A energia das cápsulas de algas flutuantes
-
0:01 - 0:03Há uns anos, tentei perceber
-
0:03 - 0:07se havia possibilidade
de desenvolver biocombustíveis -
0:07 - 0:11numa escala que pudesse concorrer
com combustíveis fósseis -
0:11 - 0:13mas sem concorrer com a agricultura
-
0:14 - 0:16em água, em fertilizantes
ou em terras. -
0:17 - 0:18Foi isto que descobri.
-
0:18 - 0:21Imaginem construirmos um recinto
que colocamos debaixo de água -
0:21 - 0:23e enchemos com águas residuais
-
0:23 - 0:25e com um certo tipo de microalgas
que produzem óleo. -
0:25 - 0:28Será fabricado a partir
de um material flexível -
0:28 - 0:30que se movimente debaixo da água,
com as ondas. -
0:30 - 0:32Claro que o sistema que vamos construir
-
0:32 - 0:34usará energia solar
para o cultivo das algas -
0:34 - 0:36que utilizam o CO2, o que é ótimo.
-
0:36 - 0:39Elas produzem oxigénio
enquanto crescem. -
0:39 - 0:42As algas que crescem
dentro do contentor -
0:42 - 0:45distribuem o calor pela água circundante
-
0:45 - 0:48e podemos colhê-las
para fabricar biocombustíveis, -
0:48 - 0:50cosméticos, fertilizantes
e rações para animais. -
0:50 - 0:53Claro que teremos de arranjar
uma grande área, -
0:53 - 0:56por isso temos de nos preocupar
com outros participantes, -
0:56 - 0:59como os pescadores, os barcos
e coisas dessas, -
0:59 - 1:02mas estamos a falar de biocombustíveis
-
1:02 - 1:04e sabemos qual é a importância
-
1:04 - 1:06de obter um combustível
líquido alternativo. -
1:07 - 1:09Porque é que falamos de microalgas?
-
1:09 - 1:14Este é um gráfico que mostra
os diversos tipos de culturas -
1:14 - 1:16que estão a ser consideradas
para fazer biocombustíveis. -
1:17 - 1:19Vemos coisas como a soja,
-
1:19 - 1:21que produz 570 litros
por hectare, por ano, -
1:21 - 1:26ou o girassol, a canola,
a jatrofa ou a palma. -
1:27 - 1:31Aquela barra alta mostra
o que as microalgas podem contribuir. -
1:31 - 1:33Ou seja, as microalgas contribuem
-
1:33 - 1:36com 5000 a 12 500 litros
por hectare, por ano, -
1:36 - 1:39em comparação com os 570 litros
por hectare, por ano, da soja. -
1:40 - 1:42O que são as microalgas?
-
1:42 - 1:45As microalgas são micro, ou seja,
são extremamente pequenas, -
1:45 - 1:48uma imagem de organismos
unicelulares, como veem, -
1:48 - 1:51em comparação com um cabelo humano.
-
1:51 - 1:55Estes pequenos organismos
existem há milhões de anos -
1:55 - 1:57e há milhares de diferentes espécies
-
1:57 - 1:58de microalgas no mundo.
-
1:58 - 2:01Algumas são as plantas
de crescimento mais rápido no planeta -
2:01 - 2:04e produzem, como já mostrei,
uma enorme quantidade de óleo. -
2:05 - 2:07Porque é que queremos
fazer isto ao largo? -
2:08 - 2:10A razão por que fazemos isto no mar
-
2:10 - 2:14é porque, se olharem para as cidades
costeiras, não há outra alternativa, -
2:15 - 2:18porque vamos usar águas residuais,
como sugeri. -
2:18 - 2:20Se virmos onde há a maior parte
de águas residuais, -
2:20 - 2:23as instalações de tratamento
estão integradas nas cidades. -
2:23 - 2:25Esta é a cidade de São Francisco,
-
2:25 - 2:29que tem 1400 km
de esgotos subterrâneos -
2:29 - 2:33e liberta as águas residuais
ao largo, no mar. -
2:35 - 2:38Outras cidades no mundo tratam
as águas residuais de outro modo. -
2:38 - 2:40Algumas cidades tratam-nas.
-
2:40 - 2:42Outras cidades libertam-nas na água.
-
2:42 - 2:44Mas, em todos os casos,
a água que é libertada -
2:44 - 2:47é perfeitamente adequada
para a cultura das microalgas. -
2:47 - 2:49Vejamos então como seria o sistema.
-
2:49 - 2:51Chamamos-lhe OMEGA,
que é a sigla para -
2:51 - 2:55Recintos de Membranas "Offshore"
para Cultura de Algas. -
2:55 - 2:57Na NASA, temos de ter boas siglas.
-
2:58 - 3:01Como é que funciona?
Já mostrei mais ou menos como funciona. -
3:01 - 3:04Introduzimos águas residuais
e uma fonte de CO2 -
3:05 - 3:07numa estrutura flutuante
-
3:07 - 3:11e as águas residuais proporcionam
nutrientes para o crescimento das algas -
3:11 - 3:13que sequestram o CO2
-
3:13 - 3:17que, de outro modo, iria para a atmosfera,
como gás com efeitos de estufa. -
3:17 - 3:19Claro, vão usar a energia solar
para crescerem -
3:19 - 3:21e a energia das ondas à superfície
-
3:21 - 3:23fornece a energia para misturar as algas
-
3:23 - 3:26e a temperatura é controlada
pela temperatura da água envolvente. -
3:26 - 3:29As algas que crescem produzem oxigénio,
como já referi, -
3:29 - 3:33e também produzem biocombustíveis,
fertilizantes e alimentos -
3:33 - 3:36e outros produtos de interesse.
-
3:37 - 3:40Este sistema é circunscrito.
O que é que isso significa? -
3:40 - 3:41É modular.
-
3:41 - 3:44Digamos que acontece qualquer
coisa inesperada num dos módulos. -
3:44 - 3:46Fica furado, se for atingido por um raio.
-
3:46 - 3:48As águas residuais que se escaparem
-
3:48 - 3:51são águas que já existem
neste ambiente costeiro -
3:51 - 3:53e as algas que se escaparem
são biodegradáveis. -
3:53 - 3:56Como vivem em águas residuais
são algas de água doce, -
3:56 - 3:59não podem viver na água salgada,
portanto, morrem. -
3:59 - 4:02O plástico da estrutura
é um tipo de plástico -
4:02 - 4:04bem conhecido que já conhecemos bem
-
4:04 - 4:08e construímos os nossos módulos
para poderem ser reutilizados. -
4:09 - 4:12Portanto, podemos ultrapassa isso,
-
4:12 - 4:14quando pensamos neste sistema
que estou a mostrar, -
4:15 - 4:18ou seja, pensar em termos de água doce,
-
4:18 - 4:20que também, de futuro,
virá a ser um problema. -
4:20 - 4:22Agora estamos a trabalhar em métodos
-
4:22 - 4:24para recuperação das águas residuais.
-
4:24 - 4:27A outra coisa a considerar
é a própria estrutura. -
4:27 - 4:30Constitui uma superfície
para coisas no oceano. -
4:30 - 4:34Esta superfície, que fica coberta
por algas marinhas -
4:34 - 4:36e outros organismos no oceano,
-
4:36 - 4:40passará a ser um "habitat"
marinho reforçado -
4:40 - 4:42portanto, aumenta a biodiversidade.
-
4:42 - 4:44Finalmente, como é
uma estrutura no mar alto, -
4:44 - 4:47podemos pensar nela em termos
de como poderá contribuir -
4:47 - 4:50para uma atividade de aquacultura
no mar alto. -
4:50 - 4:52Provavelmente, estarão a pensar:
-
4:52 - 4:56"Isto parece ser uma boa ideia.
Como podemos ver se é real?" -
4:57 - 5:00Eu instalei laboratórios em Santa Cruz
-
5:00 - 5:03nas instalações da
California Fish and Game. -
5:04 - 5:07Essas instalações permitem-nos ter
grandes tanques de água do mar -
5:07 - 5:09para testar algumas destas ideias.
-
5:09 - 5:11Também fizemos experiências
em São Francisco -
5:11 - 5:14numa das três centrais
de tratamento de águas residuais, -
5:14 - 5:16de novo uma instalação para testar ideias.
-
5:16 - 5:20Por fim, quisemos ver
onde podíamos verificar -
5:20 - 5:23qual seria o impacto desta estrutura
no ambiente marinho -
5:23 - 5:26e instalámos um sítio
-
5:26 - 5:29num local chamado
Moss Landing Marine Lab -
5:29 - 5:31na Baía de Monterey,
onde trabalhámos num porto -
5:31 - 5:35para ver qual o impacto que isto terá
nos organismos marinhos. -
5:36 - 5:39O laboratório que instalámos
em Santa Cruz, foi o nosso Skunk Works. -
5:39 - 5:42Era um local onde cultivávamos algas
-
5:42 - 5:44e soldávamos plástico
e criávamos instrumentos -
5:44 - 5:46e fazíamos imensos erros
-
5:46 - 5:48ou, como disse Edison,
-
5:48 - 5:51encontrávamos as 10 000 razões
para o sistema não funcionar. -
5:52 - 5:54Cultivámos algas em águas residuais
-
5:54 - 5:58e criámos instrumentos que nos permitiam
conhecer a vida das algas -
5:58 - 6:01de modo a poder acompanhar
a forma como elas cresciam, -
6:01 - 6:03o que lhes convinha,
como adquiríamos a certeza -
6:03 - 6:07de termos uma cultura
que sobrevivesse e prosperasse. -
6:08 - 6:10A característica mais importante
que era preciso desenvolver -
6:10 - 6:13eram os chamados FBR,
os fotobiorreatores. -
6:13 - 6:15Eram as estruturas
que iriam flutuar à superfície -
6:15 - 6:18feitas de um material plástico barato
-
6:18 - 6:20que permitisse que as algas crescessem.
-
6:20 - 6:23Criámos imensos "designs",
mas a maioria foram terríveis fracassos. -
6:23 - 6:26Quando, por fim, conseguimos
um "design" que funcionava, -
6:26 - 6:27para uns 140 litros,
-
6:27 - 6:31aumentámo-lo para 2000 litros
em São Francisco. -
6:32 - 6:34Vou mostrar como funciona o sistema.
-
6:34 - 6:38Metemos lá dentro as águas residuais
com as algas que escolhermos -
6:38 - 6:41e circulamos essa água
pela estrutura flutuante, -
6:41 - 6:43esta estrutura tubular
de plástico flexível. -
6:43 - 6:45A água circula através desta coisa
-
6:45 - 6:47e, claro, apanha a luz solar,
porque está à superfície. -
6:47 - 6:50As algas crescem com os nutrientes.
-
6:50 - 6:52Mas isto é como meter a cabeça
num saco de plástico. -
6:52 - 6:55As algas não vão sufocar
por causa do CO2, -
6:55 - 6:56como nós sufocaríamos.
-
6:56 - 6:59Sufocam porque produzem oxigénio,
-
6:59 - 7:01aliás não sufocam propriamente,
mas o oxigénio que produzem -
7:01 - 7:04é problemático e elas consomem
todo o CO2. -
7:04 - 7:08Assim, tivemos de imaginar
como podíamos remover o oxigénio, -
7:08 - 7:10o que fizemos criando esta coluna
-
7:10 - 7:12que circulava parte da água,
-
7:12 - 7:13e repondo o CO2,
-
7:13 - 7:17o que fizemos, pondo o sistema a borbulhar
antes de fazer circular a água. -
7:17 - 7:19Estão a ver aqui o protótipo
-
7:19 - 7:22que foi a primeira tentativa
de construir este tipo de coluna. -
7:23 - 7:25A coluna maior que instalámos
em São Francisco -
7:25 - 7:27no sistema instalado.
-
7:27 - 7:30A coluna tinha outra característica
muito interessante. -
7:30 - 7:33As algas juntavam-se na base da coluna
-
7:33 - 7:37e isso permitia-nos acumular
a biomassa das algas -
7:37 - 7:40num contexto em que podíamos
colhê-las facilmente. -
7:40 - 7:42Retirávamos as algas
que se concentravam -
7:42 - 7:44na parte inferior da coluna
-
7:44 - 7:47e podíamos colhê-las num processo
-
7:47 - 7:50em que púnhamos as algas
a flutuar à superfície -
7:50 - 7:52e as apanhávamos com uma rede.
-
7:53 - 7:55Também quisemos investigar
-
7:55 - 7:59qual seria o impacto deste sistema
no ambiente marinho. -
7:59 - 8:03Já disse que instalámos
esta experiência num sítio -
8:03 - 8:05em Moss Landing Marine Lab.
-
8:06 - 8:09Descobrimos que as algas
cresciam em grande abundância -
8:09 - 8:12e precisávamos de criar
um procedimento de limpeza. -
8:12 - 8:15Também observámos como as aves
e os mamíferos marinhos interagiam. -
8:15 - 8:17Vemos aqui uma lontra-marinha
-
8:17 - 8:19que achou isto muito interessante
-
8:20 - 8:23e, periodicamente, atravessava
esta pequena cama de água flutuante. -
8:23 - 8:26Queríamos contratar este sujeitinho
-
8:26 - 8:28ou treiná-lo para limpar a superfície
destas coisas, -
8:28 - 8:30mas isso é para o futuro.
-
8:30 - 8:31Agora, o que estamos a fazer
-
8:31 - 8:33estamos a trabalhar em quatro áreas.
-
8:33 - 8:36A nossa investigação cobriu
a biologia do sistema, -
8:36 - 8:38que incluiu o estudo da forma
como as algas crescem -
8:38 - 8:41e também o que come as algas
e o que mata as algas. -
8:41 - 8:44Fizemos estudos para perceber
o que precisávamos -
8:44 - 8:47para poder criar esta estrutura,
não só em pequena escala, -
8:47 - 8:49mas como podíamos construi-la
-
8:49 - 8:52na enorme escala
que virá a ser necessária. -
8:52 - 8:55Já referi que observámos
aves e mamíferos marinhos -
8:55 - 8:58e observámos o impacto ambiental
do sistema. -
8:59 - 9:01Por fim, estudámos a economia.
-
9:01 - 9:03Quando falo em economia
-
9:03 - 9:06refiro-me à energia necessária
para manter o sistema a funcionar. -
9:06 - 9:09Obteremos mais energia do sistema
do que a que lhe introduzimos -
9:09 - 9:11para manter o sistema em funcionamento?
-
9:11 - 9:13E quanto aos custos operacionais?
-
9:13 - 9:15E quanto aos custos de capital?
-
9:15 - 9:18E quanto a toda a estrutura económica?
-
9:19 - 9:21Posso dizer-vos que não vai ser fácil
-
9:21 - 9:24e há ainda muito trabalho a fazer
-
9:24 - 9:27nestas quatro áreas,
para pôr o sistema em funcionamento. -
9:28 - 9:30Mas não temos muito tempo
e eu gostava de mostrar -
9:30 - 9:34a conceção de artista
sobre qual será o aspeto deste sistema -
9:34 - 9:38se nos encontrarmos numa baía protegida
algures no mundo. -
9:38 - 9:40Temos, ao fundo, nesta imagem,
-
9:40 - 9:43a central de tratamento
das águas residuais -
9:43 - 9:45e uma fonte de chaminés
para o CO2. -
9:46 - 9:48Mas, quando estudamos a economia
deste sistema, -
9:48 - 9:51descobrimos que será difícil
pô-lo a funcionar. -
9:51 - 9:56Se não olharmos para o sistema
como uma forma de tratar águas residuais, -
9:56 - 10:00de sequestrar o carbono e,
possivelmente, para painéis fotovoltaicos, -
10:00 - 10:03ou energia das ondas
ou mesmo energia eólica. -
10:03 - 10:05Se começarmos a pensar em termos
de integrar -
10:05 - 10:07todas estas diferentes atividades,
-
10:07 - 10:12também podemos incluir
uma instalação de aquacultura. -
10:12 - 10:15Assim, teríamos neste sistema
uma aquacultura de mariscos -
10:15 - 10:17em que criaríamos mexilhões ou vieiras.
-
10:17 - 10:20Podíamos criar ostras e outras coisas
-
10:20 - 10:23que produzissem produtos
e alimentos de alto valor -
10:23 - 10:26e isso seria um incentivo de mercado
quando construíssemos o sistema -
10:26 - 10:28a escalas cada vez maiores
-
10:28 - 10:34para vir a ser competitivo com a ideia
de construí-lo para combustível. -
10:35 - 10:37Há sempre uma questão que aparece,
-
10:37 - 10:41porque o plástico no oceano
tem muito má reputação neste momento. -
10:41 - 10:44Assim, temos pensado, desde o início:
-
10:44 - 10:46O que faremos a todo este plástico
-
10:46 - 10:49que vamos precisar de usar
no nosso ambiente marinho? -
10:49 - 10:51Não sei se vocês sabem,
-
10:51 - 10:54mas na Califórnia, usa-se
uma quantidade enorme de plástico -
10:54 - 10:57nos campos, como cobertura de plástico.
-
10:57 - 11:00É o plástico que faz
aquelas pequenas estufas -
11:00 - 11:02ao longo do solo
-
11:02 - 11:06e permite o aumento da temperatura
do solo na época do crescimento, -
11:06 - 11:08permite-nos controlar as ervas daninhas
-
11:09 - 11:12e, claro, torna a rega muito mais eficaz.
-
11:12 - 11:17Portanto, o sistema OMEGA fará parte
deste tipo de resultado, -
11:17 - 11:19e, quando deixarmos de o usar
no ambiente marinho, -
11:19 - 11:22poderemos usá-lo nos campos.
-
11:23 - 11:24Onde é que vamos colocar isto
-
11:24 - 11:26e que aspeto terá ao largo?
-
11:26 - 11:30Esta é uma imagem do que podemos
fazer na Baía de São Francisco. -
11:30 - 11:33São Francisco produz 290 milhões
de litros por dia, de águas residuais. -
11:33 - 11:36Se imaginarmos um tempo
de retenção de cinco dias -
11:36 - 11:38para este sistema, precisaremos
de 1500 milhões de litros -
11:38 - 11:42para acomodar, ou seja,
cerca de 500 hectares -
11:42 - 11:45destes módulos OMEGA
a flutuar na Baía de São Francisco. -
11:45 - 11:49Bom, isso é menos de 1%
da área da superfície da baía. -
11:49 - 11:52A 5000 litros por hectare, por ano,
-
11:52 - 11:55produzirá mais de sete milhões
de litros de combustível, -
11:55 - 11:58o que corresponde a cerca
de 20% do biodiesel -
11:58 - 12:01ou do diesel que é necessário
em São Francisco. -
12:01 - 12:03Isso sem fazer nada
quanto à eficiência. -
12:04 - 12:07Onde mais poderíamos colocar
este sistema? -
12:07 - 12:09Há muitas possibilidades.
-
12:09 - 12:12Há a Baía de São Francisco,
como já referi. -
12:12 - 12:14A Baía de San Diego é outro exemplo.
-
12:14 - 12:16A Baía Mobile ou a Baía Chesapeake,
-
12:16 - 12:18mas, na realidade, com a subida
do nível do mar, -
12:18 - 12:21haverá muitas mais oportunidades
a considerar. -
12:21 - 12:23(Risos)
-
12:23 - 12:26Estou a falar-vos de um sistema
-
12:26 - 12:29de atividades integradas.
-
12:29 - 12:33A produção de biocombustíveis
está integrada com energia alternativa, -
12:33 - 12:35está integrada com aquacultura.
-
12:35 - 12:39Dispus-me a encontrar uma via
-
12:39 - 12:44para uma produção inovadora
de biocombustíveis sustentáveis -
12:44 - 12:48e, pelo caminho, descobri
que o que é exigido -
12:48 - 12:53para a sustentabilidade é a integração,
mais do que a inovação. -
12:56 - 12:59A longo prazo, tenho imensa fé
-
12:59 - 13:03no nosso engenho coletivo e interligado.
-
13:04 - 13:08Penso que quase não há limites
para o que podemos alcançar -
13:08 - 13:11se formos radicalmente abertos
-
13:11 - 13:13e não nos importarmos
com quem fica com os louros. -
13:14 - 13:18As soluções sustentáveis
para os nossos problemas futuros -
13:18 - 13:20vão ser diversas
-
13:20 - 13:22e vão ter de ser muitas.
-
13:23 - 13:26Penso que precisamos
de as considerar a todas, -
13:26 - 13:29desde alfa a OMEGA.
-
13:29 - 13:30Obrigado.
-
13:30 - 13:34(Aplausos)
-
13:38 - 13:41Chris Anderson: Jonathan,
uma pergunta rápida. -
13:41 - 13:45Este projeto continua a avançar com a NASA
-
13:45 - 13:48ou precisas de
um financiamento ambicioso -
13:48 - 13:51de energia verde para o agarrar
pela garganta? -
13:51 - 13:53Jonathan Trent:
Chegámos a uma fase na NASA -
13:53 - 13:56em que gostaríamos de fazer
qualquer coisa ao largo. -
13:56 - 13:59Mas há muitos problemas
em fazê-lo nos EUA -
13:59 - 14:01por causa das autorizações limitadas
-
14:01 - 14:03e do tempo necessário
para obter as licenças -
14:03 - 14:04para fazer coisas ao largo.
-
14:04 - 14:07Nesta altura, precisamos mesmo
de pessoas do exterior -
14:07 - 14:09e estamos totalmente abertos
com esta tecnologia -
14:09 - 14:11no sentido de que a vamos lançar
-
14:11 - 14:13para quem quer que esteja interessado
-
14:13 - 14:15em agarrá-la e torná-la real.
-
14:15 - 14:18CA: Isso é interessante.
Vocês não vão patenteá-la. -
14:18 - 14:19Vão publicá-la.
-
14:19 - 14:20JT: Exatamente.
-
14:20 - 14:22CA: Ok, muito obrigado.
-
14:22 - 14:23JT: Obrigado.
-
14:23 - 14:25(Aplausos)
- Title:
- A energia das cápsulas de algas flutuantes
- Speaker:
- Jonathan Trent
- Description:
-
Chamem-lhes "combustíveis sem fósseis": Jonathan Trent está a trabalhar num plano para cultivar novos biocombustíveis cultivando microalgas que flutuam em cápsulas ao largo e se alimentam das águas residuais das cidades. Oiçam a visão arrojada da sua equipa para o Projeto OMEGA (Recintos de Membranas "Offshore" para Cultivo de Algas) e como ela pode fornecer energia no futuro.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 14:45
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Energy from floating algae pods | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Energy from floating algae pods | ||
Mafalda Ferreira accepted Portuguese subtitles for Energy from floating algae pods | ||
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