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The Ethics of Looking And The "Harmless" Peeping Tom

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    É constantemente dito que o cinema, na sua
    natureza,
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    é voyeurístico,
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    porque o filme oferece à audiência uma
    janela
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    para dentro das vidas reclusas dos outros.
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    Assistir as histórias de pessoas nas grandes
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    e pequenas telas pode de fato ser
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    fascinante e emocionante.
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    Mas o ato de observar também pode ser
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    desconfortável, invasivo,
    até transgressivo.
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    Analisando esses momentos
    desconfortáveis,
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    nós podemos encontrar algumas mensagens
    alarmantes
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    sobre o papel do consentimento.
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    Para explicar, começaremos aqui
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    num quarto normal de um garoto normal
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    fazendo coisas de garotos normais,
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    coisas normais tipo
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    espiar a garota da casa ao lado.
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    A cultura popular está lotada
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    de cenas como essa
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    Cenas nas quais um personagem,
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    geralmente um homem
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    espia outro personagem,
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    geralmente uma mulher
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    sem o seu conhecimento nem consentimento
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    Para esclarecer, nós estamos falando de
    secretamente
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    monitorar uma pessoa
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    enquanto ela está sozinha
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    em várias instâncias de nudez
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    ou durante atos sexuais.
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    Essa observação é invasiva
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    que viola a expectativa sensata
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    de privacidade daquela pessoa.
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    Em um número surpreendente de filmes
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    e séries de tv, esse tipo de espionagem
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    não é cometido pelo vilão.
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    É, na verdade, praticada
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    pelo personagem do "cara legal".
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    "Mais devagar, linda"
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    Esses são homens heterossexuais que são,
    sobretudo,
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    apresentados como decentes.
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    Ou, pelo menos,
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    inofensivos no geral.
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    "Ei! Ei!"
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    Esse padrão da mídia é tão prevalente,
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    eu achei que precisava de um nome.
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    "Ele é um abelhudo!"
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    Então eu o chamo de:
    "O abelhudo inofensivo"
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    "Sabe, me vem a mente,"
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    que você consegue ver o interior
    da casa da Donna
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    da minha garagem."
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    "Não me diga!"
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    (risada fora de tela)
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    Todos os garotos em "That '70s Show"
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    por exemplo, casualmente tomam
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    a atitude de espiar.
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    "Não, Anette! O roupão não!"
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    (risada fora de tela)
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    "Rápido, alguém grita
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    'guerra de travesseiros' com uma voz
    feminina"
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    Mas o personagem do Fez
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    é o excelente exemplo
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    de um abelhudo inofensivo
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    (risada fora de tela)
    - "Ai meu deus, Fez!"
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    "Belas tetas!"
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    (risadas fora de tela)
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    "Sai daqui!"
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    "Fez?"
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    Existe uma piada dita há anos
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    sobre como ele está sempre espionando
    mulheres.
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    Frequentemente se escondendo no armário
    dos seus quartos.
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    "Ai meu deus, você viu algo?"
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    "Não muito, você deveria mesmo
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    pensar numa luz noturna."
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    E, mesmo assim, esse padrão de
    comportamento intrusivo
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    é apenas considerado um pequeno
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    incômodo no programa.
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    "Ai"
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    "Você tá bem?"
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    (click da câmera)
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    "Fez!"
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    (risada fora de tela)
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    "Com um desses, você consegue ver
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    através das roupas de uma garota"
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    (risada fora de tela)
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    "Okay, Jackie, se prepara pra receber
    uma olhadela"
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    Fez termina até
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    em um relacionamento amoroso
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    com uma das garotas
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    que ele espionou.
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    Mais de 8 temporadas de horário nobre de
    televisão.
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    Cenas nas quais garotos secretamente
    espiam garotas
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    eram uma marca das chamadas
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    "comédias de sexo adolescente"
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    No final dos anos 70 e começo dos anos 80.
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    Mas o padrão da mídia não começou nem
    terminou
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    com Clube dos Cafajestes, Porky's
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    ou A Vingança dos Nerds
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    "Wow! Aí sim!"
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    Alfred Hitchcock era notoriamente obcecado
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    com voyeurismo.
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    E incluia cenas de espionagem
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    em vários dos seus filmes mais notórios.
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    Desde então, nós vimos
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    Abelhudos Inofensivos aparecerem
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    em praticamente todos os gêneros.
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    De filmes de ação até os de terror.
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    Dos dramas românticos
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    até aventuras de ficção científica.
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    E não é incomum video games
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    oferecerem aos jogadores oportunidades
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    interativas para espiar.
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    "Olha isso, vem aqui"
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    "Tem uma mulher nua do outro lado da rua"
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    "Onde?"
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    "Segundo andar do topo
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    ali na janela da esquerda"
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    "Uau"
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    Esse tema também tem sido recorrente
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    em comédias para a TV.
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    "Oh meu Deus, aquela é a Rachel pelada!"
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    Usualmente como uma piada pontual
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    em um punhado de episódios.
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    "Você teria aberto a porta
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    se soubesse que era eu?"
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    "Não desde que eu descobri que
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    o ursinho de pelúcia que você me deu
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    tinha uma câmera dentro!"
  • Not Synced
    Embora nós possamos tipicamente pensar
  • Not Synced
    em abelhudos como um estranho,
  • Not Synced
    se escondendo entre os arbustos,
  • Not Synced
    a espionagem pode ter diferentes formas.
  • Not Synced
    "Eu perdi alguma coisa?"
  • Not Synced
    "Oh meu Deus"
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    "Uau!"
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    "Obrigado, Deus, por esse maravilhoso,
  • Not Synced
    maravilhoso dia."
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    Ocasionalmente, a espionagem é apresentada
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    como parte do trabalho de homens.
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    Como um policial ou um vigilante.
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    "Oh uau, oh yeah"
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    Mas em muitos desses cenários,
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    o tema do Abelhudo Inofensivo
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    ainda se aplica.
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    "Para proteger e servir."
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    "Ooh, ooh, ooh, eu amo tanto meu trabalho, oh"
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    Em mídias com tema de espionagem,
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    o cara pode ter acesso
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    a aparelhos de espionagem de alta tecnologia.
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    "Nove modos diferentes de visão aprimorada,
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    o sonho de todo garotinho:
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    o modo penetrante."
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    "E veja só aquilo"
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    Em histórias de super-heróis
  • Not Synced
    ou com enredos supernaturias,
  • Not Synced
    os poderes do cara podem ser usados
  • Not Synced
    como um meio de ganhar acesso
  • Not Synced
    ao corpo de uma mulher.
  • Not Synced
    (mulher grita)
  • Not Synced
    "E viu Deus, que era boa"
  • Not Synced
    O Super-Homem, por exemplo,
  • Not Synced
    é geralmente exemplificado como um modelo
  • Not Synced
    de masculinidade decente
  • Not Synced
    e mesmo assim até ele rouba uma olhadinha
  • Not Synced
    de tempos em tempos.
  • Not Synced
    Abelhudos Inofensivos nem sempre
  • Not Synced
    são os heróis.
  • Not Synced
    Porém eles não são os vilões também.
  • Not Synced
    "Eu acabo vendo muito mais da Ava
  • Not Synced
    do que eu barganhei por."
  • Not Synced
    Mesmo que o protagonista tenha,
  • Not Synced
    digamos, morais questionáveis
  • Not Synced
    ou esteja envolvido em
  • Not Synced
    outras atividades criminais,
  • Not Synced
    a espionagem em si não é enquadrada
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    como um ataque contra seu caráter.
  • Not Synced
    E criticamente, ainda
  • Not Synced
    pretende-se que a audiência
  • Not Synced
    se identifique com ele enquanto ele dá uma espiada.
  • Not Synced
    "O quê?"
  • Not Synced
    Não é incomum que
  • Not Synced
    invasões de privacidade
  • Not Synced
    sejam vistas como encantadoras.
  • Not Synced
    "Com licença?"
  • Not Synced
    "Oh!"
  • Not Synced
    "Eu acho que você está está na minha banheira..."
  • Not Synced
    "Feche os olhos!"
  • Not Synced
    ou apenas como o comportamento inofensivo
  • Not Synced
    de um cara com uma paixão.
  • Not Synced
    Mesmo quando a olhadela é apontada
  • Not Synced
    como patética, irritante ou um pouco esquisita
  • Not Synced
    "Foi um acidente."
  • Not Synced
    "Você é um babaca!"
  • Not Synced
    as ações dele são, mais frequentemente do que não,
  • Not Synced
    rapidamente perdoadas e esquecidas.
  • Not Synced
    Um bom jeito de ilustrar o problema
  • Not Synced
    mais profundo aqui pode ser encontrado
  • Not Synced
    no clichê "sem olhadelas".
  • Not Synced
    "Como você viu?
  • Not Synced
    Você disse que não ia olhar!"
  • Not Synced
    "Desculpe, como eu te disse,
  • Not Synced
    o herói sempre vê."
  • Not Synced
    O arranjo é familiar: uma mulher
  • Not Synced
    precisa trocar de roupa por alguma razão.
  • Not Synced
    Mas seu amigo homem está de pé logo ali.
  • Not Synced
    "Você não está me incomodando."
  • Not Synced
    Então naturalmente ela pede para que ele
  • Not Synced
    se vire ou feche os olhos enquanto ela tira a roupa.
  • Not Synced
    "Você poderia por favor se virar?"
  • Not Synced
    "Por quê?"
  • Not Synced
    "Só se vire."
  • Not Synced
    "Apenas olhe,
  • Not Synced
    olhe pra lá por um segundo."
  • Not Synced
    "Yeah."
  • Not Synced
    "Apenas se vire e olhe para
  • Not Synced
    a cachoeira, Skippy, tudo bem, por favor?"
  • Not Synced
    "Certo."
  • Not Synced
    "Fique de guarda, sem olhadelas.'"
  • Not Synced
    O nosso protagonista respeita os desejos dela?
  • Not Synced
    É claro que não.
Title:
The Ethics of Looking And The "Harmless" Peeping Tom
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Video Language:
English
Duration:
28:00

Portuguese, Brazilian subtitles

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