  • 1:10 - 1:13
    haverá outras 20 que morrerão.
  • 1:14 - 1:17
    A situação é terrível
  • 1:17 - 1:20
    para os doentes, para as famílias
  • 1:20 - 1:23
    e para os médicos
    que querem fazer mais.
  • 1:24 - 1:26
    Nalgumas partes do mundo,
  • 1:26 - 1:30
    a situação também se torna
    num problema social perturbador.
  • 1:30 - 1:32
    Na Ásia, por exemplo,
  • 1:32 - 1:36
    os "media" noticiaram
    que doentes desesperados
  • 1:36 - 1:40
    estão a obter órgãos
    no cruel mercado negro.
  • 1:42 - 1:47
    É óbvio que é necessária
    uma solução para esta crise.
  • 1:47 - 1:50
    Estão em jogo vidas humanas.
  • 1:51 - 1:54
    Enquanto bióloga e geneticista,
  • 1:54 - 1:58
    assumi a missão de ajudar
    a solucionar este problema.
  • 1:59 - 2:04
    Hoje, estou otimista, ao dizer
    que estamos a caminho disso,
  • 2:04 - 2:05
    graças à Laika.
  • 2:06 - 2:08
    Usando a tecnologia de alteração de genes,
  • 2:08 - 2:14
    é hoje possível criar sofisticadamente
    um órgão para transplante humano
  • 2:14 - 2:17
    que pode desenvolver-se em porcos,
    com toda a segurança.
  • 2:18 - 2:22
    Antes de saltarmos para a incrível ciência
    que possibilita que isto aconteça,
  • 2:22 - 2:27
    vamos compreender melhor
    o que é um xenotransplante.
  • 2:27 - 2:32
    É o processo de transplantar
    órgãos animais para seres humanos.
  • 2:32 - 2:35
    Podem perguntar:
    "Porquê órgãos de porco?"
  • 2:36 - 2:40
    Porque alguns porcos têm órgãos
    com dimensão e fisiologia semelhantes
  • 2:40 - 2:42
    aos órgãos humanos.
  • 2:42 - 2:45
    Na última metade do século passado,
  • 2:45 - 2:50
    pioneiros dos transplantes
    tentaram fazer isso
  • 2:50 - 2:53
    mas com êxito muito limitado
    ou nenhum.
  • 2:53 - 2:54
    Porquê?
  • 2:55 - 2:58
    Havia dois obstáculos fundamentais.
  • 2:58 - 3:01
    O primeiro era o problema da rejeição.
  • 3:01 - 3:05
    Quando o nosso sistema imunitário
    considera um órgão como um estranho,
  • 3:05 - 3:07
    vai rejeitá-lo.
  • 3:07 - 3:12
    Segundo, e este é específico
    dos órgãos do porco,
  • 3:13 - 3:17
    todos os porcos têm um vírus
    que é benigno para os porcos,
  • 3:17 - 3:20
    mas pode transmitir-se às pessoas.
  • 3:20 - 3:25
    Chama-se retrovírus endógeno
    porcino (PERV).
  • 3:25 - 3:32
    Este vírus pode causar
    uma epidemia viral semelhante ao VIH.
  • 3:32 - 3:37
    Sem uma forma eficaz
    de resolver estes problemas,
  • 3:37 - 3:43
    a área dos xenotransplantes
    tem estado suspensa há mais de 10 anos.
  • 3:44 - 3:48
    Pouco progresso houve, até hoje.
  • 3:49 - 3:54
    Vou contar-vos como aqui cheguei
    com a Laika.
  • 3:54 - 3:58
    O meu percurso começou
    na Montanha Emei, na China.
  • 3:58 - 4:03
    É o local muito bem descrito
    em muitas histórias lendárias,
  • 4:03 - 4:06
    como "O Tigre e o Dragão".
  • 4:06 - 4:08
    É o local a que chamo a minha terra.
  • 4:09 - 4:11
    Ao crescer na montanha,
  • 4:11 - 4:14
    comecei por ter uma forte
    ligação com a natureza.
  • 4:15 - 4:18
    Esta sou eu, aos sete anos
  • 4:18 - 4:21
    em frente de um antigo templo budista
  • 4:21 - 4:23
    com um macaco no ombro.
  • 4:23 - 4:27
    Ainda me lembro vivamente
    como os meus amigos e eu
  • 4:27 - 4:30
    espalhávamos amendoins
    para distrair os macacos
  • 4:30 - 4:33
    para podermos passear
    pelo vale.
  • 4:34 - 4:35
    Eu adoro a natureza.
  • 4:35 - 4:38
    Quando chegou a altura
    de escolher uma área de estudo,
  • 4:38 - 4:43
    optei pela biologia
    na Universidade Peking em Beijing.
  • 4:44 - 4:46
    Mas, quanto mais aprendia,
  • 4:46 - 4:48
    mais dúvidas tinha.
  • 4:49 - 4:53
    Como é que a nossa constituição
    genética era tão semelhante à dos animais
  • 4:53 - 4:56
    e, no entanto, éramos tão diferentes?
  • 4:56 - 5:01
    Como é que o nosso sistema imunitário
    combatia tantos agentes patogénicos
  • 5:01 - 5:04
    e era suficientemente inteligente
    para não nos atacar a nós mesmos?
  • 5:04 - 5:07
    Perguntas como esta
    atormentavam-me.
  • 5:08 - 5:11
    Eu sabia que parece estranho,
    mas eu sou cientista.
  • 5:12 - 5:17
    Depois da faculdade, decidi
    que não queria só fazer perguntas.
  • 5:17 - 5:21
    Queria responder-lhes
    e foi o que fiz.
  • 5:22 - 5:26
    Em 2008, tive a sorte de ser aceite
  • 5:26 - 5:29
    no programa de doutoramento
    na Universidade de Harvard
  • 5:29 - 5:32
    e de trabalhar com o Dr. George Church.
  • 5:32 - 5:34
    Enquanto trabalhei
    no laboratório de Church,
  • 5:34 - 5:39
    comecei a aprender e a fazer experiências
    com a constituição genética de mamíferos.
  • 5:39 - 5:41
    Entre todas essas experiências,
  • 5:41 - 5:45
    uma, em particular,
    aproximou-me da Laika.
  • 5:46 - 5:51
    Em 2013, os meus colegas e eu
    alterámos uma célula humana,
  • 5:51 - 5:54
    usando um instrumento
    de que talvez tenham ouvido falar,
  • 5:54 - 5:56
    chamado CRISPR.
  • 5:56 - 5:59
    Fomos um dos dois primeiros grupos
  • 5:59 - 6:02
    a relatar o uso, com êxito,
    desse instrumento,
  • 6:02 - 6:04
    na alteração do nosso ADN.
  • 6:04 - 6:08
    Foi um momento de entusiasmo
    na descoberta científica.
  • 6:09 - 6:13
    O CRISPR de alteração do ADN
    tem dois componentes.
  • 6:13 - 6:17
    Tem uma tesoura, que se chama
    a enzima CRISPR
  • 6:17 - 6:20
    e aquilo a que chamamos um guia de ARN.
  • 6:20 - 6:24
    Pensem nele como uma tesoura genética
    com um microscópio.
  • 6:24 - 6:27
    O microscópio é um guia do ARN
  • 6:27 - 6:32
    que leva a tesoura ao sítio
    que queremos cortar e diz:
  • 6:32 - 6:33
    "É aqui".
  • 6:33 - 6:39
    A enzima CRISPR corta e repara
    o ADN da forma que queremos.
  • 6:40 - 6:43
    Pouco depois de divulgarmos
    o nosso estudo,
  • 6:43 - 6:47
    os médicos do Hospital Mass General
    ficaram intrigados
  • 6:47 - 6:50
    com as aplicações médicas
    da nossa investigação.
  • 6:51 - 6:52
    Entraram em contacto connosco
  • 6:52 - 6:56
    e, em conjunto, começámos a ver
    o possível uso do CRISPR
  • 6:56 - 6:59
    para solucionar a crise
    da escassez de órgãos.
  • 7:00 - 7:01
    Como é que fizemos?
  • 7:02 - 7:05
    É simples, mas muito complexo.
  • 7:06 - 7:10
    Começámos por fazer alterações
    em células de porcos
  • 7:10 - 7:12
    para as isentar do vírus
  • 7:12 - 7:15
    e ficarem compatíveis
    com a imunidade dos seres humanos.
  • 7:15 - 7:20
    Depois, implantámos o núcleo
    dessas células num ovo de porco
  • 7:20 - 7:23
    e deixámo-lo dividir-se num embrião.
  • 7:23 - 7:28
    Depois, colocámos o embrião resultante
    no útero de uma mãe de substituição
  • 7:28 - 7:30
    e deixámos que evoluísse
    até ser um porco.
  • 7:31 - 7:34
    Basicamente, é um procedimento
    de clonagem.
  • 7:34 - 7:39
    Prevemos que o porquinho tenha órgãos
    cuja constituição genética
  • 7:39 - 7:42
    não será rejeitada
    pelo sistema imunitário humano.
  • 7:43 - 7:46
    Em 2015, a nossa equipa decidiu
  • 7:46 - 7:49
    tratar primeiro do problema
    da transmissão viral.
  • 7:49 - 7:56
    Queríamos retirar todas
    as 62 cópias do vírus PERV
  • 7:56 - 7:58
    do genoma do porco
  • 7:58 - 8:02
    mas, naquela altura,
    era uma missão quase impossível.
  • 8:02 - 8:04
    Mesmo com o CRISPR,
  • 8:04 - 8:08
    só conseguíamos fazer uma ou duas
    modificações numa célula.
  • 8:09 - 8:15
    O recorde para o número de modificações
    que podemos fazer numa célula era cinco.
  • 8:15 - 8:21
    Tínhamos que aumentar o resultado
    em mais de 10 vezes, para lá chegar.
  • 8:21 - 8:25
    Com uma conceção muito cuidadosa
    e centenas de testes,
  • 8:25 - 8:28
    conseguimos eliminar todo o vírus,
  • 8:28 - 8:30
    e quebrar o recorde.
  • 8:30 - 8:33
    Mais importante ainda,
    os nossos estudos mostraram
  • 8:33 - 8:37
    que podíamos eliminar
    a possibilidade de aquele vírus perigoso
  • 8:37 - 8:40
    se transmitir aos seres humanos.
  • 8:41 - 8:45
    No ano passado, com uma célula
    modificada e a tecnologia de clonagem,
  • 8:45 - 8:50
    a nossa "start-up", eGenesis,
    produziu a Laika,
  • 8:50 - 8:55
    o primeiro porquinho do seu tipo,
    nascido sem PERV.
  • 8:55 - 8:59
    (Aplausos)
  • 8:59 - 9:03
    A Laika representa
    o primeiro passo fundamental
  • 9:03 - 9:07
    para instituir um xenotransplante seguro.
  • 9:07 - 9:09
    É também uma plataforma
  • 9:09 - 9:12
    em que podemos fazer
    mais modificações genéticas
  • 9:12 - 9:15
    para solucionar o problema
    da imunologia.
  • 9:15 - 9:20
    Desde aí, criámos
    mais de 20 porcos sem PERV
  • 9:20 - 9:26
    que talvez sejam os seres animais vivos
    geneticamente mais modificados do planeta.
  • 9:26 - 9:30
    Chamámos-lhe Laika
    como o cão soviético
  • 9:30 - 9:33
    que foi o primeiro animal
    a orbitar a Terra.
  • 9:34 - 9:37
    Esperamos que a Laika
    e os seus irmãos
  • 9:37 - 9:42
    nos possam levar a uma nova fronteira
    da ciência e da medicina.
  • 9:43 - 9:48
    Imaginem um mundo em que os doentes
    que sofrem de falência do fígado
  • 9:49 - 9:51
    possam ser salvos com um fígado novo
  • 9:51 - 9:54
    sem terem de esperar por um doador
  • 9:54 - 9:57
    ou que morra outro ser humano.
  • 9:58 - 10:02
    Imaginem um mundo em que
    as pessoas com diabetes
  • 10:02 - 10:05
    não tenham que depender da insulina,
    depois de cada refeição
  • 10:05 - 10:10
    porque podemos fornecer-lhes
    células pancreáticas sãs
  • 10:10 - 10:12
    que produzam insulina por si mesmas.
  • 10:13 - 10:18
    Imaginem um mundo
    em que os doentes com falência renal
  • 10:18 - 10:21
    não tenham que enfrentar
    o sacrifício da diálise.
  • 10:22 - 10:26
    Estamos a esforçar-nos
    por criar esse mundo,
  • 10:26 - 10:29
    um mundo sem escassez de órgãos.
  • 10:30 - 10:33
    Temos, finalmente, o instrumento
    para lidar com este problema
  • 10:33 - 10:36
    como nunca o pudemos fazer até aqui.
  • 10:36 - 10:39
    A Laika é apenas o começo
    da nossa caminhada.
  • 10:40 - 10:44
    Temos que ser muito humildes
    perante a natureza
  • 10:44 - 10:46
    porque há mais problemas a resolver,
  • 10:46 - 10:48
    incluindo a imunologia
  • 10:48 - 10:52
    e coisas que ainda não prevemos,
    nesta altura.
  • 10:54 - 11:00
    Mas é da nossa responsabilidade
    traduzir a ciência de ponta em medicina
  • 11:00 - 11:04
    para salvar a vida de todos
    os doentes que estão à espera.
  • 11:05 - 11:07
    Muito obrigada.
  • 11:07 - 11:10
    (Aplausos)
  • 11:18 - 11:21
    Chris Anderson: Luah,
    esse é um trabalho extraordinário.
  • 11:22 - 11:23
    Venha cá.
  • 11:24 - 11:28
    Quais são os próximos passos?
    Vocês já se livraram do vírus.
  • 11:28 - 11:30
    Os próximos passos vão dedicar-se
  • 11:30 - 11:34
    a chegar a um ponto em que
    o corpo humano não rejeite um transplante.
  • 11:34 - 11:37
    O que é que está envolvido nisso?
  • 11:37 - 11:40
    Luhan Yang: É um processo
    muito complicado
  • 11:40 - 11:44
    Temos que eliminar o antigene dos porcos.
  • 11:44 - 11:47
    Para além disso, podemos aprender
    muita coisa com o cancro.
  • 11:47 - 11:52
    Como é que o cancro
    invade ou ilude o nosso sistema imunitário
  • 11:52 - 11:56
    para podermos utilizar
    o truque do cancro
  • 11:56 - 11:59
    e implementá-lo no órgão do porco
  • 11:59 - 12:02
    para iludir o nosso sistema imunitário
    a não atacar o órgão.
  • 12:04 - 12:07
    CA: Quando é que calculam,
    quando é que esperam
  • 12:07 - 12:11
    que aconteça o primeiro
    transplante com êxito?
  • 12:12 - 12:15
    LY: Eu seria irresponsável
    se desse qualquer data.
  • 12:16 - 12:19
    CA: Estamos no TED.
    Somos sempre irresponsáveis.
  • 12:19 - 12:21
    LY: Mas estamos a trabalhar
    noite e dia
  • 12:21 - 12:23
    tentando que isso possa acontecer
    com os doentes.
  • 12:23 - 12:26
    CA: Então não pode dizer
    se acha que vai ocorrer
  • 12:26 - 12:29
    dentro de 10 ou 5 anos,
    ou qualquer coisa assim?
  • 12:29 - 12:32
    LY: Claro que esperamos que ocorra
    dentro de 10 anos.
  • 12:32 - 12:34
    (Risos)
  • 12:34 - 12:37
    CA: Há por aí muita gente
    que ficaria muito animada com isso,
  • 12:37 - 12:39
    com este potencial extraordinário.
  • 12:39 - 12:41
    Mas outras pessoas vão dizer:
  • 12:41 - 12:43
    "Aquele porquinho é amoroso.
  • 12:43 - 12:48
    "Os homens não deviam explorar uma coisa
    tão fofinha para nosso benefício".
  • 12:48 - 12:50
    Tem resposta para isso?
  • 12:51 - 12:53
    LY: Claro que tenho.
  • 12:53 - 12:57
    Imaginem que um porco
    pode salvar a vida de oito pessoas.
  • 12:57 - 13:01
    Para além disso, tal como
    com as doações de outras pessoas,
  • 13:01 - 13:03
    se só retirarmos um rim ao porco,
  • 13:03 - 13:05
    o porco pode continuar vivo.
  • 13:05 - 13:09
    Preocupamo-nos muito
    com estes problemas,
  • 13:09 - 13:13
    mas pensamos que o objetivo
    é resolver a necessidade médica
  • 13:13 - 13:16
    que não está resolvida para os doentes
    e suas famílias.
  • 13:16 - 13:20
    CA: Mais, ninguém pode censurar-vos,
    se costumam comer presunto, não é?
  • 13:20 - 13:22
    LY: É uma boa razão.
  • 13:22 - 13:23
    (Risos)
  • 13:23 - 13:26
    CA: Luhan, muito obrigado.
    LY: Obrigada eu.
  • 13:26 - 13:28
    (Aplausos)
Title:
Como criar um mundo em que ninguém tenha que esperar por um transplante
Speaker:
Luhan Yang
Description:

Durante quase 50 anos, os cientistas têm tentado criar um procedimento para transplantar órgãos de animais para seres humanos, um sonho teórico que podia ajudar as centenas de milhares de pessoas que necessitam de um transplante que lhes salve a vida. Mas os riscos, em especial da transmissão do vírus PERV de porcos para seres humanos, sempre foram demasiados, fazendo parar a investigação — até agora. Numa palestra espantosa, a geneticista Luhan Yang explica uma técnica revolucionária: usando o CRISPR, uma técnica para alterar genes, ela e os seus colegas criaram porcos isentos desse vírus, abrindo a possibilidade de desenvolvimento em porcos de órgãos transplantáveis para seres humanos. Saibam mais sobre esta ciência de ponta e como ela pode ajudar a resolver a crise de escassez de órgãos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:40

Portuguese subtitles

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